domingo, fevereiro 24, 2008

Apateísmo

Maurilo de Paula

Acabo de descobrir um novo termo para designar a apatia espiritual. Apateísmo, termo cunhado pelo jornalista Jonathan Rauch, uma junção da palavra "apatia' com a palavra "ateísmo". Significa, na própria definição de Rauch: uma desinclinação em se preocupar sobre a religião de alguém e mais ainda, uma desinclinação em se preocupar com outras pessoas".
Como Rauch comenta: "Eu tenho amigos cristãos que organizam suas vidas em torno de um intenso relacionamento pessoal com Jesus, mas não demonstram se preocupar nenhum pouco com o fato que sou um judeu homossexual convicto".
Sabe qual é a pior parte de tudo isso? Tudo isso é verdade. A grande marca da cristandade no século 21 tem sido exatamente isso: o apateísmo.
Não nos importamos mais se as pessoas vão para o inferno. Perdemos totalmente a urgência. Mais de 150 mil pessoas morrem diariamente e isso não nos incomoda. Mais de um bilhão de pessoas no mundo não são evangelizadas e isso não nos incomoda. Nossos amigos estão morrendo e indo para uma eternidade no inferno e isso não nos incomoda. Parentes, colegas de trabalho, funcionários, namorados, tantos e tantos estão indo para o inferno e isso não nos incomoda. Eu tenho uma amiga que está namorando um rapaz declaradamente não cristão e está tudo certo para ela. Ela sabe que isso está errado biblicamente, mas não está preocupa. Se ele morrer agora, ele vai passar a eternidade no inferno, mas isso parece não incomodá-la. Apateísmo, a grande marca da igreja no século 21.
E por que tudo isso? Por que somos tão apáticos (ou apateístas, como eu prefiro chamar) com algo tão eterno?
São vários os motivos. Mas eu quero ressaltar dois em especial.
O primeiro é que a pregação sobre quão monstruoso é o pecado do homem e quão grande é a santidade de Deus não vende bem. Não está nos manuais de crescimento de igrejas tão adorados por nossos pastores. Falar sobre a justa ira de Deus parece coisa do século retrasado. Como uma vez disse um amigo, os tempos mudaram, também devemos mudar a forma de pregar o evangelho. Na verdade, mudaram o próprio evangelho. A tônica hoje em dia é "pare de sofrer"! Venha para Jesus, e Ele vai te dar paz, alegria, realização, todas as coisas que você quer! Por uma quantia módica, claro, você se torna parte de um clubinho de pessoas egoístas, caçadores de riquezas e satisfação. Como é possível para pessoas assim se preocuparem com a condenação de seu vizinho? E o grande problema de tudo isso é que elas mesmas não percebem que estão se dirigindo para sua própria condenação (Mat 7:22). Nossos pastores são culpados por não pregarem o verdadeiro evangelho de Cristo, de que Deus ordena aos homens que se arrependam em todo o lugar (Atos 17:30).
O segundo motivo é o resultado do primeiro. A própria experiência de conversão de muitos na igreja é patética, do ponto de vista bíblico, para dizer o mínimo. Se você perguntar para alguém porque ela é salva, vai receber uma resposta do tipo "porque um dia eu convidei Jesus para entrar em meu coração". Uma pergunta que vêm à minha cabeça é "que versículo bíblico é esse"? Alguém falou em pecado? Arrependimento? Sangue derramado na cruz? Ser feito nova criatura em Cristo? Não, nada disso. Eu sou salvo porque um dia convidei Jesus para entrar em meu coração. Por isso temos uma taxa de desviados de 80%. Por isso só 2% dos cristãos compartilham sua fé com regularidade. Por termos experiências de conversão tão patéticas e antibíblicas, temos uma verdadeira legião de apateístas.
Gostaria de sugerir menos congressos, acampamentos e reuniões de avivamento e mais pregação da Palavra de Deus e de sua Lei, do castigo que Deus colocou sobre Jesus na cruz por nossos pecados e do arrependimento "para remissão do pecado" (Atos 3:19).
Tudo isso para dizer que agora tenho um novo termo para definir meus "irmãos em Cristo" que são apáticos espiritualmente: apateístas.

sábado, fevereiro 23, 2008

Manual de Evangelismo

Já está pronto o Manual de Evangelismo por Todd Friel do Way of the Master Radio.

Você pode fazer o download clicando aqui.
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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