sexta-feira, julho 31, 2009

Evangelismo em São Paulo, com missionários americanos

Nós temos alguns amigos americanos que vem para o Brasil na média uma vez por ano para pregar o evangelho em qualquer local que lhes permitam. No último mês de junho, eles estiveram aqui em São Paulo novamente.
A ultima vez que trabalhamos juntos foi há quase três anos, portanto, foi uma alegria estar com eles novamente.
Tanto eu quanto a Vivian servimos como intérpretes, em pregações nas igrejas e nos evangelismo de rua, indo de casa em casa ou qualquer um que estivesse parado em algum lugar.
Foi uma experiência muito boa, já que eles compartilham o evangelho de uma forma muito parecida com a nosso (tirando a parte do aceitar Jesus no coração, mas do jeito que eles fazem eu não acho que tenha tanto problema), além de serem muito engraçados, especialmente entre eles.
Veja abaixo os vídeos de uma mensagem ministrada em uma igreja na periferia de São Paulo, além de fotos do evangelismo em casa.
Eles devem estar de volta em outubro e esperamos revê-los.










E um bônus, o vídeo que Tom vai mandar para tentar uma vaga no próximo American Idol.

sábado, julho 25, 2009

As Testemunhas de Jeová e as datas; 1925 e 1975

-"Quem conquistará o mundo nos anos 1970?"

Os críticos das Testemunhas de Jeová (como nós), sempre apontam para um fato importante da sua teologia: por várias vezes a Torre de Vigia fez predições acerca do fim do mundo. E todas elas falharam vergonhosamente, com a perda de muitos adeptos a cada nova falha.
A justificativa da Torre de Vigia é sempre a mesma: seus seguidores tiveram expectativas exageradas e erradas em relação às datas, assim como os apóstolos tiveram expectativas exageradas sobre a volta do Senhor. A organização transfere a culpa para seus membros.
Ouça a preleção abaixo, em português de Portugal, sobre as "expectativas erradas" dos irmão que se enganaram em relação ao Armagedom. Essa preleção fez parte do Congresso de Distrito 2009 "Mantenha-se Vigilante".



O mais importante são os minutos iniciais da primeira pergunta, mas não quis editar o áudio para não se acusado de "deformar" as informações teocráticas.
Mas seria isso verdade? Será que as Testemunhas de Jeová simplesmente tiveram expectativas erradas por estarem vigilantes? Ou será que elas tiveram tais expectativas porque foram ditas que tais coisas iam acontecer dessa forma? Qual foi a fonte de tais expectativas? A vigilância ou o “canal de comunicação” de Jeová?
Se existirem afirmações por parte do Corpo Governante nas publicações da Torre de Vigia que declaram, sem sombra de duvida, datas específicas para o “fim desse sistema de coisas”, então, o fardo da culpa não deve cair sobre as Testemunhas de Jeová e suas expectativas, mas sim sobre o Corpo Governante, o “escravo fiel e discreto”. Caso essas afirmações não existam, então o “canal de comunicação” de Jeová está livre da culpa. Só nos resta avaliar se a comparação com o erro dos apóstolos do primeiro século é verdadeira nessa situação.
Vejamos se podemos encontrar tais afirmações dentro das próprias publicações da Torre de Vigia que levariam seus seguidores a ter tais expectativas.

Milhões que agora vivem jamais morrerão (1920):
“Este período de tempo principiando 1.575 annos antes da éra Christan, naturalmente terminará no outomno do anuo 1925, data esta, na qual termina o tvpo, e o grande prototypo se iniciará” (página 110, conforme grafia da época)
“Como previamente temos demonstrado, o grande cyclo do jubilo deve principiar em 1925. Nesta data a parte terrestre do Reino será reconhecido” (página 111-112, conforme grafia da época).

Seria alguém justificado em possuir expectativas sobre 1925 somente pela leitura desse livro? Sim, pois o autor, falando em nome de Jeová, garantindo para seus leitores que suas informações foram extraídas única e exclusivamente das Escrituras, define uma data (1925) para o fim desse mundo e o inicio de um novo. Quem é responsável nesse caso pela expectativa errada? O leitor ou o autor do livro? O próprio autor deixa claro suas intenções com o livro “Temos o proposito de guiar as alentes do povo com uma cuidadosa e reverente consideração das promessas divinas”, página 8.

Vida Eterna - Na Liberdade dos Filhos de Deus (1966).
“Segundo esta cronologia bíblica fidedigna, os seis mil anos desde a criação do homem terminarão em 1975 e o sétimo período de mil anos da história humana começará no outono (segundo o hemisfério setentrional) do ano 1975 E. C.” (páginas 28 e 29).

A Sentinela 01/11/68
“Segundo a fidedigna cronologia bíblica, Adão foi criado no ano 4026 A. E. C., provavelmente no outono setentrional daquele ano”.
“Para calcular onde o homem se acha na corrente de tempo em relação ao sétimo dia de Deus de 7000 anos, precisamos determinar quanto tempo decorreu desde o ano da criação de Adão e Eva em 4026 A. E. C”.
“Assim, restam sete anos para chegar aos inteiros 6000 anos do sétimo dia. Sete anos a contar do outono setentrional de 1968 nos levariam ao outono setentrional de 1975, 6000 anos completos do sétimo dia de Deus, seu dia de descanso” (página 659).
“Dentro de alguns anos, no máximo, as partes finais da profecia bíblica relativas a estes 'últimos dias', terão cumprimento” (página 660).

A Sentinela 15/02/1969
“Devemos presumir, à base deste estudo, que a batalha do Armagedom já terá acabado até o outono de 1975 e que o reinado milenar de Cristo, há muito aguardado, começará então? Possivelmente”.
“Isso não necessariamente significa que 1975 assinala o fim dos primeiros 6000 anos do sétimo 'dia' criativo de Jeová. Por que não? Porque, depois de sua criação, Adão viveu algum tempo durante o 'sexto dia', quantidade desconhecida de tempo que teria de ser descontado dos 930 anos de Adão, para se determinar quando terminou o sexto período ou 'dia' de sete mil anos e quanto tempo Adão viveu no 'sétimo dia'”.
“A diferença talvez envolva apenas semanas, ou meses, não anos” (página 115).

