segunda-feira, junho 17, 2013

Com quantos versículos se faz um tema central?


Eu vou mudar o nome do blog para Apologética Facebookiana, ou algo assim. Agora eu nem preciso sair de casa para achar inspiração para os textos. Mas como eu realmente saio de casa, acabo não tendo tempo para escrever. Mas resolvi fazer um update no meu texto sobe numerologia bíblica, porque mais uma vez eu vi alguém no Facebook usando a numerologia bíblica para avançar seu ponto de vista. E mais uma vez foi um pastor que fez isso (essa prática é moda entre os pastores), com a seguinte afirmação:
"Aprendam a fazer o bem. Busquem a justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva." [Isaías 1:17]Justiça é um tema central, mencionada mais de 200 vezes nas Escrituras.Não é secundário, é central! E pq anda tão esquecido?
Por justiça, o nosso amigo quer dizer justiça social e com justiça social ele quer dizer tirar de uns para dar para os outros. Esse conceito de justiça é estranho às Escrituras. Para a Bíblia, justiça é corrigir um mal feito a alguém. Se eu roubar você, eu devo sofrer pelas mãos da justiça. Como muitas vezes o rico consegue que a justiça seja feita e o pobre e a viúva não, a Bíblia nos instiga a lutar pelos direitos dos mais fracos, mas esse direito não tem nada a ver com deixar de ser pobre, a não ser que tenha existido roubo. Esse foi um pequeno adendo, porque o alvo não é esse, mas acho importante ressaltar que o conceito bíblico de justiça é diferente do que o povo anda pregando por ai. Eu não me lembro se já escrevi sobre isso. Se não escrevi, vou explicar melhor em um texto à parte.
Mas vamos supor, apenas para manter o argumento vivo, que a noção de justiça bíblica é a de justiça social. Ele diz que o tema é central, que é mencionada mais de 200 vezes nas Escrituras. Ora, isso é um número interessante, não é? Se, a quantidade de vezes que um tema é mencionado nas Escrituras define a sua importância, então, podemos acreditar que essa noção de justiça é importantíssima, certo? Talvez.
Primeiro já escrevi que esse método para se definir importância para um tema é furado. Deus é mencionado na Bíblia 4,3 mil vezes. Jesus é mencionado 900 vezes. Então, o que é mais central na Bíblia? Justiça ou Deus? Justiça ou Jesus?
Vamos calcular a real importância do termo justiça como disso o pastor. A Bíblia possui cerca de 31.200 versículos. Destes, 200 mencionam justiça (na verdade, a palavra justiça aparece 548 na Bíblia em português, mas a maioria referente à justiça divina, o que não avança a afirmação do pastor). Fazendo uma rápida análise, podemos dividir 200 por 31.200 e teremos 0,64%. Ou seja, de tudo o que é abordado nas Escrituras, essa justiça aparece 0,64% das vezes. Se isso é central, eu não sei o que mais é secundário.
No final das contas, esse grupo de pastores que vem avançado a numerologia bíblica (justiceiros sociais, universalistas, etc) precisaram arrumar uma forma de tentar justificar sua péssima hermenêutica. Já que uma leitura completa das Escrituras dentro do seu conceito nos mostra que o tema central da Bíblia é Cristo e seu plano de salvação para a humanidade da ira vindoura para a Glória de Deus (ufa), só resta catar versículos soltos, fazer uma rápida contabilidade e torcer para que os mais incautos caiam na conversa. Uma pena que o argumento não se sustenta nem mesmo dentro das suas premissas.
Prometo não escrever mais sobre isso. Mesmo que eu veja na Facebook de novo (e sei que verei) Já esgotei o tópico.

O Facebook ainda vai render outros textos. E a vida real também.

