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domingo, abril 10, 2011

Estudo Perspicaz das Escrituras: o manual de um assassino?

Uma notícia publicada hoje pela manhã no UOL informava que G. S., considerado melhor amigo de Wellington Menezes de Oliveira na época de escola, afirma que o assassino de Realengo havia sido testemunha de Jeová. Informava até que tanto ele quanto Wellington haviam sido expulsos da congregação que participavam. Agora a pouco, no Fantástico, em uma reportagem mostrando o interior da casa de Wellington, apareceu em evidência o livro “Estudo Perspicaz das Escrituras”, reforçando ainda mais a idéia que Wellington teve de alguma forma envolvimento com essa religião.
Que livro é esse? Seria possível que esse livro servisse de fundamento para o terrível ato cometido por Wellington? Como já escrevemos vários textos sobre as Testemunhas de Jeová aqui no blog, acho apropriado explorarmos um pouco o assunto.
Antes de mais nada, outras publicações das Testemunhas de Jeová estavam na casa de Wellington. Além de Estudo, também foi mostrado Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas e Os Segredos de uma Família Feliz. Esses livros (e muitos outros) são publicados pela Torre de Vigia, organização formal dessa religião.
Para melhor entendermos Estudo Perspicaz das Escrituras, vamos deixar que o livro fale por si mesmo. Logo em seu início, podemos ler o seguinte:
“O objetivo desta publicação é ajudá-lo a fazer um estudo perspicaz das Escrituras. Como se faz isso? Por ajuntar de todas as partes da Bíblia os pormenores que se relacionam com os assuntos em consideração. Por trazer à atenção palavras das línguas originais e seu sentido literal. Por considerar informações relacionadas da história secular, das pesquisas arqueológicas e de outros campos de ciência, e pela avaliação disso à luz da Bíblia. Por prover ajudas visuais. Por ajudá-lo a discernir o valor de agir em harmonia com o que a Bíblia diz” (vol. 1 página 4).
Estudo é um tipo de manual/dicionário teológico sistemático em três volumes muito utilizado pelas Testemunhas de Jeová. É o livro que substituiu Ajuda ao Entendimento da Bíblia, que ocorreu por causa da saída de Raymond Franz da organização, que foi um dos principais editores da obra.
A questão que se levante agora é: poderia o assassino de Realengo tirar desse livro orientações para seguir com seu plano?
Não. Com toda a certeza, Wellington jamais poderia encontrar qualquer palavra de encorajamento para seus atos. A religião das Testemunhas de Jeová é uma religião pacífica, avessa até mesmo ao envolvimento com as forças armadas, tanto militares quanto auxiliares. No verbete assassínio, o livro explica: “Embora os seguidores de Cristo talvez fossem perseguidos e até mesmo assassinados pela causa da justiça, não deveria suceder que sofressem por terem cometido assassínio ou outros crimes” (vol. 1 página 251).
Uma testemunha de Jeová que fizesse parte regular da organização não cometeria um ato como esse. Isso seria muito difícil. Como já disse em outro texto, existe louco em tudo quanto é religião. Mas uma das principais características das Testemunhas de Jeová é a mansidão. Pelo menos em relação à agressão física.
O maior perigo que existe em Estudo é o teológico. Aquele que se guia pelos ensinos da Torre infelizmente está seguindo uma religião falsa, que não reflete corretamente aquilo que a Bíblia ensina, mas reflete o entendimento distorcido do Corpo Governante. Doutrinas como deidade de Cristo, punição eterna daqueles que se rebelaram contra Deus, existência da alma e tantas outras são veemente negadas pela Torre de Vigia, através de um malabarismo exegético, da qual a Tradução do Novo Mundo é parte fundamental. Apesar do perigo teológico, se Wellington estivesse realmente seguindo os ensinos de Estudo Perspicaz das Escrituras, ele estaria batendo na porta de alguém com uma pastinha e uns exemplares de A Sentinela na mão, ao invés de um par de armas nas salas de aula de uma escola.
Wellington foi um assassino frio, provavelmente uma pessoa perturbada, talvez uma pessoa com alguma doença psíquica, talvez oprimida por demônios ou talvez ambas as coisas. É o tipo de pessoa que utilizaria qualquer religião (ou falta dela) para fundamentar seu ato de terror.
Só um último comentário sobre a declaração do superintendente de circuito das Testemunhas de Jeová, Antônio Marcos Oliveira. Ele disse “nenhuma testemunha de jeová pode ser excluída de sua congregação”. Isso é muito estranho, porque um membro de uma congregação pode sim ser expulso. Isso está até no verbete expulsão de Estudo “excomunhão ou desassociação judicial de infratores, que assim deixam de ser membros ou associados de uma comunidade ou organização. No caso de sociedades religiosas, é um princípio e um direito inerentes nelas, e é análoga aos poderes de pena capital, de banimento e de exclusão do rol de membros, exercidos por entidades políticas ou municipais” (vol. 2 página 86). Existe até orientação sobre como a expulsão deve ser feita e em quais casos. No livro Prestai Atenção a Vós Mesmos e a Todo o Rebanho (o antigo manual dos anciãos, hoje substituído por Pastoreiem o rebanho de Deus) o ancião é instruído da seguinte forma: “Se foram feitos todos os esforços razoáveis para reajustar a pessoa que cometeu sérios pecados, e ela, ainda assim, continua impenitente, deve ser desassociada” (página 115).
A declaração do superintende me parece estranha. Talvez tenha sido publicada fora de seu contexto.