Lendo-se os textos acima, é fácil perceber que o que levou as Testemunhas de Jeová a terem expectativas erradas não foi a sua vigilância, mas o “escravo fiel e discreto”, que é responsável pela dieta teocrática de seus seguidores. A culpa não é daqueles que esperam ansiosamente pela volta de seu amo, mas sim de falsos profetas que, falando no nome de Deus, definiram datas bastante específicas e anunciaram para o povo “Ali está o Cristo” (Marcos 13:21). Agora, querem se livrar da culpa, dizendo que foram seus seguidores que criaram expectativas erradas. Só não falam que tais expectativas vieram de suas próprias publicações.
Vejamos o que a própria Torre de Vigia diz sobre os requisitos para se considerar um profeta como verdadeiro. No Estudo Perspicaz das Escrituras, na página 338, lemos “Os três elementos essenciais para se confirmar as credenciais do profeta verdadeiro, conforme fornecidos por Moisés, eram: o profeta verdadeiro falaria em nome de Jeová; as coisas preditas ocorreriam (De 18:20-22); e seu profetizar tinha de promover a adoração verdadeira, estando em harmonia com a palavra e os mandamentos revelados de Deus (De 13:1-4)”.
Pela definição da própria organização, a Torre de Vigia não poderia ser considerada como profeta de Jeová porque falhou em dois dos três requisitos: a) as coisas preditas não aconteceram; b) não estava em harmonia com a Palavra e os mandamentos revelados de Deus (Atos 1:7 “A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade”).
Ela agiu assim como o “escravo mau” de Mateus 24:48 e seu amo faz muito bem em puni-lo com maior severidade e lhe determinar sua parte com os hipócritas, onde haverá choro e ranger de dentes! É a Torre de Vigia que diz que esse texto é uma profecia, então, eles são obrigados a aceitá-lo como tal!
Ante de terminar, quero abordar uma comparação feita pelo palestrante dizendo que “os apóstolo pensavam que Jesus assumiria o reinado sobre israel logo após ser ressuscitado. No entanto, esse equívoco não era prova que a religião de Deus era falsa”. Portanto, as Testemunhas de Jeová estão justificadas em seus erros proféticos.
Essa comparação é falha por um motivo que talvez escape da mente incauta: nenhum dos apóstolos definiu qualquer data que fosse para a volta de Cristo, mesmo mantendo a esperança que isso fosse acontecer em pouco tempo. Não definiram cronologias, não se ajuntaram em congressos para explicar datas, não publicaram livros e revistas sobre qualquer outono que fosse e principalmente, não precisaram depois desenvolver uma explicação esdrúxula para as falhas de suas expectativas, transferindo a culpa de si para o de seus seguidores.
Seria muito mais honesto por parte da Torre de Vigia reconhecer que errou feio, agiu em desacordo com as Escrituras, se arrepende profundamente das conseqüências e pede perdão aos milhares que foram prejudicados (venda de propriedades para esperar o Armagedom, abandono de plantações, estudos e por aí vai...).
Infelizmente, não é essa a postura adotada pela Torre de Vigia. É por isso que o Corpo Governante é e vai continuar sendo falso profeta, que não fala por Jeová, mas por si próprio.

Os evangélicos conseguem identificar uma heresia? Se for n'A Cabana, não.


Normalmente, quando estou no ônibus, indo ou vindo do trabalho, não costuma muito abordar as pessoas para fazer evangelismo porque esse é meu momento de aprendizagem, já que ouço a vários podcasts em meu ipod, como Wretched Radio, Stand to Reason, Reasons to Believe, Sience news Flash, William Lane Craig e outros. Mas um dia desses, voltando do trabalho, me sentei ao lado de uma moça que estava lendo A Cabana, de William P. Youg. Eu vi que ela estava na última página do livro, então resolvi esperar que ela terminasse de ler e assim que ela fechasse o livro, teria uma conversa com ela sobre o que achou do livro. Torcendo claro, que ela não descesse do ônibus antes disso.
Assim que ela fechou o livro eu perguntei a ela o que ela achou do livro. “Muito bom né? Nossa, um ótima história sobre relacionamentos” ela respondeu. “Qual tipo de relacionamento? Entre pessoas ou com Deus”? “Com Deus” ela disse, “é uma ótima história como Deus nos ama e quer se relacionar conosco”. Fique curioso para saber qual religião ela era (apesar de já ter uma idéia) e ela me confirmou que era evangélica. Perguntei se ela indicaria esse livro para alguém não cristão e ela disse que sim.
Minha curiosidade foi aumentando “você não viu nada de errado no livro? Nada que seja contrário ao que a Bíblia diz”? E ela me respondeu “não, nada mesmo. Deveria”?
Comecei a explicar para ela que, apesar de ser um livro bem escrito e com um grande apelo emocional (no final das contas é por isso que tanta gente gosta do livro), algumas coisas me chamaram a atenção, algumas declarações como a que se encontra na página 107 da edição brasileira “Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos. Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, em meus amados”. Perguntei a ela se essa declaração combinava com a de Jesus em João 14:6 “eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Ela me disse que não, que essa frase do livro é bem diferente do que está na Bíblia. “Imagine alguém que não é cristão e lê isso, o que essa pessoa vai pensar”? “Que não é necessário vir a Cristo para ser salvo” foi a resposta que ela me deu. Eu perguntei se ela concordava com a visão ortodoxa que para alguém ser salvo, essa pessoa precisa se arrepender de seus pecados e colocar sua fé em Jesus Cristo, que não existe “cristão anônimo”, que ninguém pode ser salvo sem um relacionamento pessoal com Cristo. Ela disse que sim. “Portanto, essa é uma grande heresia em um livro que muitas pessoas estão lendo, não é verdade”? “Sim, foi meu pastor que me indicou”. Ai, ai, fica pior a cada minuto. Conversamos um pouco mais sobre uma e outra heresia desse livro, que é tudo menos cristão.
Logo depois eu precisei descer, mas pela cara que a moça ficou, consegui deixar uma pedra em seu sapato (ou em sua mente). Ela realmente ficou pensando sobre isso.

