domingo, agosto 29, 2010

Fotos da Vivian - Joaninha

Hoje estavamos passeando na avenida aqui em frente de casa com a nossa cachorrinha e olha só a foto que a Vivian tirou. Elas está tirando fotos lindas.


A Joaninha.

Quem já andou sobre as águas?

Um pequeno teste bíblico.

Quais foram as três pessoas que andaram sobre as águas?

- A primeira foi Jesus Cristo (Mateus 14:25).

-A segunda foi Pedro (Mateus 14:29).

- E a terceira....




Esse rapaz na foto aí em cima...

quarta-feira, agosto 18, 2010

Anti-intelectualismo na igreja


Quero compartilhar dois textos do livro que estou lendo “Smart Faith: Loving Your God with All Your Mind”. Depois disso quero compartilhar algo mais.

Nós hoje vivemos em uma cultura cristã tão profundamente comprometida com uma forma não-intelectual de entender a fé cristã que esta perspectiva está embutida dentro de nós em um nível subconsciente. Você não leu errado. Nossas idéias subjacentes sobre o cristianismo afetam a forma como pensamos que a igreja deve ser, o que é um bom sermão, para o que vale a pena dar nosso dinheiro, como devemos educar as nossas famílias, onde vamos fazer nossa faculdade, o que devemos estudar e uma série de outros tópicos em nossas vidas. Mas, se a nossa fé é central para o modo como vivemos e o que acreditamos é falho, então a forma como vivemos o nosso cristianismo será preenchido com falhas também. Nossa compreensão do cristianismo moderno nesta área é inconsistente com a Bíblia e com a maior parte da história cristã.

...para aqueles que não têm coragem, o anti-intelectualismo criou um contexto no qual muitas vezes saímos tão superficiais, defensivos e reacionários, em vez de pensativos, confiantes e articulados. Na escola, no trabalho, e às vezes em casa, identificar-se como cristão é muitas vezes considerado o mesmo que usar uma placa que diz, "Idiota da Vila". A maneira como os intelectuais do nosso país reagem às nossas reivindicações de fé é o suficiente para nos enviar correndo para nos escondermos de vergonha. Mas se nós desenvolvermos nossas mentes, vamos aceitar o desafio com coragem e inteligência.

Temos falado muitas vezes aqui no blog sobre o anti-intelectualismo na igreja. A igreja, que deu origem a tantos teólogos, filósofos, cientistas, artistas, escritores e tantos outros, hoje vê o declínio e o ridículo de seus membros na arena pública.
O mundo vê isso. Fé hoje em dia é igualada a irracionalidade e o pior de tudo, é que muitos dentro da nossa fé concordam com isso. Muitos alimentam isso. Não querem pensar sobre a sua fé. Não querem investigar porque têm medo que possam abandoná-la. Mas se possuem uma fé que não pode ser verificada por uma investigação cuidadosa, o que possuem não é uma fé bíblica, mas sim um pensamento positivo religioso. Fé tem fundamento.
O antônimo de fé é descrença. O antônimo de racional é irracional.
Ontem estavamos assistindo um desenho animado que mostrava os cristão de forma muito pejorativa. Os cristão estavam jogando livros que representavam perigo para a fé em uma fogueira. Entre esses livros estavam “A Origem das Espécies” de Charles Darwin, “Uma nova história do tempo”, de Stephen Hawking e também um chamado “Lógica para o ensino fundamental”. Apesar do exagero do desenho, em parte é assim que o mundo nos vê. Os intelectuais são os ateus, dos quais os pobres cristãos morrem de medo. Ao invés de sermos vistos nos caminhos pavimentados pelo grandes pensadores cristãos do passado, somos vistos como ovelhinhas ingênuas dos mega pregadores, mega construtores de templos, mega arrecadadores de dinheiro.
A situação não é boa. Mas existe uma luz no fim do túnel. E aos poucos essa luz está alcançando (timidamente, devo dizer) as massas. Nos últimos 30 anos uma grande leva de filósofos cristãos estão chegando no meio acadêmico e eles estão criando um vigoroso corpo literário muito útil para a fé cristã. Entre eles, J. P. Moreland, Alvin Platinga, Gary Habermas e ultimamente William Lane Craig. Norman Geisler, Greg Koukl e outros estão liderando o movimento pela defesa racional da fé e estão fazendo muitos ateus recuarem em seus argumentos. Ainda vai levar muito tempo para que esse movimento ganhe mais corpo, especialmente aqui no Brasil. Mas estamos trabalhando por isso, pois todo cristão deve estar “sempre preparado para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em você” 1 Pedro 3:15. Ou seja, defesa da fé é para todos os cristãos. Todos.
William Lane Craig uma vez convidou o famoso Richard Dawkins para um debate, já que o Dr. Craig estaria na Europa. Isso aconteceu ano passado eu acho. A resposta de Dawkins foi interessante. Ele disse que não tinha interesse em debater com alguém que não fosse famoso ou que não fosse pelo menos bispo (ou equivalente) em alguma religião. Dawkins disse que não conhecia William Lane Craig e que, enquanto esse debate faria bem para o currículo do Dr. Craig, não traria nenhum benefício para o currículo de Dawkins.
Das duas uma: se Dawkins realmente não sabe quem William Lane Craig é, nada daquilo que Dawkins fala sobre a existência de Deus pode ser levado à sério porque isso prova que ele simplesmente não fez seu trabalho de casa direito. Ele não pesquisou seriamente o assunto, pois se tivesse pesquisado, teria chegado até os trabalhos do Dr. Craig sobre a existência de Deus.
Mas se ele sabe quem o Dr. Craig é, ele preparou um estratagema para evitar um confronto direto com ele, pois sabia que iria tomar uma surra tão grande ou maior do que a levada por Christopher Hitchens em um debate ano passado na Biola University.
O cristianismo é um caminho de fé. Mas também é um caminho intelectual. O cristão que não exercita a sua intelectualidade, que não exercita o seu cérebro dado por Deus, vive um sub-cristianismo, falhando em cumprir aquilo que nos diz as Escrituras:
“Aproximou-se dele um dos escribas que os ouvira discutir e, percebendo que lhes havia respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
Respondeu Jesus: O primeiro é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças”. Marcos 12:28-30

