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sábado, julho 25, 2009

Os evangélicos conseguem identificar uma heresia? Se for n'A Cabana, não.


Normalmente, quando estou no ônibus, indo ou vindo do trabalho, não costuma muito abordar as pessoas para fazer evangelismo porque esse é meu momento de aprendizagem, já que ouço a vários podcasts em meu ipod, como Wretched Radio, Stand to Reason, Reasons to Believe, Sience news Flash, William Lane Craig e outros. Mas um dia desses, voltando do trabalho, me sentei ao lado de uma moça que estava lendo A Cabana, de William P. Youg. Eu vi que ela estava na última página do livro, então resolvi esperar que ela terminasse de ler e assim que ela fechasse o livro, teria uma conversa com ela sobre o que achou do livro. Torcendo claro, que ela não descesse do ônibus antes disso.
Assim que ela fechou o livro eu perguntei a ela o que ela achou do livro. “Muito bom né? Nossa, um ótima história sobre relacionamentos” ela respondeu. “Qual tipo de relacionamento? Entre pessoas ou com Deus”? “Com Deus” ela disse, “é uma ótima história como Deus nos ama e quer se relacionar conosco”. Fique curioso para saber qual religião ela era (apesar de já ter uma idéia) e ela me confirmou que era evangélica. Perguntei se ela indicaria esse livro para alguém não cristão e ela disse que sim.
Minha curiosidade foi aumentando “você não viu nada de errado no livro? Nada que seja contrário ao que a Bíblia diz”? E ela me respondeu “não, nada mesmo. Deveria”?
Comecei a explicar para ela que, apesar de ser um livro bem escrito e com um grande apelo emocional (no final das contas é por isso que tanta gente gosta do livro), algumas coisas me chamaram a atenção, algumas declarações como a que se encontra na página 107 da edição brasileira “Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos. Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, em meus amados”. Perguntei a ela se essa declaração combinava com a de Jesus em João 14:6 “eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Ela me disse que não, que essa frase do livro é bem diferente do que está na Bíblia. “Imagine alguém que não é cristão e lê isso, o que essa pessoa vai pensar”? “Que não é necessário vir a Cristo para ser salvo” foi a resposta que ela me deu. Eu perguntei se ela concordava com a visão ortodoxa que para alguém ser salvo, essa pessoa precisa se arrepender de seus pecados e colocar sua fé em Jesus Cristo, que não existe “cristão anônimo”, que ninguém pode ser salvo sem um relacionamento pessoal com Cristo. Ela disse que sim. “Portanto, essa é uma grande heresia em um livro que muitas pessoas estão lendo, não é verdade”? “Sim, foi meu pastor que me indicou”. Ai, ai, fica pior a cada minuto. Conversamos um pouco mais sobre uma e outra heresia desse livro, que é tudo menos cristão.
Logo depois eu precisei descer, mas pela cara que a moça ficou, consegui deixar uma pedra em seu sapato (ou em sua mente). Ela realmente ficou pensando sobre isso.