Eu fico maravilhado com a incapacidade em geral dos evangélicos de perceber heresias, mesmo quando elas estão a menos de um palmo do nariz. Eu acho que isso tem a ver com a falta de uma visão bíblica de mundo. Menos de 11% dos cristão lêem a Bíblia regularmente. Não existe cobrança por parte de pastores e líderes para que suas ovelhas se alimentem com regularidade das Escrituras. E a grande maioria das mensagens são sobre vitória e como consegui-la (como uma que vi essa manhã de uma famosa igreja no Brás, em São Paulo. O pastor ali é um mestre do origami bíblico). Em um cenário como esse, não é difícil entender como a moça do ônibus (e muitos outros evangélicos) não conseguem ver as heresias explícitas da Cabana.
Quando cheguei em casa, peguei uma versão que tenho da Cabana e dei uma olhada rápida. Veja quantas heresias pude identificar em pouco minutos:
- “Em Jesus eu perdoei todos os humanos por seus pecados contra mim, mas só alguns escolheram relacionar-se comigo (...) Quando você perdoa alguém, certamente liberta essa pessoa do julgamento, mas, se não houver uma verdadeira mudança, não pode ser estabelecido nenhum relacionamento verdadeiro”. (página 135).
Deus está explicando para Mack sobre perdão. Diz que todos já receberam o perdão de seus pecados em Cristo e como já foram perdoados, não existe julgamento vindouro para ninguém. Será que é isso que a Bíblia diz? João 3:18 “Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. Romanos 2:5 “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus”.
- “Quando nós três penetramos na existência humana sob a forma do Filho de Deus, nos tornamos totalmente humanos”.
Isso é modalismo (ou sabelianismo), uma antiga heresia que a igreja combateu no século três. O modalismo ensina que a Trindade não é composta de três pessoas, mas de uma. O Pai é o Filho que é o Espírito Santo que é o Pai. Uma só pessoa que a cada momento se manifesta de diferentes formas a cada momento. Se eles são a mesma pessoa (uma afirmação que contradiz a Bíblia e o próprio restante da Cabana), como podem os três estar presentes no batizado de Jesus (Mateus 3:17-17). E para quem Jesus orou? (Mateus 26:39, Marcos 14:39). Somente Jesus se tornou humano, se fez carne (João 1:14).
- “Papai não respondeu, apenas olhou para as mãos dos dois. O olhar de Mack seguiu o dela, e pela primeira vez ele notou as cicatrizes nos punhos da negra, como as que agora presumia que Jesus também tinha nos dele.
- Jamais pense que o que meu filho optou por fazer não nos custou caro. O amor sempre deixa uma marca significativa - ela declarou, baixinho e gentilmente. - Nós estávamos lá, juntos.
Mack ficou surpreso.
- Na cruz”? (pagina 53 e 54).
Segundo A Cabana, o Pai e o Espírito Santo (uma mulher asiática que parece fã de maconha) foram crucificados com Cristo. É isso o que a Bíblia ensina? Isaías 53:10 diz que “foi da vontade do Senhor esmagá-lo”. Leia todo o capítulo 53 de Isaías. Deu não pode olhar para o pecado (Habacuque 1:13) e Deus o fez pecado por nós (2 Coríntios 5:21). Somente o Filho foi crucificado. Uma amiga disse para mim que isso é irrelevante. Mas não é, pois seu os três estavam juntos na cruz, quem estava derramando sua ira sobre eles? Para quem eles apresentaram um sacrifício pelo nosso pecado? (Hebreus 9:26).
- “Não preciso castigar as pessoas pelos pecados. O pecado é o próprio castigo, pois devora as pessoas por dentro. Meu objetivo não é castigar. Minha alegria é curar” (página 68).
Essa frase tem um apelo emocional muito forte, mas é contrário aos ensinamentos das Escrituras. Deus não tem o culpado por inocente (Êxodos 34:7) e Ele julgará toda a Terra em justiça (Salmo 96:13). Os textos de João e de Romanos que já vimos afirmam justamente isso. Leia também 2 Timóteo 4:1. A Bíblia apresenta um quadro bastante diferente da Cabana.

Essas são apenas algumas das heresias encontradas nesse livro. Uma leitura cuidadosa pode revelar muitas outras. Leia nosso post sobre as 13 Heresias da Cabana.
Infelizmente, esse livro tem feito sucesso no meio evangélico. Muitos são enganados pelas mentiras ali colocadas, já que essas mentiras estão envoltas em um invólucro emocional e apelam bastante para uma imagem de Deus que agrada a muitas pessoas. Uma pena que o deus apresentado no livro A Cabana nada tem a ver com o Deus das Escrituras.
Acho que nada representa isso melhor do que uma frase dita pelo autor do livro em uma entrevista para a revista Purpose Driven Connection, a nova revista do famoso pastor americano Rick Warren (só poderia mesmo sem nessa revista...) “por todo o país, eu encontro pessoas não religiosas que leram o livro, compraram cópias para seus amigos religiosos e disseram para eles 'eu gosto do Deus da Cabana muito mais do que o seu'”. É claro que essas pessoas gostam mais desse deus. Ele satisfaz melhor as necessidades que as pessoas têm de possuir um deus feito por elas mesmas. É por isso que esse livro faz sucesso entre os não religioso. A Cabana aproxima as pessoas do deus do livro e as afasta do Deus das Escrituras.
Meus irmão evangélicos, por favor, ganhem uma visão bíblica de mundo. Leiam as Escrituras. Não sejam facilmente enganados por qualquer um que venha com um apelo emocional.
Citar 2 Timóteo 3:16 e 17 nunca é demais “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra".

