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terça-feira, maio 19, 2015

Evangelismo. Uma Coisa que Você não Pode Fazer no Céu


Hoje chegou pelo correio um livro que eu nem sabia que existia em português “Evangelismo:uma coisa que você não pode fazer no céu”. Comprei pela Amazon no domingo à noite e chegou hoje em casa! Muito bom!
Eu já tinha lido esse livro em inglês e gostei muito. Mark Cahill tem uma grande paixão pelos perdidos e faz um belo trabalho de evangelismo.
O título do livro é provocativo. Já pensou sobre isso? Evangelismo é algo que só podemos fazer  aqui na Terra. Não haverá evangelismo nos céus. Se você não fizer agora, não terá oportunidade para fazê-lo depois.

Por isso eu quero te encorajar a sair e pregar o evangelho. Teremos toda a eternidade para adorar a Deus. Mas evangelismo é agora. Não substitua uma coisa pela outra.

sábado, julho 14, 2012

O Espírito Santo e as Testemunhas de Jeová



A Sociedade Torre de Vigia (STV) nega a divindade e a personalidade do Espírito Santo. Ensina ela: “Quanto ao ‘Espírito Santo’, a suposta terceira pessoa da Trindade, já vimos que não se trata de uma pessoa, mas da foca ativa de Deus”.1 Depois da referida declaração, procura justificá-la com dois argumentos, que refutaremos à luza da Bíblia. Os argumentos das páginas 20 – 23 da brochura estão bem refutadas por Bowman, na obra Por que se Deve Crer na Trindade – Uma resposta às Testemunhas de Jeová.

1 – Como pode ser o Espírito Santo uma pessoa e se alguém cheio dele?
A organização faz a seguinte exposição:
“João, o batizador, disse que Jesus batizava com espírito santo, assim como João batizava em águas. Portanto, assim como a água não é pessoa, tampouco o espírito santo é pessoa”.2
Acrescenta ainda que a Bíblia fala de pessoas que foram “cheias do Espírito Santo”, de pessoas que foram “ungidas pelo Espírito Santo”. Então, questiona a STV, como pode ser o Espírito Santo uma pessoa? Como pode uma pessoa ou um grupo de pessoas serem cheio de uma pessoa? Com essas conclusões nega ser o Espírito Santo uma pessoa e simultaneamente a sua divindade.3
O Corpo Governante, porém, no mesmo livro ensina que Satanás é uma pessoa, nestes termos:
“Satanás, o Diabo, é uma pessoa real... Tanto Deus como o Diabo são pessoas espirituais”.4
No entanto, a própria Tradução do Novo Mundo (TNM), diz em Lucas 22:3: “Mas Satanás entrou em Judas, o chamado Iscariotes”. Agora sou eu quem pergunto às Testemunhas de Jeová: como pode um pessoa entrar na outra? Personalidade, portanto, não é corporalidade. Deus é pessoal, mas não tem corpo material: “Deus é Espírito” (João 4:24). Isso prova que a STV confunde o significado de personalidade.
Essa comparação, entre batismo no Espírito Santo e batismo nas águas, é muito pobre. É argumento inconsistente, uma vez que o batismo nas águas representa imersão nela, significado de uma nova vida com Cristo (Romanos 6:4,5), e o batismo no Espírito Santo significa ser alguém revestido dele. Em 1 Cor. 10:2 lemos que o povo de Israel foi batizado em Moisés. Então a STV deveria também negar a personalidade de Moisés. Como pode um povo ser batizado em Moisés?
O fato de alguém estar cheio do Espírito Santo, ou revestido dele, não quer dizer que ele seja impessoal. Para esses mesmos argumentos da STV nós temos a resposta com outra pergunta: Como pode ser Jesus uma pessoa e ser alguém morada dele? Disse Jesus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (João 14:23). O apóstolo Paulo disse: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gálatas 2:20). Como a STV explica este fenômeno? Nega também a personalidade do Senhor Jesus Cristo por causa disso? Claro que não. Por que pois negam a personalidade do Espírito Santo, utilizando-se do mesmo argumento? Aí está o artifício da STV: usa dois pesos e duas medidas, sem a preocupação de ensinar a Bíblia, mas de impor crenças peculiares.

2 – Personalizar não prova personalidade
O Corpo Governante cita Provérbios 1:20-23; Mateus 11:19 e Lucas 7:35, querendo provar que a sabedoria personificada não é uma pessoa.5 Os “filhos da sabedoria” é uma expressão hebraísta que diz respeito aos efeitos ou às obras da sabedoria. A Bíblia não personaliza o Espírito Santo, pois não há necessidade disso, por ser ele uma pessoa. Em nenhum lugar da Bíblia diz que a sabedoria é uma pessoa, enm apresenta atributos pessoais e divinos. É o contrário do Espírito Santo. Esse argumento, portanto, da STV é tão paupérrimo que só pode convencer as Testemunhas de Jeová, e, mesmo assim, porque elas são privadas de examinar qualquer tratado teológico, fora de sua organização.

3 – O Espírito Santo não tem identidade pessoal?
A STV ensina que o Espírito Santo não tem identidade pessoal porque tal expressão ocorre 21 vezes no Novo Testamento sem o artigo.6 Os integrantes da STV não ensinam que o artigo grego aponta o objeto ou chama a atenção para ele, e que a sua ausência pode ou não indicar indefinição. O nome de Jesus ocorre mais de 900 vezes no Novo Testamento e aparece cerca de 350 vezes sem o artigo, e nem por isso Jesus deixa de ter identidade pessoal. Se a STV se preocupasse em ensinar a Bíblia, assim como ela é, e a defender sua doutrina sem preconceito, os seus “eruditos” teriam publicado (no lugar onde diz que o artigo definido não aparece 21 vezes, onde ocorre a expressão “Espírito Santo”) que 73 vezes o Espírito Santo aparece com o artigo definido. Não o fazem porque tal procedimento atrapalha a explanção de suas crenças, e com isso provam que a STV não merece confiança.

Notas
1 Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 40.
2 Op. Cit., página 40.
3 Raciocínios à Base das Escrituras, página 143.
4 Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 18.
5 Ajuda ao Entendimento da Bíblia, 1982, página 542, 543.
6 Op. Cit., página 543.

Fonte: Como Responder às Testemunhas de Jeová, Esequias Soares da Silva, Editora Candeia, 1995.

segunda-feira, abril 02, 2012

William Lane Craig em São Paulo


No dia 19 de Março estivemos no lançamento do livro “Apologética Contemporânea: A veracidade da fé cristã”, do teólogo e apologista cristão William Lane Craig, que estava presente no lançamento. Ele proferiu uma rápida palestra, respondeu perguntas e deu autógrafos nos livros. Nós levamos a nossa edição original de Reasonable Faith (mesmo livro) e foi legal pegar um autógrafo e trocar duas palavras com ele. Estávamos mais interessados na palestra, como chegamos em cima da hora em um lugar pequeno (a Fnac bem que poderia aumentar aquele espaço), não deu pra ouvir direito, nem a palestra nem a sessão de perguntas e respostas. Veja um pouco das fotos abaixo. Mais sobre William Lane Craig na página da Vida Nova.
Agora só falta conhecer o J. P. Moreland, o Frank Turek e o Michael Licona que eu já posso morrer feliz!






quinta-feira, janeiro 12, 2012

Dica de livros cristãos para 2012



Ano novo, novas metas. Já falamos semana passada sobre boas resoluções cristãs para esse novo ano que ainda está em seu começo. Gostaria também de recomendar uma lista de livros para esse ano. Alguns deles com certeza estarão na minha lista. Eu copiei essa lista de KennethSamples, do Reasons to Believe. São seis clássicos cristãos que devem fazer parte da sua biblioteca, especialmente se você deseja ir mais fundo na teologia, filosofia e apologética cristã.

