quarta-feira, março 31, 2010

Mitos da Evolução: Mito 8 - Clara existência de transições fósseis


Darwin se desgastou com a falta deles, os paleontólogos ainda estão procurando por eles, mas eles são muitas vezes apresentados como o fundamento da teoria evolucionista. O que são eles? Fósseis de transição. De acordo com os evolucionistas, os fósseis de transição são escassos por uma série de razões: (1) fósseis, em geral, apenas nos dão um vislumbre do passado, (2) equilíbrio pontuado pode causar geologicamente “rápidas” mudanças nas espécies, e (3) que não são tão fáceis de distinguir. No entanto, muitos de nós temos visto as supostas séries fósseis do cavalo e da baleia e o novo “elo perdido” chamado Tiktaalik.
Devemos no lembrar, no entanto, que os fósseis não vêm com etiquetas dizendo quando e como o animal foi enterrado, o seu estilo de vida, e se ou como ele estava relacionado a uma outra espécie. Os cientistas devem fazer suposições razoáveis baseadas no que eles acreditam sobre o passado e extrapolações a partir dos dados. Sem uma fonte objetiva de informações, esses pressupostos são frequentemente ligados à visão subjetiva evolutiva. Cientistas criacionistas, por outro lado, veem o registro fóssil como evidência tanto para um dilúvio global e também para a incrível diversidade das espécies de animais originalmente criados.
Porque há uma falta de formas de transição (e as encontradas, incluindo “as baleias que andam” e peixes, são controversas para dizer o mínimo), os evolucionistas tem de recorrer a embaçar as linhas e afirmar que já que todas as espécies estão em transição, não devemos esperar encontrar “elos perdidos”. Talvez a razão de não encontrarmos verdadeiras formas de transição é porque uma espécie criada não vai, não pode, e nunca se transformou em outra espécie criada.

terça-feira, março 30, 2010

Mitos da Evolução: Mito 9 - Estruturas homólogas (similares) mostram evoluções passadas


É um marca de quase todos os livros de biologia no mercado: desenhos de ossos coloridos que mostram como a evolução deixou suas impressões digitais em animais de ascendência comum. Esses desenhos apontam estruturas semelhantes como prova de que todos vêm de um único ancestral. A prova, dizem, é tão evidente quanto a sua mão na frente do seu rosto.
Objetivamente, porém, o design e a função similares nada podem provar. Um iPod e um iPhone podem ter partes muito semelhantes, por exemplo, mas isso certamente não significa que o iPhone evoluiu a partir do iPod devido a falhas de hardware. Em vez disso, porque temos conhecimento objetivo da história, sabemos que a mesma empresa desenhou ambos aparelhos, o que explica o design semelhante.
Da mesma forma, as estruturas semelhantes em animais são provas muito fortes de um único designer deixando sua marca nas obras de Sua criacão. Designers humanos frequentemente usam soluções semelhantes em toda uma vasta gama de produtos. Por que achar que Deus não faria o mesmo?

segunda-feira, março 29, 2010

Mitos da Evolução: Mito 10 - Simulações de computadores provam a evolução


Todos os meses, alguma reportagem anuncia um novo programa de computador com “organismos vivos cibernéticos” que provam como a vida evoluiu na Terra. Estas simulações mostram frequentemente como a vida em forma artificial se reproduz, cresce e muda ao longo de várias gerações. Os algoritmos por trás dessas criaturas podem ser bastante complexos, em um esforço para ser o mais próximo quanto possível do “mundo real”.
Mas o que provam esses programas? Por um lado, é sempre importante lembrar que qualquer programa de computador reflete os preconceitos e os pressupostos do programador. Na maioria dos casos, esses programadores assumem que a evolução é verdade, e seus ambientes artificiais refletem isso. Além disso, muitos programas têm objetivos e pontos de referência, algo que não é verdade na suposta evolução darwiniana. Os programadores não fazem um programa sem limites determinados e orientações que direcionam o que o programa pode e não pode fazer. Eles fazem o programa com um objetivo em mente.
Finalmente, a maior ironia de todas é que estes programadores brilhantes, que estão tentando provar que a vida evoluiu sem inteligência, usam do máximo do poder do cérebro na criação desses organismos sofisticados artificiais. Tenha isso em mente quando eles declaram que isso prova que a vida surgiu por pura seleção natural sem uma inteligência.

sábado, março 27, 2010

What is wretched?

Wretched (miserável) é um dos nossos programas preferidos.
Ele não passa no Brasil, nem existe algum programa assim aqui. Na verdade, mesmo nos Estados Unidos, esse programa é único.
Todd Friel, o apresentador, é um dos nossos "professores" de evangelismo. Destemido. E louco. E tem um senso de humor singular.
Todd também é muito alto. Nós conferimos isso no Deeper, em Atlanta em 2008. Na foto que tiramos com ele, tivemos que subir alguns degraus para ficar mais perto.

"Não sou chamado para pregar o evangelho"

"Não sou chamado!" É o que você disse? "Não ouvi o chamado:" é o que eu acho que você deveria dizer. Ponha seu ouvido na Bíblia, e ouça-a lançando você para ir e tirar os pecadores do fogo do pecado. Abaixe sua orelha até o coração sobrecarregado e agoniado da humanidade, e ouça o seu lamentável lamento por ajuda. Vá perante os portões do inferno, e ouça o condenado suplicar-lhe para ir a casa de seu pai e suplicar a seus irmãos e irmãs e funcionários e mestres
não irem para lá. Então olhe para o rosto de Cristo - cuja misericórdia você tem professado
obedecer - e diga-lhe se você vai aderir de coração e alma e corpo e circunstâncias na marcha para proclamar a sua misericórdia para o mundo.

William Booth,
Fundador do Exército da Salvação

Profecias do Velho Testamento que se cumpriram em Cristo


Alguns textos do Velho Testamento que se cumpriram em Cristo.

sexta-feira, março 26, 2010

Escola de Evangelismo Jack Bauer - 24 horas no ar!!!!

Quem criou Deus?


De Edgar Andrews Who Made God?: Searching for a Theory of Everything (Quem criou Deus? Buscando uma teoria do todo).

Andrews é Professor Emérito de Materiais da Universidade de Londres e um perito internacional em grandes moléculas. Seu livro é perspicaz, envolvente e alegre para um assunto tão profundo. É cientificamente e filosoficamente astuto. Andrews não tem medo dos ateus, como Richard Dawkins, que tentam exercer a ciência como uma arma contra o teísmo.

... Existe uma resposta para a pergunta que os ateus ficam felizes em aceitar - a resposta "Nós criamos Deus".

Nesse momento ... deixe-me salientar três pequenos problemas com a hipótese “nós criamos Deus”. Primeiro, ele cai na mesma armadilha que o ateu habilmente define quando ele pergunta: “Se Deus criou tudo, quem criou Deus?” Porque quando ele declara confiante que criamos Deus, deve então ser perguntado: “Se nós criamos Deus, quem nos criou?” Já que a resposta: “Deus nos criou” é, obviamente, excluída, ab initio, a pergunta “Quem nos criou?” não é mais fácil de responder que “Quem criou Deus?” Só para repetir, “a evolução nos criou” simplesmente não vai servir. Como Scott Adams observou, "a evolução não é a causa de qualquer coisa; é uma observação, uma forma de colocar as coisas em categorias. Evolução não diz nada sobre as causas. “Ou, de uma forma mais simples, se a evolução nos criou, quem criou a evolução?”

O ateu, sem dúvida irá dizer que a evolução é simplesmente a forma como a natureza trabalha; é apenas parte do “todo” que os teístas erroneamente atribuem a Deus. Mas a lógica desta afirmação nos leva em uma direção inesperada - que eu escrevi em uma diminuta peça teatral para o provar.

[No palco três pessoas: "teísta", "ateu um" e "ateu dois" se envolvem em uma discussão. Entra o questionador vestindo uma jaqueta e com uma expressão perplexa.]

Questionador: Desculpe-me interromper, mas vocês podem me dizer quem criou tudo?
Teísta: Sim, Deus criou tudo.
Ateu um: Oh? Então, quem criou Deus?
Ateu dois: Nós criamos Deus.
Teísta: Então, que nos criou?
Ateu um: Evolução nos criou.
Teísta: Quem criou a evolução?
Ateu dois: Ela faz parte do “todo”, o “todo” criou a evolução.
Questionador: Desculpe-me interromper ... mas quem criou tudo? Oh, deixa pra lá...

[O questionador sai pela esquerda (pelo caminho que entrou) com uma expressão ainda mais confusa.]

... A argumentação filosófica que acaba onde começou é ainda mais inútil - e, tal como o pequeno drama indica, é a afirmação de que “nós criamos Deus”.