quinta-feira, julho 23, 2009

Claudia Leitte, Teologia e Peanuts





Peanuts forever!
Esses dias nós vimos uma entrevista da cantora baiana Claudia Leitte no programa Marília Gabriela Entrevista, no canal GNT. Entre vários fatos interessantes sobre a cantora, algo que nos chamou a atenção foi como ela se posiciona sobre sua espiritualidade. Sem definir nenhuma vertente ou denominação, Claudia Leitte se disse cristã e que pretendia no futuro estudar teologia.
Já tínhamos visto em uma entrevista no Fantástico ela comentando que estava estudando a Bíblia. Ela foi muito cuidadosa em relação a não se identificar com nenhum grupo religioso, usando o termo cristão de uma maneira bastante aberta, o que pode permitir a qualquer grupo querer identificá-la como um deles ou não. Eu entendo esse cuidado. Mas para nós, somente a palavra cristão infelizmente não define muita coisa, ela precisa ser um pouco mais qualificada (o termo). Talvez o que eu imagino por cristão seja um pouco diferente do que a maioria imagina. Seja como for, eu ainda gostaria de um pouco mais de informação sobre isso.
Uma coisa muito interessante aconteceu ao final da entrevista, quando Marília Gabriela perguntou para Claudia Leitte sobre dois pingentes que estavam em dois cordões em seu pescoço. Ela queria saber se eram estrelas de orixás ou coisa do tipo. Muito calmamente, de uma forma bastante diplomática que faria Greg Koukl pular de alegria, Claudia explicou que admira muito a cultura da Bahia, mas não está ligada ao Candomblé ou Umbanda, aquelas eram estrelas de Davi, nome de seu filho. Interessante que as estrelas eram claramente estrelas de Davi. Talvez pelo fato de Claudia ser uma cantora baiana, a entrevistadora já assumiu que ela seria ligada às religiões afros. Foi engraçado ver alguém tão inteligente cair no lugar comum tão facilmente. Mas no final das contas, todos fazemos isso em algum momento.
De tudo o que foi dito, o que mais nos chamou a atenção foi quando Claudia disse que quer estudar teologia. O primeiro pensamento que veio à nossa mente foi “por que alguém gostaria de estudar teologia”? A grande maioria das pessoas não quer nem pensar sobre isso. Nem mesmo aqueles que se dizem cristãos querem saber de teologia. Muitos pastores não querem saber de teologia!
Normalmente, o que leva alguém para a teologia é o desejo de conhecer algo mais profundo sobre Deus ou a necessidade de se preparar melhor para o ministério. Qual seria a motivação para Claudia Leitte expressar o desejo de estudar teologia?
Seja qual for a motivação (isso é irrelevante para nós), acredito que algumas coisas devem ser consideradas antes que alguém venha a estudar teologia.
Por que devemos fazer teologia? Porque no final das contas, todos somos de alguma forma teólogos. Alguns são bons teólogos, outros são péssimos teólogos, mas de uma forma ou outra, todos praticamos teologia. Exagero? Comece a conversar com alguém sobre Deus e você vai ver que essa pessoa tem uma visão sobre quem Deus é (ou não é). Essa pessoa pode estar errada em relação a pessoa de Deus, mas com toda certeza ela tem alguma opinião. Quantas vezes não dizemos “o meu Deus jamais faria tal coisa”, “o meu Deus isso”, “o meu Deus aquilo”. Todos somos teólogos. A questão é: queremos ser bons teólogos, com uma visão bíblica sobre quem Deus é ou queremos criar um deus à nossa imagem e semelhança, um deus que nos agrade? Seguir o primeiro é cumprir o grande mandamento “amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Deut 6:5), seguir o segundo é violar o primeiro e o segundo Mandamentos (Exo 20:3-4). Sejamos bons teólogos, minimamente informados sobre nossas crenças e hábeis no uso de nossa maior ferramenta. E é aqui que a grande maioria daqueles que vão estudar teologia erram, e erram feio.
A grande maioria dos que se aplicam para estudar teologia acham que vão estudar a Bíblia ali. Infelizmente, estão um pouco enganados. Existe muito sim de Bíblia em cursos de teologia, mas não é um curso bíblico. O aluno vai estudar filosofia, línguas, habilidades ministeriais, geografia, hermenêutica e outras matérias. Todas são úteis, mas não são a Bíblia. Eu conheço muitos alunos de teologia que tem um conhecimento pífio de Bíblia e por sua vez, das doutrinas básicas do cristianismo. Talvez por isso tantos pastores tem dificuldade de articular o evangelho. São bons na hora de citar algum teólogo, mas Bíblia mesmo...
Recomendo a qualquer um que queira fazer teologia que só vá estudar quando já tiver um bom conteúdo escriturístico. Leia a Bíblia. Se você faz parte dos 90% dos cristãos que não lêem a Bíblia regularmente, então teologia não é para você (e nem o cristianismo, já que não dá para ser cristão e não ler a Bíblia. Vá ser outra coisa...). Mas se você quer se preparar melhor para um curso teológico, devore as Escrituras. E se você precisa de ajuda, de um método para ler a Bíblia, gostaríamos de recomendar o Programa Grant Horner de Leitura da Bíblia. Você pode baixar o material de leitura gratuitamente em nosso blog. Esse método vai mudar a forma como você lê a Bíblia. Você vai se perguntar “como eu vivi com uma dieta tão rala de Bíblia”?
Uma outra coisa a se considerar quando se pretende estudar teologia, é saber qual a orientação doutrinária da instituição. Além de se certificar que é uma escola ortodoxa (ou seja, que acredita nas doutrinas básicas do cristianismo), também é bom saber quais outras crenças distinguem essa escola. Por exemplo, se você é uma pessoa de uma igreja reformada e vai estudar teologia em uma escola pentecostal, muito provavelmente você vai passar mais tempo discutindo com as pessoas do que aprendendo. É interessante ganhar uma visão sobre outras denominações, mas tome cuidado para que isso não se torne um problema ao invés de uma solução.
Ainda assim, caso você queira freqüentar uma instituição de orientação doutrinária diferente da sua, então ao menos esteja pronto a abrir mão de certas coisas para ao menos manter o diálogo aberto. A sua chance de aprender vai aumentar bastante.
Última coisa. Lembre-se que teologia possui seu lugar e seu momento. Teologia é muito importante, pois aprendemos mais sobre Aquele que se revelou a nós. Mas temos de tomar muito cuidado para que esse conhecimento não esteja acima de nosso amor pelas pessoas. Que nosso amor pelas almas e por Deus seja sempre colocado em primeiro lugar em relação ao nosso conhecimento. Que nosso conhecimento bíblico venha a qualificar nosso amor pelas pessoas e assim a teologia terá um valor prático por toda nossa vida.