sábado, agosto 14, 2010

Evolução nos registros bíblicos? O que diz o macaco?

A transfusão de sangue e as Testemunhas de Jeová


Estou tendo uma agradável trocas de email com uma Testemunha de Jeová sobre transfusão de sangue.
É interessante pra mim como esse assunto sempre foi periférico mas às vezes ele se demonstra um bom exemplo para o uso da eisegese, ou seja, para a inserção de idéias dentro de um texto, ao invés da exegese, que é a retirada de idéias de um texto, que é o método mais correto de estudo das Escrituras.
Eu devo editar um pouco a troca de email para preservar o nome de meu interlocutor e vou postá-lo em breve, talvez hoje, junto a minha última resposta. Como provavelmente vai ficar um texto muito grande, vou colocar no Scrib e postar aqui. Assim, qualquer um pode lê-lo on line ou baixá-lo e talvez imprimi-lo, se achar que vale o esforço.
Eu gosto muito de trocas de emails. É como se fosse um debate onde ambas as partes possuem a oportunidade de pesquisar e expandir seus argumentos. Esses debates podem se lançar ao infinto (eu bem sei disso porque tenho um longo debate com outra Testemunha de Jeová ainda não terminado), mas ainda assim são bons exercícios de apologética. E acima de tudo, alguém pode se salvar, seja nosso interlocutor, seja outra pessoa lendo.
Se der tempo posto hoje.
Mas agora preciso ficar um pouco longe do computador.

Como melhor usar a sua vida


"Seus dias no máximo não serão muito longos, então use-os na máximo das suas habilidades para a glória de Deus e para benefício de sua geração".

quinta-feira, agosto 12, 2010

Martinho Lutero: duas coisas que o homem deve fazer por si mesmo


"Todo homem deve fazer duas coisas sozinho; ele deve ter sua própria crença e ele também deve ter sua própria morte".

Martinho Lutero

Os evangelhos não canônicos - por Jim Wallace


James Wallace é o fundador do ministério Please Convince Me (Por favor me convença).
Jim, como é conhecido, tem feito um trabalho maravilhoso na apologética, trazendo sua experiência profissional como detetive de casos já arquivados (Cold Case Detective) para mostrar como as evidências em favor do cristianismo como visão de mundo o tornam a melhor explicação para tudo o que vemos ao nosso redor. E além de tudo isso, as evidências mostram que o cristianismo é verdadeiro.
Estamos trabalhando na tradução do material da Academia do Please Convince Me, com autorização do próprio Jim.
Abaixo fiz uma rápida tradução de um email que recebemos mensalmente dele com alguma informação útil e bastante prática para a defesa da fé.
Jim está estudando sobre os evangelhos não canônicos e no texto abaixo ele compartilha um pouco sobre o que aprendeu.

