sábado, outubro 30, 2010

Se Charlie Brown for pedir "Doces ou Travessuras" na casa de um evangelista...

"É a Grande Abóbora Charlie Brown"

Erros de pensamento que devemos evitar: 12 Falácias comuns


Entre nossas leituras diárias, passamos pelo site do Reasons to Believe e vimos algumas coisas interessantes.
Entre elas, uma lista de 12 falácias que devemos evitar em nossos argumentos. É algo importante não somente para saber quando alguém está usando um argumento falacioso, falho, mas principalmente, para evitarmos usar de tais argumentos. O que me chamou atenção nessa lista é que ela aponta as falácias mais comuns. Além disso, temos ouvido o podcast do Reasons to Believe, Straight Thinking (algo como Pensamento Correto), com o filósofo Kenneth Samples.
Veja abaixo a lista das 12 falácias que devemos evitar:

Argumentum ad baculum: Utilização de algum tipo de privilégio, força, poder ou ameaça para impor a conclusão.
Ex: "Acredite no que eu digo; não se esqueça de quem é que paga o seu salário"

Argmentum ad misericordium: “Apelo à Piedade” Pede-se a aprovação do auditório na base do estado lastimoso do autor.
Ex: “Eu não assassinei meus pais com um machado! Por favor, não me acuse; você não vê que já estou sofrendo o bastante por ter me tornado um órfão?”

Falácia genética. Erro de pensamento em que mostrar como algo que se desenvolveu é mostrar o que é. Tenta-se diminuir a posição de alguém mostrando sua origem.
Ex: as Testemunhas de Jeová se recusam a festejar aniversários natalícios ou outras festividades por terem origem pagã, sem terem em conta a evolução destas práticas, incorrem na falácia genética.
Um outro exemplo, quando alguém diz “você é cristão somente porque você nasceu em um pais cristão”, tentando diminuir a validade do cristianismo por causa disso. Existem cristão que nasceram em países islâmicos, por exemplo, e vieram a fé cristã mais tarde em suas vidas.

Otimismo exagerado: significa tomar os desejos por realidades e tomar decisões, ou seguir raciocínios, baseados nesses desejos em vez de em fatos ou na racionalidade.
Ex: Paul Wolfowitz predisse que "uma explosão de alegria irá saudar os nossos soldados" nas vésperas da Guerra do Iraque de 2003.

Post hoc ergo propter hoc, “Depois disso, por causa disso”: Consiste em dizer que, pelo simples fato de um evento ter ocorrido logo após o outro, eles têm uma relação de causa e efeito. Também conhecida como "Correlação não implica causa". (Correlation does not imply causation).
Ex: "O Japão rendeu-se logo após a utilização das bombas atômicas por parte dos EUA. Portanto, a paz foi alcançada devido à utilização das armas nucleares."

Argumentum ad ignorantiam, “Apelo à Ignorância”: Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso. Argumento muito comum entre os ateus, que dizem que já que o ateísmo não pode ser provado como falso (não se pode provar uma negativa) o ateísmo é verdadeiro.
Ex: “Como não provaram que fantasmas não existem, então eles devem existir.”

Derrapagem, também conhecida como “Falácia do dominó”: assume-se uma pequena movimentação como um gatilho para que tudo siga para aquele sentido.
Ex: “Sou contra a eutanásia, porque daqui a pouco estaremos aprovando assassinatos e até genocídio generalizado.”

Generalização Precipitada, essa falácia aparece em todos os lugares: É o julgamento precipitado sobre uma amostra que é pequena demais em relação à população ou dado que ela quer apoiar, que acaba tendo uma generalização tendenciosa.
Ex: Fred, o australiano, roubou a minha carteira. Portanto, os Australianos são ladrões.

Argumentum ad hominem, “Ataque ao argumentador”: em vez de o argumentador provar a falsidade do enunciado, ele ataca a pessoa que fez o enunciado.
Abusivo: em vez de atacar uma afirmação, o argumento ataca pessoa que a proferiu.
Circunstancial: em vez de atacar uma afirmação, o autor aponta para as circunstâncias em que a pessoa que a fez e as suas circunstâncias.
Tu quoque (“Você Também”), Falácia do "mas você também": ocorre quando uma ação se torna aceitável pois outra pessoa também a cometeu. Uma forma de ad hominem.

Falácia do homem de palha: É mais fácil atacar um homem de palha do que um homem de verdade. Consiste em criar idéias reprováveis ou fracas, atribuindo-as à posição oposta.
Ex: Quem acredita na Bíblia acredita que Jonas foi engolido por uma baleia.

Omissão de dados: O autor escolhe quais dados compartilhar e quais dados ignorar. Dados importantes, que arruinariam um argumento indutivo, são excluídos.
Ex: Muito provavelmente o Corinthians vai ganhar este jogo porque ganhou nove dos últimos dez jogos (esquecendo de informar que oito desses jogos foram contra times da segunda divisão e seu adversário atual é da primeira divisão).

Humor dispersivo e ridicularização: Todo mundo gosta de uma boa piada, mas em um debate por vezes o humor pode ser mal usado para evitar o assunto de verdade ou para ridicularizar o oponente de forma desleal.

Como podemos saber a diferença entre ciência de verdade e pseudo-ciência?


Por Bill Pratt
Tradução Pés Descalços

Uma das acusações mais comuns que os adversários do Design Inteligente (DI) atiram contra os teóricos do DI é que DI não é ciência de verdade. Eles vão dizer que uma verdadeira teoria científica deve ser testável contra o mundo empírico, deve fazer previsões, deve ser falsificável, deve ser explicativa em referência à lei natural, e assim por diante. Eles apontam para o DI e dizem que não cumpre todos esses critérios e, portanto, o DI não deve ser ciência.
Mas isso é verdade? Existe realmente critérios que definem se uma coisa é ou não ciência? Bem, se você perguntar para os filósofos da ciência (os especialistas acadêmicos sobre essa questão), eles lhe dirão que nenhum desses critérios existe. Toda tentativa de formular um conjunto de critérios rígidos acabou acidentalmente excluindo o que cientistas consideram campos científicos legítimos. Não há um conjunto de critérios acordados para separar a ciência da pseudo-ciência; isso simplesmente não existe entre os filósofos da ciência.
Segundo o filósofo da ciência Stephen Meyer, importantes filósofos da ciência, como Larry Laudan, Philip Quinn e Philip Kitcher têm argumentado que a questão se algo é ciência ou não é ao mesmo tempo "intratável e desinteressante". Meyer explica que "eles e a maioria dos outros filósofos da ciência têm cada vez mais percebido que a verdadeira questão não é se uma teoria é 'científica' de acordo com uma definição abstrata, mas se uma teoria é verdadeira, ou apoiada pelas evidências."
Essa é a chave. As teorias não devem ser rejeitadas ou aceitas pelas definições do que é ou não é ciência, mas pela evidência que apóia a teoria. Este conceito parece tão simples e óbvio, mas a tentativa de demarcação entre a ciência e a não-ciência é uma técnica favorita dos adversários do DI. Ao chamar DI de não-científica, os adversários nunca têm que olhar para as provas. Que conveniente! Chame isso de pseudo-ciência e siga em frente, sem nunca parar para examinar as provas ou avaliar os argumentos apresentados pelos proponentes de DI.
Meyer cita um filósofo da ciência, Martin Eger, que conclui: "Os argumentos de demarcação entraram em colapso. Os filósofos da ciência não se prendem mais a eles. Eles ainda podem desfrutar de aceitação no mundo popular, mas esse é um mundo diferente." De fato o é.
Para ler mais sobre este assunto, consulte este artigo de Stephen Meyer (em inglês).

A CIÊNCIA ESTÁ MORTA! ... Sem a filosofia


Tradução Pés Descalços

Na primeira página do capítulo 1 do mais recente livro de Stephen Hawking e Leonard Mlodinow, The Grand Design, o seguinte é declarado para questões sobre a origem do universo:

"Tradicionalmente, essas são questões para a filosofia, mas a filosofia está morta. A filosofia não tem acompanhado a evolução da ciência moderna, particularmente a física. Cientistas tornaram-se os portadores da tocha da descoberta, em nossa busca pelo conhecimento."

Esta declaração reflete a atitude de muitos para com a filosofia. Eu, pessoalmente, tenho encontrado esse tipo de "soberba científica" em conversas e interações com os céticos.

Afirmações do tipo
"Prefiro perguntar para um físico do que um filósofo em qualquer situação.”
ou
"Os filósofos estão cheios de mentiras e só gostam ouvir a si mesmos falando, eu vou aceitar a palavra de um físico quântico ao invés da deles em qualquer situação."
não são totalmente incomuns na blogosfera ou no jornal local.

