domingo, dezembro 21, 2008

Feliz Natal nasceu Jesus Cristo o Salvador


Queremos desejar a todos os nossos amigos (e também inimigos, se houver algum...) um Feliz Natal!
Nesse data comemoramos o nascimento de nosso Salvador, Jesus Cristo. O maior evento da história da humanidade, desde a criação do homem. Deus se fez carne e viveu entre nós!
Morreu por nossos pecados e hoje podemos ter esperança, pois recebemos o perdão de nossos pecados! Podemos ser chamados de filhos de Deus! Boas novas para todos!
Você deve estar se perguntando porque colocamos uma foto do Peanuts ou Snoopy para os brasileiros ao invés de qualquer outra imagem natalina?
O vídeo abaixo deve responder essa pergunta.
Tem muito evangélico por ai que não saberia explicar o Natal melhor que o Linus... que pena...


segunda-feira, dezembro 15, 2008

As 13 Heresias do livro "A Cabana"



A Cabana (William P. Young, ed. Sextante), tem sido um livro bastante aclamado, especialmente no meio evangélico. Está sendo recomendada por muitos pastores e até a famosos músicos cristão, como Michael W. Smith. Leia a descrição do livro no site da própria editora “Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada. Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia. Apesar de desconfiado, ele vai ao local do crime numa tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre. Em um mundo tão cruel e injusto, A cabana levanta um questionamento atemporal: Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?
É aí que está o grande problema do livro. Na tentativa de responder a essa pergunta, Young abandona a abordagem bíblica sobre sofrimento e busca uma abordagem mais humanística, focada no homem. Young acredita no universalismo, ou seja, todos no final das contas serão salvos.
Michael Youssef do ministério Leading the Way listou 13 heresias contidas nesse livro, que é um grande best-seller nos Estados Unidos.
Esse livro tem trazido muito engano a igreja, substituindo conceitos bíblicos por conceitos universalistas.

1 – Deus Pai foi crucificado com Jesus.
Porque os olhos de Deus são puros e não podem olhar para o pecado, a Bíblia diz que Deus não olharia para seu próprio Filho amado enquanto este estava pendurado na cruz, carregando nossos pecados (Hab 1:13; Mat 27:45). Isaías 53:4-10.

2 – Deus está limitado por seu amor e não pode praticar justiça.
A Bíblia declara que o amor de Deus e sua justiça são dois lados da mesma moeda – igualmente partes da personalidade e caráter de Deus (Isaías 61:8; Oséas 2:19). Romanos 9:13

3 – Na cruz, Deus perdoou toda a humanidade, tanto os que se arrependeram quanto os que não. Alguns escolhem um relacionamento com Ele, mas Ele perdoa a todas igualmente.
Jesus explica que somente aqueles que vierem até Ele serão salvos (João 14:6).

4 – Estruturas hierárquicas, estejam na igreja ou no governo, são ruins.
Nosso Deus é um Deus de ordem (Jó 25:2). Deus nos deu regras estruturais para a igreja, incluindo como dons são utilizados e qualificacoes para os lideres (1 Cor 12, 14; 1 Tim 3).

5 – Deus nunca vai julgar as pessoas pelos seus pecados.
A palavra de Deus repetidamente chama o homem a fugir do julgamento de Deus através da fé em Jesus Cristo, Seu Filho (Rom 2:16; 2 Tim 4:1-3).

6 – Não existe hierarquia na Trindade, só um circulo de unidade.
A Bíblia diz que Jesus se submete à vontade do Pai. Isso não significa que uma Pessoa é maior ou melhor que outra, mas sim única. Jesus disse “Eu vim para cumprir a vontade daquele que me enviou. Estou aqui para obedecer ao Pai”. Jesus também disse “Eu vou te enviar o Espírito Santo”(João 4:34; 6:44; 14:26; 15:26).

7 – Deus se submete a desejos e escolhas humanas.
De maneira alguma Deus se submete a nós, Jesus disse “Estreito é o caminho que leva a vida eterna”. Nós devemos nos submeter a Ele em todas as coisas, para sua Glória e por aquilo que ele fez por nós (Mateus 7:13-15).

8 – Justiça nunca vai acontecer por causa do amor.
A Bíblia ensina que quando o amor de Deus é rejeitado, e quando a oferta de salvação e perdão é rejeitada, justiça precisa acontecer ou então Deus enviou Jesus Cristo para morrer por nada (Mateus 12:20; Rom 3:25-26).

9 – Não existe julgamento eterno ou tormento no inferno.
A própria descrição de Jesus do inferno é muito vívida... não pode ser negada (Lucas 12:5; 16:23). Enquanto a “reconciliação universal” ensina que a salvação pode ocorrer após a morte, a Bíblia diz, “aquele que não acredita já está condenado, porque não creu no nome único Filho de Deus”(João 3:18).

10 – Jesus está andando com todas as pessoas em suas diferentes jornadas a Deus e não importa qual caminho você pega para Ele.
Jesus disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”(João 14:6).

11 – Jesus está constantemente sendo transformado conosco.
Jesus, que habita no esplendor do Céus, está assentado à direita de Deus, reinando e governando o universo. A Bíblia diz, “Nele não existe mudança alguma, porque Ele é ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 11:12; 13:8; Tiago 1:17).

12 – Não é necessário fé ou reconciliação com Deus pois todos conseguiram ir para o céu.
Jesus disse que “somente aqueles que crerem em mim terão a vida eterna” (João 3:15; 3:36; 5:24; 6:40).

13 – A Bíblia não é verdadeira porque reduz Deus ao papel.
A Bíblia foi inspirada por Deus. Com certeza houve muitos homens durante 1800 anos que utilizaram a caneta (por assim dizer), cada um com uma profissão e em um ambiente diferentes, mas o Espírito Santo infundiu seu trabalho com a Palavra de Deus. Esses homens estavam escrevendo a mesma mensagem de Gênesis a Apocalipse.

sábado, dezembro 13, 2008

Quem escreveu a Biblia? - SUPERINTERESSANTE, Dezembro 2008.