“Confissões” por Santo Agostinho. Uma obra autobiográfica. Agostinho confessa seus pecados, fala de sua nova fé e a grandeza de Deus.

“A Encarnação do Verbo” por Santo Atanásio. É uma excelente obra sobre a pessoa e a natureza de Cristo, escrita por uma das mais sábias e heroicas figuras da história do cristianismo.

“Cur Deus Homo” (Latim: Por que Deus se fez homem?) por Santo Anselmo. Essa poderosa obra teológica explica porque Jesus Cristo precisava ser tanto Deus quanto homem para poder redimir os pecados da humanidade.

“A Escravidão da Vontade” por Martinho Lutero. Esse é um dos mais importante trabalhos da Reforma.

“Pensamentos” por Blaise Pascal. Escrita por um dos fundadores da ciência moderna, esse livro é considerado uma obra prima do pensamento cristão.

“Cristianismo Puro e Simples” por C.S. Lewis. Uma clara e poderosa apresentação apologética das doutrinas cristãs. Um livro básico para todo apologista.

E você? Quais são os seus livros recomendados para 2012? Ou mesmo qual você leu em 2011 que lhe foi útil em seu crescimento cristão? Lembre-se que a Bíblia é o mais básico de todos e nenhum crescimento verdadeiro haverá se você se negar o alimento principal.

domingo, agosto 21, 2011

Livros que mudam o mundo


“Nós podemos fazer as pessoas (muitas vezes) aderirem ao ponto de vista cristão por meia hora ou um pouco mais; mas do momento que elas vão embora de nossa palestra ou terminam de ler nosso artigo, eles estão de volta para um mundo onde a posição oposta é previamente aceita. Enquanto essa situação existir, um sucesso largo é simplesmente impossível. Devemos atacar as linhas de comunicação do inimigo. O que queremos não são mais alguns livrinhos sobre o cristianismo, mas mais livrinhos de cristãos sobre outros assuntos – com sua latência cristã. Você pode perceber isso de forma mais fácil se olhar para isso de uma maneira diferente. Nossa fé dificilmente será abalada por qualquer livro sobre o Hinduísmo. Mas quando lemos qualquer livro elementar sobre geologia, botânica, política ou astronomia, e sabemos que tal livro tem implicações hindus, isso nos abalaria. Não são os livros escritos em defesa direta do materialismo que fazem do homem moderno um materialista; mas sim a presunção materialista em todos os outros livros. Da mesma forma, não são os livros sobre o cristianismo que irão abalá-lo. Mas ele seria abalado se, quando quisesse alguma introdução rápida para qualquer ciência, a melhor obra no mercados fosse sempre escrita por um cristão.”
C. S. Lewis - God in the Dock

sábado, agosto 06, 2011

Como a verdade é conhecida?


Do livro Não Tenho Fé Suficiente para Ser Ateu

Vamos recapitular aquilo que vimos até aqui: a verdade existe e ela é absoluta e inegável. Dizer que "a verdade não pode ser conhecida" é uma afirmação falsa em si mesma porque a própria afirmação afirma ser uma verdade conhecida e absoluta. De fato, todas as vezes que dizemos qualquer coisa estamos deixando implícito que conhecemos pelo menos alguma verdade, porque qualquer posição ou qualquer assunto implica algum grau de conhecimento. Se você disser que a posição de alguém está errada, então você deve saber o que é certo para poder dizer isso (você não pode saber o que está errado a não ser que saiba o que está certo). Até mesmo ao dizer "eu não sei", você está admitindo que sabe alguma coisa, ou seja, que você sabe que não sabe alguma coisa a mais sobre o tópico em questão, mas não que você não saiba nada sobre nada.
Como alguém pode conhecer a verdade? Em outras palavras, qual é o processo pelo qual descobrimos a verdade sobre o mundo? O processo de descoberta da verdade começa com as leis auto-evidentes da lógica chamadas primeiros princípios. São chamados de primeiros princípios porque não existe nada por trás deles. Eles não são aprovados por outros princípios; são simplesmente inerentes à natureza da realidade e, assim, são auto-evidentes. Portanto, você não aprende esses primeiros princípios: simplesmente sabe que existem. Qualquer pessoa conhece intuitivamente esses princípios, mesmo que não tenha parado para pensar explicitamente sobre eles.
Dois desses princípios são a lei da não-contradição e a lei da exclusão do meio-termo. Já vimos a realidade e o valor da lei da não-contradição. A lei da exclusão do meio-termo nos diz que uma coisa é ou não é. Exemplo: Deus existe ou não existe. Jesus ressuscitou dos mortos ou não ressuscitou. Não há uma terceira alternativa para cada uma dessas afirmações.
Esses primeiros princípios são as ferramentas que usamos para descobrir todas as outras verdades. De fato, sem eles você não poderia aprender nenhuma outra coisa. Os primeiros princípios são para o aprendizado aquilo que os nossos olhos são para a visão. Assim como os nossos olhos devem estar presentes em nosso corpo para que possamos ver, os primeiros princípios devem estar em nossa mente para que possamos aprender alguma coisa. Da concepção desses primeiros princípios é que podemos aprender sobre a realidade e, por fim, encontrar a tampa da caixa do quebra-cabeça que chamamos de vida.
Embora usemos esses primeiros princípios para nos ajudar a descobrir a verdade, sozinhos não podem nos dizer se uma proposição em particular é verdadeira. Para entender o que estamos dizendo, considere o seguinte argumento lógico:

1.Todos os homens são mortais.
2.João é um homem.
3.Portanto, João é mortal.

As leis auto-evidentes da lógica nos dizem que a conclusão — João é mortal — é uma conclusão válida. Em outras palavras, a conclusão necessariamente segue as premissas. Se todos os homens são mortais e se João é um homem, então João é mortal. No entanto, as leis da lógica não nos dizem se aquelas premissas e, portanto, a conclusão, são verdadeiras. Talvez nem todos os homens sejam mortais; talvez João não seja um homem. A lógica por si só não pode dizer nada disso.
Esse ponto é mais facilmente entendido ao olharmos para um argumento válido que não é verdadeiro. Considere o seguinte:

1.Todos os homens são répteis de quatro patas.
2.Antônio é um homem.
3.Portanto, Antônio é um réptil de quatro patas.