Eu fico maravilhado com a incapacidade em geral dos evangélicos de perceber heresias, mesmo quando elas estão a menos de um palmo do nariz. Eu acho que isso tem a ver com a falta de uma visão bíblica de mundo. Menos de 11% dos cristão lêem a Bíblia regularmente. Não existe cobrança por parte de pastores e líderes para que suas ovelhas se alimentem com regularidade das Escrituras. E a grande maioria das mensagens são sobre vitória e como consegui-la (como uma que vi essa manhã de uma famosa igreja no Brás, em São Paulo. O pastor ali é um mestre do origami bíblico). Em um cenário como esse, não é difícil entender como a moça do ônibus (e muitos outros evangélicos) não conseguem ver as heresias explícitas da Cabana.
Quando cheguei em casa, peguei uma versão que tenho da Cabana e dei uma olhada rápida. Veja quantas heresias pude identificar em pouco minutos:
- “Em Jesus eu perdoei todos os humanos por seus pecados contra mim, mas só alguns escolheram relacionar-se comigo (...) Quando você perdoa alguém, certamente liberta essa pessoa do julgamento, mas, se não houver uma verdadeira mudança, não pode ser estabelecido nenhum relacionamento verdadeiro”. (página 135).
Deus está explicando para Mack sobre perdão. Diz que todos já receberam o perdão de seus pecados em Cristo e como já foram perdoados, não existe julgamento vindouro para ninguém. Será que é isso que a Bíblia diz? João 3:18 “Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. Romanos 2:5 “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus”.
- “Quando nós três penetramos na existência humana sob a forma do Filho de Deus, nos tornamos totalmente humanos”.
Isso é modalismo (ou sabelianismo), uma antiga heresia que a igreja combateu no século três. O modalismo ensina que a Trindade não é composta de três pessoas, mas de uma. O Pai é o Filho que é o Espírito Santo que é o Pai. Uma só pessoa que a cada momento se manifesta de diferentes formas a cada momento. Se eles são a mesma pessoa (uma afirmação que contradiz a Bíblia e o próprio restante da Cabana), como podem os três estar presentes no batizado de Jesus (Mateus 3:17-17). E para quem Jesus orou? (Mateus 26:39, Marcos 14:39). Somente Jesus se tornou humano, se fez carne (João 1:14).
- “Papai não respondeu, apenas olhou para as mãos dos dois. O olhar de Mack seguiu o dela, e pela primeira vez ele notou as cicatrizes nos punhos da negra, como as que agora presumia que Jesus também tinha nos dele.
- Jamais pense que o que meu filho optou por fazer não nos custou caro. O amor sempre deixa uma marca significativa - ela declarou, baixinho e gentilmente. - Nós estávamos lá, juntos.
Mack ficou surpreso.
- Na cruz”? (pagina 53 e 54).
Segundo A Cabana, o Pai e o Espírito Santo (uma mulher asiática que parece fã de maconha) foram crucificados com Cristo. É isso o que a Bíblia ensina? Isaías 53:10 diz que “foi da vontade do Senhor esmagá-lo”. Leia todo o capítulo 53 de Isaías. Deu não pode olhar para o pecado (Habacuque 1:13) e Deus o fez pecado por nós (2 Coríntios 5:21). Somente o Filho foi crucificado. Uma amiga disse para mim que isso é irrelevante. Mas não é, pois seu os três estavam juntos na cruz, quem estava derramando sua ira sobre eles? Para quem eles apresentaram um sacrifício pelo nosso pecado? (Hebreus 9:26).
- “Não preciso castigar as pessoas pelos pecados. O pecado é o próprio castigo, pois devora as pessoas por dentro. Meu objetivo não é castigar. Minha alegria é curar” (página 68).
Essa frase tem um apelo emocional muito forte, mas é contrário aos ensinamentos das Escrituras. Deus não tem o culpado por inocente (Êxodos 34:7) e Ele julgará toda a Terra em justiça (Salmo 96:13). Os textos de João e de Romanos que já vimos afirmam justamente isso. Leia também 2 Timóteo 4:1. A Bíblia apresenta um quadro bastante diferente da Cabana.

Essas são apenas algumas das heresias encontradas nesse livro. Uma leitura cuidadosa pode revelar muitas outras. Leia nosso post sobre as 13 Heresias da Cabana.
Infelizmente, esse livro tem feito sucesso no meio evangélico. Muitos são enganados pelas mentiras ali colocadas, já que essas mentiras estão envoltas em um invólucro emocional e apelam bastante para uma imagem de Deus que agrada a muitas pessoas. Uma pena que o deus apresentado no livro A Cabana nada tem a ver com o Deus das Escrituras.
Acho que nada representa isso melhor do que uma frase dita pelo autor do livro em uma entrevista para a revista Purpose Driven Connection, a nova revista do famoso pastor americano Rick Warren (só poderia mesmo sem nessa revista...) “por todo o país, eu encontro pessoas não religiosas que leram o livro, compraram cópias para seus amigos religiosos e disseram para eles 'eu gosto do Deus da Cabana muito mais do que o seu'”. É claro que essas pessoas gostam mais desse deus. Ele satisfaz melhor as necessidades que as pessoas têm de possuir um deus feito por elas mesmas. É por isso que esse livro faz sucesso entre os não religioso. A Cabana aproxima as pessoas do deus do livro e as afasta do Deus das Escrituras.
Meus irmão evangélicos, por favor, ganhem uma visão bíblica de mundo. Leiam as Escrituras. Não sejam facilmente enganados por qualquer um que venha com um apelo emocional.
Citar 2 Timóteo 3:16 e 17 nunca é demais “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra".

domingo, abril 05, 2009

Fé e A Cabana – Objeto ou intensidade?