Dentro destas declarações, como a feita no novo livro de Hawking, existe um óbvio equívoco que precisa ser tratado. Simplificando, a ciência é construída sobre a filosofia. De fato, como os autores Dr. Norman Geisler e Dr. Frank Turek apontam, a ciência é escrava da filosofia. Por quê? Porque:

Não se pode fazer ciência sem filosofia. Pressupostos filosóficos são utilizados na busca pelas causas e, portanto, não podem ser o resultado delas. Por exemplo: os cientistas presumem "pela fé" que a razão e o método científico permitem que compreendamos com precisão o mundo ao nosso redor. Isso não pode ser provado pela própria ciência. Você não pode provar as ferramentas da ciência — a lei da lógica, a lei da causalidade, o princípio da uniformidade ou a confiabilidade da observação — executando algum tipo de experimento. Você precisa pressupor que aquelas coisas são verdadeiras para poder realizar o experimento! Desse modo, a ciência está construída em cima da filosofia. Infelizmente muitos assim chamados cientistas são na verdade filósofos muito ruins. [1]

De fato. Mesmo a declaração, "A ciência é a única fonte de verdade objetiva" não é em si uma verdade científica, mas ele afirma ser verdade! Portanto, a declaração se autodestrói.
A ciência é uma ferramenta extremamente valiosa e as contribuições para a humanidade têm sido grandes. Mas não nos deixemos enganar: a ciência deve a sua existência à filosofia.

Coragem e Boa sorte,
Chade

Recursos:
1. Dr. Norman Geisler e Turek Dr. Frank, Não tenho fé suficiente para ser ateu, p. 127-128 (em inglês). Nota: Geisler e Turek oferecem duas outras formas pelas quais a ciência é construída sobre a filosofia em seu livro.

O Cristianismo é Verdadeiro? - Ateísmo: uma hipótese falsificada


Ateísmo: Uma Hipótese falsificada por Brian Colón

(Áudio em MP3 aqui em breve)

Vários ateus gostam de reclamar que o teísmo, ao contrário do ateísmo não é falsificável. Se isso for verdade, então isso significa que o ateísmo pode ser provado falso. Teísmo não pode. Muitos ateus consideram que este é um ponto forte para o ateísmo e um ponto fraco para o teísmo. O problema é que, uma vez que o ateísmo PODE ser provado falso, SE FOR provado falso, então Teísmo (sua negação) seria, necessariamente, provado verdadeiro. Quando existem apenas duas respostas possíveis para uma proposição, e uma deles for provada falsa, então a outra é necessariamente verdadeira. Considere a pergunta "Deus existe?" Há apenas duas respostas possíveis: "sim" e "não". Se a resposta "não" foi provada falsa, então a única resposta alternativa restante é "sim".

O caminho que eu escolhi para mostrar que o ateísmo é falso é mostrando as próprias contradições dentro da cosmovisão ateísta. Logicamente falando, se uma proposição contém conseqüências necessárias que são elas próprias auto-contraditórias, então a proposição não pode ser verdade. Por exemplo, não existem cadáveres vivos, não há trabalhadores desempregados, e não há água desidratada.

De acordo com alguns ateus famosos, aqui estão algumas conseqüências necessárias do ateísmo: “Deus não existe, não existe nada além do mundo físico” (Dan Barker - Protest sign at the Washington State Capital / Sinal de protesto na capital do Estado de Washington). “Os seres humanos não são nada, mas máquinas que geram DNA” (Richard Dawkins – Deus, uma ilusão). “A moralidade está baseada no consenso entre seres humanos” (Gordon Stein - “The Great Debate: Does God Exist?” / "O grande debate: Será que Deus existe?"). Se isso for verdade, seria impossível explicar coisas como absolutos morais, as leis da lógica, ou a dignidade humana; três coisas que todos nós entendemos que são indiscutíveis.

Absolutos Morais
Todo ateu que eu já conheci acredita que assassinato e estupro é mau. Mas qual é o mau? Eu pensei que tudo o que existe é a matéria. Existe alguma coisa má sobre a matéria? Por acaso a faca se importa que alguém a use para matar alguém? Claro que não. Talvez o mal seja apenas algo que nós experimentamos que diminuí a nossa felicidade. Isso não quer dizer que, já que o estuprador aumenta a sua felicidade por estuprar pessoas, então estuprar pessoas seria considerado bom para ele? Quem vai dizer que os juízos morais do estuprador são falhos e os nossos não são?

Uma vez uma mulher atéia me disse que ela soube que seu colega estava traindo sua esposa com outra mulher do escritório. Ela me disse que estava indignada com quão imoral ele era e como ela perdeu todo o respeito por ele. Eu perguntei "O que estava tão errado com o que ele fez?" Por que o fato de que ele era casado torna o ato de sexo com outra mulher imoral? Ela simplesmente disse: "É simplesmente errado!" Eu concordo, mas eu gostaria de saber por que ele no final das contas está errado dado a cosmovisão do ateísmo.

Leis da Lógica
Considere a lei de "meio excluído" que diz que uma proposição é verdadeira ou falsa, não existe uma terceira opção. Qual é o fundamento ontológico dessa lei? Essa lei é apenas resultado das funções químicas no nosso cérebro? Se sim, então como é que é universal? A lei é material? Claro que não! As leis da lógica são entidades imateriais abstratas, coisa que não pode existir se a única coisa que existe é a matéria.

Dan Barker, em um debate com o Dr. James White, tentou refutar esse argumento, dizendo que "a lógica não é uma coisa." Bem, se por coisa ele quer dizer um objeto físico, então eu concordo com ele. O problema é que ele já disse que o físico é tudo o que existe. Assim, de acordo com Dan Barker, não há lógica.

Dignidade Humana
Por que as pessoas vestem um jaleco e argumentam que as pessoas são simplesmente animais evoluídos, e depois dizem que não devemos tratar as pessoas como animais? Se tudo o que existe é a matéria, então isso significaria que nós não somos nada a não ser matéria também. Se isso for verdade, então porque acreditamos que os seres humanos são dignos de respeito? Em um debate com Paul Manata, Dan Barker afirma que os seres humanos não são mais importantes do que de brócolis. Acho muito interessante que o pedaço de brócolis conhecido como Dan Barker acha que outros pedaços de brócolis são dignos de amor e respeito, como se fossem algo mais do que de brócolis. Cada dia todos nós tratamos uns aos outros com respeito e dignidade, e todos nós sabemos que aqueles que desrespeitam as pessoas não deveriam fazer isso. Isso é verdadeiro para teísta e para o ateu. Os seres humanos são realmente dignos de respeito. Isso é inexplicável na cosmovisão ateísta.

Conclusão
O ateu é capaz de reconhecer os absolutos morais, leis da lógica e da dignidade dos seres humanos, três coisas que não podem existir, dada a visão de mundo do ateu. Então a pergunta é, porque o ateu está contradizendo sua cosmovisão? A resposta é óbvia, porque, como vimos, a proposição "Deus não existe" acarreta conseqüências impossíveis.

Há, no entanto, uma outra visão de mundo que é capaz de explicar as coisas que o ateu não pode explicar, ou seja, o teísmo cristão. No teísmo cristão, absolutos morais fazem sentido porque Deus é apresentado como o padrão moral absoluto. Entidades imateriais, atemporais, transcendentes, tais como as leis da lógica fazem sentido porque elas podem ser fundamentadas em um Deus imaterial, atemporal, transcendente. A dignidade humana faz sentido, porque os seres humanos são criados à imagem do único ser digno de honra e louvor: Deus.

O ateísmo é insuficiente e incapaz de explicar a nossa experiência do mundo que nos rodeia. O ateísmo, portanto, não pode ser verdade. É por isso que eu concluo que a melhor prova da existência de Deus é a impossibilidade do contrário.

terça-feira, outubro 26, 2010

segunda-feira, outubro 25, 2010

Segundas terminológicas: adiáforo


Adiáforo:
Elemento de crença não-essencial à salvação. No pensamento luterano, os adiáforos eram definidos como práticas da igreja não exigidas nem proibidas pelas Escrituras. Hoje, adiáforos são elementos não mencionados com clareza na Bíblia, os quais os cristãos podem praticar livremente ou nos quais podem crer de consciência limpa diante de Deus, uma vez que não influem na salvação.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

sexta-feira, outubro 22, 2010

O Cristianismo é Verdadeiro? - O Cristianismo explica Lógica


O cristianismo explica Lógica por Glenn Hendrickson

(Áudio em MP3 aqui em breve)

Tem havido muitas tentativas para provar a existência de Deus, a validade do Cristianismo, a ressurreição ou a divindade de Cristo, etc. Todos estes recaem sob a denominação geral de Apologética Cristã. Vários métodos e os dados foram empregados neste empreendimento, todos com o objetivo de justificar em parte, ou o toda da visão de mundo cristã. Espero demonstrar em meu breve ensaio que a cosmovisão cristã é justificado sobre e contra uma cosmovisão ateísta com base no uso cotidiano da lógica pela humanidade.

O argumento pode ser apresentado da seguinte forma:

1. O que todos nós experimentamos está baseado nas leis da lógica.
2. A cosmovisão cristã sozinha adequadamente explica e esclarece as leis da lógica.
3. Portanto, tudo o que experimentamos não pode ser explicado ou contabilizado fora da cosmovisão cristã.