No aspecto lógico, esse argumento é válido, mas todos nós sabemos que ele não é verdadeiro. O argumento é válido porque a conclusão segue as premissas. Mas a conclusão é falsa porque a primeira premissa é falsa. Em outras palavras, um argumento pode ser logicamente correto, mas ainda assim ser falso, porque as premissas do argumento não correspondem à realidade. Assim, a lógica nos leva apenas até aqui. A lógica pode nos dizer que o argumento é falso, mas não pode dizer por si só quais premissas são verdadeiras. Como sabemos que João é um homem? Como sabemos que os homens são répteis de quatro patas? Precisamos de mais informação para descobrir essas verdades.
Obtemos as informações com base na observação do mundo ao nosso redor e, então, tiramos conclusões gerais dessas observações. Ao observar alguma coisa repetidas vezes, você pode concluir que algum princípio geral é verdadeiro. Por exemplo: quando você deixa cair um objeto da mesa repetidas vezes, naturalmente observa que o objeto sempre cai no chão. Se fizer isso uma quantidade suficiente de vezes, finalmente perceberá que existe algum princípio geral em ação, conhecido como gravidade.
Esse método de chegar a conclusões gerais a partir de observações específicas é chamado de indução (que é comumente equiparado ao método científico). Para sermos bem claros, precisamos distinguir a indução da dedução. O processo de dispor-se premissas em um argumento e chegar a uma conclusão válida é chamado dedução. Foi isso que fizemos nos argumentos acima. Mas o processo de descobrir se uma premissa em um argumento é válida geralmente exige a indução.
Muito daquilo que sabemos, o sabemos por meio da indução. De fato, você já usou indução intuitivamente para investigar a verdade das premissas nos argumentos acima, a saber: determinou que, uma vez que todo homem que você observou é um mamífero de duas pernas, então o homem Antônio não pode ser um réptil de quatro patas. Você fez a mesma coisa com a pergunta sobre a mortalidade de João. Uma vez que todos os homens que você viu ultimamente morrem, você adotou a conclusão geral de que todos os homens são mortais, incluindo um indivíduo específico chamado João. Essas conclusões — homens de duas pernas, gravidade e mortalidade humana — são conclusões indutivas.
A maioria das conclusões baseadas na indução não pode ser considerada absolutamente certa, mas apenas altamente provável. Por exemplo: você está absolutamente certo, tem 100% de certeza, de que a gravidade faz todos os objetos caírem? Não, porque você não observou todos os objetos caindo. Do mesmo modo, você está absolutamente certo de que todos os homens são mortais? Não, porque você não observou a morte de todos os homens. Talvez exista alguém em algum lugar que não tenha morri do ou que não vai morrer no futuro.
Desse modo, se as conclusões indutivas não são seguras, podemos confiar nelas? Sim, mas com graus variáveis de certeza. Como dissemos, uma vez que nenhum ser humano possui conhecimento infinito, a maioria das nossas conclusões indutivas pode estar errada (existe uma importante exceção. Ela é chamada de "indução perfeita”, na qual todos os particulares são conhecidos. Por exemplo: "todas as letras desta página são pretas". Essa indução perfeita dá certeza sobre a conclusão porque você pode observar e verificar que todas as letras desta página realmente são pretas).
Mas mesmo quando não se tem informação completa ou perfeita é possível ter suficiente informação para chegar a algumas conclusões justificáveis na maioria das questões da vida. Por exemplo: uma vez que praticamente já se observou que todos morrem, sua conclusão de que todos os homens são mortais é considerada verdadeira ainda que passível de dúvida. Existe mais de 99% de certeza, mas ela não é absoluta. É preciso ter certo grau de fé mesmo que pouca — para acreditar nisso.1 O mesmo pode ser dito em relação à conclusão de que a gravidade afeta todos os objetos, e não apenas alguns. A conclusão é praticamente correta, mas não é absolutamente certa. Em outras palavras, podemos ter certeza com uma dúvida justificável, mas não certeza absoluta.  

domingo, julho 10, 2011

As dez principais razões pelas quais sabemos que os autores do Novo Testamento disseram a verdade


Os registros do Novo Testamento são documentos históricos de incrível validade pois, diferente da maioria dos documentos da antiguidade, são documentos em sua maioria escritos por testemunhas oculares e por aqueles que participaram dos eventos. Ou no caso do Evangelho de Lucas, de alguém que fez uma pesquisa profunda com essas testemunhas. Além disso, existe uma linha de custódia que foi garantindo a guarda e autenticidade de tais documentos. Podemos ter certeza que aquilo que os autores do Novo Testamento escreveram aconteceram conforme eles testemunharam.
Mas afirmação é diferente de argumentos. E por isso, resolvemos postar abaixo um dos ótimos capítulos do livro Não Tenho Fé Suficiente para Ser Ateu, de Norman Geisler e Frank Turek, sobre esse exato assunto.
Leia abaixo as dez principais razões pelas quais podemos saber que os autores do Novo Testamento disseram a verdade. Você pode também baixar esse texto para seu computador.

As dez principais razões pelas quais sabemos que os autores do Novo Testamento disseram a verdade

terça-feira, março 15, 2011

A experiência é um teste válido da verdade? - John MacArthur e o movimento carismático


Estou lendo o livro “Caos Carismático” de John MacArthur e recomendo a sua leitura para todos, tanto os carismáticos quanto os não carismáticos. Na verdade, a Editora Fiel muito graciosamente disponibilizou esse livro gratuitamente. Veja o link em outra postagem.
Eu sei que muita gente vai ficar brava comigo, mas mesmo assim vou postar alguns dos textos mais interessantes que destaquei no meu Kindle. Esse é apenas o começo. As palavras abaixo podem parecer desconfortáveis em um primeiro momento, mesmo para mim foi assim, mas deixe de lado um pouco as emoções e aborde o que está sendo falado de uma forma bíblica.

A experiência é um teste válido da verdade?

Certa mulher me escreveu em tom raivoso: “você recorre a traduções gregas e palavras pomposas para explicar o que o Espírito Santo tem realizado na igreja hoje. Quero dar-lhe um conselho que pode salvá-lo da ira vindoura do Deus todo-poderoso: ponha de lado a sua Bíblia e seus livros e pare de estudar. Peça ao Espírito Santo que venha sobre você e lhe conceda o dom de línguas. Você não tem o direito de questionar algo que nunca experimentou”.
Um ouvinte do programa de rádio escreveu, após minha exposição de 1 Coríntios 12 a 14: “Você e, especialmente os ministros que falam que o falar em línguas não é para os dias de hoje estão, na minha opinião e na de todos os que as falam, entristecendo o Espírito Santo e perdendo a benção de Deus. Para mim isso é tão ridículo quanto uma pessoa não salva tentar persuadi-los de que vocês não podem ter certeza absoluta de entrar no céu... se vocês não o experimentaram, não podem dizer a alguém que JÁ O EXPERIMENTOU que ele não existe”.
As duas cartas refletem a tendência de avaliar a verdade por meio da experiência pessoal, e não pelas Escrituras. Há pouca dúvida de que os carismáticos, se forem honestos consigo mesmos, terão que reconhecer que a experiência pessoal – e não a Escritura – é o fundamento de seu sistema de crenças. Apesar de vários carismáticos desejarem atribuir à Bíblia uma posição destacada em sua vida, as Escrituras, com muita freqüência, ocupam o segundo lugar em definir o que eles crêem (o primeiro é a experiência). Como certo autor declarou:
“As experiências com Deus fornecem-lhes a base da fé”.
Isso é exatamente o contrário do que deveria ser. A nossa fé deveria constituir a base das nossas experiências. A experiência verdadeiramente espiritual será o resultado da vivificação da verdade na mente cristão – ela não ocorre em um vácuo místico.

Um dos motivos por que a experiência constitui o critério dos carismáticos é a enfase indevida no batismo do Espírito Santo como experiência posterior à salvação. De modo geral, os carismáticos acreditam que, após alguém se tornar cristão, ele deve procurar com diligência o batismo do Espírito. Os recipientes do batismo experimentam vários fenômenos, como falar em línguas, sentir-se eufórico, ter visões e arroubos emocionais de diversos tipos. Quem não experimentou o batismo e os fenômenos subseqüentes não é considerado cheio do Espírito; ou seja, são pessoas imaturas, carnais, desobedientes – em outras palavras, cristãos incompletos.
Esse tipo de ensino abre as comportas para a crença de que o cristianismo vital é somente experiências sensoriais, uma após outra. Estabelece uma competição para saber quem recebeu a experiência mais vívida ou espetacular. E as pessoas que têm os testemunhos mais impressionantes são reputadas como pessoas de um nível espiritual mais elevado. Fazem-se declarações incríveis, que geralmente não são questionadas.