O segundo problema com este argumento é que ele é desprovido de qualquer base probatória, como veremos no devido tempo. Não é, de fato, uma explicação. Ele não explica conceitos religiosos, a experiência religiosa ou o instinto religioso quase universal da humanidade, antiga ou moderna. Pelo contrário, é uma cortina de fumaça que encobre a ignorância, um dar de ombros especulativo sobre o fenômeno substancial da crença religiosa. Como muitos argumentos ateístas, é em essência uma tautologia. Começando com a premissa oculta que Deus não existe objetivamente, ele procura (e encontra) uma explicação alternativa para a fé e experiência religiosa completamente dentro de nós. Em seguida, raciocina o seguinte: já que Deus definitivamente existe na mente daqueles que acreditam, e já que Deus não existe de outra maneira, então Deus deve existir apenas na mente daqueles que acreditam. Bingo! Criamos Deus.

Em terceiro lugar, sempre que A cria B (o que quer que seja A e B), é razoável supor que A (o criador) é maior do que B (a criação). Beethoven era maior do que qualquer de suas composições e Rembrandt, Picasso ou Turner maiores do que qualquer um de seus retratos. Quando minha esposa faz um bolo, não importa quão bom fique o bolo, logo ele acaba - uma coisa da transitoriedade e insignificância em comparação com quem o fez. Mas se o homem cria um Deus transcendente e todo-poderoso de sua própria imaginação, a criação é maior que o criador - que, enquanto não provar a existência de Deus, tem um monte de coisas para explicar. Eu aceito que meu raciocínio aqui é de caráter ontológico, mas continua a ser válido eu acho, como uma refutação da hipótese de “Quem criou Deus”. Afinal, Richard Dawkins afirma com veemência que um Deus que fez o universo extremamente complexo deve ser ainda mais complexo do que a sua criação .... Eu suponho que eu estou autorizado a dizer a mesma coisa quando se é um caso do homem alegadamente criando Deus.

quinta-feira, março 25, 2010

Ministrando para os moradores de rua


No último domingo fomos visitar nossos irmão da igreja Comunhão em Cristo na zona norte, onde vamos ministrar um curso de evangelismo em Abril. Em breve teremos mais novidades. Foi um tempo muito bom de comunhão com nossos irmãos e é sempre bom conhecer uma igreja que tem o coração voltado para o perdido e desejar alcançar as almas no seu bairro.
Mas algo de interessante aconteceu ao final do culto. E não foi a primeira vez. Nem a segunda. E nem a terceira.
Um pouco antes do final da reunião, o pastor me chamou e pediu para eu conversar com um senhor que tinha entrado na igreja. Ele é um morador de rua e pediu para que eu compartilhasse o evangelho com ele. Interessante que isso já aconteceu comigo várias vezes em algumas igrejas. E eu entendo o porquê. Ora, se você tem alguém na igreja que trabalha com evangelismo, ninguém melhor para evangelizar qualquer pessoa que entrar na igreja.
Evangelismo com moradores de rua não é algo novo para mim. No meu tempo de Jocum, muitas vezes fomos para a rua pregar o evangelho e levar refeições, cobertores e café. A novidade é fazer isso dentro da igreja. E com tanta frequência.
Existe alguma diferença em se evangelizar moradores de rua na rua e na igreja? Ou melhor, existe algum diferença entre evangelizar um morador de rua e qualquer outra pessoa?
O morador de rua possui um problema (para não dizer muitos) que é sempre constante. Ele não tem casa. Ele vive na rua. Ele convive com a violência da rua, o desprezo das pessoas. Pode estar envolvido com drogas, roubo e tantas outras coisas. Devemos levar tudo isso em consideração na hora de evangelizá-lo?
Sim, devemos. Categoricamente. Mas isso não muda a mensagem do evangelho. Isso não muda a nossa abordagem. Então, por que devemos levar todas essas coisas em consideração?
Muito simples, isso muda a nossa sensibilidade e nossa postura em relação à pessoa.
O evangelho é um só. Uma mensagem clara: nós somos pecadores imundos, que merecem nada menos do que a ira de Deus. Mas Deus, em seu imenso amor, enviou Jesus Cristo, seu único filho. Ele viveu uma vida perfeita, foi crucificado e morreu na cruz em nosso lugar. A ira de Deus que deveria cair sobre nós, foi colocada sobre Cristo. Ele morreu. Mas ressuscitou (temos vários artigos no blog sobre isso), venceu a morte e hoje a salvação está disponível para aqueles que se arrependerem de seus pecados e colocarem sua fé em Jesus Cristo como seu único e verdadeiro salvador. Resumidamente, essa é a mensagem. Não muda se a pessoa for morador de rua ou se ela for o presidente da república. Então, o que muda?
Quando estamos falando com um morador de rua é importante manter em mente que essa pessoa muito provavelmente entende bem que é uma pecadora. Ela vive na rua. Muitos já passaram pela cadeia. Elas sabem que não são pessoas boas. Mas mesmo assim, não devemos abrir mão do uso da Lei porque, muitas vezes, essa pessoa não se acha realmente rebelde em relação a Deus. Ela sabe que é pecadora, mas não tanto assim. Portanto, com a mesma graça de sempre, utilize a Lei para trazer o conhecimento do pecado. Prepare o terreno para o Espírito Santo trabalhar no coração do evangelizado. Só tenha cuidado com uma coisa: é fácil em uma situação como essa parecer superior ou parecer aquela pessoa que nunca pecou na vida. Isso é verdade com qualquer um, mas se torna mais verdade quando estamos falando com um morador de rua. Eu sempre reforço com a pessoa que eu também sou um pecador, que também ofendi a Deus e talvez tenha o ofendido mais ainda, sem entrar em detalhes. Não queremos saber os detalhes dos pecados. Mas nunca deixe de tornar o pecado da pessoa algo pessoal.
Também não deixe de falar sobre o julgamento vindouro. Isso é muito importante. Tanto o morador de rua quanto os que vivem em uma mansão precisam entender que todos, sem exceção, vão se apresentar perante Deus para o julgamento. E Deus é um justo juiz. Não se negue a falar sobre isso.
E quando o coração da pessoa estiver pronto, quando você perceber que a pessoa estiver como Felix perante Paulo (Atos 24:25), apresente a Graça. E deixe claro para essa pessoa que Deus pode salvar até o mais miserável dos pecadores. Ele nos salvou!
Mas aqui tem um perigo. Cuidado com o que você promete. Só existe uma garantia que podemos declarar com 100% de certeza: Deus irá salvar todos aqueles que se achegarem a Ele em arrependimento e fé. Todos os que se achegarem a Ele com o coração contrito pela ação do Espírito Santo. Todos. E Ele vai tornar essas pessoas seus filhos. Qualquer coisa além disso é uma promessa perigosa. Não podemos garantir que essa pessoa vai sair das ruas. É bem possível que isso venha a acontecer. É algo natural, especialmente se essa pessoa se tornar parte de uma igreja. Mas não temos como garantir isso. Não temos como garantir nada além da promessa de salvação.
Mantenha-se focado naquilo que a Bíblia nos garante. Se essa pessoa se converter, ela terá se tornado filha de Deus. E Deus se torna responsável por ela. E tenha certeza que Ele cuida de seus filhos.
Quando esse encontro evangelístico acontece em uma igreja (ei, isso acontece comigo direto) ao final da conversa, direcione essa pessoa para o pastor ou algum diácono para que eles possam dar algum prosseguimento a essa conversa. Algumas igreja possuem algum trabalho social ou encaminhamento que possa de alguma forma ajudar essa pessoa.
Um último lembrete importantíssimo: muitas vezes (mas não todas) moradores de rua entram nas igrejas pequenas para tentar ganhar alguma coisa. É sempre mais fácil em uma igreja pequena porque todos vão vê-lo entrar e a sensação de constrangimento é maior. Em uma igreja grande, alguém assim pode passar despercebido. Não deixe isso distraí-lo. Mesmo que você perceba que essa pessoa está ali porque quer ganhar alguma coisa, compartilhe o evangelho com ela. Ao final, veja se é possível para a igreja ajudar essa pessoa de alguma forma. Não prometa nada. Deixe que algum diácono ou o pastor assuma desse ponto em diante.
Minha conversa com Edmur (ere essa seu nome. Foi difícil de entender) foi bem interessante. Quando o pastor pediu para que eu conversasse com ele, podia-se ver nitidamente que ele estava comovido. Quando sentamos e eu perguntei por que ele tinha entrado na igreja, ele começou a compartilhar algumas coisas. Aos poucos fui apresentando a Lei para ele e em pouco tempo Edmur estava aos prantos. Ele ouviu sobre a Graça salvadora de Deus. E fez algumas perguntas.
No final, ele comeu alguns pedaços de bolo (tinha um aniversário naquela noite) e teve oportunidade de conversar com o pastor ao final. Ele foi encorajado a voltar outras vezes.
Ele foi salvo? Não sei. Não tenho como saber. Mas eu sei que nosso compromisso é compartilhar o evangelho. O trabalho de salvação é exclusivo do Espírito Santo. E podemos compartilhar essa fé de forma efetiva e bíblica, usando a Lei para preparar o caminho. E podemos orar. Por favor, ore por Edmur. Ore para que ele seja salvo. Para que Deus o tire da rua. Para que ele possa ser inserido no corpo de Cristo e venha a crescer em graça e conhecimento perante o Senhor.