Ponto 1 é pouco controverso. Consciente ou inconscientemente, todos os seres humanos usam a lógica. Nós evitamos contradições, mentiras, fazer escolhas mal informadas, etc, porque (entre outras coisas), essas coisas não são lógicas. As pessoas lutam por coerência de pensamento e de vida, procurando por padrões, tomada de decisões com base no passado, mudando comportamentos que renderam resultados indesejáveis. Quando as pessoas fazem um orçamento com dinheiro para evitar gastos excessivos elas usam lógica. Quando planejam aulas, reuniões, festas, etc. elas usam lógica. Embora grande parte da lógica que estou descrevendo não é imediatamente reconhecida como lógica, é uma experiência inegável compartilhada por todos.

O ponto 2 é uma afirmação ousada que talvez necessite de mais justificação. Claro, seres humanos de todos os tipos usam a lógica de algum tipo para seguir pelo dia. Mas como isso é possível? Se os seres humanos em todos os lugares podem reconhecer padrões, contagem, comunicação (mesmo em níveis de base), adquirir conhecimentos, e assim por diante, então como se explica isso? Talvez se a lógica só fosse perceptível nas sociedades com as melhores escolas e sistemas de educação, poderíamos dizer que é aprendida. Mas esse claramente não é o caso. Grupos primitivos povos têm sido observados contando e recontando histórias, realizando cerimônias religiosas, crenças e conhecimentos que passam de geração em geração. Seu modo de vida é notavelmente diferente do que muitas das pessoas que acessam este artigo online, mas, no entanto, eles apresentam a lógica em seu cotidiano.

A alegação de que a cosmovisão cristã sozinha adequadamente explica e esclarece as leis da lógica é uma declaração que deve ser descompactada. A cosmovisão cristã é a perspectiva e interpretação da vida, de Deus, do homem, do mundo, etc, que é apresentada nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, a Bíblia. Esta visão está em oposição a todas as outras cosmovisões concorrentes, sejam eles religiosas ou seculares em sua na natureza. A Bíblia pinta um retrato do homem sendo criado à imagem (ou semelhança) de Deus (Gênesis 1:26-27; Tiago 3:9). O Deus trino, assim, nos criou com a capacidade de raciocinar logicamente, refletindo a forma como Ele pensa e raciocina. O comportamento lógico da humanidade é reflexo da lógica inerente à pessoa de Deus.

Uma visão evolutiva, por exemplo, pode apresentar a idéia de que a humanidade tem evoluído de formas de vida inferiores em um processo puramente naturalista. Se supusermos, pelo bem do argumento, de que este é o caso, eu apresentaria a questão de como a lógica pode ser encontrada em todas as pessoas? Nós vemos o mesmo processo básico em ação em civilizações e culturas completamente diferentes e separadas uma das outras que é difícil aceitar a afirmação de que o processo da evolução poderia gerar a lógica, o raciocínio das pessoas em todos os sentidos.

Ao contrário do ponto de vista ateu, que é forçado a assumir algum tipo de processo evolutivo para explicar a existência de seres inteligentes e racionais, a cosmovisão cristã explica convincentemente que toda a humanidade faz uso da lógica, pois Deus nos criou para isso. A presença da lógica cotidiana é facilmente explicada pela cosmovisão cristã, se encaixa perfeitamente com a explicação da natureza de Deus (como um ser lógico) e do homem (isto é, de todos os homens e mulheres como criaturas feitas à imagem de Deus).

Dos pontos 1 e 2 segue no ponto 3 que o que todos nós experimentamos não pode ser explicado ou respondido para além da cosmovisão cristã, como só ela pode explicar adequadamente a universalidade das leis da lógica. O ateu está em desvantagem, sem uma explicação satisfatória para a existência da lógica no homem. A visão bíblica faz todo o sentido para o raciocínio lógico, e assim por diante - mas o ateu não tem nenhuma boa explicação para o fenômeno da lógica ou para seu uso da lógica (se admitirmos pressupostos ateus). É quase cômico que, para que um ateu apresente um argumento contra a existência de Deus, eles devem primeiro chegar à visão cristã do mundo para emprestar suas ferramentas - lógica, raciocínio, ética, moralidade, etc

Este argumento para o Cristianismo é melhor entendido, não como um raciocínio partindo de baixo para cima (ou seja, movendo-se autonomamente a partir de premissas neutras para uma conclusão definitiva ou provável), mas como um reconhecimento de que o cristianismo deve ser assumido como verdadeiro no nível de pressuposto para se usar a lógica como um tudo. O mesmo poderia ser dito para a ética, beleza, conhecimento, raciocínio, o conceito de verdade absoluta, juízo de valores, a indignação moral na presença do mal, reconhecimento do mal, do amor, honra, etc. Nas premissas ateístas, o homem é o mais alto tribunal de apelo. Isso e muitas outras coisas se tornam relativas e sem sentido, sem o Deus da Bíblia no quadro. Em suma, o fato de que existe um quadro para começar prova a cosmovisão bíblica.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Vídeo evangelismo no Amapá em 2006

Eu acho que não postamos esse vídeo, do impacto evangelístico que fizemos com a Jocum em 2006.
Seja como for, estou postando agora porque foi um tempo bom de aprendizagem e trabalho. Muitas das bases do que nosso ministério veio a ser tiveram seu início nesse período.

terça-feira, outubro 19, 2010

O Cristianismo é Verdadeiro? - Os Evangelhos Assim me Dizem


Os Evangelhos Assim me Dizem por Vocab Malone & Paul D. Adams

(Áudio em MP3 aqui em breve)

Porque acreditar que o Cristianismo é verdadeiro? Porque os Evangelhos assim me dizem. Embora isso possa parecer banal ou disperso, é uma resposta razoável, se o conteúdo bíblico preserva os eventos como eles realmente aconteceram. E se o cristianismo é baseado em determinados fatos empiricamente verificáveis, então o cristianismo é verdade. Este ensaio vai falar sobre a confiabilidade geral dos Evangelhos do Novo Testamento.

Questões preliminares sobre literatura antiga que se proponham a ser um registro preciso de eventos históricos incluem: "Qual é a intenção dos autores?" "Será que os autores dos Evangelhos pretendiam capturar um retrato verdadeiro da vida e da obra de Jesus de Nazaré?" Se não, então isso é, no mínimo, psicologicamente ingênuo e, no máximo, historicamente irresponsável confiar nos relatos dos Evangelhos como fontes precisas. Se pode ser demonstrado que os autores dos Evangelhos pretendia escrever biografias e registrar com precisão as palavras e obras de Jesus, então tem-se uma pequena distância para se chegar a acreditar que Cristianismo é verdadeiro.

Devemos dar o benefício da dúvida aos Evangelhos ou devemos assumir que eles são imprecisos? Dr. Greg Boyd adverte contra tomar esta última postura:
Os historiadores geralmente assumem que a intenção do autor é escrever história se ele ou ela parece que está tentando escrever história... Nós em geral confiamos no relato a não ser que tenhamos razões para não fazê-lo. O ônus da prova, em resumo, é sempre assumida por estar sobre os historiadores para demonstrar que a obra não é confiável, pois não recai sobre os documentos em cada caso para demonstrar o contrário... A menos que este pressuposto de senso comum seja assumido, é difícil ver como a disciplina da escrita antiga da história poderia decolar.1

Professor Luke Timothy Johnson destaca o resultado desesperado da aplicação da metodologia cética a documentação histórica:
Cada escritor segue o caminho previsível de redução racionalista. Dificuldades históricas nos textos que temos são entendidos como obstáculos sem esperança, que deve conduzir inevitavelmente ao ceticismo. O vazio de ceticismo é, então, preenchido com a especulação inventiva. A especulação não é uma leitura alternativa razoável com base na evidência disponível, mas uma remodelação completa das peças, gerando um quadro mais satisfatório para a sensibilidade estética ou religiosa dos autores.2

Se quisermos evitar as armadilhas agnósticas do ceticismo, deveríamos conceder a cortesia que Boyd registra acima e aplicá-la aos evangelhos do Novo Testamento.

Embora as biografias modernas geralmente cobrem a vida inteira de seus biografados, os biógrafos antigos eram mais seletivos e focavam na final da vida da pessoa. O Julgamento de Sócrates de Platão é um bom exemplo. Essa seletividade pode explicar porque é que existe pouco sobre a vida de Jesus antes de começar seu ministério público.