Religião é um assunto recorrente nas revistas sobre ciência, como a SUPERINTERESSANTE ou a Globo Ciência. E o segundo tópico preferido é a Bíblia (o primeiro é Jesus, como eles sempre descobrem coisas novas sobre Jesus que vai mudar a forma como vemos o Filho de Deus e blá, blá, blá). Nesse mês de Dezembro, a SUPER se lança no desafio de definir quem escreveu a Bíblia. E como em todas as outras reportagens sobre religião (especialmente o Cristianismo), promete “mudar sua maneira de ver as Escrituras”.
Um bom resumo desse artigo diz no final das contas a Bíblia não foi escrita por quem acreditamos que foi, ela é muito mais recente do que imaginamos, ela foi alterada várias vezes a bel prazer do teólogo de plantão e mesmo nas traduções, encontramos erros e divergências. E para coroar todas essas afirmações a reportagem termina com a seguinte declaração: “Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regadas há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência” (enfase acrescentada).
Quando fazemos evangelismo, sempre nos deparamos com esse argumento: a Bíblia é um livro escrito por homens; ela está cheia de contradições; está cheia de erros; ela foi manipulada; adulterada... o que você faz nessas situações? Como responder a essas objeções? Você sabe defender sua fé nas Escrituras como revelação de Deus para o homem?
Pretendo apresentar de forma sucinta nesse post a razão de nossa fé nas Escrituras como Palavra de Deus em comparação com o artigo da SUPER. Essas informações sempre me são úteis nos evangelismo. Espero que também seja útil para você. Vamos lá.
Toda vez que vamos abordar algum assunto, sempre partimos de um pressuposto. É impossível alguém iniciar uma pesquisa se dizendo neutro. Por mais que muitos aleguem isso, sempre temos um pressuposto. Eu iniciei esse post com um pressuposto: a Bíblia foi escrita por Deus e é verdadeira em suas afirmações. Portanto, todo esse texto vai trabalhar nesse sentido. Isso quer dizer que eu vou manipular os dados? Não, mas demonstra que eu tenho um pressuposto. A reportagem da SUPER também parte de um pressuposto: a Bíblia foi escrita por homens e manipulada durante os anos. Assim, informações em contrário acabam sendo ignoradas e o foco acaba sendo tudo aquilo que pode confirmar esse pressuposto, mesmo não fazendo sentido algum. Todos possuímos um pressuposto, só não podemos manipular a verdade em prol do mesmo.
O artigo começa questionando a autoria dos textos, de uma forma diferente da que defende a igreja. Na verdade, ao invés de possuírem um autor definido e identificável, na maioria das vezes, o Velho Testamento deriva de lendas de vários povos em Canaã. Como exemplo citam a lenda de Gilgamesh, uma lenda sobre o diluvio, bastante parecida com a historia de Noé. Afirmam que a lenda de Gilgamesh deu origem a história de Noé. Mas algo que eles falham em perceber é que em critica literária, quando duas historias são parecidas, via de regra a mais simples é a mais antiga. Quando se compara as duas lendas, percebe-se nitidamente que a de Noé é mais simples e a de Gilgamesh mais complexa. É muito mais provável que a versão bíblica seja mais antiga.
A autoria de Moisés para todo o Pentateuco é questionada no artigo. A principal razão para isso é que aparentemente existem vários estilos dentro do texto mosaico, por exemplo, em alguns momentos Deus e chamado de Javé e em outros de Elohim. Alem disso, o texto apresenta um monoteísmo que não existia na época de Moisés e um sistema legislativo incompatível com a época Por isso, acreditam que esses textos foram escritos em 4 períodos diferentes, todos muito depois de Moisés. Essa é uma teoria antiga, que recebeu seus toques finais por Julius Wellhausen em 1895. É chamada de Hipótese Documentaria ou hipótese JEDP e ainda hoje é muito aceita, sendo citada no artigo como consenso. Na verdade essa teoria como um todo parte de um pressuposto que sem o mesmo, toda a teoria entra em colapso: não houve revelação divina, Deus jamais implantou o monoteísmo e jamais falou com Moisés. Alguns pontos que não são considerados pelos defensores dessa teoria:
1- Não existe nenhuma prova documental que sustente essa teoria, ela é baseada única e exclusivamente em especulações Não existem manuscritos, relatos, absolutamente nada que possa levar a considerar essa hipótese como verdadeira.
2-Mesmo entre os autores dessa teoria existe uma enorme dificuldade de se definir qual texto pertence a qual dos autores, pois baseia-se em algo totalmente subjetivo. Hora parte que é considerada jeovista, hora é considerada eloísta.
3-A grande maioria dos achados arqueológicos do últimos seculos demonstra que o autor do Pentateuco possuía um grande conhecimento da cultura da época de Moisés Por exemplo, achados sobre a cultura dos heteus mostram que o relatos de Gênesis 23 são verdadeiros e somente alguém que teve contato com os heteus poderia ter tamanho conhecimento. Os heteus ainda estavam perambulando por aquela região na época de Moisés
4- Sabe-se hoje em que o monoteísmo é muito mais antigo do que imaginávamos. Achados arqueológicos datam os primeiros movimentos monoteístas para a época de Moisés.
5- A descoberta de varies códigos legislativos até anteriores ao mosaico demonstra que é totalmente plausível o desenvolvimento das leis conforme no Pentateuco.
6- Moisés declara autoria do texto (Exo 17:14; Num 33:2) e Jesus também afirma que Moisés escreveu a Lei (Mat 8:4).
Nenhum dos fatores acima é levado em consideração pelo artigo. Um outro motivo apresentado para negar a autoria mosaica é que Deuteronômio descreve a morte de Moisés e todos concordamos que ele jamais poderia ter escrito essa parte. Por isso o artigo descarta a autoria de Moisés de todo o texto. Com certeza outra pessoa escreveu essa parte, provavelmente o autor de Josué. Mas isso não é razão suficiente para negar a autoria mosaica. O parágrafo seguinte diz que a crueldade aparente de Deus no Velho Testamento é devida as lutas que os autores bíblicos enfrentavam com povos vizinhos, ele estavam "extravasando sua angústia". Aqui o grande problema é uma visão distorcida de quem Deus é. Deus se apresenta como amoroso nas Escrituras mas esse não é seu maior atributo. Repetidas vezes Deus declara que Ele é justo e não tolera o pecado e que irá julgar a humanidade. Quando Deus mandou Israel aniquilar os povos vizinhos, Ele estava agindo com justiça sobre esses povos, pois eram pecadores. A bondade de Deus se revela ao homem na pessoa de Jesus Cristo. Isso poucas pessoas querem entender.
Com a finalização da cânone hebraico, inicia-se a formação do cristão Uma coisa para que achei engraçada no artigo foi o comentário do teólogo Paulo Nogueira para a motivação que levou os cristão a escrever o Novo Testamento: "os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade". Fico imaginando pobres cristãos pensando sobre sua identidade mau formada enquanto aguardavam para serem devorados pelos leões! Não, grande parte do Novo Testamento foi escrito para defender o cristianismo de heresias que estavam se infiltrando na igreja. Isso não é debater sua identidade, mas defender os ensinos que Deus revelou através dos apóstolos. Eu acredito plenamente que uma pessoa que tem coragem de morrer por suas crenças, morrer uma morte terrível, já tem sua identidade bem formada. Mais uma vez, o pressuposto de que a Bíblia não é uma revelação de Deus, mas simplesmente um livro escrito por homens determina todas as conclusões neste artigo.
Uma alegação muito comum sobre o Novo Testamento é que, já que não possuímos os originais dos autores bíblicos, as copias que possuímos estão cheias de erros, pois por terem sido copiadas a mão, aqueles que faziam as copias alteravam o texto, seja por erros, seja propositalmente.
Um pouco de informação e sempre útil aqui. Temos mais de 5 mil manuscritos gregos dos primeiros seculos do Novo Testamento. Só para se ter noção da importância desse numero, os 6 mais influentes e importantes livros da antiguidade juntos possuem menos de mil manuscritos. E se acrescentar os manuscritos em outras línguas, temos mais de 25 mil cópias. Eles concordam em 95% do texto, o que já e admirável levando-se em consideração que eram copiados a exaustão. Os 5% discordantes se referem em sua grande maioria à ordem de palavras (Cristo Jesus ao invés de Jesus Cristo, por exemplo) e em nenhum momento essas diferenças possuem qualquer influência sobre doutrinas centrais do cristianismo.
Se somente isso não fosse suficiente, mesmo que não possuíssemos tantos manuscritos seria possível reconstruir todo o Novo Testamento a partir dos textos dos pais da igreja, que citavam constantemente os textos que já eram reconhecidos como Escrituras no primeiro e segundo seculos.
Alega-se no artigo que o texto da mulher adultera do evangelho de João foi inserido por um escriba no seculo 3. O motivo para essa colocação é porque nesse período o cristianismo estava se distanciando do judaísmo, então era importante que eles se distanciassem da lei mosaica, que diz que uma adultera deve ser apedrejada. Não existe prova disso. Esse texto não consta em muitos manuscritos e em outros ele está deslocado, colocado em outro lugar. Mas não somente a parte da mulher adúltera, mas todo o texto anterior, que vai de João 7:53 ate 8:11. É possível que esse texto não faça parte do original, mas não temos prova disso, já que alguns manuscritos trazem esse texto. Também é possível que esse texto fizesse parte de uma tradição oral. Mesmo que esse texto não tenha feito parte do original, o que não temos certeza, não podemos afirmar quando foi inserido nem por quem e muito menos o porque, já que qualquer conclusão nesse sentido é totalmente especulativa. Além disso, existe algo que muitos pesquisidores ignoram (por causa de seu pressuposto): Jesus mesmo afirmou que não veio para destruir a Lei, mas para cumpri-la. Por que então Jesus não deixou que aqueles homens apedrejassem a mulher adultera? Porque a Lei possuiu uma única razão, mostrar o quanto somos pecadores e aqueles homens que queriam apedrejá-la se achavam justos. Quando viram, pela mesma Lei que queriam usar para condenar a mulher, que eram tao pecadores quanto ela, não puderam mais continuar.
A formação do Cânone é normalmente mal representada nas revistas e livros, especialmente aqueles que negam a autoria divina da Bíblia. Via de regra alegam que foi um ato do imperador Constantino no concílio de Nicéia e ali pela primeira vez tivemos a lista dos 27 livros. O artigo da SUPER traz pelo menos uma novidade, a historia de Marcião e como ele editou a primeira versão do Novo Testamento, bastante diferente da nossa. Mas como ele era um gnóstico e o gnosticismo foi declarado heresia em 170 AD, ele foi excomungado.
O cânone cristão foi ganhando forma nos três primeiros seculos e foi autenticado pela igreja como um todo no concílio de Nicéia, mas a lista não era nova e não ficaram decidindo o que deveria ou não entrar arbitrariamente. É importante lembrar que os principais livros já estavam definidos pois a igreja como corpo ia compartilhando uma com a outra os texto que possuíam. Uma das convenções que a igreja adotou muito antes de Nicéia foi que para ser considerado como escritura, o texto deveria ter sido escrito por um apóstolo ou sob a orientação de um. Por isso os quatro evangelhos que conhecemos foram facilmente aceitos. Mateus e João escritos diretamente pelos apóstolos e Lucas e Marcos sob a orientação de um apóstolo (Paulo e Pedro, respectivamente). Atos e as cartas paulinas foram rapidamente adicionadas como Escrituras. Um outro critério era que o texto pretendente a ser considerado inspirado deveria ter sido escrito pouco tempo depois de Cristo. Por isso nenhum escrito depois do primeiro século (ou melhor dizendo, apos a morte dos apóstolos) foi aceito. Já ao final do primeiro século, uma boa parte do cânone cristão já estava definido. E as Escrituras hebraicas sempre fizeram parte desse cânone. E mais uma coisa importante, o gnosticismo não foi declarado heresia somente em 170, na verdade João já combatia essa heresia, como podemos confirmar em 1 João onde diz que todo aquele que nega que Cristo veio em carne não é de Deus. O gnosticismo pregava que Cristo não tinha vindo em carne, porque a carne representa o mau.
Quando o concílio de Nicéia se reuniu em 325, poucas dúvidas haviam sobre quais livros estariam oficialmente no que temos hoje como Novo Testamento. Alias, a principal razão para a convocação do concílio não era nem estabelecer o cânone, mas sim lidar com a questão Ariana, uma heresia que o bispo Ario estava espalhando, dizendo que Cristo havia sido criado por Deus, não sendo eterno como o Pai. Ario foi chamado para explicar sobre essa questão e como não se arrependeu por ensinar heresias, foi excomungado. Ali se criou o credo de Atanásio, uma linda declaração de fé que todo cristão deveria ler ao menos uma vez na vida. Na verdade, a lista com os 27 livros foi definida por Atanásio em 365 e confirmada no concílio de Constantinopla em 381.
A autoria de Paulo sobre um trecho de uma de suas cartas é questionada porque o texto parece ser bem machista e Paulo viveu em uma época que o cristianismo era bastante favorável para com as mulheres. Mais uma vez, a especulação e o pressuposto (sempre ele) definem a autoria de um texto. Duas coisas a considerar: primeiro, Paulo era fariseu antes de se converter e para os fariseus a mulher era menos do que um ser humano. O testemunho de uma mulher, por exemplo valia metade do testemunho de um homem (interessantemente, mesmo sabendo disso, Jesus primeiro apareceu para mulheres quando ressuscitou. E tem gente que diz que a Bíblia e machista...). Segundo, em outros texto Paulo compara a relação Cristo/igreja com a relação marido/esposa sendo homem como Cristo e a mulher como a igreja. O homem tem autoridade sobre a mulher como Cristo tem sobre a igreja e o homem deve amar a mulher como Cristo ama a igreja, a ponto de morrer por ela. Isso e machismo?
Uma questão importante que o texto traz é a questão da tradução e existe uma tendência no texto a dizer que a Bíblia foi traduzida de forma errada ou ao gosto do teólogo de plantão. É verdade que algumas traduções são bastante tendenciosas, mesmo algumas modernas (creio que a maior de todas é a Tradução do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová) mas uma coisa é ser tendencioso, outra coisas é buscar ao máximo o verdadeiro significado de um texto. E é aqui que o texto novamente erra (ou age de forma tendenciosa). Um exemplo é a palavra metanóia, que foi traduzida na Vulgata como penitência e que Lutero traduziu como arrependimento (reviravolta no artigo da SUPER). Etimologicamente falando, metanóia quer dizer “voltar atrás”, “mudança de caminho ou de oponião”. Ela sempre teve essa conotação nos escritos da antiguidade. Traduzi-la por arrependimento (ou mesmo reviravolta) faz mais sentido se observarmos a raiz da palavra e o conjunto dos ensinos do Novo Testamento do que a palavra penitência. O grande William Tyndale traduziu a palavra ecclesia por congregação, ao invés de igreja e segundo o artigo foi queimado por isso. Na verdade, o fato de ter feito a tradução foi o que o levou para a fogueira, pois isso era totalmente proibido. Ecclesia pode ser traduzida tanto por igreja quanto por congregação, já que possuem o mesmo significado. Ecclesia quer dizer ajuntamento de pessoas, reunião, aqueles que são chamados para se unirem. Aproveitando, pesquisem sobre Tyndale, a historia desse cristão é fantástica!
O artigo termina com o questionamento sobre como devemos traduzir a Bíblia e como devemos lê-la. Devemos seguir o literalismo e voltar as antigas práticas do VT ou devemos ter uma visão mais alegórica, como um livro sobre a jornada do homem em busca de Deus? O que vai definir a minha abordagem das Escrituras é a minha crença sobre sua inspiração. Se a Bíblia é a palavra de Deus para o homem, na qual ele se revela e revela sua vontade para todo nos, então, eu vou lê-la como um todo e como um todo obedecê-la. Isso quer dizer que devo sair por ai apedrejando adúlteras? Não, isso quer dizer duas coisas: primeiro, eu não vou ficar pensando “o que esse texto quer dizer para mim”, não, já que a Bíblia é a revelação de Deus para o homem eu vou lê-la e buscar entender o que o texto significa para seu autor. O que Deus quis dizer naquele texto? Como os leitores originais entendiam esse texto? É assim que eu devo entendê-lo. Isso é regra de hermenêutica numero 1. Segundo, estamos sob uma nova aliança e todo o Velho Testamento deve ser interpretado através do Novo. Cristo cumpriu a Lei por nós, por isso não estamos atrelados a ela. Precisamos ter nossa soteriologia bem definida para poder ler as Escrituras e fazer o que ela diz. Minha sugestão, compre um bom livro de hermenêutica. Vai ter fazer maravilhas.
Tenho a mais absoluta certeza que esse não é o ultimo artigo a atacar a autoria divina das Escrituras. Periodicamente vamos ser abordados sobre isso, especialmente aqueles que compartilham sua fé e fazem evangelismo nas ruas. Mas é importante que estejamos prontos para dar a razão de nossa fé e estejamos preparados, pois não cremos em um conto de fadas sem fundamentos, mas sim em um Deus que se revelou para a humanidade através das Escrituras. Meu irmão, tenha certeza que a Bíblia é a palavra de Deus.
Espero sinceramente que esse post tenha ajudado.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Pequeno Manual para entender os crentes