domingo, junho 16, 2013

O cristão e a astrologia


Essa sempre foi uma questão fácil pra mim: o cristão deve acreditar na astrologia? Não. Ponto final. Próxima pergunta? Eu já havia aprendido com as testemunhas de Jeová que a astrologia é um sistema de adivinhação e como tal havia sido proibido por Deus (Deuteronômio 18:10-14) e quando me tornei cristão, fiz certa checagem das minhas crenças antigas de TJ e essa sobre a proibição referente aos métodos de adivinhação se manteve (a grande maioria foi embora).
Mas depois que o Facebook entrou na minha vida, eu tenho observado uma coisa interessante. Tenho visto alguns amigos que se reconhecem como cristãos postando frases e imagens positivas em relação à astrologia. E não são poucos. Será que estou tão por fora do que acredita o meio evangélico? Tudo bem, a igreja que eu faço parte está bem fora da curva evangélica atual (e bem próxima da curva protestante histórica), mas será que a igreja evangélica mudou tanto nos últimos 10 anos que adicionou a astrologia ao leque de crenças?
Eu não vou falar sobre o que é a astrologia aqui. Caso queira entender melhor as suas premissas, você pode ler este artigo na Wikipédia. E lembre-se, se está na Wikipédia, só pode ser verdade, né? ;^)
Eu tenho basicamente duas objeções à astrologia. A primeira bíblica e a segunda, científica. A objeção bíblica se baseia nos seguintes textos:
E para que, ao erguerem os olhos ao céu e virem o sol, a lua e as estrelas, todos os corpos celestes, vocês não se desviem e se prostrem diante deles, e prestem culto àquilo que o Senhor, o seu Deus, distribuiu a todos os povos debaixo do céu.
Deuteronômio 4:19
Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou dedique-se à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium ou espírita ou que consulte os mortos. O Senhor têm repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês. Permaneçam inculpáveis perante o Senhor, o seu Deus. As nações que vocês vão expulsar dão ouvidos aos que praticam magia e adivinhação. Mas, a vocês, o Senhor, o seu Deus, não permitiu tais práticas.
Deuteronômio 18:10-14
Todos os conselhos que você recebeu só a extenuaram! Deixe seus astrólogos se apresentarem, aqueles fitadores de estrelas que fazem predições de mês a mês, que eles a salvem daquilo que está vindo sobre você; sem dúvida eles são como restolho, o fogo os consumirá. Eles não podem nem mesmo salvar-se do poder das chamas. Aqui não existem brasas para aquecer ninguém; não há fogueira para sentar-se ao lado.
Isaías 47:13-14
E outros textos. A Bíblia proíbe métodos para conhecer o futuro e que não devemos buscar nos sinais celestiais nem adorar os corpos celestes, além de mostrar que os astrólogos, os fitadores de estrela não podem salvar a si mesmos. Veja também Daniel 4:7 sobre o papel dos astrólogos.
Portanto, independente de existir alguma validade à astrologia ou não, a crença na astrologia está em rota de colisão com o ensino bíblico e o cristão deve sempre se alinhar com os ensinos das Escrituras.
Só que a astrologia não tem validade, especialmente científica e aqui vai a minha segunda objeção. A astrologia afirma que a posição dos corpos celestes na hora do nascimento da pessoa influencia na personalidade da mesma. Muito bem: não existe nenhuma comprovação científica disso. Nada. Ninguém sabe que energia misteriosa é essa que é mais forte que a gravidade, a ponto de influenciar a personalidade de uma pessoa, mesmo um planeta distante como Júpiter, mas é barrada por líquido amniótico e carne humana. Ninguém sabe como essa força age: ela altera o DNA da pessoa, para que ela se enquadre em um dos 12 já pré-definidos padrões de personalidade ou essa influencia vai acontecendo por toda a vida, manipulando a mente da pessoa para que ela aja da forma como os astros desejam? Alías, a astrologia como prática de divinação vem da época que as pessoas acreditavam que os corpos celestes eram deuses capazes de influenciar a vida das pessoas. Era e é uma forma de superstição. Essa prática continua mesmo quando já sabemos que os corpos celestes não são deuses. Não são deuses. Não possuem poder mágico de influência da vida das pessoas. Ainda assim, a prática continuou, mesmo sem o seu fundamento mais básico.
Uma coisa interessante é que a divisão do céu em 12 signos em um arco de 30 graus cada não representa o céu de forma alguma. Quando dizem, por exemplo, que o sol está em câncer, os astrólogos erram feio. Hoje, 16 de junho, o sol deveria estar em gêmeos. Mas na verdade, está em touro. Ou seja, seu mapa astrológico mudou. Se você tem as características de uma pessoa de gêmeos (inteligência, versatilidade, agilidade mental, persuasão) é melhor começar a se comportar como alguém de touro (paciência, determinação e romantismo).
Mas talvez você diga: mas eu conheço pessoas que batem direitinho com a descrição de personalidade do zodíaco. Para isso eu respondo: eu conheço pessoas que não batem em nada com a descrição de personalidade. Você realmente acredita que só existam 12 tipos de pessoas? Eu nasci no dia 1 de novembro e meu signo é de escorpião (apesar do sol estar em libra nesta data) e toda vez que eu falava a data do meu nascimento, as pessoas já me pré-julgavam como escorpiniano (é assim que se escreve?) e tudo o que eu fazia que era parecido com o meu signo apenas alimentava essa crença. Ou seja, eu era estimulado a agir como alguém de escorpião e quanto mais eu agia mais as pessoas acreditavam que eu era de escorpião. O que influenciou a minha personalidade: o sol em escorpião, mesmo estando em libra, ou as pessoas alimentando em mim as características de escorpião? E quando eu tenho atitudes de forma totalmente diferente de alguém de escorpião? O que está acontecendo aqui?
Portanto, se você é cristão, pare de acreditar na astrologia. Ela é condenada e zombada nas Escrituras, não possui fundamentação científica e é fruto de uma superstição antiga. Além disso, é uma forma de preconceito (você já sabe tudo sobre uma pessoa apenas pela data que ela nasceu) que em nada avança a sociedade e apenas nos faz perder tempo.
Quando olhar para o céu, ao invés de tentar entender o seu futuro ou o traço da personalidade de alguém, apenas faça como o salmista:
Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.
Salmos 19:1 

sábado, junho 08, 2013

Culto em inglês: a ressurreição de Cristo


Olá pessoal. Após um tempo longe do blog, voltamos para anunciar que vamos compartilhar uma mensagem sobre a veracidade histórica da ressurreição de Cristo na Igreja Batista da Amizade, em São Paulo. O mais interessante é que a mensagem será toda em inglês! Então, se você quiser aprender sobre a ressurreição de Cristo, ou praticar um pouco de inglês ou ambas as coisas, será muito bem vindo.

Veja o endereço abaixo:

Exibir mapa ampliado;
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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