A testemunha ocular era considerada essencial para uma biografia greco-romana de confiança. No prólogo de Lucas está claro que ele entrevistou testemunhas antes de montar um relato preciso da vida de Jesus (Lc 1:1-4). Além disso, é possível que o Evangelho de Marcos tenha um inclusio* que começa e termina com Pedro, tradicionalmente entendido como fonte principal de Marcos. Martin Hengel observa que Marcos 1:17 e 16:07 busca mostrar que Pedro foi a testemunha ocular legítima pela qualificação em Lucas 1:2, João 15:27 e Atos 1:22.3

Paul D. Adams (o co-autor deste trabalho), faz alguns pontos importantes sobre a cultura oral do primeiro século. Ele escreve:
Embora o direito do autor para resumir, em vez de citar cada palavra, era reconhecido, existia uma intensa preocupação com o rigor no que constava como história, tanto na tradição greco-romano quanto na tradição judaica... A questão principal é entre resumo versus citação. Mas, como [Darrell] Bock lembra, "é possível ter verdade histórica sem recorrer sempre a citações explícitas.4

Se os Evangelhos são historicamente exatos, então os eventos neles descritos devem estar alinhados com pessoas e lugares reais. A arqueologia pode ser extremamente útil para confirmar o registro histórico. Considere a descoberta do ossuário (caixa de ossos) de Caifás, fora de Jerusalém em 1990. Este artefato tem os ossos do “Yehosef bar Kayafa", traduzido como "José, filho de Caifás".5

Escavações verificaram as piscinas de Betesda (João 5:1-15) e Siloé (João 9:1-11).6 Betesda é especialmente relevante já que muitos críticos duvidavam da precisão de João, só para mais tarde descobrirem que sua descrição corresponde até ao mais pequeno detalhe. Da mesma forma, em 1961, uma equipe de arqueólogos italianos trabalhando em um teatro em Cesaréia Marítima encontrou o que agora é conhecido como a "Pedra de Pilatos". Ela menciona Tibério e inclui uma inscrição descrevendo Pilatos como o prefeito da Judeia.7 No mínimo, existe cerca de vinte pessoas diferentes mencionadas nos Evangelhos, sejam confirmadas pela arqueologia ou citadas pelos escritores não-cristãos.8 Pela estimativa de Craig Blomberg quase sessenta detalhes históricos do evangelho de João foram confirmados.9 Obviamente, esses resultados afirmam a veracidade dos Evangelhos.

Em resumo, os autores dos Evangelhos tiveram como intenção fazer um registro preciso do ministério terreno de Jesus e podemos verificar que eles foram precisos. A arqueologia e historiadores não-cristãos dão confirmação aos Evangelhos, oferecendo evidências de que quando lemos sobre as ações e a mensagem de Jesus nos Evangelhos, nós estamos lendo o que realmente aconteceu. Em suma, o Cristianismo é verdadeiro, porque "a Bíblia assim me diz."

*Um inclusio é um artifício literário que suporta ou moldura uma seção repetindo propositalmente a mesma palavra ou frase no início e no final da seção. Também chamado de um "envelope".

NOTAS
1 Gregory A. Boyd, Cynic Sage or Son of God? Recovering the Real Jesus in an Age of Revisionist Replies (Wheaton, Ill: BridgePoint, 1995), 220-221.
2 Luke Timothy Johnson, The Real Jesus: The Misguided Quest for the Historical Jesus and the Truth of the Traditional Gospels (New York: HarperCollins, 1997), 32.
3 Richard Bauckham, Jesus and the Eyewitnesses: The Gospels as Eyewitness Testimony (Grand Rapids, Mich.: Eerdman’s ), 124-126.
4 See http://tmch.net/mystery.htm and references there.
5 see http://www.formerthings.com/caiaphas.htm, cf. Matthew 26:3; 57; Luke 3:2.
6 Hershel Shanks “Where Jesus Cured the Blind Man” Biblical Archaeology Review vol 31 no 5 Sep/Oct 2005, 16-23
7 see http://www.formerthings.com/pontius.htm
8 See Table 10.1 in Norman L. Geisler and Frank Turek, I Don’t Have Enough Faith to Be an Atheist, (Wheaton, Ill.: Crossway Books, 2004), 270.
9 Craig Blomberg, The Historical Reliability of John’s Gospel (Downers Grove, Ill: IVP, 2001), 70-280.

Em luto pela morte de nosso amigo



Estamos em luto pela morte cruel e covarde de nosso amigo e irmão em Cristo Maurício Dantas.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Segundas terminológicas: acomodação


Nada como começar a semana com um termo teológico. E a partir de agora, todas as segundas vamos postar um termo de teologia com uma breve explicação para que possamos juntos aprender mais sobre teologia, além de nos ajudar a entender melhor certos textos, especialmente os mais técnicos.
Espero que vocês gostem.

Acomodação:
Refere-se ao ato de Deus tornar-se conhecido à humanidade em palavras e meios adequados para que a mente humana finita tenha condições de entender. O exemplo mais significativo em que Deus se ajustou à humanidade é o advento de Jesus Cristo – a divindade assumindo a forma humana.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

domingo, outubro 17, 2010

A Verdadeira Salvação Através de Jesus Cristo

O Cristianismo é Verdadeiro? - O Cristianismo é Objetivamente Verdadeiro


O cristianismo é objetivamente verdadeiro por Marcus McElhaney

(Áudio em MP3 aqui em breve)

Creio que o cristianismo é objetivamente verdadeiro. O que quero dizer é que o cristianismo bíblico é verdade não importa se você ou eu acreditemos ou não. Três motivos principais levaram-me a esta conclusão:

1. O argumento teleológico diz que o design observável no mundo sugere que deve haver um projetista inteligente – Deus.
2. A Bíblia tem resistido ao teste do tempo - histórico, científico e arqueológico.
3. Jesus realmente viveu, foi verdadeiramente crucificado, e só a sua ressurreição corporal é a melhor explicação para os dados históricos.

Esses argumentos não são novos - nem são os únicos argumentos que confirmam a minha tese – mas eu os acho atraentes. Começando com o argumento teleológico: ele vai muito além do aparente design observado em todos os seres vivos no ambiente em que vivemos. Ele vai além do puro espanto de como funciona o mundo físico. Não é apenas o argumento da complexidade irredutível. O ponto que eu quero fazer é que vivemos em um planeta que está perfeitamente situado na nossa galáxia, então podemos ver, medir e estudar o universo. Nós desenvolvemos tecnologia para que pudéssemos aprender muito, e nós descobrimos que vivemos em um momento único na história do universo. Se tivéssemos chegado aqui alguns milhões de anos no futuro, grande parte das evidências para a estrutura do universo teria ido embora, assim como as evidências para o Big Bang.

Mas o mais atraente para mim é que as constantes físicas foram ajustadas precisamente para que existíssemos – e que estamos na melhor localização possível para observá-las! É como um artista / músico nos tivesse colocado nas cadeiras com a melhor acústica e visão do palco. Isso se encaixa com o Deus descrito na Bíblia, colocando-nos a todos no melhor lugar possível para ter um relacionamento com Ele (Atos 17). (Lawrence Krauss não concorda com a conclusão de que Deus estabeleceu um universo, mas ele admite /em inglês/ que estas são as condições em que vivemos.)

Quanto à Bíblia, muitas pessoas tentaram provar que estava errada através da ciência, história e arqueologia. Mas acho que tem resistido ao teste do tempo. Em vez de ser provada como errada, tenho visto que foi confirmada através das descobertas na história, ciência e arqueologia. Por exemplo, a Bíblia descreve uma nação chamada de filisteus. Se os filisteus nunca existissem e nenhuma evidência jamais fosse encontrada então isso colocaria as escrituras em questão. Entretanto, a evidência arqueológica confirma isso e inúmeros outros fatos históricos. A Bíblia passa o teste do tempo uma e outra vez. Você pode encontrar mais evidências em muitos lugares, mas você pode começar com este link (em inglês).

Temos mais de 200 citações extra-bíblicas de Jesus Cristo – sabemos que havia um homem chamado Jesus de Nazaré, que pregou em toda a Palestina durante o início do primeiro século d.C. Ele foi crucificado sob Pôncio Pilatos, e três dias depois de sua morte seu túmulo estava vazio. Seus seguidores proclamaram que Jesus estava vivo e ressuscitado dentre os mortos. Isso mudou todo o mundo para sempre. Mesmo os estudiosos mais liberais concordarão com estas verdades fundamentais. As reais objeções de estudiosos para a ressurreição nunca se centraram sobre a existência de Jesus, mas se ele realizou ou não milagres e se ele realmente ressuscitou dos mortos.

Ao estudar as teorias alternativas para a ressurreição, nenhuma delas parece se encaixar ou responder a todos as informações. Os discípulos estavam dispostos a ir para a morte ao invés de negar que viram e interagiram com o Cristo ressuscitado – um fato que eles estavam em posição de saber em primeira mão. Alguns eruditos como Bart Ehrman favorecem a idéia de que Pedro e os outros 10 discípulos que estavam com Jesus por todo o seu ministério tiveram uma alucinação coletiva ou realmente acreditavam que viram Jesus, porque queriam vê-lo e não queriam deixar morrer o movimento que Jesus que havia começado. O problema é que duas ou mais pessoas não podem compartilhar a mesma alucinação! Elas podem ter alucinações simultaneamente, mas elas não podem experimentar a mesma alucinação. Também isso não explica o irmão de Jesus, Tiago, nem Saulo – que se tornou o apóstolo Paulo. Nenhum deles acreditava em Jesus ou tinham um motivo para se tornar seu seguidores. Eles foram hostis até que algo aconteceu com eles.

Além disso, se o túmulo de Jesus não estava vazio, porque os líderes judeus não calaram Pedro e os demais, apresentando o corpo? Se os apóstolos tinham roubado o corpo, como conseguiram passar pelo túmulo selado e pelo guardas? Acho que a resposta é simples. Deus ressuscitou Jesus exatamente como Ele disse. Por que isso é o argumento mais decisivo para mim? Os Apóstolos reconheceram isso dois mil anos atrás. Cristianismo se levanta ou cai por uma coisa – A Ressurreição de Cristo. É o pivô. Sem ele, o cristianismo é inútil. Essa era a sua crença central e o centro do Evangelho. Olhe para 2 Pedro 1: 3-11 e 1 Coríntios 15: 1-11. Use este link (em inglês) para conhecer mais sobre a ressurreição de Jesus.