Bem, minhas férias de verão está chegando ao fim, e eu estou me preparando para voltar ao trabalho. Eu tive um grande momento de relaxamento e refortalecimento com a minha família e eu espero que você tenha sido capaz de fazer o mesmo em algum momento neste verão! Como alguns de vocês devem saber por ouvir o podcast, eu estive trabalhando fervorosamente em um exame dos evangelhos não canônicos, então eu pensei em gastar algum tempo este mês analisando uma objeção que algumas pessoas fazem nesta área. Leva três minutos para treinar a si mesmo como um bom cristão defensor da causa.

OBJEÇÃO: Os "evangelhos canônicos" não são as únicas histórias sobre Jesus. Há uma série de evangelhos antigos que descrevem um Jesus que é muito diferente daquele criado pela Igreja Católica, quando esta escolheu a sua versão da história. Pelo que sabemos, as versões alternativas de Jesus são a verdadeiras e as versões da Igreja são as mentirosas.

RESPOSTA: Nos últimos anos, uma série de antigos evangelhos não canônicos têm crescido em popularidade enquanto roteiristas de cinema e escritores usaram textos como o Evangelho de Tomé, o Evangelho de Maria ou o Evangelho de Judas para afirmar que Jesus ou (1) falhou em realizar qualquer milagre, (2) não ressuscitou dentre os mortos, ou (3) não ensinou as coisas descritas no Novo Testamento. A verdade, porém, é que os evangelhos canônicos são as únicas fontes confiáveis de informações relacionadas à vida de Jesus.

Os evangelhos não canônicos apareceram muito tarde:
Os evangelhos encontrados no Novo Testamento apareceram muito cedo na história. Há boas razões para crer que o Evangelho de Marcos foi escrito tão cedo quanto 50 d.C. e que o Evangelho de João foi escrito no mais tardar entre 80- 90 d.C. Estes textos apareceram cedo o suficiente para serem testemunhas oculares da vida de Jesus, assim como eles dizem ser. Em comparação, todo o catálogo dos evangelhos não canônicos foram escritos muito mais tarde na história (O Evangelho de Tomé, por exemplo, foi escrito a partir de 130-150 d.C., o Evangelho de Maria 120-180 d.C. e o Evangelho de Judas entre 130-170 d.C.). Os evangelhos não canônicos apareceram muito tarde para terem sido escritos por testemunhas oculares da vida do Jesus.

Os evangelhos não canônicos eram conhecidos por serem fraudulentos:
Os primeiros discípulos de Jesus e os líderes da Igreja sabiam que estes Evangelhos que apareceram muito mais tarde eram fraudulentos. Líderes antigos, como Policarpo, Irineu, Hipólito, Tertuliano e Epifânio escreveram sobre a maior parte dos evangelhos não canônicos quando eles apareceram na história, identificando-os como fraudes hereges. Irineu, escrevendo em 185 d.C. sobre o número crescente de textos não canônicos, disse que havia "um número indescritível de escritos secretos e ilegítimos, que eles próprios criaram, para confundir as mentes das pessoas tolas, que são ignorantes das escrituras verdadeiras". Aqueles que estavam mais próximos da ação sabiam que o textos não canônicos mais recentes não eram confiáveis.

Os evangelhos não canônicos refletem segundas intenções:
Os autores dos evangelhos não canônicos permitiram que seus pressupostos teológicos corrompessem suas obras. Muitos dos textos não canônicos foram, por exemplo, escritos por autores gnósticos, utilizando o pseudônimo de um apóstolo para legitimar o texto e utilizar a pessoa de Jesus para legitimar a sua teologia. Como resultado, Jesus foi frequentemente retratado como a fonte de sabedorias esotéricas escondidas transmitidas em palavras ou diálogos com um discípulo selecionado privilegiado o bastante para ser esclarecido. Além disso, Jesus foi muitas vezes descrito como um "espírito" imaterial doceta sem corpo, forçando o autor a explicar a aparência de um corpo morto no momento da crucificação ou outras aparições físicas descritas no Novo Testamento.

Os evangelhos canônicos afirmam ser testemunhas oculares e, ao contrário dos mais recentes e fraudulento evangelhos não canônicos, os evangelhos do Novo Testamento apareceram cedo o suficiente para terem sido escritos por testemunhas oculares e verificado por quem estava mais próximo da ação.

sexta-feira, agosto 06, 2010

A mãe da heresia (não é o senhor da pintura abaixo. Ele também não é o pai...)

