Razões Cumulativas para o Cristianismo por Chad Gross
(Áudio MP3 aqui em breve)
Neste ensaio, vou compartilhar algumas das razões por que eu sigo Jesus Cristo.
Se Deus não existe, cada um dos nossos pensamentos são simplesmente o produto de uma longa série de acidentes aleatórios, irracionais. Como C. S. Lewis certa vez disse: "... se ... pensamentos ... são apenas subprodutos acidentais, por que deveríamos acreditar que um acidente pode ser capaz de dar uma explicação correta de todos os outros acidentes."1
O fato que nós, como seres finitos, podemos refletir em questões como "Deus existe?" é uma poderosa evidência de sua existência. Para alguém poder raciocinar sobre qualquer coisa, a existência de Deus deve ser pré-suposta. Eu não vejo nenhuma base sólida para concluir que processos naturais irracionais possam produzir seres racionais. Uma mente extremamente racional parece ser a explicação mais lógica das habilidades de raciocínio da humanidade.
A cosmologia moderna descobriu que o universo teve um começo. No passado finito, toda a matéria, espaço, tempo e energia explodiu para a existência do nada no que hoje é conhecido como o "Big Bang". Logicamente, a causa desta explosão não poderia ser de dentro da ordem natural porque a natureza em si mesma não existia antes do Big Bang e, portanto, pode-se concluir que a causa do Big Bang, existe fora da natureza, ou seja é sobrenatural. Além disso, a partir de dados relevantes, pode-se deduzir que esta causa é algo que não tem limites, atemporal, imaterial, sobrenatural e inconcebivelmente poderosa.2
Como disse Arno Penzias, vencedor do Prêmio Nobel pela descoberta da radiação cósmica de fundo que corroborou o Big Bang: "Os melhores dados que temos são exatamente o que eu poderia ter previsto se não tivesse mais nada para onde ir, mas os cinco livros de Moisés, os Salmos, e n Bíblia como um todo".3
Além disso, verificou-se que desde o princípio, as constantes iniciais que permitem ao nosso universo sustentar a vida estavam presentes. Isso significa que desde o primeiro momento que o universo veio à existência, ele foi programado, por assim dizer, para formar o universo que habitamos. Como resultado, muitos concluíram que o Big Bang não poderia ter sido um evento aleatório, caótico, mas um momento preciso, pré-figurado de criação.4 Como um teísta, posso concluir que algo + nada = tudo, no entanto, o ateu, conforme admitido pelo filósofo Quentin Smith, tem que acreditar que o universo surgiu "do nada, por nada e para nada."5
O apóstolo Paulo escreveu: "E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé". (1 Coríntios 15:14).
Dr. Gary Habermas elaborou uma lista de mais de 2200 fontes em francês, alemão e inglês no qual os especialistas têm escrito sobre a ressurreição de 1975 até o presente. Ele identificou fatos mínimos (12 no total) que estão fortemente evidenciados e que são considerados históricos pela grande maioria dos estudiosos, incluindo os céticos.
O erudito Mike Licona explica a abordagem dos fatos "mínimos" para a ressurreição:
Sob esta abordagem, podemos considerar apenas os fatos que atendem a dois critérios. Em primeiro lugar, a evidência histórica que os apóia deve ser muito forte. E em segundo lugar, a evidência deve ser tão forte que a grande maioria dos estudiosos de hoje sobre o assunto, incluindo céticos, os aceita como fatos históricos... Sejamos sinceros: há uma maior probabilidade de que um fato supostamente histórico seja verdade, quando alguém aceita o mesmo, embora não esteja de acordo com a suas crenças metafísicas.6
Este conjunto de fatos é baseada tendo a Bíblia apenas como literatura histórica antiga.