Um cientista descobrindo as coisas de Deus


“A significância e alegria na minha ciência vem naqueles momentos ocasionais da descoberta de alguma coisa nova e eu digo para mim mesmo 'Então foi assim que Deus fez isso.' Meu objetivo é entender um pouquinho do plano de Deus.”

Henry "Fritz" Schaefer

sábado, outubro 16, 2010

Aslan ainda ruge longe e perto

aslan ainda ruge longe e perto

Em um newsletter recente do Filme Jesus que eu recebo pelo correio, lemos o excitante relato que se segue:
Uma mulher muçulmana, nascida em um país altamente controlado pelo islamismo e com nenhum conhecimento de Jesus, acordou cedo pela manhã após um sonho onde Jesus aparecia para ela e a instruiu a buscá-lo como o caminho, a verdade e a vida. Incomodada pelo sonho, ela não conseguiu voltar a dormir e enquanto ela estava saindo para trabalhar no dia seguinte, ela viu um DVD perto da estrada. Ela ficou chocada enquanto pegava o DVD percebendo que era o Filme Jesus e a foto de Jesus na capa era a face que ela tinha visto em seu sonho. Naquela noite, ela com seu marido muçulmano e alguns vizinhos muçulmanos, assistiram o filme e todos se tornaram seguidores de Jesus! Agora, existe uma pequena igreja secreta na casa dela.
Essas coisas não acontecem apenas no exterior. Ontem, em uma reunião de professores na Talbot School of Theology, um erudito em Novo Testamento compartilhou com os professores o seguinte relato.
Algumas semanas atrás ele conheceu um novo professor da Biola e sua esposa que, no final das contas, se tornou crente alguns anos atrás. Ela contou que enquanto apreciava o oceano na Huntington Beach, um homem a abordou, perguntando se ela conhecia Jesus e após ele ter compartilhado o evangelho com ela, ela orou colocando sua fé em Cristo. Aqui está a parte realmente interessante. A razão pela qual ela não disse para o estranho ir embora foi porque, na noite anterior, ela teve um sonho no qual Deus apareceu para ela e disse que no dia seguinte naquela praia, alguém iria falar com ela sobre Ele e ela deveria ouví-lo. O resto, como eles disseram, é história.
Deus ainda aparece para as pessoas em sonhos e de outras formas. Nós verdadeiramente vivemos em um mundo sobrenatural com um Deus sobrenatural.

Sapos na escola bíblica dominical

O Cristianismo é Verdadeiro? A Dicotomia Eutífron


A Dicotomia Eutífron por Mariano Grinbank

(Áudio em MP3 aqui em breve)

Cristianismo é verdadeiro, porque separa os chifres do dilema Eutífron.

No Eutífron de Platão, Sócrates propõe um dilema que põe em causa a premissa da ética teísta:
1. É algo bom porque Deus assim o proclama?
2. Ou será que Deus o proclama porque esse algo é bom?

Os pontos do dilema são:
1. É algo bom apenas porque Deus assim o proclama? Nesse caso, a bondade de Deus é arbitrária e poderia trocar bem e mal caprichosamente.
2. Existe algo separado de Deus ao qual Deus adere; Deus tem que agir de acordo com um padrão ético que está fora de si mesmo? Nesse caso, Deus não é todo-suficiente e obedece a um padrão mais elevado.

Vamos avaliar as nossas opções e ver qual conceito melhor fornece uma premissa moral absoluta e imperativa: um ethos.

Natureza:
Todas as afirmações que a ética evolui naturalmente podem ser logicamente desconsideradas – mesmo parecendo como senso comum ou verdadeiro – enquanto podem haver ações que contribuam para assegurar a sobrevivência, já que a natureza não é um agente ético não há imperativo ético natural. Poderíamos alimentar os pobres ou comê-los.

Moralidade Semântica:
A ética pode ser fundamentada imediatamente em ditos humanos, mas não em última análise. Os seres humanos podem fazer afirmações epistêmicas sobre moralidade, mas não fornecem uma premissa ontológica, uma vez que , enquanto esta visão pressupõe algo acima da "Natureza", não existe um imperativo ético objetivo, extrínseco. Assim, os seres humanos podem, sem recorrer a Deus, declarar certas ações como ética ou antiética e mesmo afirmar que são absolutas, mas estas são, em última análise, afirmações infundadas, são semânticas, sem tonalidade moral.
Nós inventamos conceitos auxiliares e úteis para nossa sobrevivência, mas estes não chegam a ser imperativos éticos. Além disso, essa ética é impotente, sendo criada por homens que só podem aplicar justiça se o malfeitor for capturado, sendo justiça restrita. Nesta perspectiva, a ética é baseada na regra da maioria, o mais apto por assim dizer. A justiça na Alemanha nazista diferiu das Forças Aliadas.

Uma nota: vamos admitir que o que esta acima ("Natureza" e "Moralidade Semântica") são válidos e vamos chama-lo de, por razões de economia de palavras, "visão naturalista". Vamos agora colocar o Dilema Eutífron:
1. É algo bom porque um naturalista o proclama sendo bom?
2. Ou será que um naturalista proclama algo como bom porque é bom?

Será que um naturalista determina o que é bom? Nesse caso, o que era antiético ontem, é ético hoje e amanhã pode voltar a ser antiético e, portanto, esta é arbitrária e nos rouba a capacidade de condenar qualquer coisa já que no momento em que condenamos uma ação e declaramos outra virtuosa, elas podem estar mudando, assim como areia movediça.

Ou então os naturalistas estão aderindo a algo fora de si mesmo? Eles estão e isso implica um imperativo ético que implica um direito ético, o que implica uma legislador, administrador e adjudicador ético.

Agora, para as teologias:
Dualismo:
Geralmente, dois deuses coeternos (dois seres separados e distintos), constituído de um Deus "bom" e um "mau". Isso é é verdadeiramente arbitrário já que a bondade subjetiva de um é medida contra o mal subjetivo do outro e vice-versa.

Monoteísmo estrito:
Está em vista um único ser eterno, uma pessoa, perfeitamente unida, de forma alguma dividida. Talvez esse Deus sentisse falta de companheirismo/relacionamento e teve que criar alguém com quem desfrutar o que faltava.

Estando sozinho na eternidade, o relacionamento não é parte da sua natureza, caráter ou ser. Assim, quando este Deus cria seres ele não procura relações pessoais com eles e, portanto, cria arbitrariamente componentes éticos para eles. Esse Deus é caprichoso, pois não está vinculado pela relação ética e uma vez que não é intrínseco à sua natureza, as ações éticas por este Deus não são garantidas.

Panteões, politeísmo, e Henoteísmo:
Estes grupos de deuses são geralmente concebidos como tendo sido criados por um ou dois deuses já existentes. Se os muitos deuses são eternos ou criados por outras pessoas, eles apreciaram as relações uns com os outros. No entanto, sendo seres e pessoas distinta, eles não são famosos pela realização de relações éticas uns com os outros, mas são conhecidos por brigas.
Na visão que muitos deuses foram criados por outros deuses, os deuses antigos de alguma forma estabeleceram uma lei ética que é então externa para os deuses posteriores e é uma lei que esses deuses são subservientes.

Já que eles poderiam desfrutar de relacionamentos com outros seres sobrenaturais, não estavam em geral interessados nos relacionamentos com humanos. Eles consideravam os seres humanos como coisas para se brincar – eles manipulariam nossos destinos ou tomariam a forma humana para fornicar conosco, mas há pouco, ou nada, no caminho de relações éticas.

Panteísmo, panenteísmo:
Essencialmente, essa visão postula que Deus é o criador e a criação. Assim, nesta visão as criações de Deus são, na realidade, extensões de Deus. Portanto, no panteísmo ou panenteísmo ética serve para Deus ditar para Deus como Deus deve tratar Deus. Deus é o diretor, o ator e platéia.

Trinitarianismo:
Na Bíblia, estamos lidando com o monoteísmo trinitário, um ser trino: um Deus, um ser, e ainda, três "pessoas" (sendo que um apresenta características de personalidade) cada um é Deus, cada um é eterno, cada um é distinto e, ainda, cada um é o único Deus. Um ser coeternal, coexistente, coigual, constituído por três "pessoas".

Este Deus não está só na eternidade, não está se relacionando com seres eternos em separado e está em relacionamento com pessoas separadas. Uma vez que cada membro da Trindade é eterno, cada um tem desfrutado relacionamentos eternos. Este Deus não está em falta de relacionamento. Deus desfruta de um relacionamento que é unificado em propósito e diversificado entre as pessoas.

Resolvendo o dilema Eutífron:
Ética são baseadas na natureza do Deus Trino. A natureza de Deus é relacional e benevolente, eterna e livre de conflitos. Deus gosta de relacionamentos e incentiva a sua criação a desfrutar do mesmo tipo de relacionamento. A vida consiste de desfrutar de relações com os seres humanos alicerçado sobre o gozo de um relacionamento eterno com Deus.