Uma rápida visão geral do caso de N.T. Wright em defesa da ressurreição


Eu pensei em escrever um breve artigo sobre o caso de N.T. Wright, que é um caso multi-volume pela defesa da historicidade da ressurreição corporal de Jesus, que parece estar ficando muito respeitodo junto ao outro lado, (embora eu discorde totalmente com seu ponto de vista econômico e político, que são na melhor das hipóteses ingênuos*). Wright leciona em Cambridge, Oxford, Duke, McGill, etc. Ele publicou 40 livros.

Um trecho de seu CV; todos os cursos são da Universidade de Oxford:

2000 D.D.
1981 D. Phil.
1975 M.A.
1973 BA (Honours classe 1), Teologia; Denyer e Johnson Prize (compartilhado) por ser primeiro top aluno; Colégio Nobel
1971 BA (Honours classe 1), Literae Humaniores; Colégio Nobel

Wright parece ser muito respeitado por céticos como John Dominic Crossan (seu debate está aqui: livro, audio - nota: compre o áudio, não compre o livro). Eu nunca ouvi Crossan admitir o túmulo vazio e as aparições, mas ele faz isso contra Wright. Em seu debate (áudio, livro) contra William Lane Craig, ele negou todas os 4 fatos mínimos de Craig.
Nós temos visto em outros lugares como argumentar para a ressurreição usando a abordagem dos fatos mínimos. Os fatos mínimos são um punhado de fatos sobre Jesus que sobrevivem os critérios históricos padrões utilizados na avaliação das biografias históricas. Mas Wright tem uma abordagem diferente.

Vamos dar uma olhada em uma palestra (esse link tem a transcrição em PDF, áudio e video, em ingles) que Wright ministrou sobre a ressurreição.

Caso histórico de N.T. Wright pela ressurreição corporal de Jesus
Wright alega basicamente que a ressurreição não pode ter sido um mito inventado pela comunidade cristã primitiva, porque a ideia do Messias morrendo e sendo ressuscitados corporalmente para a vida eterna era completamente inesperada na teologia judaica e, portanto, não teria sido fabricada.
No judaísmo, quando as pessoas morrem, ficam mortas. No máximo, eles poderiam voltar a aparecer como aparições, ou ser ressuscitadas para a vida por um tempo, mas depois morrer novamente mais tarde. Não havia nenhum conceito da ressurreição do corpo para a vida eterna de uma única pessoa, especialmente do Messias, antes da ressurreição geral de todos os justos mortos no dia do julgamento.

O caso de Wright para a ressurreição tem 3 partes:
  • As crenças judaicas teológicas da comunidade cristã primitiva sofreram 7 mutações que são inexplicáveis fora da ressurreição corporal de Jesus
  • O túmulo vazio.
  • As aparições post-mortem de Jesus aos indivíduos e grupos, amigos e inimigos

Aqui está o esboço do caso de Wright:

... A base do meu argumento para o que aconteceu na Páscoa é o reflexo que esta esperança judaica sofreu modificações notáveis ou mutações dentro do cristianismo primitivo, que podem ser traçados de forma consistente nos dois primeiros séculos. E estas mutações são tão marcantes, em uma área da experiência humana onde as sociedades tendem a ser muito conservadoras, que força o historiador ... a perguntar, por que elas aconteceram?

As mutações ocorrem dentro de um contexto estritamente judaico. Os primeiros cristãos se seguraram com firmeza, como a maioria de seus contemporâneos judeus, a crença em duas partes sobre o futuro: primeiro morte, e tudo imediatamente que se segue; em segundo lugar, uma nova existência corporal em um recém-refeito mundo. 'Ressurreição' não é uma palavra chique para 'vida após a morte', que denota a vida após a "vida após a morte '.

E aqui estão as 7 mutações:

  1. A teologia cristã da vida após a morte se transforma de múltiplos pontos de vista (o judaísmo) para uma visão única: a ressurreição (cristianismo). Quando você morrer, sua alma vai esperar no Seol. No dia do juízo, os justos mortos receberão novos corpos ressurretos, idênticos ao corpo de Jesus ressuscitado.
  2. A importância relativa da doutrina da ressurreição mudou da periferia (judaísmo) para o centro (cristianismo).
  3. A ideia de como a ressurreição seria vai de múltiplas visões (judaísmo) para uma única visão: um corpo incorruptível, espiritualmente orientado, composto pelo material do corpo corruptível anterior (Cristianismo).
  4. O momento da ocorrência da ressurreição mudou do dia do julgamento (judaísmo) para uma separação entre a ressurreição do Messias, direto e agora e a ressurreição do resto dos justos no dia do julgamento (o cristianismo).
  5. Há uma nova visão da escatologia como colaboração com Deus para transformar o mundo.
  6. Há um novo conceito metafórico da ressurreição, referido como "nascer de novo".
  7. Há uma nova associação do conceito de ressurreição do Messias. (O Messias não deveria sequer morrer, e ele certamente não deveria ressuscitar dos mortos em um corpo ressuscitado!)

Há também outros enigmas históricos que são resolvidos postulando-se uma ressurreição corporal de Jesus.

  1. O povo judeu pensava que o Messias não deveria morrer. Embora houvesse muitos Messias (guerreiros) correndo no momento, sempre que eram mortos, os seus seguidores os abandonavam. Por que os seguidores de Jesus não o abandonaram quando ele morreu?
  2. Se a igreja cristã primitiva queria comunicar que Jesus era especial, apesar de sua morte vergonhosa na cruz, teria criado uma história utilizando o conceito judaico existente de exaltação. Aplicar o conceito da ressurreição corporal de um Messias morto seria um afastamento radical da teologia judaica, quando uma exaltação inventado já estava disponível para fazer o trabalho.
  3. A igreja primitiva tornou-se extremamente temerária sobre doença e morte, tendo cuidado de pessoas com doenças transmissíveis e testemunhado sobre sua fé em face da tortura e execução. Por que eles desprezavam a doença e a morte?
  4. Os evangelhos, especialmente Marcos não contêm qualquer enfeites e "teologia historicizada". Se eles foram confeccionados, teriam tido eventos que tivessem alguma ligação com conceitos teológicos. Mas as narrativas ao invés disso são apenas esqueletos: "um cara morre morte pública. As pessoas se deparam com o mesmo cara vivo mais tarde." Uma narrativa simples.
  5. A história das mulheres que foram as primeiras testemunhas do túmulo vazio não pode ter sido inventada, porque o testemunho de mulheres não era admissível em quase todas as circunstâncias da época. Se as histórias foram inventados, eles teriam inventado homens descobridores do túmulo. Mulheres descobridoras teriam dificultado os esforços de conversão.
  6. Quase não há enfeites lendários nos evangelhos, quando há em abundância nas falsificações mais gnósticas. Nenhuma multidão de anjos cantando, sem cruzes falantes, e sem vozes em expansão das nuvens.
  7. Não há nenhuma menção da esperança futura da ressurreição geral, a qual eu acho que eles pensavam que era iminente de qualquer maneira.
Para concluir, Wright faz o argumento de que a melhor explicação para todas essas mudanças na teologia e na prática é que Deus ressuscitou Jesus (corporalmente) dos mortos. Não há simplesmente nenhuma maneira que essa comunidade teria criado uma única ressurreição do Messias - que supostamente nem sequer deveria morrer - e, em seguida, arriscarem sua vida por essa crença.

E lembre-se, a crença em um Jesus ressuscitado não era uma crença em uma nave espacial voadora que estava vindo buscá-los se eles bebessem suco. Esta era uma crença que eles tinham com base em experiências pessoais. Eles foram capazes de confirmar ou negar a sua crença na ressurreição de Jesus com base em suas próprias experiências pessoais com o objeto dessas crenças.

Recursos adicionais

Para mais debates sobre a ressurreição, veja aqui para William Lane Craig, aqui para Mike Licona, e aqui para Gary Habermas. Eu sou um grande fã de todos esses caras, mas Craig não perdeu nenhum debate sobre a ressurreição, enquanto Licona empatou contra Richard Carrier e Habermas perdeu contra Arif Ahmed. Em particular, eu recomendo estes 3 debates:

Gary Habermas (Liberty) vs Joel Marcus (Duke) - Part1, Part2, Part3

Tradução Pés Descalços.

*Nota do tradutor: e eu pessoalmente discordo totalmente da visão de Wright sobre a justificação, o que o tem colocado no campos dos hereges.

sábado, março 20, 2010

Será que já está na hora de sair de casa?


Você tem 150 anos de idade. Está na hora de você arrumar um emprego e pensar no seu futuro.

Veja Gênesis 5

O significado da Bíblia


Lembre-se: A Bíblia tinha um significado antes de você nascer, tem o mesmo significado agora e vai ter o mesmo significado depois que você morrer.