sexta-feira, abril 08, 2011

Como um Deus amoroso pode permitir o assassinato de tantas crianças?


A tragédia que aconteceu ontem em uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro, causa um nó na garganta, uma sensação de que isso não é certo. Um rapaz, muito quieto, entra em uma escola e dispara vários tiros contra crianças, matando 12 delas. Em sua maioria, meninas.
Essa sensação de que isso é errado nos faz questionar: se Deus é tao amoroso, por que ele permite essas atrocidades? Essa é uma pergunta legitima e merece reflexão.
A resposta para esse questionamento talvez esteja na forma como entendemos Deus. Quando pensamos em Deus, pensamos que o maior objetivo de Deus, por assim dizer, é maximizar a nossa felicidade e minimizar a nossa dor. Qualquer coisa que se desvie desse proposito é ruim.
Mas devemos nos perguntar se esse e o principal objetivo da existência de Deus. Poderia ter Deus outras razões maiores para permitir que esse tipo e coisa acontecesse? Por exemplo, um dos objetivos de Deus para o homem poderia ser o amadurecimento moral. E muitos vezes aprendemos mais e crescemos mais pela dor do que através do prazer. Quantas vezes não ouvimos historias de pessoas que agiram como heróis em momento de necessidade? Quantos não se superaram em momentos de dor, guerra e fome? Sem dor e sofrimento nesse mundo, jamais teríamos os heróis, filantropos e altruístas que tanto nos inspiram a melhorar.
Não sei dizer que razão maior poderia haver para se permitir uma tragédia como essa, é difícil de imaginar tal coisa. Mas não podemos descartar que, em uma visão mais ampla sobre quem Deus é, essa é uma possibilidade.
Um segundo ponto importante, para mim ainda mais importante, é que o pensamento que questiona a bondade de Deus por permitir atos tao horríveis quanto o de ontem, traz consigo também a idéia que Deus deveria ter impedido o rapaz de agir. Assim sendo, Deus deveria ter interferido e não permitido que um assassino agisse. Deus deveria frear a ação de agentes livres em suas escolhas, quando essa ação for moralmente condenável. Mas se isso for verdade, onde devemos traçar a linha de limitação para a interferência de Deus? Deus deveria impedir todos os assassinos? Deveria impedir todos os estupradores? E quanto aos adúlteros? E os mentirosos? Pornógrafos deveriam entrar nessa lista? E aqueles que adoram outros deuses? Se Deus tiver que acabar com toda a maldade resultante da ação dos homens, ou ele teria que simplesmente varrer os seres humanos do mapa ou nos tornar como robôs sem liberdade para agir. Nem uma nem outra coisa parece condizer com a verdade. Nem com a Bíblia.
Tragedias acontecem e vão continuar acontecendo nesse mundo. Nossa sensação de ultraje é devida porque somos seres dotados de percepção moral , colocada em nos pelo nosso criador, também um ser moral. E é por isso que devemos ter nossa teologia já bem fundamentada antes que essas coisas aconteçam (especialmente quando for conosco) porque no meio da emoção, podemos lançar sobre Deus uma condenação que não faz sentido.
Não podemos esquecer que Deus é amoroso sim. Mas também justo. E ninguém vai escapar da justiça divina. Todos os atos criminosos e horrendos praticados pelos homens serão punidos. Alguns pagarão pelos seus próprios crimes. Outros, tiveram sua punição colocada sobre Cristo e a bondade Dele creditada em seu lugar. Em qual grupo você esta? Sua vida eterna depende disso.

quinta-feira, abril 07, 2011

Terrorista muçulmano age em escola no Rio?