O misticismo irracional encontra-se no âmago da experiência carismática. Ele subverteu a autoridade bíblica dentro desse movimento, substituindo-a por um novo padrão: a experiência pessoal. Não se deixe enganar, o efeito prático do ensino carismático é elevar a experiência pessoal a um plano superior, em detrimento do entendimento correto das Escrituras. Isto corresponde exatamente à advertência da mulher mencionada no início deste capítulo: “Ponha de lado a sua Bíblia e seus livros e pare de estudar”. As “revelações” particulares e as sensações pessoais são mais importantes para ela do que a verdade eterna da Palavra inspirada de Deus.
Existem apenas duas abordagens básicas da verdade bíblica. Uma é a abordagem histórica e objetiva, que enfatiza a ação de Deus entre os seres humanos – conforme as Escrituras ensinam. A outra abordagem é pessoal e subjetiva – enfatiza a experiência humana de Deus. Como devemos formar a nossa teologia? Devemos nos dirigir à Bíblia ou às experiências de milhares de pessoas? Se nos dirigirmos às pessoas, teremos tantas opiniões quantos forem os indivíduos. Isso é exatamente o que acontece em todo o movimento carismático moderno.
A teologia objetiva e histórica é teologia da Reforma, é o evangelicalismo histórico, é a ortodoxia histórica. Começamos pelas Escrituras. Nossos pensamentos, idéias ou experiências são válidos ou não mediante comparação com a Palavra.

E esses são apenas alguns textos do primeiro capítulo. Acredito que coisas interessantes serão apresentadas nos próximos capítulos. Isso já é de praxe em qualquer livro de John MacArthur.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Parabéns Júlio Verne


Hoje comemorasse o aniversário de nascimento de Júlio Verne! Isso me lembrou minha infância. Desde muito pequeno eu era apaixonado pela literatura de Júlio Verne. Eu ia sempre na biblioteca de Pouso Alegre para pegar seus livros emprestados. Rapidinho eu já tinha lido todos os que eles tinham por lá.
Vejam abaixo o que a Wikipédia diz sobre Júlio Verne. E depois vá comprar um ou todos os livros dele e leiam. Não importa sua idade, é muito bom!

Júlio Verne, em francês Jules Verne, Nantes, 8 de fevereiro de 1828 — Amiens, 24 de março de 1905) foi um escritor francês.
Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado (avoué), e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o precursor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.

Infância e Juventude

Júlio Verne passou a infância com os pais e irmãos, na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com nove anos foi mandado para o colégio com seu irmão Paul. Mais tarde, seu pai, com a esperança de que o filho seguisse sua carreira de advogado, enviou o jovem Júlio para Paris, a fim de estudar Direito. Ali começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns livretos de operetas e pequenas histórias de viagens. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de ações, o que teve como propósito lhe garantir alguma estabilidade financeira. Foi quando conheceu uma viúva com duas filhas chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e teve em 1861 um filho chamado Michel Jean Pierre Verne. Durante esse período conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo.

Carreira literária
A carreira literária de Júlio Verne começou a se destacar quando se associou a Pierre-Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian.
Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em um balão [1]. Essa história continha detalhes tão minuciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa.
Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas ideias.
O sucesso de Cinco semanas em um balão lhe rendeu fama e dinheiro. Sua produção literária seguia em ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novo livro de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Vinte Mil Léguas Submarinas, Viagem ao centro da terra, A volta ao mundo em oitenta dias, Da terra à lua , Robur - o conquistador.
Seu último livro publicado foi Paris no século XX. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado por bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou Verne a não publicá-lo na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu seu conselho e guardou o manuscrito em um cofre, só sendo encontrado mais de um século depois.
Até hoje Júlio Verne é o escritor cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.

Últimos anos
Michel, seu filho, era considerado um rapaz rebelde, e não seguiu as orientações do pai. Júlio Verne mandou o seu filho, aos 16 anos, em uma viagem de instrução em um navio, por 18 meses, com esperança que a disciplina a bordo e a vida no mar corrigissem o seu caráter rebelde, mas de nada adiantou. Michel não se corrigiu e acabou por casar com uma atriz, contra a vontade do pai, tendo com ela dois filhos.
Em 9 de Março de 1886, seu sobrinho Gaston deu dois tiros contra o autor, quando este chegava em casa na cidade de Amiens. Um dos tiros o atingiu no ombro e demorou a cicatrizar, o outro atingiu o tornozelo, deixando-o coxo nos seus últimos 19 anos de vida. Não se sabe bem por que seu sobrinho tenha cometido o atentado, mas ele foi considerado louco e internado em um manicômio até o final da vida. Este episódio serviu para aproximar pai e filho, pois Michel vendo-se em vias de perder o pai passou a encarar a vida com mais seriedade.
Neste mesmo ano, morria o editor Pierre Hetzel, grande amigo de Júlio Verne, facto que o deixou muito abalado.
Nos últimos anos, Verne escreveu muitos livros sobre o uso erróneo da tecnologia e os seus impactos ambientais, sua principal preocupação naquela época. Continuou sua obra até a sua morte em 24 de Março de 1905. O seu filho Michel editou seus trabalhos incompletos e escreveu ele mesmo alguns capítulos que estavam faltando, quando da morte do pai.

terça-feira, janeiro 11, 2011

De acordo, com a ciência, a primeira causa deve ser...

50 evidências para existência de Deus
Já que a evidência científica nos mostra que a matéria e o tempo vieram a existência quando o universo veio a existir, a primeira causa deve ser imaterial e atemporal (ambos são atributos de Deus). A primeira causa também deve ser extremamente poderosa e livre para criar. Esses atributos se encaixam perfeitamente com o teísmo: não fazem o menor sentido no ateísmo.


Do livro Evidence for God: 50 Arguments for Faith from the Bible, History, Philosophy, and Science / Evidência para Deus: 50 Argumentos para a Fé da Bíblia, História, Filosofia e Ciência /
Posição 177 no Kindle

segunda-feira, setembro 27, 2010

O preconceito contra o Cristianismo. De quem é a culpa?


Estou lendo On Guard, de William Lane Craig. Comentando sobre a importância da apologética para encararmos o mundo secular, o autor expressou o seguinte:

Se a inclinação da América para o secularismo continuar, então o que nos espera amanhã já é hoje evidente na Europa. A Europa Ocidental se tornou tão secularizada que é difícil para o evangelho, mesmo para obter um processo equitativo. Como resultado, os missionários têm trabalho durante anos para ganhar um punhado de convertidos. Tendo vivido 13 anos na Europa, em quatro países diferentes, posso testemunhar pessoalmente quão difícil é para as pessoas responderem à mensagem de Cristo. Falando em campi universitários em toda a Europa, eu percebi que a reação dos alunos era muitas vezes confusa. O cristianismo é supostamente para mulheres idosas e crianças, eles pensam. Então, o que esse homem com dois doutorados provenientes de universidades europeias está fazendo aqui defendendo a verdade da fé cristã com argumentos que não podemos responder? Certa vez, quando eu estava falando em uma universidade na Suécia, um aluno me perguntou durante uma sessão de perguntas e respostas após minha palestra: "O que você está fazendo aqui?" Confuso, eu disse: "Bem, eu fui convidado pelo Departamento de Estudos Religiosos para dar esta palestra." "Não é isso o que eu quero dizer", insistiu. "Você não entende como isso é incomum? Eu quero saber o que o motiva a vir pessoalmente aqui e fazer isso." Eu suspeito que ele nunca tinha visto um filósofo cristão antes – de fato, um proeminente filósofo sueco disse-me que não há filósofos cristãos em qualquer universidade na Suécia. A pergunta do aluno me deu a oportunidade de compartilhar a história de como vim a Cristo. O ceticismo nos campi universitários europeus é tão grande que quando falei sobre a existência de Deus na Universidade do Porto, em Portugal, os alunos (como eu descobri mais tarde), na verdade, telefonaram para o Instituto Superior de Filosofia da Universidade de Louvain, na Bélgica, onde eu era filiado, para descobrir se eu era um impostor! Eles pensaram que eu era uma farsa! Eu simplesmente não me encaixava em seu estereótipo de cristão.