Navegando pelos vários blogs que falavam sobre A Cabana de William P. Young, em algum lugar (infelizmente não me lembro em qual) alguém comentava que apesar de possuir alguns deslises teológicos (????????) o livro ainda sim deveria ser lido por cristãos, pois esse pode gerar fé e paz naquele que o lê.
Para mim essa é uma afirmação muito interessante, porque nos leva a pensar sobre o que valida nossa fé. O que torna nossa fé relevante, a intensidade com que cremos ou o objeto de nossa fé?
A maior critica à obra de Young é que ela representa Deus de uma forma totalmente diferente daquela apresentada nas Escrituras. Uma leitura atenta ao livro pode mostrar a qualquer um com o mínimo de visão bíblica e apreço pela Palavra que esse livro apresenta um deus diferente do Deus das Escrituras. Assim sendo, esse deus de Young não é o mesmo que os cristãos acreditam. Qualquer dúvida em relação à isso leia outros posts sobre as heresias do livro. Além disso, Young já se declarou como universalista através de algumas entrevistas, sendo essa a crença que no final todos vão se salvar e Deus não irá julgar ninguém.
A Bíblia diz que não existe outro Deus, que ele é o único Senhor, no céu e na terra (Deut 4:39; 1 Cor 8:4). Se só existe um único Deus e ele se relevou ao homem através das Escrituras (2 Tim 3:14-17), então qualquer representação de um Deus diferente desse só pode ser considerado falso.
Se o deus da obra de Young é um deus falso, seria válida a fé e a paz proveniente desse deus? A fé, não importa seu objeto, mesmo que esse último não exista, é suficiente em si mesma?
A Bíblia repetidamente deixa claro que nossa fé deve estar em Deus e que aqueles que alcançaram seu alvo, não o alcançaram simplesmente por terem muita fé, mas sim por terem colocado sua fé em Deus, autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12:2; Fil 3:9; Gal 3:26).
O que valida nossa fé não é a sua intensidade. Se eu subir no topo de um prédio e gritar “eu não acredito na gravidade” e de todo coração acreditar que não existe gravidade e pular, a intensidade da minha fé em nada vai me ajudar. Eu ainda vou sofrer os efeitos da gravidade.
Portanto, mesmo que A Cabana esteja gerando fé no coração daqueles que o lêem, está gerando uma fé em algo que não existe, em um deus falso, diferente do Deus dos cristãos. Ou seja, gera fé em algo que não existe.
Seria então essa fé válida? A crença no nada?
Deixo para aqueles que defendem A Cabana para que concluam esse pensamento. Mas como sei que a grande maioria deles tem uma visão pequena das Escrituras, provavelmente vão responder: sim!
Fico imaginando que algum ateu adoraria usar esse texto contra mim...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

As 13 Heresias do livro "A Cabana"



A Cabana (William P. Young, ed. Sextante), tem sido um livro bastante aclamado, especialmente no meio evangélico. Está sendo recomendada por muitos pastores e até a famosos músicos cristão, como Michael W. Smith. Leia a descrição do livro no site da própria editora “Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada. Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia. Apesar de desconfiado, ele vai ao local do crime numa tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre. Em um mundo tão cruel e injusto, A cabana levanta um questionamento atemporal: Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?
É aí que está o grande problema do livro. Na tentativa de responder a essa pergunta, Young abandona a abordagem bíblica sobre sofrimento e busca uma abordagem mais humanística, focada no homem. Young acredita no universalismo, ou seja, todos no final das contas serão salvos.
Michael Youssef do ministério Leading the Way listou 13 heresias contidas nesse livro, que é um grande best-seller nos Estados Unidos.
Esse livro tem trazido muito engano a igreja, substituindo conceitos bíblicos por conceitos universalistas.