sábado, julho 18, 2009

Dez acusações contra a igreja moderna - Paul Washer


Um site que gostamos muito é o Voltemos para o Evangelho. Eles fazem um trabalho maravilhoso (e árduo) de tradução e legendagem de vários textos e vídeos de pregadores que realmente tem alguma coisa a dizer.
No momento estão trabalhando no projeto de tradução da mensagem "Dez Acusações Contra a Igreja Moderna" do Paul Washer. É um trabalhao herculeano, porque a mensagem tem duas horas! Eu me lembro da primeira vez que a ouvi e ficava pensando quando teriamos esse texto em português e já está quase tudo pronto.
No Voltemos ao Evangelho vocês podem ver os vídeos legendados dessa e de outras mensagens. Também pode baixar os vídeos e os textos em português.
Estamos colocando abaixo uma imagem da primeira mensagem em pdf. Leiam esse texto e vejam se conseguem continuar lendo (ou vendo) a mensagem. Espero que se torne obrigatório nos cursos (?????) de formação de pastores.

Paul Washer - Dez Acusações (0 - Oração e Introdução)

sexta-feira, julho 17, 2009

Quantas Testemunhas de Jeová são necessárias para trocar uma lâmpada?


Continuando em nossa cruzada epopéica das lâmpadas trocadas, temos mais uma que vem a calhar com o atual momento do blog.
"Quantas Testemunhas de Jeová são necessárias para trocar uma lâmpada”?
“Duas. Uma para fazer a troca e a outra para ver se a lâmpada está de acordo com as normas da última Sentinela”.
Para ver a uma lista mais completa, com outras religiões e denominações, clique aqui.

Ateismo é isso minha gente...

E olha que eu tirei isso de um site de ateus! Achei muito engraçado! Cai bem com a nossa definição de ateísmo:
"A crença que no início não havia nada e nada aconteceu a esse nada e o nada de uma forma mágica explodiu por nenhuma razão, criando tudo e então um bando de tudo de uma forma mágica se rearranjou por nenhuma razão em seres que se reproduzem e daí se tornaram dinossauros".
Faz todo sentido...