Durante a última madrugada (sim, estou trabalhando de madrugada e estou aproveitando para colocar a leitura em dia. Todo mundo agradecendo às novas leis de call center do nosso querido presidente Lula) li o intitulado “Pequeno Manual para entender os crentes” que eu achei no site Ateus do Brasil. O manual até que é engraçadinho e é um interessante exercício por parte de alguém que não faz parte do nosso universo (ou planeta como ele coloca no manual. Nunca ouvi uma pregação que dizia que eramos de outros planeta, mas enfim...) na tentativa mais de nos estereotipar do que nos entender. Digo isso por causa da linguagem usada no texto que busca com muito cuidado uma terminologia que enfatiza mostrar como somos ridículos. Uma bela escolha de palavras, devo dizer a verdade porque nem eu mesmo conseguiria ridicularizar nossas crenças, mesmo que o quisesse fazê-lo. Pena que o principal objetivo do manual não pode ser alcançado (facilitar o entendimento) porque, apesar de possuir um objetivo declarado a obra se destina a outro objetivo: mostram o quanto somos ridículos, pela perspectiva de alguém de fora da ecclesia (seria esse o nome do nosso planeta?).
Algumas coisas no texto até são engraçadas, como a parte que diz que se você é calvinista, você acredita que é um “verme sujo e grosseiro”. E não é que é verdade? Eu sei que sou um verme sujo e grosseiro! Eu me diverti com isso.
Mas o pequeno manual propositalmente ignora muitas das respostas do cristianismo para suas indagações e só apresenta aquelas que a grande maioria dos cristãos não aceita ou as consideram ridículas. Um bom exemplo é a grande questão sobre como os cristãos podem ser felizes no céu sabendo que seus parentes estão ardendo eternamente no inferno. O cristianismo apresenta boas resposta para essa questão, mas como o objetivo é mesmo ridicularizar os crentes, essas respostas não são apresentadas. E como os crentes lidam com isso? Segundo o autor do pequeno manual ignorando totalmente essa questão. Verdade, nos últimos dois mil anos ninguém no cristianismo foi capaz de apresentar uma boa resposta para isso. Claro que não. E se ninguém apresentou, eu não vou apresentar! Hahaha.
Outro ponto que me agradou foi a seguinte afirmação : “Como as pessoas não gostam de ouvir que não passam de vermes repulsivos, raramente a abordagem inicial de um prosélito crente se baseia na retórica Calvinista”. É por isso que eu, como um prosélito crente (também designado como evangelista, mas não tem a mesma conotação de ridículo) me utilizo da Lei para mostrar como a pessoa é üm verme sujo e grosseiro”. E ao contrário do que diz nosso autor do pequeno manual, essa abordagem dá muito certo.
Além de outras coisas como afirmar que Deus manda bebês para o inferno (quem disse isso?) e bobagens a parte (e sempre desconsiderando uma parte importante da teologia cristã, a Santidade de Deus, que passa a dar sentido a muitas das nossas crenças), o texto me fez refletir sobre duas coisas. A primeira sobre escrever o “Grande Manual para (tentar) entender o ateu”. Seria algo bem legal. A segunda é que, apesar do esforço de nosso pequeno autor em nos ridicularizar, vamos ser sinceros meus irmãos (calvinistas e arminianos) eu não acho que ele teve muito trabalho para isso. Nós muitas vezes facilitamos o trabalho dos ateus. Tudo bem, Jesus disse que o mundo nos odiaria (nosso pequeno autor está bem ciente dessa passagem) mas muitas vezes nós causamos isso sobre nós. Falta de conhecimento das Escrituras, igrejas cheios de falsos convertidos, brigas denominacionais sobre pontos idiotas, busca de prosperidade e curas e mais um monte de vícios de nossa parte que fazem o trabalho de pessoas como nosso pequeno autor muito fácil.
Tenho certeza que se muitos daqueles que são definidos por crentes pelo nosso pequenino autor fossem na verdade cristãos, ele teria de abrir mão de alguns comentários espirituosos.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Ateismo - Uma otima definicao

A crença que no início não havia nada e nada aconteceu a esse nada e o nada de uma forma mágica explodiu por nenhuma razão, criando tudo e então um bando de tudo de uma forma mágica se rearranjou por nenhuma razão em seres que se reproduzem e daí se tornaram dinossauros.
Faz todo sentido...

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Como encontrar uma boa igreja!

Quase 25 perguntas que vão te economizar muitos domingos.

Escrito por Todd Friel do http://www.wretchedradio.com/
Tradução Ministério Pés Descalços http://www.mauevivian.blogspot.com/

Procurando por uma boa igreja? Bem vindo ao clube! Procurar por uma igreja pode ser um longo e doloroso processo. Para encurtar sua busca, ligue para o pastor da igreja antes de visitá-la e faça as seguintes perguntas. Isso pode te economizar muitos domingos.

1 - Qual é o maior problema do homem, pecado ou auto-estima?
Igrejas focados nas necessidades sentidas das pessoas sempre focam nas feridas e nos problemas das pessoas. A Bíblia diz que o maior problema do homem é o pecado.

2 - O que o homem deve fazer para herdar a vida eterna?
Arrepender-se e ter fé é a resposta Bíblica. Se a palavra “arrependimento”nunca é usada, então diga “Muito obrigado”!

3 - Como você apresenta a mensagem de salvação?
Peça ao pastor para descrever especificamente o que ele diz. Ele encoraja as pessoas a simplesmente fazer uma oração? Ele pede para as pessoas convidarem Jesus para entrar em seu coração? A mensagem de salvação deve incluir: santidade de Deus, pecaminosidade do homem, resposta de Deus (inferno), bondade de Deus (Jesus na cruz), resposta do homem (arrependimento e fé).

4 - Quão difícil é se tornar um cristão?
A “fórmula” é simples, fazer não. Não é fácil crer.

5 - Quantas vezes você fala sobre pecado, justiça e julgamento?
Equilíbrio é a chave. Essa não deve ser a única enfase, mas deve ser uma enfase regular.

6 - Quão focado no visitante é a sua igreja?
Tudo bem para uma igreja estar preocupado com o visitante, mas estar focado no visitante quer dizer que está mais propenso para aqueles que visitam a igreja e não em relação aos salvos.

7 - Para quem você “faz” a igreja, para o visitante ou para o membro?
“Ambos” não é aceitável. Igreja deve ser feita para os membros e os não-salvos são convidados a participar.

8 - Você diminui a profundidade de seus sermões?
Se ele disser sim, ele provavelmente não está tentando levar seus membros do leite para o alimento sólido, “tentamos fazer nossos sermões acessíveis para todos” são sermões que não são alimentos sólidos.

9 - Qual é seu balanço entre pregação por tópicos versus pregação expositiva.
Pregação por tópicos é boa, mas se um pastor nunca ou raramente prega de forma expositiva (versículo após versículo), então você estará aprendendo do pastor, não de Deus.

10 - Seus sermões focam teologia ou se preocupam em ser relevantes?
Todos devem dizer que são relevantes, mas o que você deve procurar é se eles ensinam teologia.

11 - Descreva seu programa para jovens.
Se diversão e brincadeiras recebem a maior (e normalmente a principal) atenção, você tem uma programação para jovens que está tentando competir com a MTV.

12 - Descreva sua programação de evangelismo.
Não aceite somente “nós temos um comitê de evangelismo”. Cave. Eles estão levando a sério a salvação de almas?

13 - Qual o modelo de crescimento de igreja você segue?
Esperamos que eles não tenham nenhum. Igrejas devem estar alcançando os perdidos, mas igrejas que estão conectadas nos novos modelos de crescimento de igrejas costumam seguir as idéias de homens no lugar da Bíblia.

14 - Quanto vocês contribuem para missões e para os famintos?
De novo, isso revela o coração da igreja. Enquanto muitas igrejas contribuem para missões, muitos nunca consideram os pobres.

15 - Você acredita que a Bíblia tenha algum erro ou contradição?
Nenhum equivoco permitido aqui.

16 - Você acredita na criação literal de 6 dias?
Jesus acreditava (Mat 19:4)

17 - Você acredita em um inferno literal e punição eterna?
Jesus acreditava (Mat 25)

18 - Quando você distribui a Ceia do Senhor, você enfatiza a necessidade de auto-exame?
Paulo enfatizava (1 Cor. 11:27-32).

19 - Pode uma pessoa que está vivendo em uma vida persistente de pecado herdar a vida eterna?
Pecadores podem com certeza ser perdoados, mas pecadores praticantes não podem herdar a vida eterna (1 João 3:8,9).

20 - A sua igreja exerce disciplina?
Paulo disse que deveríamos (1 Cor 5).

21- Os professores da Escola Dominical, do departamento infantil e voluntários para os jovens preenchem um formulário respondendo questões sobre sua principais crenças, ou todo voluntário é aceito?

22 - Quais são os fundamentos da fé?
Pai, Filho, Espírito Santo, Salvação pela fé somente, a inerrância das Escrituras.

23 - Você tem uma cruz no seu santuário?
Muitos removem a cruz por que temem que vá afastar os visitantes. Eles devem se glorificar na cruz. A cruz deve ser o focus central de cada igreja.

domingo, novembro 30, 2008

Evangelismo Video - Mormons

O segundo video que fizemos ontem, quando tivemos oportunidade de compartilhar um pouco com dois mormons. Preste atenção na pergunta que um deles fez quando eu perguntei o que a morte de Jesus na cruz tem a ver com nossa salvação! Eu não esperava aquela resposta!
Não foi um dos meu melhores momentos fazendo evangelismo, pois eu me deixei levar pela curiosidade de estar falando com um mormom e não aproveitei a oportunidade quando ele trouxe os Dez Mandamentos em pauta. Ainda assim é um vídeo interessante.
Aproveitem o video. Durante a semana vamos trazer mais videos.


Evangelismo dia 29 de Novembro

Veja abaixo os videos do evangelismo que fizemos sábado 29 de Novembro.
O video está em duas partes por causa do tamanho.
Veja como uma pessoa comum se comporta quando a Lei é apresentada para mostrar a necessidade de um salvador.
Mais videos estão vindo. Nesse mesmo dia tivemos o prazer de conversar com dois Mormons. Hoje ainda eu posto esse video.

Video 1




Video 2

segunda-feira, novembro 24, 2008

Mark Driscoll e o evangelho que cremos

Mark Driscoll continua em seu bom trabalho de pregação do evangelho.
Preste bastante atenção nesse video e veja no que cremos!
E caso você venha a ser abordado por mim por aí pedindo para fazer um resumo da sua fé, lembre-se desse video!




Agredecimentos ao pessoal do blog "Voltemos ao evangelho" http://7vini.blogspot.com/
Estão fazendo o trabalho homérico de traduzir uma mensagem de duas horas do Paul Washer. Mas que mensagem! Vale a pena!

domingo, novembro 23, 2008

Richard Dawkins usando terminologia evangélica.