Fiquei pensando sobre quanto preconceito existe em relação ao cristianismo. Isso pode ser visto na forma zombeteira que alguns comentários são postados por ateus, aqui e em outros blogs. Parece inaceitável que o cristianismo seja racional. Isso é impossível para eles. Na verdade, eles criaram um novo antônimo para a palavra razão: fé. Especialmente, fé cristã. Um antônimo duplo. O preconceito é muitas vezes a base e o único argumento por eles defendido.
Mas também me leva a pensar o quanto isso não é nossa culpa também. Nós abandonamos a batalha. Nós abrimos mão do pensamento. Nós baixamos nossas armas (como está no post anterior) e abrimos caminho para o naturalismo filosófico, que dá forças ao cientificismo e assim o mundo foi envenenado por essa filosofia de bar da esquina. Ou seja, ruim.
Nós trabalhamos pela propagação e pela defesa da fé cristã, mas devo dizer que aqueles que deveriam estar dentro da fé tornam o trabalho às vezes mais difícil do que os que estão no campo inimigo.
Temos muito trabalho pela frente...

segunda-feira, setembro 13, 2010

O Cristianismo é Verdadeiro? Deus existe?


Deus existe? por Tawa Anderson

(Áudio MP3 aqui em breve)

Existe um Deus?1 Como você pode ter certeza que Deus existe? Você pode me provar que Deus é real? A existência (ou falta dela) de Deus faz alguma diferença significativa? Nietzsche estava certo ao declarar: "Deus está morto!"? Estas questões atacam diretamente no coração da existência humana, e clamam por nossa atenção pessoal e deliberação. Além disso, essas perguntas devem ser respondidas antes que possamos investigar a verdade do cristianismo. Afinal, se Deus não existe, então Jesus certamente não é Deus em carne e osso! Se Deus não existe, não existe nada na fé cristã digno de ser considerado. Neste breve ensaio, vou compartilhar três pistas persuasivas (tradicionalmente chamadas de argumentos ou provas) que apontam para a existência de Deus. Isso não é uma defesa para o cristianismo, mas sim para o teísmo básico - um argumento que Deus existe, não um argumento de que o Deus cristão é real.

A Condição Humana: Por Que Deus é Importante
Antes de analisar os argumentos para a existência de Deus, gostaria, de abordar brevemente a importância da existência de Deus. Para ser franco: quais são as implicações se Freud estiver certo - se Deus é uma ilusão, uma projeção do subconsciente humano, uma expressão de insegurança e da realização de desejos?2
O livro de Eclesiastes poeticamente resume a vida sem Deus: "Vaidade! Sem sentido! Totalmente sem sentido! Tudo é sem sentido". O filósofo ateu Jacques Monod afirma: "O homem finalmente sabe que ele está sozinho na imensidão insensível do universo, do qual surgiu apenas por acaso". Que é o homem, na ausência de Deus? Um membro insignificante e condenado de uma raça insignificante e condenada à deriva em um planeta insignificante e condenado, no meio do universo infinitamente imensurável. Qual é o nosso destino final? Nada. Extinção. A humanidade sem Deus não é uma imagem bonita. A questão da existência de Deus importa.

Então a pergunta é: será que Deus existe? Vejamos as pistas fornecidas pelo insaciável espírito religioso do homem, as origens e a afinação do Universo e a moralidade.

Pode o homem viver sem Deus? Um Argumento Existencial da Religiosidade Humana
Primeiro, considere a natureza e a extensão do desejo religioso e da experiência religiosa. Desde os primórdios da história conhecida, os seres humanos têm sido extremamente religiosos. Cada cultura humana e cada civilização teve um conceito do divino - deuses, deusas e seres espirituais. As pessoas têm um enorme desejo de compreender e tocar o divino. Santo Agostinho (354-430 d.C.) disse: "O nosso coração está inquieto enquanto não encontrar descanso em ti. [Deus]" Note também que nossos desejos naturais (por exemplo, fome, sede) são acompanhadas por algo que irá satisfazê-los (por exemplo, alimentos, água). Isto sugere que o nosso desejo de conhecer e tocar a Deus é acompanhada por algo na realidade que vai satisfazer esse desejo - a saber, Deus. Há de fato um buraco em nossos corações que só pode ser preenchido por Deus.3

Os seres humanos também têm fome de vida eterna, a persistir para além da morte física. Todas as culturas humanas expressam esse desejo (por exemplo, as pirâmides do Egito, o mundo espiritual das religiões nativas, o culto/veneração dos antepassados da Ásia ). Este anseio pela eternidade sugere que existe mais do que apenas esta vida. Finalmente, os seres humanos sempre procuraram respostas para as grandes questões da vida "de onde eu vim?", "O que há de errado comigo (e com o mundo)?", e "como podemos consertar isso?" Todos nós procuramos respostas, todos nós queremos que os erros sejam reparados, e todos nós desejamos por vida eterna. Isso é parte da condição humana porque fomos criados à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27).4

Os Céus Declaram a Glória de Deus: Um Argumento evidencial da Cosmologia5
Depois, considere as origens do nosso universo inimaginavelmente grande e majestoso. Nosso continuum espaço-tempo de quatro dimensões6 e toda a matéria física originada no Big Bang há cerca de 13,7 bilhões de anos atrás. O que causou o Big Bang? A causa tem de ser transcendente, isto é, fora do universo físico em si (e portanto, fora do tempo e do espaço como nós o conhecemos). A causa também tem de ser pessoal (uma "rocha atemporal" não pode causar qualquer coisa). O Deus da Bíblia é um ser transcendente e pessoal que trouxe o universo à existência, como Gênesis 1:1 diz: "No princípio Deus criou os céus e a terra."

Alguém poderia perguntar: "Se Deus criou o Universo, quem [e o que] criou Deus?" Mas Deus, como causa transcendente pessoal do universo, existe independente de tempo e, como tal não tem começo. Portanto, nada criou Deus, Ele sempre existiu.7

Além disso, nosso universo é bem afinado. É regido por um número de constantes físicas e leis (por exemplo, a relatividade da gravidade), as quais são fixadas da maneira correta para sustentar a vida na Terra. Isso não é obra do acaso ou pura sorte, como alguns poderiam argumentar. Pelo contrário, é evidência de um Ser transcendente que criou o universo (tempo, espaço e matéria) para que pudéssemos viver e vir a conhecê-Lo.