Assim, o Deus Trino não adere ao exterior, nem a construções éticas arbitrárias, uma vez que estas são um aspecto de Sua natureza.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Eu acho que eu vi um gatinho...


Veja a foto acima desse tranqüilo gatinho.
Ele está tentando entrar pela nossa janela. Lá está ele, no lado de fora da nossa janela. Nós o apelidamos de Frajola. Não sabemos de quem é, de onde veio e nem pra onde vai. Mas eu sei que pra dentro de casa ele não vem.
A Gracie e a Docinho (gata e cachorra) estão de prontidão, de olho em todos os seus movimentos.
Eu acho que essa vai ser uma longa noite...

O que fazer e o que não fazer quando se evangeliza membros de cultos e seitas


O que fazer e o que não fazer quando se testemunha a cultistas


Há tanto o que fazer e o que não fazer quando se trata de testemunhar a cultistas (membros de seitas e cultos - nota do tradutor). A seguir estão algumas coisas que eu aprendi ao longo dos anos.
A primeira coisa a fazer, se identifique com o cultista. Convença-o(a) que você considera que ele é uma pessoa em seu próprio direito – digna, basicamente honesta, e não está tentando colocar algo a mais em você. Cultistas são pessoas antes de serem membros de seitas. Eles têm família, têm filhos, eles têm necessidades, têm frustrações e medos, e eles são irmãos e irmãs em Adão, embora não em Cristo.
Em Atos 17 lemos que todas as pessoas são filhas de Deus. Isso significa que, em Adão, todos nós compartilhamos uma herança comum. Então vamos falar com cultistas pela perspectiva da família de Adão, em espírito de oração com a esperança de trazê-los para a família da perspectiva de Deus.
Em segundo lugar, trabalhe persistentemente com os cultistas. Nunca desista a menos que o cultista decisivamente recuse contato posterior. Até eles desligarem a tomada, é preciso se manter lá – lembrando-se que o Senhor abençoa a Sua Palavra. A Escritura diz: "Minha palavra, que sair da minha boca, não voltará para mim vazia, mas fará o que eu desejo e alcançará o objectivo para que a enviei" (Isaías 55:11).
Em terceiro lugar, se exauste nos esforços para responder às questões dos cultistas. Depois de comunicar o Evangelho a alguém, é importante que possamos estar preparados para dar-lhes as razões pelo qual acreditamos nele. Os apóstolos foram apologistas bem como evangelistas. Eles não só proclamaram Cristo, mas, quando eram questionados, eles tinham boas e sólidas razões para sua fé. É por isso que Pedro disse: "Estejam sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que vocês têm" (1 Pedro. 3:15).
Em quarto lugar, dê oportunidade para o cultista respirar. Quando você está evangelizando um cultista e você ganhou o argumento, você tem a oportunidade de apresentar o Evangelho para ele de uma forma muito carinhosa ou você pode cair sobre de uma forma tão forte que a pessoa vai acabar lutando contra você, mesmo sabendo em sua alma que ele está errado. Quando você sentir que a pessoa – uma Testemunha de Jeová, por exemplo, perdeu o argumento e está vulnerável, esta é a hora de ser generoso e dizer para a pessoa, com amor: "Eu sei que podemos ficar muito nervosos nessas áreas se deixarmos. Vamos esquecer que você é uma Testemunha de Jeová e eu sou batista (ou seja lá o que você for). E vamos pensar apenas em nós mesmos como duas pessoas que querem mais do que tudo saber toda a verdade e todo o conselho de Deus. Certo?" Eu não conheci um cultista ainda que não diria "certo" como resposta. Então você pode dizer: "Você sabe, não é culpa sua." Esse é um ponto importante de se fazer. Porque a verdadeira culpa recai sobre a organização que está enganado a pessoa, não com a pessoa que foi enganada. A pessoa com quem você está falando pode ter entrado no engano, mas a Torre de Vigia o engana. Fixe a culpa sobre a organização. Então, enquanto você continua a compartilhar o Evangelho, você vai perceber que a pessoa é muito mais aberta.
Agora, eu quero mencionar também o que não fazer. Primeiro, não aborde o cultista com uma “patente” espiritual sobre seus ombros. Uma “patente” espiritual comunica o sentimento que você está olhando com desdém para o cultista porque você tem algo que ele ou ela não tem. Tal atitude irá fechá-los mais rápido do que qualquer coisa que você possa imaginar.
Em segundo lugar, não ataque diretamente o fundador de qualquer culto em particular. Quando eu ministro palestras sobre o mormonismo, eu não ataco Joseph Smith como pessoa. Quando eu ministro palestras sobre a Ciência Cristã, eu não ataco Mary Baker Eddy. Eu critico a teologia que eles ensinaram. Lembre-se, quando se trata de personalidades, as pessoas tornam-se instantaneamente defensivas.
Em terceiro lugar, não perca a paciência, independentemente de quão denso um cultista possa ser. Lembre-se de quão denso você e eu éramos – até que o Senhor conseguiu nos quebrantar. Porque os cultistas estão acorrentados nas cadeias da escravidão do pecado, você precisa ser paciente. E ser paciente significa estar disposto a repassar algo mais de dez vezes se necessário, acreditando que o Senhor abençoa seus esforços.
Para encerrar, deixe-me dizer que depois de tudo dito e feito, a forma como nos comunicamos mais eficazmente com os cultistas é através da agência do Espírito Santo. Lembre-se, é Ele quem toca as suas almas, pois é Ele quem convence do pecado e da justiça e do juízo (João 16:8). E nós somos em Suas mãos os vasos que pela graça se tornaram aptos para o uso do Mestre.

terça-feira, outubro 12, 2010

Não dá pra saber se Deus existe...


Semana passada estávamos conversando no trabalho sobre assuntos espirituais (uma constante no nosso setor) e uma colega soltou a frase acima. Como você responderia?
Deixe-me apresentar o cenário onde ela foi colocada. Uma outra colega estava falando sobre uma visita que fez a uma mulher que recebia pessoas em uma reunião em sua casa. Essa mulher abria as reuniões com uma palavra, depois orações e depois ia de pessoa em pessoa abrindo a Bíblia de forma aleatória e pedindo para que a pessoa lê-se o texto e as notas de comentários referente ao texto. Segundo nossa colega, tal mulher acertou tudo. Infelizmente, minha colega disse que não se lembra qual texto bíblico foi “tirado” para ela, mas ela tem certeza que era tudo o que ela precisava. Engraçado que não houve interesse nem em anotar o texto. Também é digno de nota que, segundo nossa colega, a mulher de tempos em tempos levava a mão ao ouvido como se tivesse um ponto eletrônico e ouvisse diretamente de Deus. Frases do tipo “Deus está te falando isso”, “Deus está te falando aquilo” eram comuns.
Após essa história tragi-cômica, uma outra colega disse “Mas fica usando a Bíblia. A Bíblia foi escrita por homens. Não dá nem pra saber se Deus existe”.
Estava lançado o desafio. Via de regra, esse tipo de frase é um interruptor de conversas, pois ela lança um desafio que muitos cristãos simplesmente não se sentem preparados para responder.
Minha resposta foi simples. No primeiro momento, eu separei duas coisas que precisariam ser esclarecidas em separado. A primeira, foi esclarecer que ninguém nega que a Bíblia foi escrita por homens. Ela tinha que ser escrita por alguém. Não ia nascer de uma pedra. A pergunta é se esses homens foram inspirados por Deus ou não para escrever a Bíblia. Essa seria a pergunta correta. Mas como eu queria abordar a existência de Deus, acrescentei: “mas nós podemos determinar a existência de Deus à parte da Bíblia. Ela perguntou como. Respondi “eu conheço pelo menos uns quatro bons argumentos” e segui apresentando um resumo do argumento cosmológico, do argumento moral, do argumento teleológico e a ressurreição de Cristo. Esse último, não tive muito tempo de desenvolver, mas disse que a melhor explicação para a ressurreição de Cristo como um evento histórico é que Deus o ressuscitou dentre os mortos. Após esses quatro argumentos, ela simplesmente ficou sem uma resposta e chegou a conclusão que no final das contas, a existência de Deus era bem plausível. A partir daí, a conversa seguiu outro caminho.
O que quero mostrar com isso é que muitos dos desafios lançados ao cristianismo são na verdade frases repetidas a exaustão no sentido de minar o cristianismo. Mas uma boa parte dessas afirmações simplesmente não receberam a devido atenção e análise crítica. Quando o desafio é respondido, uma nova oportunidade de analisar o cristianismo de uma forma mais honesta se abre.
Não tenha medo dos desafios. Estude, se prepare e você vai perceber que a fé cristã está baseada em um fundamento sólido e que a fé, baseada em evidências, é uma postura racional e provê a melhor explicação para o mundo como o vemos.
Recomendamos a leitura dos ensaios “O Cristianismo é Verdadeiro?” Bom lugar pra começar.

sábado, outubro 09, 2010

A morte é um negócio sério...