Estou lendo "Deus, um delírio" de Richard Dawkins e me deparei com uma frase importante. Ele diz algo mais ou menos assim (me perdoem se a frase não está exatamente como a versão em português, mas estou lendo em inglês, já que consegui o livro por um dólar em Miami): “é possível ser um ateu feliz, equilibrado, ético e intelectualmente realizado” e daí ele continua na sua tentativa de conscientizar seus leitores sobre os enormes benefícios da ateísmo. Essa frase se encontra logo no início do prefácio.
O que me chamou a atenção é que ele está usando a boa e velha terminologia evangélica para converter pessoas de outros credo para sua religião. A grande isca do evangelismo moderno é “venha para Jesus, Ele vai te dar paz, alegria, vai te fazer feliz e você vai se sentir realizado”. Não é basicamente isso que Dawkins está prometendo no prefácio de seu livro? Venha para o ateísmo, ele vai te dar paz, alegria, felicidade e realização. Isso mostra o quanto o ateísmo não é a negação da religião, mas somente mais uma religião. Ela só transfere sua fé de uma deidade para a a humanidade. Ainda assim é uma questão de fé, como diz um pouco antes “eu acredito no homem...”.
Pretendo em breve escrever um post sobre fé e quais as bases para a fé, pois muitos ateus dizem que fé é uma crença sem fundamentos, o que não é verdade, por nenhuma definição, nem mesmo a bíblica. Mas isso é assunto de um outro post. A questão aqui é outra.
Ateísmo é uma religião e a cada dia tem se organizado e estruturado como uma. Eles já possuem um livro sagrado (Origem das Espécies, Darwin), um líder que define seus dogmas (Richard Dawkins), possuem seus profetas (Sam Harris, Christopher Hitchens) e uma visão de mundo (evolucionismo e humanismo). Em pouco tempo teremos templos totalmente dedicados a seus cultos, que não ficarão restritos às matérias em artigos científicos ou as universidades.
Uma das grandes desgraças do evangelismo moderno é o decisionismo, tudo é uma pequena questão de se decidir, de dar uma chance. Podemos falar disso em outro post (estou prometendo muitos posts...) mas com certeza funciona, no sentido de conseguir um grande número de associados. E Dawkins se entrega a esse pragmatismo religioso. Não somente o ateísmo possui todas as características de uma religião, ele está rapidamente adotando práticas que levamos séculos para adotar.
Estão copiando não somente o que existe de bom no cristianismo, mas também o que existe de ruim.
Ao menos algo de bom. Se a próxima geração de ateus se voltarem para o ateísmo pelas promessas de felicidade e realização sem fim, vamos ter um belo grupo de “desviados” do ateísmo, assim como temos do cristianismo.

terça-feira, novembro 18, 2008

Homofobia

Alguns assuntos são delicados pela sua natureza, não importando o tempo. Outros, são delicados por um tempo, ou pela visibilidade que ganham, mas depois se tornam algo comum. Mas existem assuntos que além de serem delicados por natureza, ganham uma enorme visibilidade, o que os torna ainda mais difíceis de serem abordados. Homossexualismo é um desses assuntos e acredito que o mais proeminente de todos.

E para nós cristão é ainda mais complicado porque temos a Bíblia (ou deveríamos) como nossa palavra definitiva sobre os assuntos tangíveis ao homem 2 Tim 3:16,17.

Acrescente a isso o trabalho de evangelismo nas ruas, abordando homossexuais, como aconteceu conosco na parada gay ou mesmo pessoas que defendem o homossexualismo, sendo ou não.

O grande tema do momento é o da homofobia, especialmente leis que pretendem proteger aqueles que sofrem de discriminação por serem homossexuais.

Antes de continuar sobre o assunto, quero deixar claro uma coisa. A discriminação é algo horrível que deve ser combatida. Se alguém é privado de um emprego por uma questão de etnia (lembre-se que não existem raças entre os seres humanos, só etnias), religião, sexo ou qualquer outra característica que não seja competência, temos aí um caso de preconceito, discriminação. E isso não deve acontecer. Já trabalhei com pessoas que eram homossexuais e eram extremamente competentes. Também já trabalhei com homossexuais que eram péssimo funcionários. Como em todos os grupos, temos os mais diferentes tipos de pessoas. É importante ressaltar que eu imagino o quanto é difícil passar anos de sua vida escondendo algo, mentindo sobre si mesmo e em um momento, poder se livrar de tudo isso e se assumir. Eu entendo que tudo isso leva a uma busca apaixonada por aceitação. Mas isso tudo esconde um grande perigo, o qual o movimento da criminalização da homofobia está caindo.

Preconceito é errado e todos concordamos. Por isso já existem leis contra o preconceito (incluindo aí o homossexualismo), que devem ser cumpridas e seus infratores punidos. Se já existe uma lei, que abrange a todos e todos são responsáveis por cumpri-la, por que devemos ter uma nova lei? É justo que uma nova lei defenda apenas um grupo da sociedade em detrimento de outro? Não seria isso preconceito, discriminação, a mesma coisa que queremos combater?

Por que “em detrimento de outro”? Porque se essa lei realmente for aprovada, ela vai impedir a expressão da opinião de qualquer um que não concorde com os homossexuais. Se eu digo para um homossexual que a Bíblia diz que homossexualismo é pecado, eu estou exercendo minha opinião. Se por conta dessa opinião eu privo essa pessoa de conseguir um emprego, de estudar, de andar por ai, de receber atendimento médico, aí sim estou sendo preconceituoso. Mas se eu simplesmente expresso o que minhas crenças religiosas afirmam, eu não estou sendo preconceituoso, estou sendo coerente com minhas crenças. Além do mais, se a Bíblia é verdadeira e 1 Cor 6:9,10 está correto, nada mais amoroso do que dizer a essa pessoa que ela deve se arrepender de todos os seus pecados. Sendo essa pessoa homossexual ou não, já que esse alerta é para todos.

Sendo assim, expressar uma opinião é bem diferente de ser preconceituoso.

Se alguém me diz: “não, você não pode dizer isso, não pode dizer que eu estou errado, isso é preconceito, você está me julgando e isso é errado”, ora, essa pessoa está fazendo a mesma coisa que me acusa de fazer. Ela está me julgando, dizendo que eu estou errado e ela está sendo preconceituoso, agora em relação à minha religião.

Nesse caso, a lei que defende o homossexual da homofobia ataca o cristão com perseguição religiosa, já que na verdade eu já não posso mais crer ou declarar aquilo que minha fé estabelece, mas sim aquilo que o Estado acha conveniente. E se o Estado entender que a cruz é ofensiva, pois algum grupo religioso se sente ofendido quando houve que não podemos nos salvar por nós mesmos, mas sim pela cruz? O Estado vai a favor desse grupo e nos impedirá de pregar a cruz de Cristo? Tudo é muito sutil, mas extremamente perigoso.

E para completar meu raciocínio, a própria palavra homofobia me parece descabida. Vamos pensar na etimologia da palavra, especificamente da parte “fobia”. Fobia é definida por um medo persistente, anormal e irracional de uma coisa em específico ou de uma situação, apesar dos avisos e garantias que é seguro. Assim sendo, fobia é um quadro clínico, uma condição médica.

Em toda a minha vida, nunca vi ninguém sofrer de um quadro de homofobia. Já vi agorafobia, aracnofobia e tantas e tantas fobias, mas nunca homofobia. E eu já fiz estágio no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo na época de faculdade. Eu nunca vi ou ouvi falar de ninguém que apresentasse suor exagerado quando chegava perto de um homossexual, ou tremedeira, ou paralisia ou disritmia cardíaca. Nunca.

Tudo isso parece ridículo e é, exatamente porque o termo homofobia denota uma condição como essa. Ou seja, o termo está errado. Não existe homofobia, ninguém apresenta esse quadro. E caso apresentasse, fobias são tratadas de forma clínica, não criminal. Ou seja, se existisse tal coisa como a homofobia, ela seria discutida em um hospital, não em um tribunal ou no legislativo.

Se é para aceitar o termo “homofobia” da forma como tem sido apresentado, eu sugiro também a criação de um novo termo “bibliofobia”, preconceito e discriminação das crenças descritas na Bíblia. Existe um enorme preconceito contra as pessoas que acreditam totalmente na Bíblia. E é bem maior do que enfrentado pelos homossexuais. Quantas vezes eu já não ouvi “nossa, você é tão inteligente e acredita na Bíblia”? Ou quantas vezes temos de suportar humilhações contra nosso Deus, contra Jesus, contra a Bíblia? Piadas de mau gosto, zombaria na televisão. Tudo porque decidimos sair do armário e assumir que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.

Se um grupo tem direito de ser protegido por uma lei contra a homofobia, eu acredito que tenho o direito de ser protegido por uma lei contra a bibliofobia, mesmo quando a Bíblia diz que homossexualismo é pecado.

O meu direito é maior do que o direito de outro?

2 Pedro 3:3 me vem à cabeça...

domingo, novembro 16, 2008

Deus não existe? Provavelmente, talvez, pode ser que...



Seu eu te disser: “olha, provavelmente você não morrerá em um acidente de carro. A chance é muito pequena. Portanto, pare de se preocupar e dirija do jeito que você quiser”.
Você provavelmente me diria “Você está louco? Por menor que seja a chance, eu ainda assim posso morrer”. Ou seja, eu teria feito um comentário no mínimo irresponsável.
Pois bem, nossos queridos amigos ateus, homens de mente muito aberta (menos para a possibilidade da existência de Deus), lançaram uma campanha promocional nos ônibus de Londres com a frase “Provavelmente Deus, não existe. Então pare de se preocupar e curta a vida”!
Entre os grandes pensadores que queimaram algumas milhares de libras está o papa do ateísmo Richard Dawkins, que doou algum dinheirinho para a campanha. É engraçado que esse movimento religioso (sim, ateísmo é uma religião) pode ser definido pela sua incrível falta de afirmações seguras.
Provavelmente. Provavelmente. Eles nem sequer tiveram a coragem de escrever “Seguramente não existe Deus”. Não, eles escreveram “Provavelmente não existe Deus”. Nem ao menos para afirmar algo. Ou eles não tiveram coragem de afirmar isso, ou não acreditam que Deus não exista. De uma forma ou de outra, eles estão agindo de forma irresponsável, pois dizem que ninguém deve se preocupar, somente viva a vida e não ligue para o pós-morte. Querem que as pessoas vivam seguras baseadas em uma incerteza.
Esse “provavelmente” abre espaço para uma pergunta que poucos querem fazer: e se Deus existir? E se, quando eu morrer eu tiver de prestar contas a Deus de tudo o que já fiz na vida? E se a Bíblia estiver correta? “Provavelmente” abre espaço para essas especulações. E se houver um chance, por menor que seja, eu DEVO me preocupar. As chances de morrer no transito são mínimas, mas se elas existem, eu DEVO me preocupar e buscar me adequar a uma forma de direção segura. Pensar diferentemente seria irresponsabilidade.
Muito bem meus amigos ateus. Vamos pedir para que pessoas tomem decisões definitivas baseadas em frases inseguras.

Carta a uma amiga lésbica

Eu chamo de carta por uma simples questão de título, mas na verdade foi um e-mail que enviei para uma amiga.
Resolvi colocar aqui por ser um assunto muito delicado. Sei que é muito difícil de lidar com tudo isso e gostaria de contribuir da maneira possivel.
O nome da minha amiga claro foi substituido por xxxxxxxx para não expô-la, apesar de para mim ser bobagem, já que é um nome comum e não dá para saber quem ela é. Mas em tempos de politicamente correto, vou proteger o nome.
Um pequeno histórico para que você possa entender o contexto. Esse amiga frequentava uma famosa igreja em São Paulo por bastante tempo. Ela se dizia apaixonada por evangelismo, foi colocada para liderara grupos pequenos, dar aconselhamentos. Mas era considerada problemática. Namorava todos os garotos possíveis da igreja, mas nunca dava certo com nenhum deles. A "abordagem" que a igreja teve para lidar com o problema foi tentar aquartela-la cada dia mais dentro da igreja. Ela tentou se envolver com agências missionárias, mas nada dava certo.
Um belo dia ela desaparece e descobrimos que ela tinha largado a igreja e ido morar com uma mulher! Foi uma enorme surpresa! Com o tempo, várias coisas que estavam escondidas foram reveladas. Ela já tinha se envolvido com essa mulher antes, sempre tentou esconder essa atração, por isso namorava todos os garotos e, para minha surpresa, seus pastores sabiam disso, mas nunca lidaram de forma eficaz com isso. A única resposta era entocá-la na igreja.
Por várias vezes tentamos entrar em contato com ela, mas ela simplesmente nos ignora. Então, fazemos o que Deus nos diz para fazer: orar e pregar a Palavra.
Abaixo segue o ultimo e-mail que enviei. O tom pode parecer um pouco pesado, mas precisamos nos lembrar que ela já ouviu o envagelho (mesmo sendo a mensagem "água com açucar de hoje") e se ela morrer em seus pecados, ela vai para o inferno. Simples assim.