Pregue esse significado!
Phil Johnson

Um novo tipo de cristianismo; ou um velho tipo de heresia


No início do icônico 1984 de George Orwell está uma cena particularmente memorável. Winston, o herói da história, está confessando em seu diário um encontro sexual com uma prostituta. Embora o Grande Irmão controle rigidamente até a união sexual e apesar do sexo ser visto como "uma operação menor ligeiramente repugnante, como ter um enema". o Grande Irmão ainda não pode retirar da humanidade o desejo e a necessidade por intimidade. Uma noite, Winston se aproxima de uma prostituta perto de uma estação de trem. “Ela tinha um rosto jovem”, escreve ele, “Foi realmente a pintura que me chamou a atenção, pois era branca como uma máscara, e os lábios muito vermelhos, brilhantes. As mulheres do Partido nunca se pintam”. Em uma sociedade onde o medo abjeto e a solidão são a norma, Winston implora pela intimidade do sexo. Mas quando ele vai para o apartamento desta mulher e fica com ela, ele acende uma lâmpada, projetando uma luz brilhante no rosto dela. E logo ele vê que o que tinha aparência de beleza era uma mentira. “O que vira de repente, sob a luz da lâmpada, era que se tratava de uma velha. A pintura do rosto era tão grossa que dava a impressão de que ia rachar como uma máscara de papel cartão. Havia fios brancos no cabelo; mas o detalhe verdadeiramente revoltante era a boca, que se entreabria, revelando nada mais que uma caverna negra. A mulher não tinha dente algum”.
Mas, apesar de seu horror, sua repulsa, Winston continua. Em seu diário ele escreve “Quando a vi sob a luz, percebi que se tratava duma velha, de uns cinquenta anos pelo menos. Mas fui em frente e fiz o que fora fazer”. Embora a mulher tenha perdido todo o apelo sexual, Winston continua em seu ato. Ele continua, porque, embora o seu desejo esteja saciado, ainda o sexo é um ato de rebeldia. Ao dormir com essa prostituta, ele está praticando um ato de profunda revolta contra o Grande Irmão.

Não faz muito tempo que eu escrevi sobre Brian McLaren e fiquei em apuros. Refletindo sobre vê-lo pregando em uma igreja próxima, eu sugeri que ele parece amar Jesus mas odiar a Deus. Com base na reação imediata e furiosa, eu rapidamente retirei essa afirmação. Eu não deveria ter feito isso. Eu acreditava nisso naquela época e acredito agora. E se era verdade então, quanto mais verdade é com o lançamento do seu último tomo A New Kind of Christianity (um novo tipo de cristianismo). Neste livro, finalmente podemos ver para onde a jornada de McLaren o levou: levou-o definitivamente para uma apostasia categórica e sem remorsos. Ele odeia Deus. Ponto final.

“É tempo para uma nova busca”, escreve McLaren, “lançada por novas perguntas, uma busca em todas as denominações em todo o mundo, uma busca por novas formas de crer e por novas formas de viver e servir fielmente no caminho de Jesus, uma busca por um novo tipo de fé cristã”. McLaren molda seu livro em torno “Dez perguntas que estão transformando a fé”. Elas cortam diretamente pelo coração da fé, fundamental em todos os sentidos. Ele pergunta:

A pergunta narrativa: Qual é a linha da história geral da Bíblia?
A pergunta da autoridade: Como a Bíblia deve ser entendida?
A pergunta de Deus: Deus é violento?
A pergunta de Jesus: Quem é Jesus e porque ele é importante?
A pergunta do Evangelho: O que é o evangelho?
A pergunta da igreja: O que vamos fazer com a igreja?
A pergunta do sexo: Podemos encontrar uma maneira de abordar a sexualidade humana sem brigar sobre isso?
A pergunta do futuro: Podemos encontrar uma maneira melhor de ver o futuro?
A pergunta do pluralismo: Como os seguidores de Jesus devem se relacionar com pessoas de outras religiões?
A pergunta o-quê-fazemos-fazer-agora: como podemos traduzir a nossa busca em ação?

Seu propósito, ele insiste, não é responder as perguntas, mas provocar uma reação a elas. Respostas indicam finalidade, reações indicam conversação e abertura. “As reações que ofereço não são como uma jogada no tênis, feita vigorosamente com muito rodopios, em um esforço para ganhar o jogo e assim gerar um perdedor. Pelo contrário, elas são oferecidas como um saque suave; seu objetivo principal é iniciar o jogo, fazer as engrenagens rodarem, chamar a sua resposta. Lembre-se, nosso objetivo não é o debate e a divisão que gera ódio ou um novo estado, mas sim um questionamento que leva a conversa e amizade na nova busca”. Mas isso é mera semântica. Quer respondendo ou criando uma reação (você diz êxtra, eu digo éxtra...), o que McLaren faz através dessas dez perguntas é reescrever completamente a fé cristã. Seu “saques suaves” rasgam o coração da fé.

No centro do seu remix da fé está a afirmação de que a maioria dos cristãos olha para a sua fé através uma falha lente platônica, greco-romana, ao invés de uma lente bíblica, judaica. "O drama de Deus não é uma narrativa moldada pelas seis linhas do sistema greco-romano de perfeição, queda, condenação, salvação e perfeição celestial ou perdição eterna. Tem uma história completamente diferente. É uma história sobre o lado negativo do 'progresso' – uma história da idiotice humana e da fidelidade de Deus, o homem se voltando para a rebelião humana e Deus se voltando para a reconciliação, a intenção humana para o mal e a intenção de Deus para vencer o mal com o bem”. Este Deus greco-romana, que a maioria dos cristãos acredita, é um ídolo "condenável ... defendido por muitos eruditos bem-intencionados mas equivocados e pregadores que respiram fogo do inferno”.

McLaren banca demasiadamente o típico “todo mundo está errado”. Acontece que a maioria de nós (todos, exceto um punhado de intelectuais iluminados, como parece) temos lido a Bíblia através da lente distorcida de uma narrativa greco-romana. Esta narrativa produziu muitos falsos dualismos, um ar de superioridade e uma falsa distinção entre aqueles que estão “dentro” e os que estão “fora”. Essas três marcas da narrativa falsa têm impactado de tal forma a nossa fé que mal podemos ver além delas. Mas Brian está disposto e ansioso para fazer o papel de Moisés, levando-nos para fora do Egito de nossa própria ignorância e para a Terra Prometida do novo cristianismo.

Levaria mais tempo do que eu estou disposto a gastar para oferecer uma explicação ponto por ponto para as respostas que McLaren propõe para cada uma das dez perguntas ou para documentar as ramificações de sua nova teologia. Ele nega a queda, ele nega o pecado original, nega a depravação humana, nega o inferno. E isso só nas primeiras poucas páginas. Nem é necessário dizer que tudo isto leva a uma visão radicalmente anti-bíblica da cruz e do propósito da obra de Jesus. Embora ele insista que ele considera a Bíblia “inspirada” (embora certamente não em um sentido tradicional do termo), ele também diz que a maioria dos cristãos estão lendo a Bíblia de forma errada, vendo-a como uma espécie de constituição que Deus nos dá pela inspiração do Espírito, uma inerrante revelação de si mesmo. “Estou recomendando lermos a Bíblia como uma biblioteca inspirada. Esta biblioteca inspirada, preserva, apresenta e inspira uma continua conversa vigorosa com e sobre Deus, um argumento civil vivo e vital no qual todos somos convidados, através do qual Deus se revela”. Afinal de contas, “revelação não somente acontece nas declarações . Ela acontece em conversas e argumentos que ocorrem dentro e entre comunidades de pessoas que compartilham as mesmas questões essenciais através das gerações. Revelação se acumula nas relações, interações e relações existentes entre as declarações”.

Para que serve a Bíblia então? O que ela nos ensinam sobre Deus? “As Escrituras revelam fielmente a evolução das melhores tentativas dos nossos antepassados para comunicar suas sucessivas melhoras na compreensão de Deus. Conforme cresce a capacidade humana de conceber uma visão maior e mais sábia de Deus, cada nova visão é fielmente preservada nas Escrituras como fósseis em camadas de sedimentos”. A Bíblia é uma conversa sobre o caráter de Deus em que os seres humanos chegam a entendimentos progressivamente mais precisos sobre quem Ele é. Não há nenhuma razão para pensar que qualquer deles realmente esteja certo. Sua reinterpretação de Jó e Romanos é um espetáculo para ser visto, tão confusa e tão manipuladamente fabricada que se torna absolutamente sem sentido. Há uma ignorância deliberada em andamento aqui.

A arrogância de tudo isso é impressionante. McLaren está mais irritado do que antes e mais escarnecedor. Ainda assim, ele apresenta suas ideias revestidas com o verniz de uma falsa humildade. Mas, facilmente, ele constrói pelo livro os mecanismos que ele irá utilizar para responder a seus críticos. Ele vai simplesmente acusar seus detratores de ter essa velha compreensão greco-romana da fé. Nós pobres fundamentalistas não podemos estar entre o novo tipo de cristão, até que sejamos iluminados para entender a Bíblia através de uma estrutura narrativa inteiramented nova. Só então é que tudo isso ficará claro. Até então, os mais dignos de pena somos nós entre todos os homens.

