Em seu novo livro, The Grand Design (O Grande Projeto, em tradução literal), Stephen Hawking, em autoria com Leonard Mlodinow, fez a seguinte afirmação:
"Porque existe uma lei como a gravidade, o Universo pode e deve criar-se a partir do nada. Criação espontânea é a razão para haver alguma coisa em vez de nada, para que o Universo exista, para que nós existamos. Não é necessário invocar Deus para acender o pavio e pôr o Universo em movimento".
J. P. Moreland, em um artigo em seu site sobre essa afirmação, fez a seguinte observação, que é muito elucidante:
“O fato de que muitas pessoas têm sido influenciadas pelas reivindicações de Hawking e Mlodinow é triste para mim. Aqui está o por quê. Em épocas anteriores, quando a pessoa mediana conhecia mais filosofia, estas alegações seriam simplesmente risíveis, porque são afirmações filosóficas feitas por cientistas que têm pouca ou nenhuma formação filosófica. Assim, por mais brilhantes que sejam em seu próprio campo, Hawking e Mlodinow são leigos quando se trata das questões mais pertinentes. Mas vivemos em uma cultura cientificista. Quando um cientista fala, ele é considerado como sendo uma autoridade, independentemente de qual seja o assunto. E essa atitude reflete negativamente sobre o nível educacional da população. Assim, a questão mais profunda para mim em tudo isso não é se o universo poderia vir a existir a partir do nada ou não, sem uma causa. É, antes, o cientificismo que está no cerne da cultura ocidental. Sempre acreditei que o naturalismo filosófico, com seu cientificismo injustificado, ajudou a criar uma cultura intelectual simplista, e esta é uma razão para eu pensar desta maneira”.
Como já foi dito, Ex nihilo, nihil fit (Do nada, nada vem).
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