Oi Xxxxxxx.
Como vocês está? Faz muito tempo que não recebemos nenhuma notícia sua. O pouco que sabemos sobre você nesse momento vem de outras pessoas. Sei que você não quer nenhum contato conosco, mas saiba que estamos orando por você e gostaríamos muito de ouvir algo diretamente de você.
Esse é meu momento anual de escrever para você. Já deve até saber o que vou escrever: sobre seu horrível destino caso você não se arrependa de seus pecados. Você sabe que estou falando sobre inferno. Sei que é algo duro de se ouvir ou ler, mas peço que você considere comigo tudo o que vou expor.
Quero acima de tudo que você entenda o que nos motiva. Não existe prazer nenhum em te dizer isso, na verdade, para nós é um grande pesar. Nos amamos você, não queremos que você se perca. Nossa motivação é amor. Sabemos do risco que você corre e queremos alertá-la para ele. Pense no seguinte: você olha para a casa do seu vizinho do outro lado da rua. É tarde da noite e você sabe que ele está dormindo. Olhando para a casa, você percebe que ela está em chamas e que seu vizinho está em grande perigo. O que você faz? Vai até a casa dele e, gentilmente, bate na porta e quando é atendida, pergunta se ele não quer dar uma volta lá fora, pois a noite está bonita? Você evita tocar no problema de verdade com medo de ofendê-lo? Não, você correria até a casa e o retiraria dali, mesmo que tivesse de retirá-lo à força, pois você não quer que ele morra. É isso que estamos fazendo com você. Estamos vendo sua casa pegando fogo, não queremos que você se perca. Se para que você se salve, você fique ofendida conosco, que seja. Nós te amamos mais do que amamos nossa amizade com você, apesar de que nesse ponto, sei que isso pouco importa.
Se você ainda estiver lendo, lembre-se que nossa motivação é amor.
Dito isso, gostaria de abordar brevemente algo que você já deve ter ouvido falar muitas vezes enquanto freqüentava os cultos nas igrejas: o amor de Deus. Quantas vezes você não ouviu falar que “Deus te ama” ou quantas vezes você não disse isso para alguém em algum discipulado, ou reunião das células ou mesmo evangelizando? Quantas vezes?
Me responda, o que você entende sobre o amor de Deus? Deus é amor! Sim, ele é amor! Mas como esse amor se manifesta? Vou compartilhar isso com você agora mesmo, mas antes eu quero que você guarde algo muito importante: no final de tudo, você vai ser instrumento para glorificar a Deus. O que você vai precisar descobrir é de qual forma.
Voltando ao amor de Deus, esse amor só faz sentido quando colocado em perspectiva. E eu quero colocá-lo em uma perspectiva que, mesmo que você não acredite, vai concordar que esse amor é imenso.
Todos somos pecadores. Já tratamos disso no outro e-mail. Falando especificamente de você, deixando de lado seu lesbianismo por um momento, quantas mentiras você já contou? Quantas vezes você já desobedeceu a seus pais? Quantos dos mandamentos você já violou? Todos, não é verdade? Sei que você não os considera muito, mas saiba que Deus é santo e Ele não tolera pecado, e a Bíblia diz que pecado é a violação da Lei de Deus. Para você ver como Deus leva isso muito a sério, ele matou um casal no livro de Atos só porque eles contaram uma mentira! Isso é sério. A Bíblia diz que “nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”.
Deus nos deu vida, ar, família, trabalho, um país livre, tantas e tantas coisas boas e nós rejeitamos tudo isso pecando contra Deus! É por isso que somos inimigos de Deus em nossos pecados.
O que Deus deveria fazer conosco? Se violamos a Lei de Deus e se Ele for exercer justiça, seremos condenados a uma eternidade no inferno. Deus é justo. Deus não vai se corromper, ele não é corrupto. O que você vai dizer para Deus no dia do julgamento? “Ai Deus, me desculpe, eu não sabia, não achava que era importante”. Você acha que isso vai adiantar?
Entenda uma coisa, você já ouviu o evangelho e tem mais conhecimento sobre as Escrituras que muita gente. Isso terá um peso maior ainda sobre seu julgamento, pois você sabe.
Eu sei que no fundo você não acredita em nada disso. Se você acreditasse de verdade que iria para o inferno, você já teria se arrependido e se jogaria nos braços do Salvador. Mas ao contrário, você continua fazendo aquilo que pode destruí-la. Imagino o quanto você ama seu pecado para arriscar sua eternidade por ele.
É aqui que entra o amor de Deus. Nós pecamos contra ele, negamos sua existência e sua Palavra, vivemos em rebelião e inimizade e ainda assim, ainda assim, Ele preparou nossa Salvação. Deus se manifestou em carne na pessoa de Jesus Cristo, viveu uma vida perfeita e morreu na cruz em nosso lugar.
Você já sabe disso de cor e salteado. Mas o que isso quer dizer? Será que você entende?
Deus, como justo juiz e dono de tudo isso aqui, tinha todo direito de colocar sua ira sobre nós, pecadores imundos. Mas Ele, em seu amor, colocou sua ira sobre seu Filho Jesus Cristo, pois a justiça de Deus tinha de ser exercida. Mas Cristo ressuscitou, venceu a morte e hoje a salvação está disponível.
Reflita comigo; existe amor maior? Você consegue imaginar algo maior que isso? Salvar seus inimigos, entregando a vida de Seu único e amado Filho. Não, não existe amor maior que esse.
Minha amiga, por favor reflita sobre isso. Por favor, pense nesse grandioso amor, pense em seus pecados e no que Deus deve fazer com você por causa deles e como Ele te amou e te proporciona total e completa salvação.
Ele pode perdoar todos os seus pecados, todos. Não existe nenhum pecado que não possa ser perdoado. Mas existe algo que você deve fazer para ter essa salvação.
Não, não é convidar Jesus para entrar em seu coração, ou aceitar Jesus como seu Salvador, pois eu sei que se você fosse me responder, ia me dizer que já fez isso tantas e tantas vezes.
O que você deve fazer para ser salva é, em primeiro lugar, se arrepender de seus pecados. É mais do que dizer que sente muito, é perceber que você está vivendo em total rebelião em relação a Deus e se afastar de seus pecados. E isso incluí o lesbianismo.
E a segunda coisa que você deve fazer é colocar sua fé totalmente em Jesus Cristo. Colocar a sua fé em Jesus Cristo é mais do que acreditar que Ele existe. É como pular de para-quedas. Acreditar que o para-quedas está lá, mas não colocá-lo, isso não irá ajudá-la muito quando tiver de pular do avião. Você precisa vestir o para-quedas, aí sua fé nele vai ser efetiva. É a mesma coisa com Jesus.
No final de tudo, eu rogo que você considere todas essas coisas. Se você leu até o final, minhas orações já começaram a ser respondidas. Pense sobre tudo isso. Pense na sua eternidade. Reflita no risco que você está correndo, por amar tanto seus pecados. Eles são mais importante para você que sua própria vida?
Xxxxxxx, que o Espírito Santo possa te convencer do pecado, da justiça e do juízo. Que você venha a ser salva e que no meu próximo e-mail, eu possa te chamar de irmã.
Nós te amamos. Lembre-se disso.
Maurilo e Vivian.

PS. Eu te falei que no final de tudo, você vai ser instrumento para glorificar a Deus. Pois bem, saiba que todo ser humano que vive, viveu ou viverá será instrumento para glorificar a Deus. Na verdade, dois aspectos de Deus, ou seu amor, ou sua justiça. Aqueles que forem salvos por Deus e vão passar a eternidade com Ele, irão glorificar seu amor, pois foram salvos mesmo não merecendo. Agora, aqueles que não se arrependerem, serão lançados no lago de fogo por toda a eternidade e irão glorificar a justiça de Deus, pois receberam o que lhes era justo.
A pergunta que fica: em qual grupo você vai estar?

quinta-feira, novembro 13, 2008

Mergulhando mais fundo - Deeper

Conferências. Uma das atividades mais comuns entre os cristãos nos dias de hoje é participar de conferências (aliás, parece ser as vezes a única atividade fora da igreja). A Vivian e eu já participamos de muitas, dos mais variados tipos. Evangelismo, louvor, adoração, treinamentos e tantos outros assuntos.
Mas quando soubemos, que no período que estaríamos de férias o ministério Way of the Master estaria organizando a conferência Deeper em Woodstock, não pensamos duas vezes para nos inscrever. Ainda mais quando vimos a lista dos preletores: Paul Washer, Kirk Cameron, Todd Friel, Ray Comfort... não podíamos perder essa oportunidade.
E posso garantir que foi um dos melhores momentos de nossas férias. Durante dois dias, ouvimos mensagens como nunca tínhamos ouvido antes. Não participamos de uma simples refeição para crianças, um lanchinho. Não nos foi dado leite, mas sim um enorme banquete.
Alguns dos tópicos abordados foram:


Emeal Zwayne – Importância da mente.
Kirk Cameron – Apologética e o Evangelho.
Todd Friel – Provando que a Bíblia é verdadeira pelas alianças e promessas.
Ray Comfort – O Elo perdido para a cruz.
Paul Washer – Verdades essencias da criz.
Johnny Hunt – Suficiência das Escrituras
Marshall Foster – O poder do evangelho para transformar nações através de dois mil anos de história.
Ken Ham – Gênesis: a chave para alcançar o mundo de hoje.


Além das sessões menores, que não podemos participar de todas. Mas por essa pequena lista, já dá pra ter noção do que foi a conferência.
A conferência foi na First Baptist Church de Woodstock, na Geórgia, uma enorme igreja (mais de 16 mil membros), bem estruturada, mas no meio do nada. Infelizmente transporte público não é uma das grandes preocupações do povo americano, especialmente em cidades pequenas. Mas pense bem, lá o carro é muito barato e de fácil aquisição. Conhecemos um rapaz que tinha acabado de comprar um carro por quinhentos dólares. Por isso, tivemos que caminhar mais de 40 minutos de nosso hotel para o local da conferência, tanto na ida quanto na volta. Mesmo o hotel ficava longe de Atlanta.
Mas valeu a pena cada gota de suor, cada dor muscular, todo o cansaço e cada centavo gasto. Essa foi com certeza a melhor conferência que já participamos. Mas não somente pelo tópicos que foram abordados, o que por si já seria suficiente, mas também pela comunhão, pelo contato com outros cristãos, especialmente com aqueles que tem em mente um único e glorioso objetivo: alcançar o perdido.
Respirava-se evangelismo por todo lugar. E não só na conferência. Encontramos folhetos evangelísticos por todo lugar; nos corredores e no elevador do hotel, nas prateleiras e banheiros do mercado, nas lanchonetes... até quando fomos entregar um folheto para uma pessoa que nos deu carona, ela já tinha recebido. Foi realmente incrível.
Também foi muito importante conhecer alguns dos preletores e organizadores, especialmente Trisha Ramos do site Fish with Trish (ela faz cada evangelismo doido, ou melhor, se enfia em cada lugar para fazer evangelismo) e também Todd Friel, que ficou feliz que conseguimos ir para a conferência, já que estávamos com algumas dificuldade e ela sabia disso.
Mas de todos os momentos, o melhor para mim foi conhecer Paul Washer, que é um verdadeiro profeta e um dos maiores pregadores nesse momento. Podemos passar alguns minutos compartilhando com ele sobre nosso trabalho e ele demonstrou um sincero interesse e também um coração pelo Brasil, especialmente a região amazônica, tão próxima do Peru.
Não temos como expressar totalmente o marco que essa conferência foi em nossas vidas, mas podemos dizer que algumas coisas já estão acontecendo em decorrência de tudo isso. O evangelismo de Finados foi um deles, também a reformulação do site e mesmo nosso evangelismo pessoal foi intensificado.
Glória seja dada ao nome do Senhor por seu amor por nós e por ter-nos dado essa grande honra de compartilhar sua Palavra.
Algumas fotos:










E Deeper 2009 já está com as datas marcadas.
Veja http://www.deeperconference.com/

segunda-feira, novembro 10, 2008

As Características da Fé Genuína

Eu encontrei essa tabelinha na minha “The MacArthur Study Bible” sobre as características da fé daquele que é verdadeiramente salvo. Eu achei interessante, ainda mais em um mundo como o de hoje onde o grande jargão é “não devemos julgar”.
Nós não julgamos, quem julga é a Bíblia, mas podemos conhecer os que são verdadeiramente salvos pelos seus frutos. Engraçado, todo mundo vai até o parte de não julgar no capítulo 7 de Mateus, mas ignoram a parte dos frutos. Porque será...
Mas enfim, já que eu tenho o privilégio de ter essa Bíblia (a melhor que eu jamais comprei ou comprarei) vou compartilhar com a meia dúzia de pessoas que lêem nosso blog (Deus as abençoe) essa tabelinha tão interessante.