Então, da próxima vez que você olhar para as estrelas, lembre-se que os céus realmente proclamam a glória de Deus, e as estrelas declaram a obra das suas mãos (Sl 19:1) - nosso universo aponta para a existência de Deus.8

A Bondade e Deus: Um Argumento Racional da Moralidade
Em terceiro lugar, consideremos a nossa consciência moral, o certo e o errado. Algumas pessoas afirmam que a moralidade é relativa à pessoa (certo para mim, errado para você). Mas todos no fundo sabem que a moral é objetiva, que algumas ações são realmente erradas e outros são verdadeiramente corretas, independentemente de saber se alguém concorda ou gosta. Reconhecemos nossos erros próprios, e com razão nos sentimos culpados por isso (ver Rom. 2:1-5). Sabemos também que algumas coisas são erradas para todas as pessoas em todas as culturas em todas as vezes - o abuso de crianças, estupro, assassinato. Se alguém discordar, comece a bater nele até que ele admita que é realmente errado você fazer isso!

De onde é que a nossa consciência de moralidade objetiva vem? Talvez a criemos, como indivíduos ou como sociedades, de acordo com nossos próprios gostos. Se sim, então o Holocausto não foi errado, mas sim a expressão de gostos morais da Alemanha nazista. Talvez a moral seja um produto da evolução, instrumental para a sobrevivência humana. Se assim for, o que chamamos hoje de "errado" pode ser amanhã "correto". De qualquer maneira, a moralidade não é uma receita de como devemos nos comportar, mas sim uma descrição de como nos comportamos. Se as normas morais não são fundamentadas em algo transcendente (isto é, fora da humanidade), é impossível dizer (como todos nós) que algo é sempre moralmente errado (ou correto). Simplificando, se Deus não existe, então o mal que os homens fazem não é mal, simplesmente é.9
A moralidade objetiva vem do nosso Deus transcendente, que declarou o que é certo e o que é errado (por exemplo, Ex 20.) baseado em Sua santidade, Seu caráter, justiça e amor. Deus é a fonte de nosso conhecimento do certo e do errado, a pista da moralidade humana aponta para a existência de Deus.

Venha, vamos raciocinar juntos: Um convite para o teísmo10
Eu abordei brevemente três pistas persuasivas que apontam para a existência de Deus. Eu não tive tempo para colocar os argumentos na sua íntegra, mas eu dei algumas sugestões para mais leitura em cada área. Além disso, deve-se reconhecer que os argumentos não são provas conclusivas. Acho-as poderosas e persuasivas, mas se você estiver totalmente fechado para considerar a possibilidade da existência de Deus, então ninguém irá convencê-lo. Se Deus não está no seu "leque de possíveis opções", então você não vai ser persuadido, não importa quais as provas e argumentos são apresentados em favor de Deus. Assim, gostaria de concluir com um apelo pessoal: eu peço para você não feche sua mente para a possibilidade de Deus. Considere as pistas que apontam para Deus com uma mente aberta, considere os ensaios que se seguem (defendendo a verdade do cristianismo em particular) com uma abertura para ser persuadido.

1 Deus é aqui entendido simplesmente como um ser transcendente ou divino - um fora do espaço e do tempo.

2 Aliás, acho que a negação moderna da existência de Deus é um tipo diferente de realização de desejo - um que surge do desejo do homem de ser autônomo, auto-suficiente e seguro em seu próprio poder.

3 De acordo com C. S. Lewis, o argumento fica dessa maneira:
a) seres humanos possuem inegável desejos naturais, anseios ou aspirações.
b) Cada desejo/anseio humano tem um complemento na natureza.
c) Os seres humanos têm profundas aspirações religiosas, que para serem satisfeitos, só podem ser satisfeitos por um Deus infinito.
d) Portanto, Deus deve existir.

4 Para saber mais, consulte Ravi Zacarias, Can Man Live Without God? (Pode o homem viver sem Deus?); William Lane Craig, Reasonable Faith (Fé Racional).

5 Salmo 19:1

6 A teoria das cordas (na maioria das suas manifestações) sugerem que há mais do que essas quatro dimensões - se você se acredita na teoria das cordas, amplie o número de dimensões em conformidade. O mesmo princípio se aplica.

7 William Lane Craig articular o argumento:
(A) Tudo o que começa a existir tem uma causa externa.
(B) O universo começou a existir.
(C) Portanto, o universo teve uma causa externa (fora do espaço e do tempo), que nós chamamos de Deus.

8 Para saber mais, consulte Lee Strobel, The Case For a Creator (Em Defesa de um Criador) ; Norm Geisler & Frank Turek, Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu.

9 Para ler mais, veja C. S. Lewis, Cristianismo puro e simples, Timothy Keller, A Fé na Era do Ceticismo.

10 Isaías 1:18.

domingo, setembro 12, 2010

O Cristianismo é Verdadeiro? Introdução


Introdução por Brian Auten

(Áudio MP3 aqui em breve)

Para cada dia do mês de abril de 2010, Apologetics 315 (apresentados aqui em português por Pés Descalços) terá um ensaio escrito por um blogueiro apologista cristão em resposta à pergunta: Por que o cristianismo é verdadeiro? O objetivo deste projeto é simples: compartilhar as razões que temos encontrado convincentes para acreditar que o cristianismo é verdade. Esse trabalho não se destina a comprovar a cosmovisão cristã para além de qualquer dúvida ou para combater toda oposição daqueles que zelosamente rejeitam a Deus. Pelo contrário, ele serve como ponto de partida para aqueles que sinceramente procuram a verdade - para aquele que estiver se perguntando se há boas razões para acreditar.

Todos os 23 artigos foram também registados como arquivos de áudio MP3 (em inglês, versão em português disponível em breve) para serem lançados juntamente com a sua versão do respectivo texto. Esses arquivos de áudio podem ser baixados através de postagem de cada texto postado ou através do Feed podcast O cristianismo é verdadeiro? aqui ou no iTunes (ambos em Inglês). No final do mês, os leitores poderão baixar uma versão do ebook da coleção de ensaio (que também estará disponível ao final das postagens em português).

Os motivos que apóiam a verdade do cristianismo são múltiplos (história, ciência, cosmologia, a moralidade, as Escrituras, a ressurreição de Jesus, a experiência pessoal, etc), mas para cada blogueiro foi dada apenas 1.000 palavras (em inglês) para apresentar seu caso de forma concisa. A cada blogueiro foi dada a liberdade de tomar qualquer ângulo que escolhesse para apresentar suas próprias razões para crer que o cristianismo é objetivamente verdadeiro. Três desses ensaios foram estendidos em comprimento para formar capítulos para começar e terminar a série. Como editor, espero que este formato conciso venha tanto a manter a atenção concentrada do leitor (ou do ouvinte), quanto torná-lo mais acessível para aqueles com a agenda lotada.

Foi um prazer trabalhar com alguns dos meus colegas blogueiros apologistas na elaboração desse projeto. Seus antecedentes pessoais são diversos: professores, policiais, pastores, cientistas, estudantes, entre muitos outros. Eu aprecio sua fidelidade e sua vontade em contribuir com estes ensaios além de suas próprias vidas e projetos para seus blogs. Eu encorajo aqueles que estão lendo (ou ouvindo) os ensaios a acompanhar estes blogs e interagir com os trabalho em defesa da fé.

Aproveite.

O Cristianismo é Verdadeiro? Prefácio


Prefácio por Reese Chris

(Áudio MP3 aqui em breve)

Os cristãos sempre defenderam suas crenças no mercado das idéias. Um exemplo bem conhecido na vida do apóstolo Paulo, particularmente apreciada pelos apologistas é o seu discurso no Areópago de Atenas, em Atos 17. Neste local, onde importantes questões civis e religiosas eram discutidas, Paulo se dirige a um público diversificado e educado, incluindo os "filósofos epicuristas e estóicos" (versículo 18).