O Cristianismo é Verdadeiro? O Cristianismo provado pela natureza da nação judaica


O Cristianismo provado pela natureza da nação judaica por Anthony Horvath

(Áudio MP3 aqui em breve)

Muita tinta já foi gasta na defesa da historicidade da ressurreição de Jesus, e eu já gastei meu quinhão. Da mesma forma, a estonteante explosão da Igreja Cristã no Império Romano se levantou como um fenômeno que exige explicação e um homem morto ressuscitado dos mortos é a melhor. Estes esforços são válidos, mas seu peso não pode ser apreciado sem primeiro conhecer o contexto por trás dos argumentos. Temos de compreender o povo judeu, sua história e religião.

Esse entendimento injeta combustível em outros argumentos para o Cristianismo, um dos quais foi apresentado por C. S. Lewis, que disse:
"[Poderia-se dizer de uma abordagem para explicar a ascensão do cristianismo] é que Seus seguidores exageraram a história, e assim a lenda de que Ele lhes havia dito aquelas coisas cresceu. Isso é difícil porque Seus seguidores eram todos judeus, ou seja, pertenciam a nação que, de todas as outras, estava mais convencida de que só havia um Deus que não poderia haver outro. É muito estranho que essa terrível invenção sobre um líder religioso cresceu entre o povo em toda a terra menos propenso a cometer esse erro. Pelo contrário, temos a impressão de que nenhum de seus seguidores imediatos, ou mesmo os escritores do Novo Testamento, abraçaram a doutrina facilmente." "O que devemos fazer de Jesus Cristo", um ensaio encontrado em God in the Dock.

Podemos imaginar que a afirmação de um Deus-Homem seria natural se ela surgisse em território hindu, onde os avatares são aos montes. É uma outra coisa, se a afirmação surge entre os judeus, um povo que era ferozmente monoteísta. No entanto, é mais surpreendente do que isso: a afirmação não só surgiu entre os judeus, mas seus primeiros partidários eram judeus, e espalhou-se primeiro nas comunidades judaicas de todo o Império Romano e só depois para os gentios.

Dizer que os seguidores de Jesus não abraçaram a doutrina facilmente é um eufemismo, o simples fato de que eles abraçaram essa afirmação é uma realidade histórica que desafia a credulidade.

(Considere a sabedoria, se você é Deus, em encarnar em tal cenário, se você quer que as pessoas aceitam as suas credenciais. É fácil provar o seu caso entre amigos. Não tanto entre os seus inimigos. Imagine agora quando amigos e inimigos constituem um público hostil!)

Dado o ceticismo do Novo Testamento, é interessante notar que todos os ingredientes importantes para este argumento podem ser gerados a partir de documentos fora dele. Filo, Josefo, Tácito e outros, todos corroboram quão ferozmente monoteísta era o povo judeu. E quando dizemos, 'feroz', nós realmente queremos dizer isso.

Costuma-se argumentar que os cristãos adulteraram Josefo e outros escritores antigos. Após uma análise do que esses documentos nos dizem sobre a Judéia do primeiro século, aprendemos que ela estava cheio de um nacionalismo em brasas, intensos atritos por causa da opressão romana, agitação devido a antecipação de um rei-Messias, devoção total a pureza religiosa, devoção suprema ao templo e a eventual destruição do povo judeu pelos romanos por a sua insubordinação. Podemos abrir mão de qualquer noção que os antigos cristãos se rebaixaram mesmo ao ponto de fabricar estes aspectos do registro histórico?

Sendo assim, vamos considerar um exemplo de Flávio Josefo, o relato de Pôncio Pilatos e as Normas (Guerra 2,169-174, Antiguidades 18,55-59). Neste caso, Pilatos, a coberto na escuridão, colocou efígies de César em Jerusalém. Os judeus correram para a Cesaréia perante o horror de ter qualquer tipo de imagem presente em sua cidade. Pilatos rejeitou o clamor deles e quando os judeus não se dispersaram, ele os cercou e "deu um sinal para os soldados contê-los... e os ameaçou dizendo que a punição não seria menos do que a morte imediata, a menos que eles deixassem de perturbá-lo e fossem embora para suas casas. Mas eles se jogaram no chão, colocaram seus pescoços a descobertos e disseram que receberiam essa morte de bom grado..." Pilatos cedeu diante desse fanatismo.

Numerosos relatos também são dados sobre auto-proclamados messias em Israel durante este período. Já que “messias” se refere a um "ungido", ou um Rei Judeu, os romanos estavam naturalmente inclinados a esmagar essas pessoas rapidamente. O nacionalismo violento de Israel acabaria por levar à rebelião aberta, provocando uma invasão romana no c. 70 d. C, que destruiu Jerusalém e dizimou o templo.

Em face da aversão judaica às imagens de escultura, idolatria e blasfêmia contra Deus, veio um homem que afirmou ser Deus: a blasfêmia final. Jesus era judeu e todos os seus discípulos e seguidores e inimigos eram judeus. Além disso, no meio deste povo ferozmente nacionalista, surgiu uma grande massa de mulheres que disseram, juntamente com seu fundador, "Seu reino não é deste mundo".

Hoje, poucos sabem os nomes de qualquer uma das dezenas, senão centenas, de “messias” guerreiros que tentaram estabelecer um reino judaico. O único que é lembrado, em desafio ao seu tempo, clamava por um reino espiritual. Ele foi crucificado como outros messias foram, mas não foi esquecido como eles foram. Talvez seja porque esse messias não permaneceu morto?

O que aconteceria em Teerã, Cairo, ou Riade com um homem que alegasse que ele era, de fato, Alá? O próprio Mahdi teria de fazer algumas coisas bastante notáveis para convencer seus concidadãos muçulmanos – ao milhares – de que ele era, na realidade, Deus encarnado! Não podemos deixar de notar uma coisa dessas. A palestina do século 1 apresentava um cenário semelhante.

Estes abacaxis históricos precisam ser descascados: como é que o povo judeu de todos os povos deu súbita e rapidamente luz a uma religião como o cristianismo? Como este culto judaico conseguiu finalmente conquistar Roma, antes que os bárbaros o fizessem? Estas questões se levantam, mesmo se você excluir o Novo Testamento como fonte. Integridade e curiosidade parece exigir uma explicação que satisfaça todos os fatos.

O Novo Testamento fornece uma explicação. Se você não gosta, qual é a sua?

quarta-feira, outubro 06, 2010

A tática do Papa-léguas


Às vezes citamos aqui no blog uma tática chamada de Papa-léguas. Ela é muito útil, especialmente quando usada em conversas sobre questões morais.
Já demos uma breve definição do que é essa tática, mas gostaria de cita a fonte onde aprendemos a usá-la.
O texto abaixo é retirado do livro Não tenho fé suficiente para ser ateu, de Norman Geisler e Frank Turek.
Aprenda e coloque essa tática em prática.

A tática do Papa-léguas
Se alguém lhe dissesse: "Tenho uma idéia que vai simplesmente revolucionar a sua capacidade de identificar de maneira rápida e segura as afirmações e filosofias falsas que permeiam a nossa cultura', você ficaria interessado? É isso o que estamos prestes a fazer aqui. De fato, se tivéssemos de eleger uma habilidade mental como a mais valiosa que tivéssemos aprendido em nossos muitos anos de comparecimento a seminários e cursos de pós-graduação, seria esta: como identificar e refutar afirmações que são falsas em si mesmas. Um incidente ocorrido recentemente num programa de entrevistas de rádio vai demonstrar o que queremos dizer com afirmações falsas em si mesmas.
Jerry, o liberal apresentador daquele programa, estava recebendo chamadas telefônicas sobre o assunto da moralidade. Depois de ouvir vários participantes pelo telefone afirmarem ousadamente que determinada posição moral era correta, um dos participantes interrompeu: "Jerry! Jerry! Não existe esse negócio de verdade!".
Eu [Frank] corri para o telefone e comecei a discar freneticamente. Ocupado.
Ocupado. Ocupado. Queria entrar e dizer: "Jerry! E quanto àquele cara que disse 'Não existe esse negócio de verdade' — isso é verdade?".
Não consegui completar a ligação. É claro que Jerry concordou com o ouvinte, sem jamais perceber que sua afirmação não poderia ser verdadeira — porque era uma afirmação falsa em si mesma.
Uma afirmação falsa em si mesma é aquela que não satisfaz o seu próprio padrão. Como temos certeza que você sabe, a afirmação do ouvinte — "Não existe verdade" — pretende ser verdadeira e, portanto, derrota a si mesma. É como se um estrangeiro dissesse: "Eu não consigo falar uma palavra sequer em português". Se alguém dissesse isso, você obviamente responderia: "Espere um minuto! Sua afirmação é falsa porque você acabou de falar em português!".
Afirmações falsas em si mesmas são feitas rotineiramente em nossa cultura pós-moderna, e, uma vez que você tenha uma capacidade aguçada de detectá-las, se tornará um defensor absolutamente intrépido da verdade. Sem dúvida, você já ouviu pessoas dizerem coisas como "Toda verdade é relativa!" e "Não existem absolutos!". Agora você estará armado para refutar tais afirmações tolas simplesmente revelando que elas não satisfazem os seus próprios critérios. Em Outras palavras, ao lançar uma afirmação falsa em si mesma contra ela própria, você pode expô-la pela falta de sentido que demonstra.
Ao processo de confrontar uma afirmação falsa em si mesma com ela própria, damos o nome de "tática do Papa-léguas", porque ela nos lembra as personagens de desenho animado Papa-léguas e Coiote. Com, você deve se lembrar das sessões de desenhos animados da TV; o único objetivo do Coiote é caçar o veloz Papa-léguas para transformá-lo em sua refeição. Mas o Papa-léguas é simplesmente rápido e esperto demais. Quando o Coiote está prestes a agarrá-lo, o Papa-léguas simplesmente pára instantaneamente na beira do abismo, deixando que o Coiote passe de lado e fique temporariamente suspenso no ar, apoiado em nada. Tão logo o Coiote percebe que não tem um chão no qual se firmar, cai verticalmente rumo ao fundo do vale e arrebenta-se todo.
Bem, é exatamente isso o que a tática do Papa-léguas pode fazer com os relativistas e os pós-modernistas de nossos dias. Ela nos ajuda a perceber que seus argumentos não podem sustentar seu próprio peso. Conseqüentemente, eles se estatelam no chão. Isso faz você parecer um supergênio!