2 Coríntios 13:5

I – Evidencias que não provam nem desaprovam a fé de uma pessoa.
A – Moral visível Mat 19:16-21; 23:27
B – Conhecimento intelectual Rom 1:21; 2:17
C – Envolvimento religioso Mat 25:1-10
D – Ministério ativo Mat 7:21-24
E – Convicção do pecado Atos 24:25
F – Segurança Mat 23
G – Tempo de conversão Lucas 8:13,14

II – Os frutos/provas de um cristianismo autêntico/verdadeiro
A – Amor por Deus Sal 42:1; 73:25; Lucas 10:27; Rom 8:7
B – Arrependimento dos pecados Sal 32:5; Pro 8:13; Rom 7:14; 2Cor 7:10; 1João 1:8-10
C – Humildade genuína Sal 51:17; Mat 5:1-12; Tiago 4:6,9
D – Devoção a glória de Deus Sal 105:3; 115:1; Isaias 43:7; 48:10; Jer 9:23,24; 1Cor 10:31
E – Oração contínua Lucas 18:1; Efe 6:18; Fil 4:6; 1Tim 2:1-4; Tiago 5:16-18
F – Amor altruísta 1 João 2:9; 3:14; 4:7
G – Separação do mundo 1 Cor 2:12; Tia 4:4; 1 João 2:15-17; 5:5
H – Crescimento espiritual Lucas 8:15; Joao 15:1-5; Efe 4:12-16
I – Vida de obediência Mat 7:21; João 15:14; Rom 16:26; 1 Pedro 1:2,22; 1 João 2:3-5
J – Fome pela Palava de Deus 1 Pedro 2:1-3
K – Transformação de vida 2 Cor 5:17

Se a lista I é verdade sobre uma pessoa e a lista II não, existe aí um motivo para questionar a validade da profissão de fé dessa pessoa. No entanto, se a lista II for verdadeira para uma pessoa, a lista I também será.

III – A condução do Evangelho
A – Proclamá-lo Mat 4:23
B – Defendê-lo Judas 3
C – Demonstrá-lo Fil 1:27
D – Compartilha-lo Fil 1:5
E – Sofrer por ele 2 Tim 1:8
F – Não impedí-lo 1 Cor 9:12
G – Não se envergonhar Rom 1:16
H – Pregá-lo 1 Cor 9:16
I – Empoderar-se dele 1 Tess 1:5
J – Guardá-lo Gal 1:6-8

Evangelismo Finados

No último dia 2 de novembro, Dia de Finados, um pequeno grupo de corajosos cristãos se reuniram em um grande cemitério da cidade de São Paulo para compartilhar o evangelho.
Foi um momento maravilhoso onde muitos puderam ouvir o evangelho de forma bíblica.
A razão que os levou a abordar pessoas em um cemitério é simples: nesse ambiente, nessa data específica, muitos estavam pensando sobre seus parentes que já se foram, pensavam sobre eternidade, vida, morte, o que vem depois. Dentro de um ambiente onde esses pensamentos estão impregnados em todo lugar e a cruz se sobressaí em todo lugar, nada mais óbvio que apresentar a todos Aquele que venceu a morte.
Durante algumas horas, esses amados irmãos puderam compartilhar o evangelho utilizando-se de sólidos princípios bíblicos e através do poder do Espírito Santo, puderam levar as boas novas da salvação em Cristo da mesma forma como tantos outros grandes pregadores o fizeram: Paulo, Pedro, Jesus, Lutero, Wesley, Spurgeon... tendo em mente que “Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes” (Tiago 4:6) eles se utilizaram da perfeita Lei de Deus para trazer convicção do pecado e a percepção da necessidade de um Salvador, tornando assim a graça de Deus ainda mais maravilhosa.
Pessoas das mais diferentes religiões e credos foram abordadas, muitos outros receberam folhetos evangelísticos.
Louvamos a Deus porque o evangelho foi pregado com intrepidez, graças as orações de muitos irmãos que assumiram esse compromisso (Efésios 6:9) e sabemos que o Espírito Santo estará trabalhando na vida daqueles que ouviram o evangelho. E confiamos que “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus” é verdadeiro sobre todos os que clamarem pelo nome do Senhor.
Meus irmãos, estejam orando pelas vidas daqueles que ouviram ou leram o evangelho e também para que muitos possam ser alcançados pela Palavra de Deus.

Abaixo o vídeo do Evangelismo

segunda-feira, outubro 20, 2008

Material para evangelismo!

Novidades! Acabamos de criar uma página chamada Recursos onde você pode baixar gratuitamente materiais que usamos em evangelismo.
De uma olhada no link e fique sempre de olho para mais novidades!

sábado, julho 12, 2008

sexta-feira, junho 20, 2008

Audio de evangelismo

Abaixo está o audio de um evangelismo que fizemos alguns meses atras.
Eu só consigo colocar o link, já que o Blogger não permite player de audio, só de videos como do Youtube.

Evangelismo na feira 2007.MP3

domingo, maio 04, 2008

Mini Guia de Evangelismo

Acabamos de criar um miniguia de evangelismo, com referências rápidas na hora de compartilhar sua fé.
Baixe aqui o arquivo, imprima, siga as instruções de corte e cole na sua Bíblia.

domingo, abril 13, 2008

George Street

Uma ótima história de encorajamento para todos aqueles que exercem a arte e o ministério do evangelismo!