Embora todos esses fatos sejam aceitos pela grande maioria dos estudiosos, vamos focar sobre os cinco que são mais bem evidenciados. Eles são os seguintes:
Fato # 1 - Jesus foi morto por crucificação
Fato # 2 - Os discípulos de Jesus acreditavam que ele ressuscitou e apareceu para eles
Fato # 3 - A conversão de Paulo, perseguidor da Igreja
Fato # 4 - A conversão do cético Tiago, meio irmão de Jesus
Fato # 5 - O túmulo de Jesus estava vazio7
A melhor explicação para esses fatos é que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. O cético, que rejeita esta conclusão, deve ser capaz de não só fornecer as teorias alternativas para explicar os dados, mas também apresentar provas do primeiro século para fundamentar as suas conclusões.8
Finalmente, quando alguém coloca sua fé em Cristo, o Espírito Santo irá confirmar que ele é salvo:
"O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Romanos 8:16 a, CSB).
Esta é uma evidência experimental para o crente que Jesus é quem Ele disse que era/é.
No entanto, temos que abordar o fato de que outras religiões do mundo afirmam possuir "testes de verdade." O muçulmano irá lhe dizer para seguir o Islã, porque só Deus poderia ter escrito o Alcorão.9 Além disso, o Livro de Mórmon nos diz que o Espírito Santo manifestará a verdade do mormonismo quando você pedir a confirmação através de oração.10
É imperativo que compreendamos que a experiência de um crente deve se correlacionar com a evidência externa disponível através da história, arqueologia e fatos observáveis.
O teste para a verdade do Alcorão é altamente subjetivo, considerando que um cristão pode alegar que o Salmo 19 é superior em forma literária à primeira Sura do Alcorão.
Além disso, o Livro de Mórmon se revele insuficiente sob investigação crítica, devido à praticamente inexistente evidência arqueológica para fundamentar suas alegações.
E em relação ao cético que não acredita em Jesus, afinal?
A ressurreição fornece uma análise objetiva da verdade, como Habermas e Licona explicam:
"Temos o teste externo, que, se Jesus realmente ressuscitou dos mortos, nos parece que a verdade do cristianismo é confirmada e todos os adeptos de crenças conflitantes devem reavaliar se a sua garantia veio de um outro espírito que não Deus ou foi o resultado de auto-ilusão".11
Foi Jesus quem disse: "Se alguém decidir fazer a vontade de Deus, descobrirá se o meu ensino vem de Deus ou se eu falo por mim mesmo" (João 7:17 NVI, grifo meu). É um passo de fé necessário? Sim, no entanto, a fé não deve ser um salto cego no escuro, mas um passo razoável em direção à luz fundamentado na razão e nas evidências.12
Recursos e Notas:
1. C.S. Lewis, God in the Dock (Deus na doca) (Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1970), p. 52-53.
2. Para um sumário de fácil leitura da evidência para o Big Bang, eu recomendo o livro do agnóstico Robert Jastrow, God and the Astronomers (Deus e os astrônomos).
3. Citado por Dinesh D'Souza, What’s So Great about Christianity (O que é tão bom sobre o Cristianismo) p.124.
4. Para olhar em profundidade a precisão do Big Bang e a existência das constantes cosmológicas, desde o momento da criação, eu recomendo a obra de William Lane Craig Reasonable Faith, 3ª edição.
5. William Lane Craig e Quentin Smith, Theism, Atheism, and Big Bang Cosmology (Teísmo, Ateísmo e Cosmologia do Big Bang) (Oxford: Clarendon Press, 1993), 135.
6. Lee Strobel, The Case for the Real Jesus (Em Defesa do Jesus Real): Entrevista com Mike Licona (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing, 2007), p. 112.
7. Eu escrevi mais sobre as razões pelas quais a maioria dos estudiosos aceitam esses fatos aqui (em inglês).
8. Eu abordei algumas das objeções mais comuns para a ressurreição aqui (em inglês).
9. Sura 2:23-24, O Sagrado Alcorão, p.7; Texto e Tradução explicativa por Muhammad Marmaduke Pickthall.
10. Moroni 10:4-5, O Livro de Mórmon, p. 529 por Joseph Smith Júnior
11. Gary Habermas e Mike Licona, The Case for the Resurrection (Em Defesa da Ressurreição), (Grand Rapids, MI: Kregal Publications, uma divisão da Kregal Inc., 2004), p. 28.
12. Eu escrevi mais sobre a definição de fé aqui (em inglês).
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