Um puritano estiloso em seus cabelos e rigoroso em sua teologia

Estou lendo o livro Smart Faith: Loving your God with all your mind (Fé Esperta: Amando o seu Deus com toda a sua mente) de J. P. Moreland and Mark Matlock. Já nas primeiras páginas, uma frase me chamou a atenção e eu vou compartilhar com vocês, já que nesse final de semana não vamos ter atualizações no blog. Vou estar em Miami cuidando da vida.
Vejam se a frase abaixo não é a mais pura verdade:

"Ignorância é a mãe não da devoção, mas sim da heresia"
Cotton Mather (puritano)

quinta-feira, agosto 05, 2010

Como descobrir as promessas de Deus para você


Promessas são as coisas mais prometidas (quase um pleonasmo) nas igrejas evangélicas de hoje. Algumas são para nós. Outras não. Como saber? Como saber quando o pastor está declarando uma promessa de Deus que realmente é minha por direito e uma que não tem nada a ver comigo? Como me proteger contra a enganação que pode estar escondida atrás do púlpito?
Greg Koukl, filósofo e apologista do ministério Stand to Reason compartilhou essa semana um texto em suas cartas de instrução que eu achei muito útil. Ele rapidamente aborda o assunto nos dando ferramentas para saber quando podemos tomar posse de uma promessa e quando não podemos.
Leia o texto com atenção, coloque seus ensinos em prática e você nunca mais vai ser enganado por promessas que não são suas e vai saber exigir as que lhe são por direito.

Por Greg Koukl

Quando eu era um novo convertido na década de 70, parte das tralhas padrões de um cristão do Movimento de Jesus (+) era uma cópia brochura com as páginas marcadas nos cantos do livro The Jesus Person Pocket Promise Book (O livro de promessas de bolso da pessoa de Jesus).
Parecia uma ideia sensacional, no momento, recolher as promessas de Deus e depois requerê-las conforme necessário. Agora, quase 40 anos mais tarde, - embora as promessas de Deus não sejam menos "preciosas e magníficas" (2 Pedro 1:4), - penso duas vezes quando as pessoas as afirmam para si.
Promessas são muitas vezes abusadas, em muitos casos por pessoas que deveriam conhecer melhor. A promessa não amarrada cuidadosamente aos detalhes do texto em que se baseia se torna um exercício vazio de pensamento desejoso relativista.
Conhecimento – uma mente corretamente informada – é a primeira característica de um bom embaixador. Embaixadores precisam obter o conteúdo da mensagem corretamente antes que eles possam passá-la com precisão para outros. Uma vez que tudo o que oferecemos em nome de Deus consiste em promessas de algum tipo, erros aqui realmente importam.
A promessa bíblica é um compromisso vinculativo de Deus para fazer ou não fazer algo específico. Se a promessa é feita para você, você tem o direito de esperar que Deus mantenha sua palavra. No entanto, se você não é o legítimo proprietário dessa promessa, você não pode reivindica-la para você. É inútil apropriar-se de promessas feitas para outro. Isso pode levar à decepção e desânimo.
Mas como você sabe se você é o sortudo beneficiário? Você sabe olhando bem de perto os detalhes da promessa em si mesma e aplicando dois simples princípios.
O significado correto de qualquer passagem bíblica é o significado que o autor tinha em mente quando ele o escreveu. Uma promessa é somente uma promessa quando é utilizada conforme a intenção de seu criador. Nós descobrimos essa intenção prestando atenção aos detalhes, as palavras, as condições, o destinatário, o tempo, o cenário histórico – os detalhes que compõem o contexto da promessa.
O processo pode ser organizado em etapas, perguntando (e respondendo), quatro questões: quem?, o quê?, por quê? e quando? *

Quem? - Identifique a pessoa em particular ou pessoas em particular para quem a promessa é feita. A promessa pode ser para um indivíduo específico, para um grupo, ou para qualquer um. Pergunte: “sou eu essa pessoa? Se a promessa é para um grupo (por exemplo, os judeus, cristãos) pergunte: sou eu parte do grupo?

O quê? - Mire nos detalhes da promessa. Especifique no que realmente a promessa se compromete. Pergunte: que vai acontecer (ou não acontecer) quando a promessa for cumprida?

Por quê? - Por que a promessa será cumprida, isto é, o que deve acontecer primeiro? Observe as condições ou exigências nas quais a promessa depende, muitas vezes assinaladas por uma cláusula se/então. Pergunte: eu preencho os requisitos?