Aqui em A New Kind of Christianity é como se McLaren estivesse gritando “eu odeio Deus” a plenos pulmões. E enxames de cristãos estão olhando para ele com admiração e dizendo: “Viu como esse cara ama a Deus"? Eu não sei o que McLaren poderia fazer para tornar a situação mais clara. Na verdade, seu livro é quase indistinguível de muitas das narrativas de des-conversão que estão brotando hoje por aí. Compare-o com o livro God’s Problem (Problema de Deus) de Bart Ehrman e você verá muitos dos mesmos argumentos e das mesmas dúvidas; você vai perceber, porém, que Ehrman é pelo menos mais honesto. Ele pelo menos tem a integridade de abandonar completamente a fé em vez de reinventar a Deus à sua própria imagem.

McLaren diz que preferiria o ateísmo ao invés da crença no Deus que muitos de nós vemos nas Escrituras. Bem, ele não está muito longe disso. Esta nova espécie de Extreme Makeover: Edição Deus, onde o cristianismo não é cristianismo de verdade. Não é uma fé feita à imagem de Jesus Cristo, mas uma fé feita à imagem de um homem que despreza Deus e que se inclina para as trevas arrastando outros com ele enquanto ele se torna seu próprio deus.

Como quando Winston ligou a luz, ele viu a prostituta por aquilo que ela realmente era. Aqui McLaren aparece a luz e vemos como realmente é a sua fé, como realmente é o seu cristianismo. Vemos isso em sua forma desdentada, com maquiagem de horror. Este novo tipo de cristianismo é simplesmente o paganismo por trás de uma espessa camada de falsa humildade e de linguagem bíblica. É uma expressão de rebeldia contra Deus, muito mais do que um exercício de nova intimidade com o Criador.

E como a prostituta de Orwell, muitos vão para este livro buscando intimidade com Deus só para se contentarem com a rebelião contra Ele. Pois cada um se satisfaz a sua própria maneira.

Por Tim Challeys: A New Kind of Christianity

sexta-feira, março 19, 2010

Cobras e pássaros imundos


“Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas”
Colossenses 3:5-7

Uma vida nova em Cristo pede a destruição total destes males. É uma lista vergonhosa que Paulo nomeia. Nos deixa envergonhados ao pensar que tais qualidades podem nos pertencer - ou que as desejamo em nosso coração! Quem teria pensado que qualquer dessas coisas vis pode existir em qualquer um que usa a forma humana! No entanto, muitas dessas coisas feias são encontrados em cada um de nós! Nossos corações estão naturalmente engaiolando pássaros imundos!

O que Paulo nos diz que devemos fazer com essas coisas mundanas? Ele diz que devemos levá-las à morte. Quando encontramos alguma coisa mal em nós mesmos, temos de matá-la, pois não é correto que ela viva. Uma guerra intransigente deve ser travada contra todo o mal. Aquele que cultiva qualquer impureza em si mesmo – está criando uma víbora que vai pica-lo até morte uma e outra vez!

J. R. Miller

Um novo jeito de fazer igreja...

Michael Shermer e o estado final do homem - Mateus 12:45


Eu estou lendo o debate entre Greg Koukl, do Stand do Reason e Michael Shermer, da Skeptics Magazines, sobre a influência dos novos ateus na década que acabou. Sim, eu leio debates e meus favoritos são do William Lane Craig, mas também gosto muito dos do Greg (quando acho transcrição) pois ele sempre trabalha um raciocínio justo em suas respostas, abrindo mão das frases de efeito e slogans para se focar na verdade. Esse debate aconteceu no dia 31 de Dezembro de 2009, no programa de Hugh Hewitt e o nome do debate é “O fim da década dos ateus”.
Michael Shermer é ateu (apesar de as vezes se apresentar como agnóstico (talvez da escala 1 de Dawkins). Greg é um dos cristãos mais inteligentes que eu conheço.
Ambos os debatedores compartilharam uma versão resumida de suas biografias. A de Michael Shermer foi emblemática. E o pouco que ele revelou abre espaço para uma reflexão.
Shermer não cresceu em uma família religiosa, mas que também não era anti-religião. Na adolescência, quando tinha alguns amigos cristãos, acabou indo em uma igreja e “aceitou a Jesus”. Quando chegou na escola e contou com toda alegria para um de seus amigos cristãos que tinha “aceitado Jesus”, ficou decepcionado quando seu amigo ficou com raiva disso, pois esse amigo era uma Testemunha de Jeová e esperava que Shermer fosse para sua seita, não a dos evangélicos. Shermer ficou pensando “não é tudo a mesma coisa”?
Assim ele passou sua juventude, sempre cercado de cristãos por todos os lados, até chegar na faculdade. Ele pensou em estudar teologia, mas por várias questões, resolveu estudar psicologia. Foi desse momento em diante que ele pela primeira vez passou a se envolver de forma mais continua com não cristãos. E ele simplesmente abandonou a fé. Em sua curta biografia, Shermer não explica de uma forma mais completa o porque deixou de ser cristão. Simplesmente diz que deixou de ser.
O que posso aprender com isso? Duas coisas.
Primeiro, o famoso “aceitar Jesus” não é prova nenhuma de salvação. É apenas um jargão evangélico que pode fazer sentido para nós depois de algum tempo de casa, mas nada quer dizer para o novo convertido e a gente não gasta tempo explicando. Paul Washer desenvolve muito bem essa idéia em sua “mensagem chocante”. Veja o vídeo e entenda o ponto.
A segunda coisa e a que mais se pode perceber pela breve biografia de Shermer é que ele nunca foi preparado para apresentar sua fé e conviver junto aos não cristãos. Desde sua conversão, ele sempre esteja cercado por cristãos por todos os lados. Portanto, sempre esteve em um ambiente seguro, que não apresentava riscos nem necessidade de firmar suas crenças, pois elas provavelmente nunca foram desafiadas. E o resultado é o “desviado” (não que ele tenha se convertido de verdade, mas isso é outra coisa).
Eu freqüentei durante muito tempo uma igreja que era assim. Havia por parte dos líderes uma preocupação enorme de manter os jovens sempre dentro da igreja, ou em atividades da igreja ou somente saindo com os irmãos da igreja. Tinham (e ainda tem) um medo enorme que seus jovens se desviem ou se percam em contato com os não cristãos.
Interessante que esses jovens não são ensinados sobre sua fé. No máximo eles aprendem como ser um filho melhor, um aluno melhor, um funcionário melhor. Aprendem como obter o máximo de sua vida agora. Quanto as verdades das Escrituras, aquelas que realmente fazem a diferença, o aprendizado sobre uma fé madura, com evidências e fundamentos, tudo isso é ignorado. Não tem serventia no dia a dia. Desde que, é claro, nossos jovens estejam isolados e hermeticamente fechados no ambiente seguro e “estéril” da igreja. Sem perguntas. Sem respostas.
Eu me lembro de uma conversa com um querido irmão em Cristo daquela igreja sobre como um Deus amoroso permite que exista tanto sofrimento no mundo. Ele não queria falar sobre isso! Ele me disse, e aqui eu cito exatamente suas palavras “eu não quero pensar sobre isso porque se fico muito tempo pensando sobre isso, tenho medo de me desviar”. Ele estava com medo de refletir sobre um dos desafios mais comuns dos ateus mas também um dos mais fáceis de ser respondido. A filosofia moderna já abandonou esse questionamento à muito tempo. Essa é fácil! E ainda assim, para ele, representava um perigo. Como se fé fosse contrária à razão.
Mas é essa a postura que vemos na Bíblia? A igreja se fechando, fugindo do mundo, com medo de perder suas ovelhinhas? Despreparada para apresentar a verdade? Pior ainda, não aprendendo sobre o que é a verdade?
Nós somos o sal da terra (Mateus 5:13). Luz do mundo (versículo 14). Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte (versículo 14). Nem uma lâmpada acessa fica debaixo da cama (versículo 15). Mas podemos esconder um bando de jovens cristão dentro da igreja com medo que eles se percam? Ou seria melhor ensiná-los sobre a fé e treiná-los para mostrar a razão de sua salvação (1 Pedro 3:15 ). Resplandeça a vossa luz! (Mateus 5:16).
“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” Mateus 10:16.
A igreja aparentemente não quer ser enviada, mas quer se esconder dentro de seus templos e talvez esperar que tudo passe. Enquanto isso, o mundo vai cada dia mais propagando suas doutrinas e o cristianismo vai cada vez mais ficando marginal, perdendo a relevância.
Paulo deixou uma instrução para o jovem Timóteo que todos faríamos bem em seguir.
“Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” 2 Timóteo 2:15.
Caso sua igreja, por qualquer motivo que for, não providencie o que você precisa para estar bem preparado, para se apresentar aprovado diante de Deus, manejando bem a palavra, não fique sentado esperando. Busque. Aprenda. Estude. Você mais do que ninguém é responsável pelo seu amadurecimento espiritual.

segunda-feira, março 15, 2010

E diz o ateu... mas ele percebe realmente o que diz?