quinta-feira, julho 16, 2009

Charles Finney, pai do evangelismo moderno


Por algumas vezes temos falado aqui sobre os resultados “maravilhosos” do evangelismo moderno. Temos escrito sobre as multidões que “aceitam” a Jesus e em poucos meses não podem ser encontradas nas igrejas. Sobre a taxa de desviados de mais de 80%. Da apatia espiritual de muitos desses convertidos. Dos muitos que jamais leram as Escrituras. E dos 98% que não fazem evangelismo de forma regular. Mas gostaríamos de falar sobre o pai da criança, digo, do evangelismo moderno, ou jeito de se fazer evangelismo. O grande e pouco estudado, missionário Charles Finney.
Antes de mais nada, só queremos deixar claro que essa não é uma discussão sobre arminianismo ou calvinismo. Mas sim sobre decisionismo, que é um assunto um pouco diferente.
Voltando a Finney, você pode ler uma breve biografia nesse link http://en.wikipedia.org/wiki/Charles_Grandison_Finney.
Finney é considerado um grande evangelista, o precursor das chamadas cruzadas evangelísticas, das quais a maior expressão foi Billy Graham, declaradamente seguidor dos métodos de Finney. Interessante nota que durante uma entrevista foi perguntado a Graham o que ele pensava quando via as pessoas indo à frente, em reposta ao apelo feito: “penso que de cada quatro pessoas que vêem a frente, três vão se desviar”.
Durante grande parte da história do cristianismo, o evangelismo era feito da seguinte forma: pregava-se a Lei, o Juízo e depois a Graça. A Lei era usada para mostrar que somos pecadores. O Juízo para mostrar que vamos prestar contas a um Deus justo. E a graça como caminho de salvação. Via de regra, apresentava-se o evangelho nessa ordem porque assim ele fazia muito mais sentido. As pessoas eram estimuladas a se arrependerem e colocar sua fé em Jesus Cristo. Mas nenhum ritual específico era feito. A pessoa deveria receber a confirmação de sua eleição diretamente do Espirito Santo, através do trabalho de regeneração. Se você for salvo, vai dar frutos. Se você for salvo, Deus vai te confirmar. A igreja primitiva na verdade demorava um pouco para considerar alguém como salvo e parte do corpo de Cristo. Era difícil de entrar e fácil de sair.
Um pouco antes de Finney aparecer em cena, alguns começaram a dizer que o batismo era prova da salvação, era algo que confirmava a pessoa como salva. Mas essa crença foi refutada, pois biblicamente, o batismo é um ato público de fé, mas que em si não salva ou confirma a salvação. É uma declaração, mas não a fonte da salvação.
Com Finney, as coisas mudaram um pouco. Abandonando a antiga teologia do evangelismo, que defendia o Espírito Santo como principal responsável pela salvação do pecador, Finney desenvolve uma nova abordagem, onde o principal responsável pela salvação é o próprio pecador. É ele quem decide se vai ser salvo ou não. Ele é salvo, não porque recebeu a confirmação do Espírito Santo pelo trabalho de regeneração. Ele é salvo porque decidiu ser salvo. É a sua decisão que age como selo confirmatório. E é aí que entra em cena a “oração do pecador”. Está implantado então o decisionismo.
Essa forma de evangelismo se mostrou muito atrativa porque poderia garantir ao pecador sua passagem direta para o céu. Finney começou a usar essa abordagem em seus trabalhos de rua e viu resultados fantásticos. Milhares se lançavam aos braços do Salvador, pois agora podiam contar com algo que dependia somente deles. Até o dia de hoje, a mensagem e o método de Finney são predominantes no evangelismo moderno. “Venha para Jesus, ele vai te dar paz, alegria, felicidade”. “Ele vai resolver seus problemas”. “Somente faça essa oração comigo, convide Jesus para entrar em seu coração, e você automaticamente estará salvo”.
Existem vários problemas com essa abordagem e com essa linguagem, especialmente no tocante às Escrituras. Além de não ser uma abordagem bíblica (podemos ver que não é assim que os primeiros cristãos pregavam o evangelho), a linguagem é estranha às Escrituras, não se encontra nada parecido em relação a uma “oração do pecador” com poderes mágicos de garantia ao pecador e também retira do Espírito Santo um de seus desígnios. Com certeza esse é um assunto que merece um estudo mais apurado, mas isso não é possível no momento. Gostaria de sugerir os textos “O Maior Segredo do Diabo” e “Verdadeira e Falsa Conversão”, de Ray Comfort, pois podem dar uma visão bastante básica daquilo que estamos falando.
O método de Finney ainda é muito usado em nossos dias porque possuiu algo que o torna extremamente atrativo: números. Ele provê um dado estatístico mensurável do sucesso de um ministério. É muito mais emotivo, no sentido em que multidões se convertem. Também é muito mais fácil para se angariar fundos para o sustento da obra, pois as pessoas só querem investir naquilo que dê resultados. “Quantos convertidos você teve no último mês? Não sei, esse é um trabalho do Espírito Santo. Eu posso falar para quantas pessoas eu preguei o evangelho”. Essa frase não é muito efetiva quando se vai angariar fundos. Mas, pelo contrário, quando a resposta para mesma pergunta é “quinhentas pessoas aceitaram Jesus em seu coração”. Numericamente falando, o decisionismo é muito mais atrativo, mesmo não sendo bíblico. Por isso tantos pastores e missionários e evangelistas adotam esse método. Também porque essa é a única forma como a maioria acha que o evangelismo é feito.
Algo que poucos conhecem são os resultados da obra missionária de Finney. Em visitas feitas um ano depois às comunidades que receberam suas campanhas evangelísticas, descobriu-se que das multidões que “aceitavam Jesus”, poucos ainda se encontravam nas igrejas. Muitos deles voltaram para seu estado anterior, totalmente voltados para o pecado e outros ainda pior, confirmando o texto que diz “e seu estado final é pior do que o inicial” (2 Pedro 2:20). Também verificaram que essas pessoas se tornaram mais resistente ao evangelhos, porque, ou não conseguiram a “vida maravilhosa” que pensavam conseguir, ou tinham a garantia de que eram salvos, pois fizeram uma oração uma vez e “aceitaram Jesus em seu coração”.
Podemos ver muito desse quadro nos dias de hoje. As pessoas vão para a igreja, houvem uma mensagem do tipo “venha para Jesus, Ele tem um plano maravilhoso para sua vida”, entendem essa idéia de plano maravilhoso de uma forma bem diferente do que diz a Bíblia (os apóstolos experimentaram essa vida maravilhosa, especialmente em sua morte), nada ouvem sobre pecado, arrependimento, ira vindoura. Mal ouvem sobre a graça, que é desconfigurada porque ela perde o sentido quando não é comparada com a ira de Deus, fazem uma oração como se fosse um encanto tirado de Harry Potter que lhes dá a certeza de serem cristãos e dai por diante fazem parte do “povo de Deus”. Poucos meses depois, quando chega a tribulação, perseguição, tentação, a pessoa percebe que foi enganada e cai fora. Mais um desviado. E muitos dos que ficam, que acabam nunca se convertendo, vivem uma vida reprovável para um cristão. Horas e horas de discipulados são gastas na tentativa de transformar um bode em ovelha. E o máximo que se consegue é uma mudança cosmética, envolta em moralismo.
Precisamos voltar imediatamente para o evangelismo bíblico, que se preocupa menos com os números e mais com a obediência ao Senhor, deixando para que ele inicie a obra na vida da pessoa, pois “aquele que começou a boa obra, vai completa-la” (Filipenses 1:6).
Ultimo e importante lembrete, Finney não acreditava no conceito de pecado original. Ele acreditava que todo ser humano nasce neutro e decide em algum momento de sua vida se vai servir a Deus ou não. Cinqüenta porcento de possibilidades para cada lado”.
Também não acreditava que o sacrifício de Cristo tinha qualquer ação jurídica em nosso favor. Explicando, ele não acreditava que Deus colocou sobre Cristo o castigo que deveria cair sobre nós. Para Finney, a morte de Cristo foi só um exemplo a ser seguido, sem poder redentor. O poder verdadeiro está na decisão de cada pessoa.
Finney escreveu uma Teologia Sistemática que ainda é usada, mesmo sendo considerado um tratado praticamente herege, especialmente no que tange a soteriologia.
Enquanto as pessoas continuarem olhando para os números apresentados pelo método de Finney, elas não vão perceber o mau que estão causando à causa de Cristo.

segunda-feira, julho 13, 2009

O primeiro Natal de Michael Jackson

Ontem o Fantástico transmitiu uma reportagem com vídeos inéditos sobre a intimidade do Michael Jackson, como por exemplo sua visita a Gary, Indiana e também seu primeiro Natal.
Foi bom ver umas partes de Gary e pensar "eu acho que já passei por ali" ou "eu, eu conheço esse prédio". Seja como for, para nós a parte mais importante foi aquela que fala sobre o primeiro Natal de Michael, já adulto em Neverland, pois como Testemunha de Jeová, ele jamais comemorou o Natal. Interessante notar que depois de toda a festa, ele foi chorar em seu quarto
, pois para ele tinha cometido uma grande delito contra jeová, mesmo estando longe da organização desde 1987 (o processo de lavagem cerebral é sempre muito forte). Veja abaixo a última parte da reportagem.