1 – Deus Pai foi crucificado com Jesus.
Porque os olhos de Deus são puros e não podem olhar para o pecado, a Bíblia diz que Deus não olharia para seu próprio Filho amado enquanto este estava pendurado na cruz, carregando nossos pecados (Hab 1:13; Mat 27:45). Isaías 53:4-10.

2 – Deus está limitado por seu amor e não pode praticar justiça.
A Bíblia declara que o amor de Deus e sua justiça são dois lados da mesma moeda – igualmente partes da personalidade e caráter de Deus (Isaías 61:8; Oséas 2:19). Romanos 9:13

3 – Na cruz, Deus perdoou toda a humanidade, tanto os que se arrependeram quanto os que não. Alguns escolhem um relacionamento com Ele, mas Ele perdoa a todas igualmente.
Jesus explica que somente aqueles que vierem até Ele serão salvos (João 14:6).

4 – Estruturas hierárquicas, estejam na igreja ou no governo, são ruins.
Nosso Deus é um Deus de ordem (Jó 25:2). Deus nos deu regras estruturais para a igreja, incluindo como dons são utilizados e qualificacoes para os lideres (1 Cor 12, 14; 1 Tim 3).

5 – Deus nunca vai julgar as pessoas pelos seus pecados.
A palavra de Deus repetidamente chama o homem a fugir do julgamento de Deus através da fé em Jesus Cristo, Seu Filho (Rom 2:16; 2 Tim 4:1-3).

6 – Não existe hierarquia na Trindade, só um circulo de unidade.
A Bíblia diz que Jesus se submete à vontade do Pai. Isso não significa que uma Pessoa é maior ou melhor que outra, mas sim única. Jesus disse “Eu vim para cumprir a vontade daquele que me enviou. Estou aqui para obedecer ao Pai”. Jesus também disse “Eu vou te enviar o Espírito Santo”(João 4:34; 6:44; 14:26; 15:26).

7 – Deus se submete a desejos e escolhas humanas.
De maneira alguma Deus se submete a nós, Jesus disse “Estreito é o caminho que leva a vida eterna”. Nós devemos nos submeter a Ele em todas as coisas, para sua Glória e por aquilo que ele fez por nós (Mateus 7:13-15).

8 – Justiça nunca vai acontecer por causa do amor.
A Bíblia ensina que quando o amor de Deus é rejeitado, e quando a oferta de salvação e perdão é rejeitada, justiça precisa acontecer ou então Deus enviou Jesus Cristo para morrer por nada (Mateus 12:20; Rom 3:25-26).

9 – Não existe julgamento eterno ou tormento no inferno.
A própria descrição de Jesus do inferno é muito vívida... não pode ser negada (Lucas 12:5; 16:23). Enquanto a “reconciliação universal” ensina que a salvação pode ocorrer após a morte, a Bíblia diz, “aquele que não acredita já está condenado, porque não creu no nome único Filho de Deus”(João 3:18).

10 – Jesus está andando com todas as pessoas em suas diferentes jornadas a Deus e não importa qual caminho você pega para Ele.
Jesus disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”(João 14:6).

11 – Jesus está constantemente sendo transformado conosco.
Jesus, que habita no esplendor do Céus, está assentado à direita de Deus, reinando e governando o universo. A Bíblia diz, “Nele não existe mudança alguma, porque Ele é ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 11:12; 13:8; Tiago 1:17).

12 – Não é necessário fé ou reconciliação com Deus pois todos conseguiram ir para o céu.
Jesus disse que “somente aqueles que crerem em mim terão a vida eterna” (João 3:15; 3:36; 5:24; 6:40).

13 – A Bíblia não é verdadeira porque reduz Deus ao papel.
A Bíblia foi inspirada por Deus. Com certeza houve muitos homens durante 1800 anos que utilizaram a caneta (por assim dizer), cada um com uma profissão e em um ambiente diferentes, mas o Espírito Santo infundiu seu trabalho com a Palavra de Deus. Esses homens estavam escrevendo a mesma mensagem de Gênesis a Apocalipse.
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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