terça-feira, outubro 05, 2010

Uma conversa sobre aborto com uma amiga no Twitter


Ainda estamos aprendendo a usar o Twitter e essa é uma ferramenta que tem nos sido muito útil. É uma boa forma de divulgar nosso trabalho e também para aprender. Além disso, é uma forma de saber o que está passando pela mente de nossos amigos.
Hoje, quando estava no Twitter, tive uma conversa sobre aborto com uma amiga.
O que me chamou a atenção para responder a nossa amiga foi a terceira frase que ela publicou, que eu destaco abaixo. Leia a conversa. Meus comentários seguem depois.
Eu mantive o nome dessa nossa amiga porque foi uma conversa pública que pode ser revista no Twitter.

meiroca2009 Meire
Vc já procurou saber os reais motivos q levam 1a mulher a optar pelo aborto?Essa preocupação deveria ultrapassar preconceitos,ñ?

meiroca2009 Meire
Já tentou sentir o q essa mulher sentiu, sente ou irá sentir?

meiroca2009 Meire
Definitivamente ABORTO ñ é minha preocupação.Minha maior preocupação é com o depois dele. E com a vitima: A MULHER!

meiroca2009 Meire
Sejamos práticos, pelo amor de Deus!

mauevivian Pés Descalços
@meiroca2009 Eu acho que a maior vítima é o bebe que está dentro da mulher e é morto sem ter culpa nenhuma. Essa é a maior vítima.

meiroca2009 Meire
@mauevivian e se vc encontra uma mulher que fez um aborto? Vc vira as costas pra ela? Poxa, esperava atitudes mais generosas de cristãos!

meiroca2009 Meire
Continuamos provincianos.Nos preocupamos com o efeito,ñ com a causa. Deprimente isso!E dá-lhe jugamento!Cristianismo passa longe mesmo!

mauevivian Pés Descalços
@meiroca2009 Meire minha amiga, existe algum motivo justificável para se matar um ser humano inocente?

meiroca2009 Meire
O QUE A PESSOA FEZ, ELA TERÁ COM DEUS! NOSSA PARTE É APENAS ACOLHER,AMPARAR E AJUDAR, DE FORMA Q Ñ SE RECORRA + AO ATO DO ABORTO.NO MAIS...

mauevivian Pés Descalços
@meiroca2009 Concordo. Mas ainda assim não justifica o aborto. Aborto não deve ser opção. Matar um inocente nunca é opção.

meiroca2009 Meire
@mauevivian Ñ tem.Contudo,vc fala do eleito,eu da causa.Ñ discuto com lentes religiosas.Procuro me desarmar p poder amar, apenas isso!

mauevivian Pés Descalços
@meiroca2009 Mas eu não falei de religião. Falei sobre seres humanos. Existe alguma causa que justifique esse efeito?

meiroca2009 Meire
Morrem inocentes diariamente. Seja por bala perdida,por drogas,por espancamentos,por desamor..mas a gde questão é o aborto, não?

mauevivian Pés Descalços
@meiroca2009 Só pra encerrar que estamos saindo. A maior parte dos abortos é por conveniência, não por necessidade. Bjos

meiroca2009 Meire
@mauevivian Isso, pra mim, é juízo de valor. E isso eu não faço. Sorry...não julgo ngm! Bjs

mauevivian Pés Descalços
@meiroca2009 Não? Mas vc acabou de me julgar. Disse que é juízo de valor. Vc fez um juízo de valor sobre a minha afirmação. Vc me julgou.

E assim terminou nossa conversa.
A questão do aborto é uma questão complicada. Envolve muitas coisas. Com certeza envolve os sentimentos e traumas das mulheres. Ninguém nega isso. Mas a questão do aborto se restringe a duas questões principais:
1 – O que é aquilo que está dentro do ventre?
É fácil chegarmos a conclusão que aquilo que está dentro do ventre é um ser humano. Não é apenas um monte de tecido. É um ser com DNA próprio que iniciou seu processo de desenvolvimento, que não vai culminar com o nascimento, mas sim com a morte. Para todos os efeitos, aquilo que está dentro do ventre é humano.
2 – Existe alguma justificativa para se matar um ser humano inocente e indefeso?
E para essa resposta, só podemos dar um grande NÃO. Nada justificativa o assassinato de seres humanos inocentes.
Uma vez que temos essas duas questões colocadas e respondidas, todos os outros fatores envolvidos no aborto tem sua importância diminuída, incluindo nisso os sentimentos da mulher que aborta.

Foi essa a minha abordagem com a Meire, mas veja que ela não abordou meu ponto em si. Ela disse que se preocupava com a causa e eu com o efeito. Mas o que eu queria que ela me respondesse, e eu sinto que faltou essa resposta por parte dela, é se existe alguma causa que justifique esse efeito. Existe algo que justifique matar um ser humano inocente? Ela não respondeu.

Uma coisa que me chamou a atenção é que, apesar de dizer em seu último tweet que ela não julga pessoas, não faz juízo de valores, foi exatamente o que ela fez comigo. Ela disse que esperava uma postura mais generosa por parte dos cristãos (é necessário fazer um juízo de valor para se saber o que se espera de alguém ou não), que continuamos provincianos, seja lá o que for que isso quer dizer (também aqui é um juízo de valor), e que o cristianismo passou longe (mais uma vez é necessário juízo de valor) e assim ela fez um julgamento sobre nós que somos contra o aborto. Por isso, no final, eu usei a boa e velha tática do Papa-Léguas com ela. Eu tentei mostra em 140 caracteres que, apesar de dizer que não fazia julgamento, era exatamente isso que ela estava fazendo.
Dois pontos importantes que não podem passar despercebidos.
O primeiro, em nenhum momento eu abordei a questão por uma perspectiva religiosa. Eu simplesmente afirmei que “Eu acho que a maior vítima é o bebe que está dentro da mulher e é morto sem ter culpa nenhuma” e “existe algum motivo justificável para se matar um ser humano inocente?” Religião, seja qual for, não entrou na minha argumentação. Mas ela já se defendeu como se essa fosse a questão. Isso ficou claro quando ela disse que “Ñ discuto com lentes religiosas”, mas foi ela mesma que um pouco antes disse “Cristianismo passa longe mesmo”. Portanto, no final das contas, ela estava abordando a questão com uma lente religiosa.
O segundo ponto é que às vezes, para defender nosso ponto de vista, usamos raciocínios que não fazem sentido. Como eu estava focando a questão naquilo que é importante (o assassinato de seres humanos inocentes no ventre) ela postou o seguinte “Morrem inocentes diariamente. Seja por bala perdida,por drogas,por espancamentos,por desamor..mas a gde questão é o aborto, não?”
Em lógica, isso é chamado de Red Herring, que é uma “Falácia cometida quando material irrelevante é introduzido no assunto discutido para desviar a atenção e chegar a uma conclusão diferente”. E foi isso que ela fez. É verdade, muitos inocentes morrem todos os dias. Mas esse não era o foco da nossa conversa. O foco da nossa conversa era aborto. O fato de pessoas morrerem inocentemente todos os dias de algum forma faz o aborto uma opção correta? Não. Na conversa que estávamos tendo, sim, aborto era a grande questão. Em outros momentos podemos falar sobre outras questões sociais. Mas nenhuma questão social pode ser usada para justificar o aborto.
Gostaria de concluir dizendo que, como qualquer outro pecado, o aborto pode ser perdoado por Deus. Não viramos as costas para uma mulher que fez aborto, nunca dizemos isso (apesar da nossa amiga sugerir isso sobre nós). Vamos trabalhar com ela, mostrar que existe perdão para esse e outros pecados e todo esse perdão se encontra em Jesus Cristo. Mas o que não fazemos, e aparentemente é isso que nossa amiga defende, é tornar o aborto um assunto secundário e menos importante, colocando os sentimentos da mulher que aborta acima do direito à vida que está sendo negado aos fetos humanos. Não vamos coar uma mosca e deixar passar um camelo.
Duas lições podem ser tiradas dessa conversa. A primeira, o aborto não possui defesa e é uma infelicidade quando ele é defendido pelos que professam o cristianismo (que nesse caso, passou longe). A segunda, não é fácil ser nosso amigo. Nem um pouco.
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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