Por que as Testemunhas de Jeová não comemoram o Natal?
Na verdade, nem sempre foi assim. Durante um bom tempo as Testemunhas de Jeová comeravam alegremente o Natal. Em uma edição da Watchtower de 15/12/26, página 371 lemos "O evento é tão que é sempre apropriado a trazê-lo à mente do povo, não importa a data". É até possível ver como esse evento era importante na foto abaixo, de um belo Natal na sede das Testemunhas de Jeová no Brooklyn, NY.


Mas pouco tempo depois tudo mudou e agora as Testemunhas de Jeová não devem mais celebrar o Natal. Vamos citar suas próprias palavras para mostrar porque acreditam nisso:
"Os primitivos cristãos resistiam à tentação de participar nas festividades pagãs dos seus contemporâneos. Mas, a Bíblia predizia que, com o tempo, se desenvolveria entre os cristãos uma grande apostasia. (Atos 20:29, 30; 2 Tessalonicenses 2:3; 1 Timóteo 4:1-3; 2 Pedro 2:1, 2)... a original e pura congregação cristã foi corrompida. Indo de mal a pior, os cristãos apóstatas justificaram seu proceder por dar às celebrações pagãs um nome 'cristão'. Conforme admite o livro Natal (em inglês): 'A Igreja Cristã . . . achou conveniente, no quarto século, adotar o sagrado dia pagão de 25 de dezembro, o solstício de inverno . . . A data do nascimento do sol tornou-se a data do nascimento do Filho de Deus'... Contudo, o perigo mais sério de se celebrar o Natal é que poderia levar à perda do favor de Deus. Por quê? Há diversos motivos. Por exemplo, o Natal promove a idolatria, algo proibido pela Bíblia... a celebração do Natal tem promovido a adoração de Jesus em lugar do Pai dele, Jeová Deus. Isto constitui outra forma de idolatria, visto que o glorificado Senhor Jesus Cristo é 'o princípio da criação de Deus'... O fato é que Jesus nunca afirmou ser o Deus Todo-poderoso". A Sentinela 15/12/1984, páginas 6 e 7.

E é por isso que as Testemunhas de Jeová não comemoram o Natal. A princípio, para alguém um pouco mais ignorante, essa linha de raciocínio pode até parecer válida, mas com um poquinho de bom senso e conhecimento da Bíblia é possível refutar com uma certa facilidade esse argumento.
Primeiro, os cristão primitivos comemoravam o Natal, normalmente no dia 6 de Janeiro, essa data só mudou para 25 de Dezembro em 354 AD por decisão do imperador Justiniano. Mas a igreja Ortodoxa ainda celebra 6 de Janeiro. A escolha da data foi uma questão política para um evento que já ocorria (o Natal). Se por algum acaso, o governo brasileiro mudar a data da Páscoa para o dia 31 de Outubro (Halloween), então a Páscoa passaria a ser uma festa pagá? Claro que não. Portanto, tão pouco o Natal.
Segundo, o Natal não promove idolatria quando é celebrado da maneira correta, adorando-se a Jesus porque ele é Deus. Um pequeno texto em nosso blog que demonstra como Jesus é Deus pode ser lido aqui.
Portanto, os dois principais motivos para as Testemunhas de Jeová não celebrarem o Natal não fazem sentido, nem historicamente, nem biblicamente. Mas isso já é um padrão na organização.

Portanto, Michael Jackson não possuía motivo algum para chorar depois do seu primeiro Natal, a não ser claro, os resquicios de sua lavagem cerebral. Ele deveria era se alegrar por estar livre de uma religião falsa. Espero que ele tenha realmente percebido isso.