Phil Johnson escreveu em seu blog uma frase forte e importante para se lembrar quando nossos amigos ateus sacam da cartola algo que consideram uma grande prova da inexistência de Deus, pelo menos da forma como os cristãos o vêem. Muitos ateus dizem que o Deus da Bíblia é um Deus assassino por causa das mortes de todos os habitantes de algumas cidades no Velho Testamento.
Essa frase está em uma lista preparada por ateus na tentativa de ridicularizar a fé cristão. Eu já traduzi a lista e estou terminando de responder.
Mas é interessante que esse problema é muito maior para os ateus do que para os cristão. O ateísmo (não o cristianismo) é o responsável pela morte de mais de 100 milhões de pessoas só no século 20. Mas esse é um detalhe ignorado pelos ateus. Veja o que diz Phil Johnson:

Foi o ateísmo que nos deu o mais violento século da história da humanidade, e os ateus querem fazer disso o seu ponto principal a partir do qual se opõem ao Deus da Bíblia?
Ele se refere aos governos comunistas e ateus que derramaram o sangue de milhões de pessoas durante o século 20.
É verdade que o simples fato de alguém assumir uma postura atéia não necessariamente torna a pessoa um assassino. Não é essa a questão.
Mas podemos ver a força destrutiva em um governo quando seus governantes não acreditam que exista um poder superior a transcendente ao qual prestarão contas um dia. A história está aí para nos lembrar disso.
Mas a questão levantadas por eles ainda não foi respondida e não queremos simplesmente desviar o assunto, fugindo da resposta.
E quem mais poderia responder a isso com tanta eloqüência e conhecimento quanto John Piper. Veja o vídeo abaixo com a resposta do Dr. Piper e veja como ele torna a pergunta mais difícil ainda (tornando a resposta ainda mais interessante).


domingo, março 14, 2010

13 frases Evangelísticas que produzem falsos convertidos


As igrejas se dividem sobre a cor do tapete, a construção de adições e orçamentos. Entretanto, os nossos companheiros de igreja estão indo para o inferno aos montes.

A.W. Tozer disse: "É minha opinião que dezenas de milhares de pessoas, se não milhões, foram levadas a algum tipo de experiência religiosa, aceitando Cristo, e elas não foram salvas."

D. James Kennedy disse: "A grande maioria das pessoas que são membros das igrejas nos Estados Unidos hoje não são cristãs. Digo isto sem a menor contradição. Eu o faço com base em evidências empíricas de vinte e quatro anos de análise de milhares de pessoas. "

Amigo, podemos discutir sobre tantas coisas mesquinhas. Posso sugerir que nós perdemos de vista o debate mais importante de todos: "o que é a salvação?" Minha teologia ensina que a salvação acontece quando um homem se arrepende e coloca sua fé em Jesus Cristo (Atos 20:21).

Eu gostaria de apresentar treze maneiras as quais nós temos redefinido como uma pessoa se torna um verdadeiro convertido. Fazemos isso intencionalmente? Certamente que não. Temos simplesmente criado jargões que tem um grão de verdade nas Escrituras, mas é tão aberto à interpretação de que a não-convertidos pode compreendê-lo de maneiras que conduzem a falsas conversões.

1. Faça de Jesus o seu Senhor e Salvador. Não podemos fazer de Jesus nosso Senhor e Salvador, Ele é nosso Senhor e Salvador. Estamos vivendo em rebelião contra ele e ele nos ordena para arrependimento e fé Nele.

2. Peça para Jesus entrar em seu coração. Será que Jesus entra em nossos corações? Sim. Ele o faz. A pergunta é: "Como ele chega lá?" Não é simplesmente pedindo para ele, é através do arrependimento e fé.

3. Basta crer em Jesus. Os demônios creem e tremem. Temos que nos arrepender e colocar nossa fé em Jesus Cristo.

4. Você tem um buraco em forma de Deus em seu coração e só Jesus pode preenchê-lo. Temos muito mais do que um buraco que precisa ser preenchido para que possamos nos sentir completos, temos um miserável coração enganoso pecador que precisa ser limpo. Arrependimento e fé aplica o sangue do cordeiro para que se faça a limpeza.

5. Aceite Jesus. Hum.. Precisamos aceitar Jesus? Isto esta completamente ao contrário. Precisamos que Jesus nos aceite, e Ele vai, se nos arrependermos e confiarmos Nele.

6. Faça uma decisão por Jesus. Regeneração Decisional coloca o homem no assento de condutor da salvação. Quando nos arrependemos e confiamos, Jesus decide nos salvar. Isso o coloca no lugar de condutor ... onde Ele exige.

7. É fácil acreditar. Embora a fórmula de arrependimento e fé parece simples, uma completa renúncia de si em arrependimento não é nada fácil. É difícil.

8. Deus ama você e tem um plano maravilhoso para sua vida. As únicas promessas para os convertidos são dificuldades, tentações e perseguição. Se é assim que você define uma vida maravilhosa, tudo bem. Caso contrário, deve comandar todos os homens em todos os lugares que se arrependam e tenham fé.

9. Venha a Jesus como você é. Devemos ir a Jesus tal como os pecadores que somos, mas Ele também espera um coração quebrantado e espírito contrito demonstrado arrependimento e fé.

10. Venha a Jesus e você vai receber o perdão dos pecados e ________________ (preencher a linha com dinheiro, saúde, um casamento restaurado). Jesus não prometeu casamentos restaurado, na verdade Ele prometeu lares desfeitos porque iríamos sofrer divisão quando um membro se arrependesse e confiasse.

11. Venha a Jesus e experimente o amor, a alegria e a paz. Temos o fruto do Espírito após a conversão? Sim. Mas se viemos buscar os dons e não o doador, não receberemos nenhum. Em vez disso, devemos nos arrepender e ter fé em Cristo.

12. Jesus é a peça que faltava. Hum... não, o Deus do universo, não é a peça que faltava, Ele exige que Ele seja o centro de nossas vidas quando nos arrependemos e temos fé.

13. Jesus é melhor do que fama e fortuna. Isso é um eufemismo e, francamente, é um insulto. Dizendo que Jesus é melhor do que o dinheiro é como dizer que um jantar de bife é melhor do que comer um monte de estrume. Ele desafia qualquer comparação e nós banalizamos o Filho de Deus. Em vez disso, devemos pelejar com todos os homens em todos os lugares que se arrependam e tenham fé.

Se eu aparecer na sua porta com uma lata de suco de uva e um rolo de papel toalha e me ofereço para trocar o óleo do seu carro, você vai dizer: "Não, obrigado." Se nós não deixamos alguém bagunçar com o nosso carro usando o método errado, por que permitir que o Evangelho seja apresentado de maneira tão ambígua?

Você deixaria um médico operar a seu filho que fosse "meio que" preciso? A salvação dos homens é muito mais importante do que um apêndice.

Peço-lhe que considere como você compartilha o evangelho. Você e eu sabemos o que estamos falando quando usamos essas frases, mas e o não-regenerado? É possível que tenhamos tantos desviados hoje porque nunca se converteram, em primeiro lugar? Seria provável que eles nunca tenham sido informados de que devem se arrepender e ter fé em Cristo?

Se estamos dispostos a cor dos sofás da sala de comunhão, não deveríamos estar mais preocupados com uma questão que tem consequências eternas?

A tática Columbo

Um dos nossos filósofos preferidos é Greg Koukl, do ministério americano Stand to Reason.
Greg tem se dedicado por mais de 30 anos ao treinamento de cristão na defesa do cristianismo.
Mas o mais interessante é que o trabalho de Greg não é simplesmente treinar as pessoas na arte da apologética de qualquer maneira. Existe um componente interessante que ele sempre tem focado em seu trabalho que é o uso tático e gracioso do conhecimento. Um trabalho de formação de embaixadores mais do que de guerrilheiros. Assim como Paulo diz que somos em 2 Corintios 5:20. E entre as característica de um embaixador está conhecimento, caráter e sabedoria.
Uma das ferramentas utilizadas por Greg que nós temos experimentado com sucesso é a tática Columbo. Ele é perfeita para compartilhar suas convições cristãs e desafiar as convições de outras pessoas.
Abaixo nós postamos um resumo do que é essa tática com uma explicação do próprio Greg. Você pode saber mais visitando seu site (o link se encontra abaixo) e também lendo seu livro Tactics, que pode ser comprado no site do Amazon.


A tática Columbo
por Greg Koukl

Você pode direcionar as conversas em uma maneira não-ofensiva, usando estas três perguntas cuidadosamente selecionadas:

Para saber mais sobre o que a pessoa acredita, pergunte: O que você quer dizer com isso?
• Esclarece as afirmações que a pessoa está fazendo.
• Nos diz o que a pessoa pensa.
• Fornece uma boa partida para conversa.