Há alguns anos atrás em uma Igreja Batista em Crystal Palace, no sul de Londres, o culto do domingo de manhã estava acabando, e um estranho se levantou no fundo, levantou a mão, e disse: "Perdoe-me pastor, posso compartilhar um pequeno testemunho?" O Pastor olhou para o seu relógio e disse: "Você tem três minutos." E este homem prosseguiu. Ele disse: "Eu acabei de me mudar para esta área, eu morava em outra parte de Londres, eu vim de Sydney, na Austrália. E apenas alguns meses atrás eu estava visitando alguns parentes e estava caminhando pela George Street, vocês sabem onde George Street fica em Sydney, ela vai a partir da área comercial até as rochas da zona colonial". E ele disse: "Um homem estranho de cabelos brancos apareceu da porta de uma loja, colocou um panfleto na minha mão e disse: ‘Perdoe-me cavalheiro, você é salvo? Se você morrer esta noite, você irá para o céu?’” Ele disse, "Eu estava espantado por essas palavras. Ninguém jamais me disse isso. Agradeci-lhe com cortesia, e por todo o caminho com a British Airlines, de volta para Heathrow, tal coisa me intrigava. Chamei um amigo, que vivinha nesta nova área, onde eu estou vivendo agora, e graças a Deus, ele era cristão - Ele levou-me a Cristo. E eu sou um cristão, e eu quero congregar aqui". E Batistas amam depoimentos como esse. Todos aplaudiram e deram boas-vindas na congregação. O pastor Batista voou para Adelaide, na Austrália, na semana seguinte. E dez dias depois, no meio de uma série de três dias em uma Igreja Batista em Adelaide, uma mulher foi falar com ele para aconselhamento, e ele pretendia saber se ela conhecia a Cristo. E ela disse: "Eu morava em Sydney. E a apenas dois meses atrás, eu estava visitando alguns amigos em Sydney, fazendo algumas compras de última hora em George Street, e um homem estranho de cabelos brancos, idoso, saiu da porta de uma loja, ofereceu-me um panfleto e disse, ‘Perdoe-me sehora, você é salva? Se você morrer esta noite, você irá para o céu?’” Ela disse, "Eu fiquei perturbado por essas palavras. Quando eu voltei Adelaide, eu sabia que esta Igreja Batista estava a uma quadra de mim, e eu procurei pelo Pastor, e ele me levou a Cristo. Portanto, senhor, estou dizendo que sou um cristã". Agora este pastor de Londres estava muito intrigado. Duas vezes, dentro de quinze dias, ele ouviu o mesmo testemunho. Ele então voou para pregar na Igreja Batista Mount Pleasant em Perth. E quando sua série de pregações havia terminado, o ancião da igreja o levou para uma refeição. E ele disse, "Amigo, como você se tornou salvo?" Ele disse, "Eu cresci nesta igreja desde os quinze anos através da Boy's Brigade. Nunca fiz um compromisso com Jesus, só me juntava com o pessoal da banda como todas as outras pessoas. E por causa da minha capacidade empresarial, cheguei a um lugar de influência. Eu estava fazendo negócios em Sydney apenas três anos atrás, e um homem odioso, detestável saiu da porta de uma loja, ofereceu-me um panfleto religioso (Lixo barato!), e abordou-me com uma pergunta: ‘Perdoe-me cavalheiro, você é salvo? Se você morrer esta noite, você irá para o céu?’” Ele disse, "Eu tentei dizer-lhe que era um ancião Batista. Ele não queria saber." Ele disse, "Eu estava voltando para casa em Quantus Two em Perth com muito raiva por todo o caminho." Ele disse: "Eu contei tudo isso a meu pastor pensando que ele iria se simpatizar comigo e meu pastor concordou. Ele estava perturbado havia anos, sabendo que eu não tinha um relacionamento com Jesus - e ele estava certo. E o meu pastor levou-me a Jesus apenas três anos atrás." Agora este pregador de Londres voou de volta para o Reino Unido e estava falando na Convenção Kesseck no Lake District, e ele falou destes três depoimentos. Ao final da pregação, quatro pastores idosos surgiram e disseram: "Nós fomos salvos entre 25 e 35 anos, respectivamente, através daquele pequeno homem de George Street dando-nos folhetos e perguntando essa mesma pergunta." Ele então voou na semana seguinte a uma Convenção Kesseck semelhante no Caribe, para missionários. E ele compartilhou os testemunhos. Ao final da sua pregação, três missionários chegaram e disseram: "Nós fomos salvos entre 15 e 25 anos, respectivamente, através do testemunho daquele pequeno homem que nos perguntou essa mesma pergunta em George Street, em Sydney." Voltando para Londres, ele foi até os arredores de Atlanta, Geórgia, para falar em uma convenção de capelães navais. E quando seus três dias de reavivamento junto a estes capelães navais, mais de mil deles, no ganho de almas, o capelão geral levou o para uma refeição. E ele disse, "como você se tornou cristão?" Ele disse, "Bem, foi milagrosa! Eu estava em um navio de guerra dos Estados Unidos, e eu vivia uma vida reprovável. Estávamos fazendo exercícios no Pacífico Sul, e atracamos no porto de Sydney para reabastecimento. Fomos então para King's Cross. Fiquei completamente bêbado. Eu peguei o ônibus errado – fui parar em George Street. Quando saí do ônibus, pensei que era um fantasma. Esta homem idoso de cabelos brancos saltou na minha frente, empurrado um panfleto em minhas mãos e disse, 'marujo, você é salvo? Se você morrer esta noite, você irá para o céu?’" Ele disse, "O temor de Deus me atingiu imediatamente. Fiquei totalmente sóbrio, e corri de volta para o navio, procurei pelo capelão, e ele me levou a Cristo e logo comecei a me preparar para o ministério sob a sua orientação. E aqui estou a cargo de mais de mil capelães e estamos empenhados em ganhar almas hoje". O pregador de Londres, seis meses depois, voou para participar de uma convenção para 5000 missionários indianos em um canto remoto no nordeste da Índia. E no fim, o missionário indiano responsável por tudo, um homem humilde, o levou para a sua humilde casinha, para uma simples refeição. E ele disse: "Como é que você, um hindu, se tornou Cristão?" Ele disse: "Eu estava em uma posição muito privilegiada, eu trabalhava para a missão diplomática indiana. E eu viajei pelo mundo. E fico muito feliz pelo perdão de Cristo, e Seu sangue cobrindo os meus pecados, porque eu ficaria muito envergonhado se as pessoas descobrissem no que eu tinha me metido". Ele disse, "Um turno de serviço diplomático levou-me para Sydney. E eu estava fazendo algumas compras de última hora, carregado algumas sacolas de brinquedos e roupas para os meus filhos, caminhando até a George Street. E este homem cortês, de poucos cabelos brancos pulou diante de mim, ofereceu-me um panfleto e disse: ‘Perdoe-me cavalheiro, você é salvo? Se você morrer esta noite, você vai para o céu?’" Ele disse: "Eu lhe agradeci, mas isso me perturbado. Eu voltei à minha cidade, procurei pelo sacerdote hindu, mas ele não podia me ajudar. Mas ele me deu alguns conselhos. Ele disse: 'Só para saciar sua curiosidade, nada mais, vá falar com o missionário na missão na casa ao final da rua.’ E isso foi fatal conselhos". Ele disse, "Porque nesse dia o missionário me conduziu a Cristo. Eu larguei o Hinduísmo imediatamente e, em seguida, comecei a estudar para o ministério. Saí do serviço diplomático, e aqui estou, pela graça de Deus, a cargo de todos estes missionários, e estamos a ganhando centenas de milhares de pessoas para Cristo". Bem, oito meses depois, o pastor Batista da Crystal Palace estava ministrando em Sydney, em Gymeir, subúrbio ao sul de Sydney. E disse ao ministro Batista, "Você conhece um pequeno homem idoso que evangeliza e distribui panfletos na George Street?" E ele disse, "sim. O nome dele é Sr. Genor. G-E-N-O-P. Mas não me parece que ele faça mais isso, ele é muito frágil e idoso". O homem disse: "Eu quero conhecê-lo". Duas noites mais tarde, eles foram até um pequeno apartamento e bateram na porta. E esse minúsculo, frágil homem abriu a porta. Eles sentaram-se e ele preparou-lhes um chá, e ele estava tão fraco que derrubava chá no pires enquanto tremia. E quando ele se sentou com eles, este pregador de Londres disse-lhe todas estas historias que ouviu durante os três anos anteriores. Este pequeno homem estava sentado com lágrimas correndo pelas suas bochechas. Ele disse: "A minha história é assim." Ele disse: "Eu estava servindo em um navio de guerra australiano e eu vivia uma vida reprovável. E em um momento de crise, eu realmente atingi o fundo, e um dos meus colegas estava lá para me ajudar. Ele levou-me a Jesus e à mudança na minha vida foi da noite para o dia em 24 horas e eu estava tão grato a Deus. Eu prometi para Deus que iria compartilhar Jesus com um testemunho simples, com pelo menos dez pessoas por dia – enquanto Deus me desse forças. Às vezes, eu estava doente - Eu não consegui fazê-lo, mas compensei em outros momentos. Eu não estava paranóico com isso, mas tenho feito isto há mais de quarenta anos, e nos meus anos de aposentadoria, o melhor lugar foi em George Street. Havia centenas de pessoas. Eu sofri muito rejeição. Mas muitas pessoas pegaram os panfletos em cortesia". E ele disse: "Em quarenta anos fazendo isso, eu nunca ouvi falar de uma única pessoa que tenha vindo a Jesus até hoje". Agora, eu devo dizer, isso tem de ser compromisso. Isso só pode ser pura gratidão e amor por Jesus para fazer tudo isso. Não sabe de quaisquer resultados. Margarida fez uma rápida contagem. Foram 146.100 pessoas que este simples, não-carismático, homem batista influenciou de alguma forma para Jesus. E creio que o que Deus estava mostrando para aquele ministro Batista era a ponta da ponta da ponta da ponta do iceberg. Deus sabe quantos mais foram capturados para Cristo e estavam fazendo grandes trabalhos no campo missionário. Sr. Genor morreu duas semanas mais tarde. E você consegue imaginar que ele foi para casa para sua recompensa no céu? Duvido que seu rosto teria aparecido na revista Carisma. Duvido que escrevessem um artigo com foto na revista Decisão, do Billy Graham – por mais bela que essas revistas sejam. Ninguém exceto um pequeno grupo de batistas no sul de Sydney conhecia Sr. Genor, mas vou dizer-lhes; o seu nome era famoso no céu. O céu conhecia o Sr. Genor, e você pode imaginar as boas-vindas e o tapete vermelho e a festa quando ele foi para casa.

segunda-feira, abril 07, 2008

Wretched - With Todd Friel

Novo programa na Tv! Pena que é na FamilyNet e só vai passar nos EUA!
HHHHHHHHAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!
I'm wretched!
Bom, isso quer dizer miserável, e esse é o nome do novo programa do Todd Friel do Way of the Master Radio.
Vamos orar para que alguma alma piedosa se lembre de nós, miseráveis (viu como temos tudo a ver com o programa!) e coloque Wretched no Youtube.
Prometo um clip com legendas antes da volta do Senhor (e se você é pós-milenista quer dizer que pode somar mais 7 anos).

domingo, fevereiro 24, 2008

Apateísmo

Maurilo de Paula

Acabo de descobrir um novo termo para designar a apatia espiritual. Apateísmo, termo cunhado pelo jornalista Jonathan Rauch, uma junção da palavra "apatia' com a palavra "ateísmo". Significa, na própria definição de Rauch: uma desinclinação em se preocupar sobre a religião de alguém e mais ainda, uma desinclinação em se preocupar com outras pessoas".
Como Rauch comenta: "Eu tenho amigos cristãos que organizam suas vidas em torno de um intenso relacionamento pessoal com Jesus, mas não demonstram se preocupar nenhum pouco com o fato que sou um judeu homossexual convicto".
Sabe qual é a pior parte de tudo isso? Tudo isso é verdade. A grande marca da cristandade no século 21 tem sido exatamente isso: o apateísmo.
Não nos importamos mais se as pessoas vão para o inferno. Perdemos totalmente a urgência. Mais de 150 mil pessoas morrem diariamente e isso não nos incomoda. Mais de um bilhão de pessoas no mundo não são evangelizadas e isso não nos incomoda. Nossos amigos estão morrendo e indo para uma eternidade no inferno e isso não nos incomoda. Parentes, colegas de trabalho, funcionários, namorados, tantos e tantos estão indo para o inferno e isso não nos incomoda. Eu tenho uma amiga que está namorando um rapaz declaradamente não cristão e está tudo certo para ela. Ela sabe que isso está errado biblicamente, mas não está preocupa. Se ele morrer agora, ele vai passar a eternidade no inferno, mas isso parece não incomodá-la. Apateísmo, a grande marca da igreja no século 21.
E por que tudo isso? Por que somos tão apáticos (ou apateístas, como eu prefiro chamar) com algo tão eterno?
São vários os motivos. Mas eu quero ressaltar dois em especial.
O primeiro é que a pregação sobre quão monstruoso é o pecado do homem e quão grande é a santidade de Deus não vende bem. Não está nos manuais de crescimento de igrejas tão adorados por nossos pastores. Falar sobre a justa ira de Deus parece coisa do século retrasado. Como uma vez disse um amigo, os tempos mudaram, também devemos mudar a forma de pregar o evangelho. Na verdade, mudaram o próprio evangelho. A tônica hoje em dia é "pare de sofrer"! Venha para Jesus, e Ele vai te dar paz, alegria, realização, todas as coisas que você quer! Por uma quantia módica, claro, você se torna parte de um clubinho de pessoas egoístas, caçadores de riquezas e satisfação. Como é possível para pessoas assim se preocuparem com a condenação de seu vizinho? E o grande problema de tudo isso é que elas mesmas não percebem que estão se dirigindo para sua própria condenação (Mat 7:22). Nossos pastores são culpados por não pregarem o verdadeiro evangelho de Cristo, de que Deus ordena aos homens que se arrependam em todo o lugar (Atos 17:30).
O segundo motivo é o resultado do primeiro. A própria experiência de conversão de muitos na igreja é patética, do ponto de vista bíblico, para dizer o mínimo. Se você perguntar para alguém porque ela é salva, vai receber uma resposta do tipo "porque um dia eu convidei Jesus para entrar em meu coração". Uma pergunta que vêm à minha cabeça é "que versículo bíblico é esse"? Alguém falou em pecado? Arrependimento? Sangue derramado na cruz? Ser feito nova criatura em Cristo? Não, nada disso. Eu sou salvo porque um dia convidei Jesus para entrar em meu coração. Por isso temos uma taxa de desviados de 80%. Por isso só 2% dos cristãos compartilham sua fé com regularidade. Por termos experiências de conversão tão patéticas e antibíblicas, temos uma verdadeira legião de apateístas.
Gostaria de sugerir menos congressos, acampamentos e reuniões de avivamento e mais pregação da Palavra de Deus e de sua Lei, do castigo que Deus colocou sobre Jesus na cruz por nossos pecados e do arrependimento "para remissão do pecado" (Atos 3:19).
Tudo isso para dizer que agora tenho um novo termo para definir meus "irmãos em Cristo" que são apáticos espiritualmente: apateístas.

sábado, janeiro 26, 2008

Video "O Maior Segredo do Diabo". Esse video está em inglês. Voce pode ler o texto em português abaixo, ou clicando aqui.

terça-feira, janeiro 22, 2008

Adoradores ou Consumidores?

por
Augustus Nicodemus Lopes


A palavra "evangélicos" tem se tornado tão inclusiva que corre o perigo de se tornar totalmente vazia de significado — R. C. Sproul

Em certa ocasião o Senhor Jesus teve de fazer uma escolha entre ter 5 mil pessoas que o seguiam por causa dos benefícios que poderiam obter dele, ou ter doze seguidores leais, que o seguiam pelo motivo certo (e mesmo assim, um deles o traiu). Em outras palavras, uma decisão entre muitos consumidores e poucos fiéis discípulos. Refiro-me ao evento da multiplicação dos pães narrado em João 6. Lemos que a multidão, extasiada com o milagre, quis proclamar Jesus como rei, mas ele recusou-se (João 6.15). No dia seguinte, Jesus também se recusa a fazer mais milagres diante da multidão pois percebe que o estão seguindo por causa dos pães que comeram (6.26,30). Sua palavra acerca do pão da vida afugenta quase que todos da multidão (6.60,66), à exceção dos doze discípulos, que afirmam segui-lo por saber que ele é o Salvador, o que tem as palavras de vida eterna (6.67-69).