Quando? - Este é o tempo da promessa. A promessa pode ser para um período em particular ("... nessa época no ano que vem...") ou por um tempo indeterminado. Faça a pergunta: Qual é o tempo da promessa, (se existir algum)?

Nós só podemos legitimamente reivindicar uma promessa bíblica se ela for nossa por direito. Se a promessa for para nós, e tivermos preenchido as condições, e a promessa for para o nosso tempo, então podemos contar com Deus para cumprir sua palavra.
Se não, então devemos deixar a promessa para seu legítimo proprietário e aproveitar o texto, através do que podemos aprender a partir das relações de fidelidade de Deus com as pessoas.

Semper Fi, (Semper fidelis, sempre fiel).

* Agradeço ao meu irmão, David Koukl, para este exercício útil.

Nota do tradutor: (+) Jesus Movement, 'Movimento de Jesus' ou ainda Jesus People, foi um movimento cristão estabelecido nos 1960 em oposição ao Movimento Hippie.

segunda-feira, agosto 02, 2010

Dicas de evangelismo: olha a boca!


Não, não. Não estou falando em relação a palavrões. Não falar palavrões é muito importante no evangelismo (como o é na vida como um todo Efésios 4:29), mas um outra coisa muito importante mas esquecida durante o evangelismo é o nosso linguajar evangélico. Não porque ele seja ruim em si mesmo como um palavrão, mas porque muitas vezes ele só faz sentido para aqueles que estão dentro do circuito evangélico, além de poder criar uma interpretação errada para aqueles que estão ouvindo o termo pela primeira vez.
É muito comum o cristão possuir dois tipos de linguagens. Uma que usa no dia a dia e outra que usa na igreja, com os irmãos. Isso é de certa forma comum. Um advogado possui um linguajar técnico em seu trabalho e outro que usa com a família e com os amigos. O problema para o cristão que está evangelizando é que em muitas situações fora da igreja, ele liga o linguajar evangélico (porque está falando sobre assuntos religiosos) e seu interlocutor se sente perdido.
Isso é ainda mais comum quando estamos em um meio ambiente tipicamente evangélico. Freqüentamos a igreja, nossa família é cristã, nossos colegas de trabalho e chefes são evangélicos, nossas atividades sociais em sua quase totalidade podem ser definidas como “gospel”. Só vamos perceber o problema quando saímos dessa bolha (se refletirmos sobre isso, claro).
Eu me lembro quando estava fazendo o curso de formação de condutores que tinha um rapaz evangélico na sala. Quando estávamos falando sobre algum assunto moral, ele começou a dar a sua opinião sobre o assunto e para minha surpresa, ele mudou totalmente o modo de falar. Ele parecia estar dando um testemunho na igreja, com termos como “ungidos do Senhor, graça e livramento”. Essas palavras fazem muito sentido para nós, mas nem sempre para aqueles de fora. E se nosso intuito é fazer a mensagem do evangelho compreensível para todos, devemos ser sensíveis para isso.
Uma outra ilustração foi em um evangelismo que estávamos fazendo em um cemitério (melhor lugar do mundo pra evangelizar, todo mundo está pensando na morte) e uma irmã que estava conosco fez a seguinte pergunta para uma mulher que estávamos evangelizando: “você fuma?” Quando a mulher respondeu que sim, nossa irmã então disse: “mas seu corpo é templo do Espírito Santo”. A mulher ficou olhando com uma cara de “não entendi” (Além de usar um termo que não fez sentido para a mulher evangelizada, ela também cometeu um erro teológico porque somente os cristãos são templo do Espírito Santo e aquela mulher não era cristã. Além disso, o texto de origem está falando sobre pecados sexuais e não sobre cigarro. Acho que foram dois erros então...).
Existem várias palavras e frases que só fazem parte do nosso repertório cristão (unção, fogo de glória, “tá amarrado”) mas minha favorita é “Deus tem um plano maravilhoso na sua vida”. Essa frase é prejudicial em dois sentidos. Primeiro porque ela serve como propagando enganosa, mesmo sendo verdade. Deus realmente tem um plano maravilhoso para nossas vidas, mas esse maravilhoso é de acordo com o padrão de Deus. Pergunte para Estevão qual foi o plano maravilhoso de Deus para ele. Segundo, porque a pessoa que ouve essa frase não pensa no plano de Deus como algo transcendente a nós mesmo, mas como algo que vem em nosso benefício. Eles vinculam esse plano a outra palavrinha que eles rapidamente aprendem no meio evangélico: benção (engraçado que pecado demora pra entrar no vocabulário). E assim são enganados quando as coisas não dão certo como ele esperava.
Esse é um desafio comum em várias profissões. O equilíbrio da linguagem técnica e da linguagem popular para manter um canal efetivo de comunicação. Esse também é um desafio para nós que levamos a palavra de Deus para outros. Assim como um missionário em um outro país se esforça para falar a língua desse povo na pregação do evangelho, devemos nos atentar para usar a língua do nosso povo nessa mesma tarefa, filtrando os termos evangélicos que podem não fazer sentido.
Você concorda? Conhece algumas palavras do vocabulário evangélico que podem não fazer sentido em outros contextos?