Para fazê-los defender os seus próprios pontos de vista pergunte: Como você chegou a essa conclusão?
• Esclarece as razões para as idéias da pessoa.
• Nos diz como a pessoa pensa.
• Faz com que a outra pessoa tenha o “ónus da prova” para suas próprias reivindicações.

Para descobrir uma falha no pensamento, começa a sua pergunta com: Você pode esclarecer isso para mim?
• Use esta opção quando as razões não suportam adequadamente a alegação da pessoa.
• Desafia uma fraqueza ou contradição na sua opinião.
• Descobre a falha com uma pergunta ao invés de uma declaração, e os incentiva a pensar no que eles acreditam.

Também use a tática Columbo para sair do banco "quente".
• Mude do modo de argumentação para o modo de busca dos fatos
• Tire a pressão, usando as duas primeiras questões Columbo.
• Finalize com “deixe-me pensar sobre isso” e faça uma pesquisa sobre o assunto no seu templo livre, antes de continuar a conversa.

Lembre-se, não há necessidade de marcar “gols de placa” cada vez que você trouxer alguém para a conversa. Você pode ser eficaz e respeitoso, aprendendo mais sobre as opiniões das outras pessoas sem ser argumentativo com algumas perguntas simples.

Stand to Reason - Treinando embaixadores cristãos nas áreas de conhecimento, sabedoria e caráter - www.str.org

Invictus - uma análise do filme



Esse post vai doer mais em mim do que qualquer outro que estiver lendo.
Dando uma pequena olhada no blog, é possível perceber que meu esporte preferido é Rugby. Para mim, não existe esporte melhor, tanto para assistir quanto para jogar. Até porque futebol é esporte para mulher...
No nosso Brasil, o Rugby não é muito conhecido e quando falo que gosto desse esporte sempre ouço “é futebol americano”? E aí lá vou eu explicar.
E qual não foi minha alegria quando eu soube que Clint Eastwood estava fazendo um filme sobre os Springboks, a seleção de Rugby da África do Sul (meu segundo time preferido) e sua conquista do título mundial na Copa do Mundo de Rugby (sim, nós temos a nossa copa) em 1995 contra a os All Blacks da Nova Zelândia (meu time preferido), quando a África do Sul estava sobre comando do Nelson Mandela. E o foco do filme, além do Rugby, é mostrar como Mandela usou o Rugby para tentar trazer os brancos mais próximos dos negros.
Esse filme tem tudo o que eu gosto: rugby, All Blaks, rugby. Springboks, rugby, história, rugby, Haka, rugby, direção do Clint Eastwood e rugby. Esse filme estreou nos Estados Unidos em dezembro, bem no dia que estávamos em Miami, mas como era uma viagem de apenas um dia, não podemos ver o filme e eu tive de esperar até o dia 29 de Janeiro para isso.
Muito entusiasmo, muita animação. Mas nem sempre, a história contada é aquela que realmente aconteceu. Isso não é nenhuma novidade, pois todos sabemos que quem conta a história determina quem é o mocinho e quem é o bandido. Portanto, é sempre interessante buscar informações sobre o que realmente aconteceu (quando você se interessa pelo assunto), e principalmente de uma fonte próxima e confiável. E para mim, não existe nenhuma fonte mais próxima e confiável que Peter Hammond, da Frontline Fellowship, um ministério evangelístico da Africa do Sul.
Para você se situar um pouco, o filme começa em 1994, quando Mandela assume a presidência da Africa do Sul depois de anos de apartheid e precisa lidar com o conflito entre negros e brancos. O rugby, e especialmente a seleção nacional, está ameaçada de ser extinta por estar muito ligada aos brancos que governavam até aquele momento. Existe uma pressão do negros de mudar o nome e as cores do time. É aí que Mandela se posiciona e decide que deve usar o time para trazer os brancos, admiradores do esporte, para mais próximo de seu governo e vê na Copa do Mundo que será realizada no ano seguinte na própria Africa do Sul como uma forma de promoção e unificação de seu país.
Hammond diz que esse gesto de Mandela realmente ganhou a admiração do brancos sul-africanos, para quem o rugby é mais do que seu esporte nacional. Mas o filme ignora algumas questões políticas muito importantes nessa tentativa de tornar Mandela alguém maior do que ele realmente é.
Em suas palavras “o filme claramente tem uma agenda política”.
Uma importante observação, e isso eu concordo plenamente, Invictus entrega a Mandela todo o crédito pela vitória dos Springboks na copa do mundo. “Essa deve ser a primeira vez na história que um chefe de estado recebeu o crédito pela conquista esportiva de um time no campo. Por acaso a Rainha Elizabete II recebe o crédito quando o time de rugby da Inglaterra ganha? Por acaso o presidente Bush recebeu crédito pelas conquistas do time olímpico americano em Beijing”?
De acordo com Hammond, o diretor do filme “não deveria ter super-simplificado essa história fascinante separando-a do real contexto de crimes e violência após 30 anos de guerra terrorista levanda pela CNA (Congresso Nacional Africano) de Mandela”.
O filme mostra uma visita a Robben Island, onde Mandela esteve preso por 18 anos (e não 30 como diz o filme. Na verdade, o tempo total de prisão de Mandela foi de 26 anos), mas nunca explica o por que ele foi colocado na prisão.
A impressão que se tem é que ele foi preso por ter se colocado contrário ao apartheid. Mas isso não é verdade. O bispo Desmond Tutu também era vigorosamente contra o apartheid mas nunca foi preso.
Segundo informação de Hammond, nem mesmo a Anistia Internacional quis defender o caso de Mandela porque ele não era considerado um preso político, mas sim responsável por inúmeros crimes violentos e que havia recebido um julgamento e uma sentença justos.
Mandela era o presidente da Umkhonto we Sizwe (MK), o braço terrorista da CNA.
Ele foi considerado culpado por 156 atos de violência incluindo campanhas terroristas, omo a que plantou bombas em lugares públicos, incluindo a estação de trem de Joanesburgo.
Mandela recebeu do presidente sul-africano P. W. Botha, em várias ocasiões, ofertas para ser livre da prisão se ele renunciasse aos seus atos de violência terrorista. Mas ele sempre se recusou a isso.
Uma afirmação interessante de Hammond é que o filme de Eastwood afirma dogmaticamente que os negros precisavam perdoar os brancos. Mas nunca no filme é dito que os brancos também precisavam perdoar as pessoas como Nelsom Mandela e os terroristas do CNA que foram responsáveis pela morte de milhares de sul-africanos. Não houve nenhuma menção das três décadas de violentos atos terroristas, de queima de escolas, das milhares de pessoas inocentes que morreram queimadas vivas com gasolina, carros bombas e outros.
Um outro fato importante é que durante o período que o filme se passa, muitos fazendeiros brancos e suas esposas e suas crianças foram brutalmente torturados e mortos, muitas vezes por membros da Umkhonto we Sizwe que hoje fazem parte da Força de Defesa Nacional Sul-africana.
Apesar de Invictus render toda a glória pela vitória dos Springboks a Nelson Mandela, em nenhum momento o filme relaciona a Mandela a culpa pela ascensão do crime e da deterioração da economia sob o governo de Mandela.
Uma pequena comparação, de acordo com Hammond, durante os 46 anos do governo apartheid, 18 mil pessoas foram mortas, incluindo os crimes, atos terroristas e aqueles mortos pela polícia e pelo exército, em todos os lados, tanto de terroristas quanto de policiais e afins. E isso durante o tempo de guerra, de apartheid. Durante o governo de Mandela, entre 20 a 25 mil pessoas eram mortas por ano.
Um outro fato perturbador de Invictus é o corte total de qualquer referência às fortes convicções cristãs de vários dos membros da seleção de Rugby. Alguns dos integrantes da seleção eram cristãos que acreditavam na Bíblia e se encontravam regularmente para orações antes dos jogos.
O capitão do time, Fracois Pienaar (intrepretado or Matt Damon no filme), em uma entrevista à BBC Sports em 1995, disse que: “quando o apito final tocou, eu caí de joelhos. Eu sou cristão e queria fazer uma oração rápida, por estar fazendo parte de um evento tão importante, não por termos vencido. Então, de repente, todo o time estava em volta de mim, o que foi um momento muito especial”. No filme, esse momento se tornou uma simples oração protocolar “obrigado Senhor, por nos deixar vencer o jogo”.
Os Springbos deram toda a glória por sua vitória aos Senhor Jesus Cristo por este triunfo, mas no filme de Eastwood, essa glória vai para Mandela e para um poema humanista de William Ernest Henley, que diz “Eu agradeço a quaisquer deuses que existam pela minha alma invencível... eu sou o mestre da minha fé; eu sou o capitão da minha alma”. O título do poema, Invictus, dá o nome ao filme.
Peter Hammond termina sua revisão do filme com as seguintes frases:
“Se tudo o que o filme mostra sobre Nelson Mandela ter encorajado o time for verdade, então isso é elogiável. Mas certamente, qualquer vitória no esporte de um time deve ser creditada a seu diretor, técnico e à dedicação, treino e esforço dos membros do time”.