O Senhor Jesus poderia ter satisfeito às necessidades da multidão e saciado o desejo dela de ter mais milagres, sinais e pão. Teria sido feito rei, e teria o povo ao seu lado. Mas o Senhor preferiu ter um punhado de pessoas que o seguiam pelos motivos certos, a ter uma vasta multidão que o fazia pelos motivos errados. Preferiu discípulos a consumidores.

Infelizmente, parece prevalecer em nossos dias uma mentalidade entre os evangélicos bem semelhante à da multidão nos dias de Jesus. Parece-nos que muitos, à semelhança da sociedade em que vivemos, tem uma mentalidade de consumidores quando se trata das coisas do Reino de Deus. O consumismo característico da nossa época parece ter achado a porta da igreja evangélica, tem entrado com toda a força, e para ficar.

Por consumismo quero dizer o impulso de satisfazer as necessidades, reais ou não, pelo uso de bens ou serviços prestados por outrem. No consumismo, as necessidades pessoais são o centro; e a "escolha" das pessoas, o mais respeitado de seus direitos. Tudo gira em torno da pessoa, e tudo existe para satisfazer as suas necessidades. As coisas ganham importância, validade e relevância à medida em que são capazes de atender estas necessidades.

Esta mentalidade tem permeado, em grande medida, as programações das igrejas, a forma e o conteúdo das pregações, a escolha das músicas, o tipo de liturgia, e as estratégias para crescimento de comunidades locais. Tudo é feito com o objetivo de satisfazer as necessidades emocionais, psicológicas, físicas e materiais das pessoas. E neste afã, prevalece o fim sobre os meios. Métodos são justificados à medida em que se prestam para atrair mais freqüentadores, e torná-los mais felizes, mais alegres, mais satisfeitos, e dispostos a continuar a freqüentar as igrejas.

Esta mentalidade consumista por parte de evangélicos se mostra por vários ângulos. Numa pesquisa recente feita pelo Instituto Gallup nos Estados Unidos constatou-se que 4 em cada 10 americanos estão envolvidos em pequenos grupos que se reúnem semanalmente buscando saída para o envolvimento com drogas, problemas familiares, solidão e isolacionismo. Embora evidentemente muitos estarão em busca de uma oportunidade para aprofundar a experiência cristã e crescer no conhecimento de Deus, a maioria, segundo Gallup, busca satisfazer suas necessidades pessoais. De acordo com a revista Newsweek, 1 em cada 5 americanos sofre de alguma forma de doença mental (incluindo ansiedade, depressão clínica, esquizofrenia, etc.) durante o curso de um ano. E disso se aproveitam os espertos. Uma denúncia contra a indústria evangélica de saúde mental foi feita ano passado por Steve Rabey em Christianity Today. Cada vez mais cresce o marketing nas igrejas na área de aconselhamento, com um número alarmante de profissionais cristãos oferecendo ajuda psicológica através de métodos seculares. A indústria de música cristã tem crescido assustadoramente, abandonando por vezes seu propósito inicial de difundir o Evangelho, e tornando-se cada vez mais um mercado rentável como outro qualquer. A maioria das gravadoras evangélicas nos Estados Unidos pertence às corporações seculares de entretenimento. As estrelas do gospel music cobram cachês altíssimos para suas apresentações. Num recente artigo em Strategies for Today's Leader, Gary McIntosh defende abertamente que "o negócio das igrejas é servir ao povo". Ele defende que a igreja deve ter uma mentalidade voltada para o "cliente", e traçar seus planos e estratégias visando suas necessidades básicas, e especialmente faze-los sentir-se bem.

Um efeito da mentalidade consumista das igrejas é o que tem sido chamado de "a síndrome da porta de vai-e-vem". As igrejas estão repletas de pessoas buscando sentido para a vida, alívio para suas ansiedades e preocupações. Assim, elas escolhem igrejas como escolhem refrigerantes. Tão logo a igreja que freqüentam deixa de satisfazer as suas necessidades, elas saem pela porta tão facilmente quanto entraram. As pessoas buscam igrejas onde se sintam confortáveis, e se esquecem de que precisam na verdade de uma igreja que as faça crescer em Cristo e no amor para com os outros.

Creio que há vários fatores que provocaram a presente situação. Ao meu ver, um dos mais decisivos é a influência da teologia e dos métodos de Charles G. Finney no evangelicalismo moderno. Houve uma profunda mudança no conceito de evangelização ocorrida no século passado, devido ao trabalho de Charles Finney. Mais do que a teologia do próprio Karl Barth, a teologia e os métodos de Finney têm moldado o moderno evangelicalismo. Ele é o herói de Jerry Falwell, Bill Bright e de Billy Graham; é o celebrado campeão de Keith Green, do movimento de sinais e prodígios, do movimento neopentecostal, e do movimento de crescimento da igreja. Michael Horton afirma que grande parte das dificuldades que a igreja evangélica moderna passa é devida à influência de Finney, particularmente de alguns dos seus desvios teológicos: "Para demonstrar o débito do evangelicalismo moderno a Finney, devemos observar em primeiro lugar os desvios teológicos de Finney. Estes desvios fizeram de Finney o pai dos fatores antecedentes aos grandes desafios dentro da própria igreja evangélica hoje: o movimento de crescimento de igrejas, o neopentecostalismo, e o reavivalismo político".

Para muitos no Brasil seria uma surpresa tomar conhecimento do pensamento teológico de Finney. Ele é tido como um dos grandes evangelistas da Igreja Cristã, e estimado e venerado por evangélicos no Brasil como modelo de fé e vida. E não poderia ser diferente, visto que se tem publicado no Brasil apenas obras que exaltam Finney. Desconheço qualquer obra em português que apresente o outro lado. Meu alvo, neste artigo, não é escrever extensamente sobre o assunto, mas mostrar a relação de causa e efeito que existe entre o ensino e métodos de Finney e a mentalidade consumista dos evangélicos hoje.

Em sua obra sobre teologia sistemática (Systematic Theology [Bethany, 1976]), escrita pelo fim de seu ministério, quando era professor do seminário de Oberlin, Finney revela ter abraçado ensinos estranhos ao Cristianismo histórico. Ele ensina que a perfeição moral é condição para justificação, e que ninguém poderá ser justificado de seus pecados enquanto tiver pecado em si (p. 57); afirma que o verdadeiro cristão perde sua justificação (e conseqüentemente, a salvação) toda vez que peca (p. 46); demonstra que não acredita em pecado original e nem na depravação inerente ao ser humano (p. 179); afirma que o homem é perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo, sem a ajuda do Espírito Santo, a oferta do Evangelho. Mais surpreendente ainda, Finney nega que Cristo morreu para pagar os pecados de alguém; ele havia morrido com um propósito, o de reafirmar o governo moral de Deus, e nos dar o exemplo de como agradar a Deus (pp. 206-217). Finney nega ainda, de forma veemente, a imputação dos méritos de Cristo ao pecador, e rejeita a idéia da justificação com base da obra de Cristo em lugar dos pecadores (pp. 320-333). Quanto à aplicação da redenção, Finney nega a idéia de que o novo nascimento é um milagre operado sobrenaturalmente por Deus na alma humana. Para ele, "regeneração consiste no pecador mudar sua escolha última, sua intenção e suas preferência; ou ainda, mudar do egoísmo para o amor e a benevolência", e tudo isto movido pela influência moral do exemplo de Cristo ao morrer na cruz (p. 224).

Finney, reagindo contra a influência calvinista que predominava no Grande Avivamento ocorrido na Nova Inglaterra do século passado, mudou a ênfase que havia à pregação doutrinária para uma ênfase à fazer com que as pessoas "tomassem uma decisão", ou que fizessem uma escolha. No prefácio da sua Systematic Theology ele declara a base da sua metodologia: "Um reavivamento não é um milagre ou não depende de um milagre, em qualquer sentido. É meramente o resultado filosófico da aplicação correta dos métodos."

Finney não estava descobrindo uma nova verdade, mas abraçando um erro antigo, defendido por Pelágio no século IV, e condenado como herético pela Igreja, ou seja, que nenhum de nós nasce pecador; o homem, por nascimento, é neutro, e capaz de fazer escolhas para o bem e para o mal com inteira liberdade. Finney tem sido corretamente descrito por estudiosos evangélicos como sendo semi-pelagiano (ou mesmo, pelagiano) em sua doutrina, e um dos responsáveis maiores pela disseminação deste erro antigo entre as igrejas modernas.

Na teologia de Finney, Deus não é soberano, o homem não é um pecador por natureza, a expiação de Cristo não é um pagamento válido pelo pecado, a doutrina da justificação pela imputação é insultante à razão e à moralidade, o novo nascimento é produzido simplesmente por técnicas bem sucedidas, e avivamento é o resultado de campanhas bem planejadas com os métodos corretos.

Antes de Finney, os evangelistas reformados aguardavam sinais ou evidências da operação do Espírito Santo nos pecadores, trazendo-os debaixo de convicção de pecado, para então guiá-los à Cristo. Não colocavam pressão sobre a vontade dos pecadores, por meio psicológicos, com receio de produzir falsas conversões. Finney, porém, seguiu caminho oposto, e seu caminho prevaleceu. Já que acreditava na capacidade inerente da vontade humana de tomar decisões espirituais quando o desejasse, suas campanhas de evangelismo e de reavivamento passaram a girar em torno de um simples propósito: levar os pecadores a fazer uma escolha imediata de seguir a Cristo. Com isto, introduziu novos métodos nos seus cultos, como o "banco dos ansiosos" (de onde veio a prática de se fazer apelos ao final da mensagem), o uso de qualquer medidas que provocassem um estado emocional propício ao pecador para escolher a Deus, o que incluía apelos emocionais e denúncias terríveis do pecado e do juízo.

O impacto dos métodos reavivalistas de Finney no evangelicalismo moderno são tremendos. Seus sucessores têm perpetuado estes métodos e mantido as características do fundador: o apelo por decisões imediatas, baseadas na vontade humana; o estímulo das emoções como alvo do culto; o desprezo pela doutrina; e a ênfase que se dá na pregação a se fazer uma escolha, em vez da ênfase às grandes doutrinas da graça. As igrejas evangélicas de hoje, influenciadas pela teologia e pelos métodos de Finney, acreditando que reavivamentos podem ser produzidos, e que pecadores podem decidir seguir a Cristo quando o desejarem, têm adotado táticas e práticas em que as pessoas são vistas como clientes, e que promovem a mentalidade consumista nas igrejas evangélicas.

A relação entre os métodos de Finney e o espírito consumista moderno foi corretamente notado por Rodney Clapp, em recente artigo na Christianity Today (Outubro de 1966): "Ao enfatizar a importância de se tomar uma decisão para Cristo, Charles Finney e outros reavivalistas ajudaram na sacramentalização da 'escolha', elemento chave do consumismo capitalista de hoje. O reavivalismo [de Finney] encorajava sentimentos de êxtase e a abertura do indivíduo para mudanças costumeiras de conversão e reconversão" (p. 22).

O Senhor Jesus preferiu doze seguidores genuínos a ter uma multidão de consumidores. Creio que a igreja evangélica brasileira precisa seguir a Cristo também aqui. É preciso que reconheçamos que as tendências modernas em alguns quartéis evangélicos é a de produzir consumidores, muito mais que reais discípulos de Cristo, pela forma de culto, liturgias, atrações, e eventos que promovem. Um retorno às antigas doutrinas da graça, pregadas pelos apóstolos e pelos reformadores, enfatizando a busca da glória de Deus como alvo maior do homem, poderá melhorar esse estado de coisas.
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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