domingo, agosto 01, 2010

D. e J: amigos missionários



Sexta-feira tivemos a despedida de nossos amigos D. e J. que estão indo para o campo missionário pregar o evangelho.
É sempre uma alegria quando nossos irmão se prontificam a pregar a palavra de Deus, especialmente quando isso envolve outras culturas.
Eles estão com um projeto interessante. Eles vão primeiro para Guiné Bissau, na África, onde vão passar um ano trabalhando na Casa Emanuel, com o trabalho de assistência humanitária e com crianças. Um dos principais objetivos desse tempo, além de pregar o evangelho, é aprender a conviver em um contexto religioso muçulmano.
Depois desse tempo eles devem passar por um treinamento na Bolívia, por cerca de 5 meses e daí serão enviados para trabalhar em alguma nação muçulmana.
Vocês podem ler mais sobre seus projetos, planos e como se envolver com esses irmãos em seu blog.
Quero convidar a todos os cristãos que acompanham este blog a se envolverem com essa obra, nas várias formas possíveis. Esse irmãos estarão cumprindo a grande comissão dada por Nosso Senhor Jesus Cristo e nós podemos fazer parte disso de uma forma muito efetiva.
Orem por eles. Temos certeza que eles vão precisar de todo o apoio possível. E essa é a hora da igreja de Jesus Cristo se levantar para anunciar as boas novas do evangelho.

(Esse post foi editado porque nossos amigos agora em Fevereiro de 2012 estão indo para um país onde a pregação do evangelho é bem mais complicado. Como não queremos dificultar a vida deles, estamos tirando os nomes, foto e o blog deles).

Ministerio para surdos

Vamos falar sobre Cristo


Se temos alguma coisa para dizer para os outros sobre Cristo, vamos dizê-lo. Não vamos nos silenciar, se encontramos paz e descanso no Evangelho. Vamos falar com nossos conhecido, amigos, famílias e vizinhos, de acordo com as oportunidades e dizer o que o Senhor tem feito pelas nossas almas. Nem todos foram chamados para serem ministros. Nem todos devem pregar. Mas todos podem andar pelos passos daquele de quem temos lido e nos passos de André e Felipe e da mulher samaritana. (João 1:41, 45; 4:29) Feliz é aquele que não se envergonha de dizer para outros “Venha e ouça o que o Senhor tem feito pela minha alma” (Salmo 66:16)

J. C. Ryle,
Expository Thoughts on the Gospels: Mark, [Carlisle, PA: Banner of Truth, 1985], 97, 98.

Respondendo emails: Testemunhas de Jeová e a política, forças armadas e a sua tradução da Bíblia


Sempre recebemos algum email com perguntas sobre assuntos envolvendo cristianismo e apologética.
Os emails sobre as Testemunhas de Jeová também são freqüentes. Temos até uma intensa troca de emails com um superintendente presidente de um Salão do Reino que estou trabalhando e em breve devo disponibilizar como um e-book para download.
Recebemos o email abaixo de um irmão e acho que a resposta pode ser interessante também para ser postada aqui no blog.

On 25/07/2010 22:48, Irmão wrote:
> Paz sei que amado foi testemunha de Jeová por anos gostaria de sua opinião sobre uns assuntos que eles defendem sobre que pessoa não pode servir a nenhuma força armada como Exercito, policia Militar e Civil e só pode se batizar nessa seita quando se aposenta, outro que são totalmente contra a politica, diz que os Cristão devem se preocupar em pregar o reino de Deus na terra e sobre a Bíblia deles quem traduziu sei que eles diminuíram Jesus e o que e eles crêem sobre Jesus.
>
> obs:sei que poderia pesquisar no google mais vendo o blog do amado pode aprender mais sobre essa seita perigosa nada contra as pessoas de lá sei que tem muita gente boa pena que religiosa e vivem uma heresia desde de já agradecido irmão

Olá Irmão.