Um filme não tem por si mesmo a obrigação de contar a verdade, é um filme. Uma ficção. Mas existe um perigo terrível que sempre acompanha qualquer ficção e esse perigo é o de influenciar pessoas para pensar de uma forma diferente da realidade, ou dos fatos históricos conhecidos. E é sempre bom ter isso em mente. Seja vendo um filme, seja lendo um livro. Seja na nossa visão de mundo.
Vou terminar por aqui porque está passando França e Itália pelo Rugby Six Nations na televisão e eu quero terminar de ver o passeio da França em cima dos italianos.
Em tempo o site de Peter Hammond é http://www.frontline.org.za

Você morreria conscientemente por uma mentira?


A vontade dos discípulos em sofrer e morrer por suas crenças indica que eles certamente consideravam suas crenças como verdade. É uma defesa forte que eles não mentiam sobre as aparições do Jesus ressurreto. Mentirosos são mártires horríveis.

Gary Habermas e Michael Licona
(The Case for the Resurrection of Jesus [Em defesa da ressurreição de Cristo], pagina 59)

sexta-feira, março 12, 2010

Expelled No Intelligence Allowed - (legendado)


Existe homens (e mulheres) melhores do que eu. Bom, até aí, nenhuma novidade. Mas alguém, talvez mais do que uma pessoa, fez a tradução e legendagem do filme Expelled - No Intelligence Allowed, com Ben Stein, aquele professor do Curtindo uma Vida Adoidade: "Alguém? Alguém"?
Esse documentário mostra o quanto a filosofia científica da evolução Darwiniana está impregnada na ciência, a ponto de não permitir nenhuma outra explicação para a origem da vida, mesmo que essa outra explicação seja uma melhor do que a que temos, mesmo que as evidências levem até ela.
O filme está dividido no YouTube em 10 partes. Vale muito a pena.


Veja os outros 9 vídeos abaixo:

O leão e o cordeiro juntos...



O cordeiro não estava muito animado com esse novo acordo para dormir, mas pelo menos era um melhoramento...
Isaías 11:7

terça-feira, março 09, 2010

Não quer ficar caindo aos pedaços? Leia a Bíblia.


"A Bíblia que está caindo aos pedaços normalmente pertence a alguém que não está caindo aos pedaços".
Vance Havner

Hitchens encontra Deus. Peter Hitchens, pelo menos encontrou


“Eu incendiei minha Bíblia nos campos de jogos do meu internato em Cambridge em uma tarde brilhante com muitos ventos na primavera de 1967. Eu tinha 15 anos de idade. O livro, como eu esperava, não se incendiou violentamente e rapidamente”.

Assim começa a entrevista de Peter Hitchens, irmão de Christopher Hitchens, um dos famosos “novos ateus” junto com seus amigos Richard Dawkins e Sam Harris, onde Peter conta sua jornada de volta ao cristianismo. Hitchens (o ateu) escreveu o livro “Deus não é grande” e causa muito medo em alguns cristão menos preparados, mais pela sua retórica do que pela veracidade de seus argumentos. Só como nota, Hitchens tomou uma verdadeira surra de William Lane Craig em um debate em Biola ano passado. Mas isso é outra história.
Peter conta que, apesar de não ser uma Bíblia muita nova, esse ato de queimar o livro representou para ele o ano zero de sua rebelião. Mas sua rebelião não era apenas contra a igreja e o cristianismo, mas “contra tudo o que tinha sido criado para acreditar”.
Peter também tinha muitas brigas com seu irmão mais velho, tanto que seu pai fez com que ambos irmãos assinassem um tratado de paz e o pendurou na parede de casa em um quadro vermelho.
Depois de viver anos em sua aberta rebelião a suas crenças impostas, Peter lentamente iniciou seu retorno à fé em 1981, aos 30 anos. E algo que teve grande influência em seu retorno foi o quadro do pintor belga Rogier van der Weyden, intitulado o Último Julgamento, que Peter viu exposto na Borgonha durante suas férias. A imagem das figuras nuas em direção a boca do inferno tiveram grande impacto sobre ele e Peter tinha absoluta certeza que era uma das almas perdidas.


Nesse mesmo período, Peter redescobriu o Natal, algo que tinha desprezado por muitos anos. Isso tudo foi criando dentro dele um desejo inesperado (tanto para ele quanto para sua noiva) de se casar na igreja.
Aos poucos a noticia foi se espalhando entre seus colegas que Peter estava envolvido com as coisas da igreja.
Enquanto ele fazia seu retorno gradual e hesitante em direção ao altar, “a paixão do meu irmão Christopher contra Deus tornou-se mais virulenta e confiante”.
Na reportagem, Peter não comenta especificamente sobre seu momento de conversão, ou sobre qualquer coisa do tipo. A sensação que tive lendo o texto foi que ele foi aos poucos se envolvendo com a igreja e quando se percebeu, ele era cristão. Sabemos que ninguém se torna cristão simplesmente por estar envolvido com a igreja. Você pode ser o membro mais envolvido da sua congregação e passar a eternidade no inferno se você não for realmente salvo. Mas como é uma entrevista para um jornal secular, não sabemos o quanto foi editado. Assim sendo, vamos deixar isso em aberto. O foco da reportagem, que você pode ler aqui, em inglês, é o debate de Peter com Christopher e seus argumentos para a existência de Deus.
Sim, Peter debateu seu irmão em Abril de 2008, em Grand Rapids, Michiga sobre a existênia de Deus. Sempre achei o nome dessa cidade engraçado, desde quando eu fiz minha prova na American Airlines sobre as cidades para onde eles voam. Chatanooga é outra.
Estou fugindo do assunto.
Peter se tornou um bom apologista, trazendo para esse campo seu conhecimento como jornalista. O debate foi mais amigável do que se esperava e rendou até um jantar em família depois desse evento.
Um dos pontos interessantes que Peter levantou para seu irmão durante o debate foi a crueldade dos governos ateus. Em suas próprias palavras:
“Também estou perplexo e frustrado pela insistência estranha do meu irmão ateu em não entender como a crueldade dos regimes comunista anti-teístas refletem de forma negativa sobre os seus argumentos e em sua causa. É, sem dúvida o faz”.
Como já diz o nosso ditado: santo de casa não faz milagres. Os irmão de Jesus não criam nele. Então, não é de se surpreender que o irmão de Christopher Hitchens seja cristão. Mas o mais interessante é que ele está disposto a defender a fé, mesmo em um debate com seu irmão. Não que Hitchens seja um grande oponente (não é), mas ainda assim, exige-se coragem para se levantar publicamente contra alguém de sua família. Ainda mais alguém tão famoso.
Mas esses irmãos estão em caminhos bastante opostos. A única coisa que concordam, por assim dizer, é o direito de cada um de expressar de forma clara seus pensamentos. Pelo menos por enquanto, não estão tentando tirar isso da gente.
Peter termina com uma frase de T. S. Elliot “O fim de todas as nossas explorações será chegar onde começamos e conhecer verdadeiramente o lugar pela primeira vez”. Um bom resumo para a vida de Peter.

segunda-feira, março 08, 2010

Um simples arranhão de um alfinete


"Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?"
Marcos 8:36

A perda da alma é a maior perda que pode ocorrer com um homem. A pior e mais dolorosa das doenças, a falência mais angustiante da fortuna, o naufrágio mais desastroso, tudo isso é um simples arranhão de um alfinete - em comparação com a perda de uma alma. Todas as outras perdas são suportáveis, ou duram um tempo curto, mas a perda da alma é para sempre! É perder a Deus, e a Cristo, e o céu, e a glória, e a felicidade - por toda a eternidade. É ser lançado para fora eternamente, desamparado e sem esperança no inferno!

J. C. Ryle

Avatar é chato - E o Oscar também

Como disse John Piper e você pode ver abaixo, Avatar é chato. O Oscar em si é um pouco chato. Um clube de pessoas se vangloriando como elas são boas.
E é interessante que é um clube bem anti-Deus, por assim dizer.
Ray Comfort fez um vídeo que mostra como nós todos somos bastante tolerantes com as blasfêmias que Hollywood nos vende. O vídeo abaixo está em inglês. Precisamos legendar.
Para terminar, isso não quer dizer que eu não gosto de filmes. Gosto e muito. Mas acho que como cristãos temos a tendência a ser muito permissivos com o cinema e como ele trata a nossa fé.
Pequena reflexão.

Paul Washer - Todos os homens nascem maus

Você se acha uma pessoa boa? Veja o que Paul Washer diz sobre nossa condição.
Toda bondade que pode existir em nós vem de Cristo.

domingo, março 07, 2010

Guerrear ou evangelizar?


"Você já percebeu que nós sempre estamos lutando contra os filisteus mas nunca gastamos tempo os evangelizando"?
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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