quinta-feira, julho 02, 2009

Evangelismo: só 2% o fazem


Existe uma triste estatística no que se refere à porcentagem de evangélicos/protestantes que compartilham sua fé de forma regular. Somente 2% fazem o evangelismo parte constante de sua vida. É uma triste estatística, mas ainda assim uma estatística.
Por que isso acontece? Por que muitos são tão negligentes em compartilhar aquilo que deveria ser o assunto central de suas vida? Por que tantos se abstêm dessa atividade que nos é totalmente ordenada nas escrituras? E mais estranho ainda, por que tantos vivem aparentemente tão bem com isso, sem terem (aparentemente) suas consciências perturbadas? Talvez a observação de alguns pontos interessantes possa nos ajudar a entender melhor essa situação.
A primeira e mais importante das observações é bastante óbvia. Ele fica clara para qualquer um que tem freqüentado o meio evangélico a bastante tempo e tem um conhecimento mínimo das Escrituras e o que ela requer dos que se chamam cristãos. Uma grande maioria dos que freqüentam os templos evangélicos não são cristãos. Além disso ser uma promessa bíblica (Mateus 13:30), os números apresentados pelas igrejas mostram que muitos desses nunca realmente se converteram. Por exemplo, de cada dez novas conversões conseguidas em cada igreja, 8 se desviam em até um ano. Menos de 11% dos evangélicos lêem a Bíblia diariamente (a princípio seu livro base). A taxa de divórcio é o mesmo da taxa dos não cristãos. Esse é um resultado comum da mensagem evangélica moderna. Para entender melhor essa questão e porque a conclusão mais óbvia é que muitas dessas pessoas nunca foram cristãs, leia o texto de Ray Comfort O Maior Segredo do Diabo. Você pode lê-lo aqui.
Um outro ponto importante é que, mesmo para aqueles que ficam na igreja, sejam eles realmente convertidos ou não, as expectativas que essas pessoas possuem do cristianismo e aquilo que lhes é cobrado, em sua grande maioria não refletem o cristianismo bíblico. É observável para qualquer um que aquilo que a grande maioria das pessoas buscam é auto-satisfação, bens, prosperidade, cura, milagres. Resumindo, o bem delas próprias. Deus é um agente para isso, mas poderia ser qualquer outro. Só que de todos os outros, ele é o que faz mais sentido, o mais poderoso (ele criou tudo mesmo, pode me criar uma casa nova). Deus não é mais o objeto de sua adoração, mas sim um agente para alcançar uma vida boa. Nesse sentido, os decretos de Deus perdem o sentido de ser e escolhemos seguir somente aqueles textos das Escrituras que falem de princípios de semeadura. O evangelismo nessa realidade é obra pura e simples do mega pastor, mega missionário ou mega apóstolo. Afinal, essas pessoas pagam um alto valor para subornar a Deus e ter outras pessoas fazendo o ritual cristão por elas. Tudo o que quero é o retorno de meus investimentos espirituais. Nada mais. Para eles a alma dos perdidos é algo irrelevante. Acham que a Grande Comissão é a sua parte dos lucros, que lhe são comissionados por direito. E se o objetivo é uma vida boa, nada mais desagradável do que falar sobre religião. Afinal, importante é esse mundo, não o vindouro. Spurgeon uma vez disse “você não tem preocupação com a alma dos outros? É porque você também não é salvo, tenha certeza disso”.
Chegamos agora naqueles que são salvos, sabem da importância do evangelismo e salvação de almas, mas ainda assim não fazem evangelismo. Uma razão é que muitas igrejas não focam essa atividade. Falam sobre evangelismo mas não o levam a sério. Muitos pastores simplesmente não sabem como fazer. E não ensinam seu rebanho (como poderiam?).
Conversando com pessoas que não fazem evangelismo de forma regular, uma frase recorrente é “eu não sei como fazer”. “Eu não sei como abordar pessoas”. “Eu não sei”. Não estou falando de cristãos novos, estou falando de gente com tempo de cristianismo. Poucos são treinados na arte de compartilhar o evangelho. O oficio de evangelista, aquele que treina a igreja no evangelismo, sumiu das igrejas.
Imagine a seguinte situação: você precisa enviar um soldado para uma zona de batalha. Ele nunca teve um treinamento decente e quando vai receber suas armas para o combate, lhe é dado um espanador de pó! Essa situação é absurda, mas infelizmente é exatamente o que fazemos com nossos irmãos. Nunca recebem treinamento, nunca recebem as armas para o combate, mas cedo ou tarde vão se ver em alguma situação de “combate” e não vão se sentir seguros para compartilhar sua fé. Soldados com um espanador.
Mas de todos os motivos para a falência do evangelismo no movimento evangélico, o maior é subtração de duas palavrinhas poderosas do vocabulário dos pregadores; pecado, em menor grau e inferno, em maior grau. Ambas palavras se tornaram proibidas nos últimos 50 anos. Pecado foi substituído por erro ou engano e inferno, que praticamente sumiu, virou “passar a eternidade longe de Deus”. Apesar de ser um eufemismo, algo que muitos ignoram é que aqueles que tiverem recebendo sua justa punição no inferno não estarão longe de Deus, pois a ira de Deus estará no inferno.
E esse pensamento, que os pecadores que morrem sem Cristo como seu Salvador vão enfrentar tormento eterno por parte de Deus, foi extirpado do meio evangélico, tirando assim um dos grandes motivadores para o evangelismo: a paixão pelas almas. É fácil esquecermos que nosso colega ao lado pode morrer a qualquer momento, que será julgado por Deus e se for encontrado em falta (sem a obra redentora de Cristo colocado em sua conta) passará a eternidade no inferno. É fácil nos esquecermos disso e mais fácil ainda quando essa mensagem não nos é entregue do púlpito, de onde deveria vir.
Infelizmente, nenhum desse motivos servirão de maneira alguma como desculpa quando nos apresentarmos perante Deus no julgamento do Trono Branco e ele perguntar sobre o sangue daqueles que não evangelizamos. Ezequiel 33 deveria ecoar diariamente em nossas mentes e deveria ser gravado em nossos corações.
Se você gostaria de aprender como fazer evangelismo bíblico e eficaz, de uma olhada em nossa página de recursos para evangelismo. Temos um manual de evangelismo, um míni guia de evangelismo e também informações sobre nosso curso de evangelismo. As ferramentas existem e devem ser usadas.

Jesus é Deus, diz Isaías


Mostrar que Jesus é Deus, um com o Pai e com o Espírito Santo não deveria ser algo tão difícil, uma vez que essa é uma doutrina básica do cristianismo. Não deveria exigir conhecimentos profundos de hebraico e grego e nem mesmo um argumento muito complexo que só faz sentido para teólogos gabaritados.
Se você pensa assim, é com alegria que queremos lhe informar que na verdade não é algo difícil. Com apenas três versículos, mais duas palavras em hebraico que todos conhecem e um pouco de bom senso, você pode mostrar que a única conclusão lógica é que Jesus é Deus.
Vamos começar com Isaías 6:1 que diz “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo”. Nesse texto Isaías diz que viu o Senhor, Adonai em hebraico. No versículo desse mesmo capítulo ele diz que novamente que viu o Senhor, mas dessa vez usa o tetragrama para se referir a Deus, YHVH ou sua versão mais conhecida, Jeová. Ou seja, esse texto deixa claro quem Isaías viu; Deus, Jeová.
Agora vamos ler João 12:41 “Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e dele falou”.
Dele, dele quem? De quem João está falando? Leia os versículos anteriores, especialmente do 34 a 40. João está falando sobre Jesus, de forma bastante clara nesse texto.
Assim sendo, se Isaías diz que viu Deus, Jeová e João diz que Isaías viu a Jesus, então a única conclusão lógica é que Jesus é Deus, Jesus é Jeová.
Algumas religiões podem dizer que Isaías viu duas pessoas distintas, Jeová e Jesus. Mas isso não faz sentido quando se faz uma leitura plena do texto. Isaías não diz que viu dois senhores, mas um Senhor. Não informa de maneira alguma que havia duas pessoas lá.
Além disso, Deus diz que não dará sua glória para ninguém. E João diz que a glória que Isaías viu foi a de Jesus.
Essa é uma forma simples de mostrar que Jesus é Deus. De maneira nenhuma esgota esse assunto. Existem muitos outros exemplos da divindade de Cristo. Mas acredito que essa seja uma forma rápida, simples e lógica de abordar esse assunto, mostrando que a divindade de Cristo é algo evidente nas Escrituras.
Agradecimentos ao profeta Isaías e ao apóstolo João pela ajuda.
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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