Paulo estava ansioso para abordar os atenienses nesse lugar porque "revoltava-se nele o seu espírito, vendo a cidade cheia de ídolos" (versículo 16). Em seu discurso, do qual podemos inferir importantes lições sobre apologética, Paulo procurou estabelecer uma base comum com o seu público por elogiar a devoção religiosa dos atenienses, citando dois dos seus poetas, ligando as suas intuições sobre o "deus desconhecido" ao Deus das Escrituras e a pessoa e obra de Jesus Cristo.

Dois mil anos mais tarde, aqueles de nós que se esforçam para proclamar o evangelho e a visão de mundo cristão para um público cético estão seguindo os passos de Paulo. Uma das províncias mais importantes do mercado de idéias de hoje é a internet - um Areópago dos dias modernos. Como Paulo, ficamos impressionados com a multidão de "deuses" que comandam a devoção de tantos hoje. E vemos os efeitos destrutivos que as idéias falsas causam na vida das pessoas ao nosso redor. Mas, como Paulo, optamos por assumir uma posição e de uma forma cativante, apresentar a fé cristã no meio de céticos, críticos, investigadores e curiosos. No caso de Paulo, "uns escarneciam" e alguns foram cuidar de seus negócios, mas alguns "se juntaram a ele e creram" (versículos 32-34).

Devido a constante necessidade de articular e defender o evangelho, estou encorajado por este conjunto de pequenos ensaios defensores da fé cristã. Muitos de nós que mantêm blogs e sites dedicados a apologética estão na linha de frente para alcançar aos mais jovem, mais brilhante e mais articulados céticos da religião e do cristianismo. Enquanto eu admiro e respeito apologistas profissionais e acadêmicos que escrevem e falam sobre estes temas, é preciso um exército de evangelizadores comprometidos como você e eu para nos envolvermos um-a-um com os milhões de não-crentes online que querem fazer perguntas, debater, e por vezes buscar respostas para perguntas honestas.

Então, eu o encoraja a manter o bom trabalho. Eu vejo os nossos blogs e sites como ilhas da verdade e da luz em um vasto oceano de confusão e desespero. Fique perto de Cristo e comprometa sua vida e seu trabalho para Ele. Dedique tempo para estudar teologia, apologética e filosofia. Envolva aqueles que visitam o seu site com sabedoria, respeito e amor. Lembre-se que você está interagindo com pessoas de carne e osso e que muitas vezes têm tido más experiências com a religião ou igreja. Fale a verdade em amor. Conheça alguns colegas blogueiros de apologética e mantenha contato com regularidade. Ajudem-se mutuamente e promovam o trabalho um do outro. Eu acredito que nós estamos fazendo a diferença lá fora, diariamente e que Deus abençoe os nossos esforços se os consagrarmos a Ele e darmos as razões da esperança que há em nós.

International Outreach Coordinator,
Evangelical Philosophical Society

O Cristianismo é Verdadeiro? - 23 Ensaios


Em abril de 2010, o blog Apologetics 315 apresentou 23 artigos com o objetivo de responder à questão: por que o cristianismo é verdadeiro? Os ensaios foram escritos por vários apologistas de diferentes blogs da internet.
Vamos traduzir cada um dos artigos e publicá-los aqui em português para ajudar nossos irmãos na defesa da fé cristã. Ao final de toda tradução, esperamos transformar os artigos em e-book gratuito para que todos possam lê-lo e estudá-lo.

Hoje vamos publicar o prefácio e a introdução. Conforme o trabalho de tradução for avançando, vamos publicando os outros artigos.
Esse post vai servir como um tipo de index no futuro. Veja abaixo o índice com os artigos e seu autores:

O Cristianismo é Verdadeiro?

quinta-feira, setembro 02, 2010

Desintoxicação Sexual - Tim Challies

O pessoal do iPródigo fez um trabalho muito bom de tradução do livreto de Tim Challies "Desintoxicação Sexual".

Recomendo a leitura para todos que estão lutando com esse problema de alguma forma.
Mesmo que você não esteja, vale a pena a leitura para ajudar outros irmãos e irmãs.
Tim Chaliies também fez uma versão para homens casados. Fico imaginando se eles vão fazer uma tradução desse também...

quarta-feira, agosto 18, 2010

Anti-intelectualismo na igreja


Quero compartilhar dois textos do livro que estou lendo “Smart Faith: Loving Your God with All Your Mind”. Depois disso quero compartilhar algo mais.

Nós hoje vivemos em uma cultura cristã tão profundamente comprometida com uma forma não-intelectual de entender a fé cristã que esta perspectiva está embutida dentro de nós em um nível subconsciente. Você não leu errado. Nossas idéias subjacentes sobre o cristianismo afetam a forma como pensamos que a igreja deve ser, o que é um bom sermão, para o que vale a pena dar nosso dinheiro, como devemos educar as nossas famílias, onde vamos fazer nossa faculdade, o que devemos estudar e uma série de outros tópicos em nossas vidas. Mas, se a nossa fé é central para o modo como vivemos e o que acreditamos é falho, então a forma como vivemos o nosso cristianismo será preenchido com falhas também. Nossa compreensão do cristianismo moderno nesta área é inconsistente com a Bíblia e com a maior parte da história cristã.

...para aqueles que não têm coragem, o anti-intelectualismo criou um contexto no qual muitas vezes saímos tão superficiais, defensivos e reacionários, em vez de pensativos, confiantes e articulados. Na escola, no trabalho, e às vezes em casa, identificar-se como cristão é muitas vezes considerado o mesmo que usar uma placa que diz, "Idiota da Vila". A maneira como os intelectuais do nosso país reagem às nossas reivindicações de fé é o suficiente para nos enviar correndo para nos escondermos de vergonha. Mas se nós desenvolvermos nossas mentes, vamos aceitar o desafio com coragem e inteligência.