Desculpe-me pela demora em responder. Essas últimas semanas estão sendo bem corridas.
Respondendo as suas perguntas, os Testemunhas de Jeová realmente possuem restrições em relação ao envolvimento de seus membros com as forças armadas e de segurança e também com política.
Nenhum membro dessa seita pode ser militar ou policial e também não pode se envolver com a política, seja se candidatando, seja votando. Isso causa alguns problemas para as TJs porque muitos perdem seus direitos políticos por se negarem a prestar o serviço militar obrigatório em nosso país.
A base bíblica, de acordo com a interpretação da Torre de Vigia, é o texto de Isaías 2:4 que diz: "E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra".
O que as TJs ignoram é que esse texto se refere a Israel, não a todo o mundo. Isso fica claro pelo primeiro versículo do livro de Isaías "A visão de Isaías, filho de Amoz, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá" 1:1. Portanto, muito do que está em Isaías deve ser analisado por essa perspectiva.
Uma coisa muito comum na forma de interpretação das Escrituras feita pela Torre de Vigia (a organização formal das Testemunhas de Jeová) é o que eu chamo de pinçamento de versículos. Pega-se versículos totalmente isolados de seu contexto e aplica-se um sentido contrário ao que seria o correto quando o contexto é levado em consideração. Também é importante que sejam ignorados outros versículos que possam contrariar a interpretação assumida. Vou dar um exemplo nesse mesmo caso.
João Batista, que foi profetizado como profeta do altíssimo e que dirigiria "os nossos pés no caminho da paz" (Lucas 1:79), disse o seguinte para os solados que o indagavam sobre o que deveriam fazer: "A ninguém queirais extorquir coisa alguma; nem deis denúncia falsa; e contentai-vos com o vosso soldo" (Lucas 3:14). Veja que João Batista não disse em momento algum que eles deveriam largar as forças armadas porque essa era a vontade de Deus. Não existe nada disse em sua resposta. João apenas instrui em relação serem justos com todos e contentar-se com seus ganhos.
Jesus elogiou a fé de um centurião (Mateus 8:10) e curou o empregado desse homem. Não o repreendeu o deu sinal que estava efetuando a cura por causa de sua fé, mas que repudiava a sua atividade como soldado.
É interessante ver uma contradição na forma que as Testemunhas de Jeová lidam com essa questão. Elas são contas seus membros prestarem serviço militar ou policial, servindo a sua pátria. Mas não possuem problema algum em se beneficiar desse serviço. Se alguma testemunha de Jeová for assaltada, ela vai abrir um boletim de ocorrência e pedir ajuda policial. Esperam proteção de suas fronteiras contra ataques de nações inimigas. Se essas atividades são contra a vontade de Jeová, deveriam também se negar a receber ajuda policial e deveriam estar dispostos a ter suas fronteiras invadidas por qualquer um.
Romanos 13 nos diz da importância de nos submetermos as autoridades governamentais que são instauradas por Deus. E isso inclui a política.
Mas as Testemunhas de Jeová não votam e não se elegem. Elas se baseiam em parte no texto de João 18:36 "Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui".
A técnica de pinçamento de versículos é utilizada aqui novamente. Jesus está sendo julgado por Pilatos e a grande questão é: "És tú o rei dos judeus" (João 18:33), pois era com essa acusação que os judeus queriam que Jesus fosse julgado. E era a essa questão temporal que Jesus estava se referindo. Nenhum proibição ou condenação em relação à existência de governos e participação neles. É necessário retirar e isolar o texto de seu contexto imediato e já possuir uma pré-disposição doutrinária para acreditar que esse texto restrinja a atividade política.
Quero chamar a atenção novamente para mais uma contradição aqui. Apesar de não se envolverem com política pelo voto, as Testemunhas de Jeová são conhecidas por se envolverem com política através de processos judiciais, especialmente no sentido de alterarem leis que lhes são prejudiciais. Entre os anos 30 e 40 nos Estados Unidos, mais de 20 casos foram julgados na Suprema Corte americana, o mais famoso deles foi Minersville School District vs. Gobitis, sobre dois garotos testemunhas de Jeová que se negaram a saudar a bandeira dos Estados Unidos em uma escola americana durante a segunda Guerra.
Muitas das conquistas em relação a liberdade religiosa da Testemunhas de Jeová originaram da participação dessa organização na alteração de leis através de decisões judiciais. Essa é uma outra forma de se envolver ativamente na política. Ou seja, também uma contradição.
Por último, sobre a Tradução do Novo Mundo (TNM) das Escrituras Sagradas, sim, é verdade que eles diminuíram Jesus, o tornando menos que Deus, apenas um deus. Em sua crença, Jesus é o arcanjo Miguel. Ou seja, Jesus é um anjo. O primeiro e mais exaltado de todos, mas ainda assim um anjo.
É importante ressaltar que os tradutores da TNM não possuíam qualquer qualificação para o trabalho de tradução. Vou colocar abaixo um texto que escrevi em resposta a um email de uma Testemunha de Jeová:

A questão sobre a comissão de tradução é bastante interessante. A organização se nega totalmente a informar quais foram seus membros. Com toda certeza isso gera questionamento sobre as qualificações de seus membros, já que verdadeiros eruditos se negariam a ter seus nomes associados a uma versão tão tendenciosa. Se realmente fossem eruditos, seria fácil resolver essa questão, era só liberar o nome de seus tradutores. Mas a Torre de Vigia ainda mantêm essa questão em aberto. Acredito que em tudo isso, a dúvida é bem melhor do que a certeza. Mas vamos nos focar um pouco sobre aquele que era considerado erudito na organização e que se apresentava como tal, Frederick W. Franz, como está em sua autobiografia, publicada na Sentinela de 01/05/1987 “À continuação do meu estudo de latim acrescentei então o estudo do grego. Que bênção era estudar o grego bíblico com o Professor Arthur Kinsella! Com o Dr. Joseph Harry, autor de várias obras gregas, estudei também o grego clássico”.
Vejamos primeiro se essa declaração é verdadeira. Paul Blizard investigou o assunto. Segundo ele, o único curso de grego bíblico oferecido na Universidade de Cincinnati na época era “Novo Testamento – Um curso de gramática e introdução”, de duas horas. Isso pode ser conferido no catálogo de 1911, na página 119. De grego clássico, Franz teve 21 horas de aula, latim foram somente 15 horas e hebraico e siríaco não eram ensinados na Universidade de Cincinnati. Além disso, Arthur Kinsella não possuía PhD, portanto só podia lecionar aulas introdutórias.
Também é interessante notar que em um julgamento que aconteceu na Escócia, em 1954, no caso Walsh versus Clyde, Franz se apresentou ao tribunal. Veja à baixo uma tradução de porções da transcrição do julgamento (ao qual eu possuo um cópia):

Página 7 - 9
Terça-feira, 23 Novembro, 1954.
Pergunta: Você é familiarizado com o hebraico?
Resposta de Franz: Sim.
P: Você também conhece e fala espanhol, português e francês?
R: Espanhol, português e alemão, mas consigo ler em francês.
P: Então você possui um aparato lingüístico substancial ao seu favor.
R: Sim, para uso no trabalho bíblico.
P: Percebo então que você é capaz de ler a Bíblia e entendê-la em hebraico, grego, latim, espanhol, português, alemão e francês?
R: Sim.
P: E era sua responsabilidade em nome da Sociedade verificar a tradução para o inglês do hebraico original do primeiro volume das Escrituras do Velho Testamento?
R: Sim.
No dia seguinte;

Página 102-103
Quarta-feira, 24 Novembro, 1954.
P: Você, você mesmo, lê e fala hebraico?
R: Eu não falo hebraico.
P: Você não fala?
R: Não.
P: Você mesmo poderia traduzir isso aqui para o hebraico?
R: Qual?
P: O quarto versículo do segundo capítulo de Gênesis.
R: Você diz traduzir aqui?
P: Sim.
R: Eu não tentaria fazer isso.

Pelo jeito o aparato lingüístico de Franz desapareceu pela noite. Franz alegou que era familiarizado com hebraico e grego, mas falhou um teste simples em um tribunal. Se ele, que era considerado o maior erudito na organização falhou de uma forma tão vexatória, o que poderíamos dizer dos outros tradutores? Seja como for, essa questão vai continuar em aberto porque, como já foi dito, a dúvida nessa caso é bem melhor que a certeza.

Espero que essas informações tenham sido úteis. Mais tarde eu vou te responder sobre a Trindade e como podemos ter certeza absoluta que esse ensino tem suas raízes na Bíblia.
Que Deus te abençoe e não hesite em nos escrever.

Em Cristo.

Maurilo
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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