Será que o maluco que matou 12 pessoas e deixou outras 13 feridas era muçulmano? Assim que a informação saiu no jornais algumas pessoas começaram a divulgar que ele poderia ser um terrorista islâmico. Será que isso era verdade?
Pelo o que foi possível ver até esse momento, muito provavelmente não. Não houve nenhuma boa evidência que indicasse que o rapaz era muçulmano ou ligado a qualquer instituição muçulmana. Além disso, a não ser que o rapaz gritasse “Allahu Akbar” no momento da morte, dificilmente ele seria um terrorista muçulmano. Graças a Deus não sofremos com esse problema no Brasil e o islamismo praticado no Brasil é uma versão mais moderada, bem diferente da praticada nos países onde eles são maioria.
Comentando sobre o assunto, o presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, comentou:
“[Em relação às informações sobre] uma possível vinculação desse cidadão com a religião islâmica, depois desmentidas [por pessoas próximas a Oliveira], reafirmamos que ele não é muçulmano e não tem qualquer vínculo com as mesquitas e sociedades beneficentes mantidas pela comunidade em todo o Brasil” e também informa que o islamismo exige dos seguidores uma “postura absolutamente diversa à que algumas pessoas querem de forma precipitada atribuir à religião e a seus adeptos”.

Infelizmente, uma leitura mais cuidadosa do Alcorão demonstra que a coisa não é bem assim. É possível encontrar mais de 160 suratas (versos) jihadistas no Alcorão. Os muçulmanos mais moderados dizem que a jihad (guerra santa) é algo interno, individual. Uma interpretação possível. Mas essa hermenêutica é difícil de defender quando se lê textos como “atai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos” 2.191; ou “Combatei aqueles que não crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que, submissos, paguem o Jizya” 9.29; também “Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos. É uma promessa infalível, que está registrada na Tora, no Evangelho e no Alcorão. E quem é mais fiel à sua promessa do que Deus? Regozijai-vos, pois, a troca que haveis feito com Ele. Tal é o magnífico benefício” 9.111.
Você pode checar esses versos no site da Comunidade Islâmica da Web.
Enfim, o maluco que matou as crianças em Realengo não era muçulmano. Os muçulmanos que temos aqui no Brasil dificilmente fariam tal coisa. Ou pelo menos, não os vejo tendo mais tendência para fazê-lo do que qualquer outro grupo. Gente doida tem em toda religião. E ele era um doido. Um maluco que deixou um carta que talvez fazia sentido para ele, mas até agora, para mais ninguém.
Só não podemos negar que o Alcorão, como livro sagrado do islamismo, pode ser usado sim como justificativa para ataques terroristas, mesmo a contra gosto dos mais moderados.
Vamos orar por essas famílias e também para que o nosso país nunca mais veja uma tragédia como essa.

PS: muita gente pode chiar dizendo que a Bíblia também ordena a morte de infiéis. Esse é um ataque comum, mas sem fundamento. A Bíblia realmente ordenou a execução de alguns grupos, mas não porque eles não eram judeus, mas sim porque eles já tinham a muito tempo se revoltado contra Deus e Deus já havia os avisado que faria tal coisa. Além disso, não existe na Bíblia uma ordenança sistemática de extermínio de povos. O que existe é uma legislação para Israel que tinha como punição para alguns casos a pena de morte. Muito diferente do que se tenta representar. Além do mais, eu duvido que alguém possa encontrar nos ensinos do fundador do cristianismo, Jesus Cristo, qualquer palavra que pudesse ser usada em apoio a atos terroristas. Diferentemente do que acontece no islamismo, quando qualquer um que se diz cristão age como um assassino, ele está agindo de forma contrária aos ensinos de Cristo.

domingo, fevereiro 20, 2011

Rio - O Filme

Animado para ver esse filme. Acho que vai ser legal. Eu tenho um carinho pelo Rio de Janeiro, especialmente pelo meu tempo como missionário nas favelas. Tempo dificil, mas tempo bom.

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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