Temos falado muitas vezes aqui no blog sobre o anti-intelectualismo na igreja. A igreja, que deu origem a tantos teólogos, filósofos, cientistas, artistas, escritores e tantos outros, hoje vê o declínio e o ridículo de seus membros na arena pública.
O mundo vê isso. Fé hoje em dia é igualada a irracionalidade e o pior de tudo, é que muitos dentro da nossa fé concordam com isso. Muitos alimentam isso. Não querem pensar sobre a sua fé. Não querem investigar porque têm medo que possam abandoná-la. Mas se possuem uma fé que não pode ser verificada por uma investigação cuidadosa, o que possuem não é uma fé bíblica, mas sim um pensamento positivo religioso. Fé tem fundamento.
O antônimo de fé é descrença. O antônimo de racional é irracional.
Ontem estavamos assistindo um desenho animado que mostrava os cristão de forma muito pejorativa. Os cristão estavam jogando livros que representavam perigo para a fé em uma fogueira. Entre esses livros estavam “A Origem das Espécies” de Charles Darwin, “Uma nova história do tempo”, de Stephen Hawking e também um chamado “Lógica para o ensino fundamental”. Apesar do exagero do desenho, em parte é assim que o mundo nos vê. Os intelectuais são os ateus, dos quais os pobres cristãos morrem de medo. Ao invés de sermos vistos nos caminhos pavimentados pelo grandes pensadores cristãos do passado, somos vistos como ovelhinhas ingênuas dos mega pregadores, mega construtores de templos, mega arrecadadores de dinheiro.
A situação não é boa. Mas existe uma luz no fim do túnel. E aos poucos essa luz está alcançando (timidamente, devo dizer) as massas. Nos últimos 30 anos uma grande leva de filósofos cristãos estão chegando no meio acadêmico e eles estão criando um vigoroso corpo literário muito útil para a fé cristã. Entre eles, J. P. Moreland, Alvin Platinga, Gary Habermas e ultimamente William Lane Craig. Norman Geisler, Greg Koukl e outros estão liderando o movimento pela defesa racional da fé e estão fazendo muitos ateus recuarem em seus argumentos. Ainda vai levar muito tempo para que esse movimento ganhe mais corpo, especialmente aqui no Brasil. Mas estamos trabalhando por isso, pois todo cristão deve estar “sempre preparado para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em você” 1 Pedro 3:15. Ou seja, defesa da fé é para todos os cristãos. Todos.
William Lane Craig uma vez convidou o famoso Richard Dawkins para um debate, já que o Dr. Craig estaria na Europa. Isso aconteceu ano passado eu acho. A resposta de Dawkins foi interessante. Ele disse que não tinha interesse em debater com alguém que não fosse famoso ou que não fosse pelo menos bispo (ou equivalente) em alguma religião. Dawkins disse que não conhecia William Lane Craig e que, enquanto esse debate faria bem para o currículo do Dr. Craig, não traria nenhum benefício para o currículo de Dawkins.
Das duas uma: se Dawkins realmente não sabe quem William Lane Craig é, nada daquilo que Dawkins fala sobre a existência de Deus pode ser levado à sério porque isso prova que ele simplesmente não fez seu trabalho de casa direito. Ele não pesquisou seriamente o assunto, pois se tivesse pesquisado, teria chegado até os trabalhos do Dr. Craig sobre a existência de Deus.
Mas se ele sabe quem o Dr. Craig é, ele preparou um estratagema para evitar um confronto direto com ele, pois sabia que iria tomar uma surra tão grande ou maior do que a levada por Christopher Hitchens em um debate ano passado na Biola University.
O cristianismo é um caminho de fé. Mas também é um caminho intelectual. O cristão que não exercita a sua intelectualidade, que não exercita o seu cérebro dado por Deus, vive um sub-cristianismo, falhando em cumprir aquilo que nos diz as Escrituras:
“Aproximou-se dele um dos escribas que os ouvira discutir e, percebendo que lhes havia respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
Respondeu Jesus: O primeiro é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças”. Marcos 12:28-30

segunda-feira, julho 26, 2010

Desinformado, mal informado, ilogico e incompleto


Mortimer J. Adler e Charles Van Doren, em seu clássico livro How to read a Book (Como ler um livro, p.156-161), discute o tema de concordar ou discordar de um autor. Há uma seção especial que se destaca para aqueles que estão buscando se tornar bons leitores críticos, bem como bons pensadores críticos. Os autores mencionam, “quatro maneiras em que um livro pode ser criticado negativamente.” E eles esperam que "se um leitor limitar-se a focar nestes pontos, ele terá menos chances de ceder a expressões de emoção ou detrimento." Estes quatro pontos se aplicam para além do que apenas a leitura.
Como Van Doren Adler e colocam:

Os quatro pontos podem ser resumidos quando o leitor se imagina como em uma conversa com o autor, com ele respondendo de volta. Depois que o leitor disser, "Eu entendo mas eu discordo", ele pode fazer as seguintes observações para o autor:
"Você está desinformado"
"Você está mal informado"
"Você é ilógico - o seu raciocínio não é persuasivo"
"Sua análise está incompleta"

Observe que a ênfase de Adler e Van Doren primeiramente é sobre a compreensão da posição do outro antes de se lançar às críticas. Então, quando houver entendimento, as críticas são específicas e recaem dentro das quatro categorias acima. Os autores explicam ainda que:

Estas (categorias) podem não ser exaustivas, mas nós acreditamos que eles o são. De qualquer maneira, elas são certamente os principais pontos que um leitor que discorda pode fazer. Eles são de certa forma independentes. Fazer uma dessas observações não o impede de fazer outra. Cada uma e todas podem ser feitas, porque os defeitos a que se referem não são mutuamente exclusivos.

Eles cuidadosamente demonstram essa forma de discordar corretamente. É claro que isto aplica-se a leitura crítica, mas certamente isso se aplica ao pensamento crítico sobre todos os tipos de questões sérias sobre as quais se encontra discordâncias. Adler e Van Doren enfatizam precisão nas críticas e fundamentação ao criticar:

Mas, devemos acrescentar, o leitor não pode fazer qualquer uma dessas observações, sem ser definitivo e preciso em relação ao que o autor está desinformado ou mal informado ou está sendo ilógico. Um livro não pode estar desinformado ou mal informado sobre tudo. Ele não pode ser totalmente ilógico. Além disso, o leitor que faz qualquer um destes comentários não deve apenas fazê-lo de forma definitiva, especificando a questão, mas ele também deve sustentar o seu ponto. Ele deve dar motivos para dizer o que ele diz.

Adler e Van Doren também oferecem algumas definições úteis das quatro formas que um autor pode estar errado:

Dizer que um autor é desinformado é dizer que ele não tem alguma parte do conhecimento que é relevante para a questão que ele está tentando resolver.
Dizer que um autor é mal informado é dizer que ele afirma algo que não verdadeiro.
Dizer que um autor é ilógico é dizer que ele cometeu uma falácia no raciocínio.
Dizer que a análise de um autor é incompleta é dizer que ele não tenha resolvido todas as questões que ele abordou, ou que ele não fez um bom uso dos materiais disponíveis, que ele não viu todas as suas implicações e ramificações, ou que ele não foi capaz de fazer distinções que são relevantes para sua empreitada.

Bem, você concorda com Adler e Van Doren?


Nota do tradutor: eu comprei esse livro pela Amazon e devo lê-lo assim que o pegar em Miami. Acredito que nós cristãos devemos melhorar nossa forma de escrever, pensar, criticar e raciocinar. Especialmente aqueles que trabalham com apologética, devem ser estudantes do seu ofício e buscar melhorar sempre.

domingo, junho 06, 2010

Nao tenho fé suficiente para ser ateu: livro


Eu estou lendo “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, de Norman Geisler e Frank Turek. Não li mais do que 10% do livro até agora (eu sei disso porque meu Kindle em informa a porcentagem do livro lido) e já posso recomendar esse livro para qualquer um. Na verdade, para todo o cristão deveria ser uma leitura obrigatória.
A premissa do livro é simples: fé é sinônimo de crença e todos nós (teístas e ateus) temos nossas crenças, temos nossa fé. A fé do teísta é que existe um Deus. A fé (crença) do ateu é que Deus não existe e que tudo o que existe é o mundo físico observável. Eu sei que qualquer ateu vai negar, mas isso é uma crença. A pessoa acredita nisso. Portanto, ateísmo é um sistema de crenças, quer gostem quer não.
Os autores estão se lançam ao desafio de verificar as evidências sobre a existência de Deus (e que Deus é esse) para entender qual das duas crenças tem suficientes fundamentos para ser considerada verdadeira. Só pelo desafio, o livro é válido.
Geisler e Turek tentam partir de uma posição neutra (não que exista, em ambos os lados) e através da análise das evidências, montam a defesa da fé cristão como verdadeira e como melhor explicação para o mundo que observamos.
Ainda tenho 90% do livro pra ler e ver (ou rever) os argumentos dos autores. Mas não preciso chegar ao final do livro para recomendá-lo.
O livro pode ser comprado no Submarino (ou onde você quiser...)
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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