segunda-feira, novembro 29, 2010

Segundas terminológicas: advento


Advento:
Significa literalmente “vinda” ou “chegada”. O termo refere-se à vinda de Jesus Cristo à terra para promover a salvação, por meio de sua vida, morte e ressurreição e ascensão. Agora os cristãos aguardam o segundo advento, quando Cristo voltará à terra em forma corpórea para receber a igreja e julgar as nações. O termo advento também se refere a um período do ano eclesiástico em que a igreja comemora a primeira vinda de Cristo à terra (Natal).

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

segunda-feira, novembro 15, 2010

Pés Descalços está de férias! E pés pra cima!


Caros amigos do blog:
Estaremos de férias pelas próximas duas semanas. Vamos descansar por uns dias, viajando para a praia.
Nesses dias dificilmente vamos atualizar alguma coisa aqui. Mas no Twitter é bem possivel. Incluíndo as praias que visitarmos. No Flickr da Vivian também vai ter fotos. Fique de olho.
Portanto, esteja orando por nós. Ore pela viagem, pela nossa segurança e também que Deus nos dê oportunidades para evangelizar o povo. Estamos levando notas de um milhão de dólares com mensagem evangelística.
Nós vemos em alguns dias.
Enquanto isso, aproveite para ler os posts antigos do blog. Tem muita coisa boa dos anos anteriores.
Um grande abraço para todo mundo!


Ps: E quando voltarmos, vamos começar com uma série de ensaios sobre a confiabilidade na redação e transmissão do Novo Testamento.

Segundas terminológicas: adoração


Adoração:
Ato de adorar e louvar a Deus, ou seja, reconhece-lo como único ser digno de exaltação e culto. A igreja, que deve ser uma comunidade adoradora (1 Pedro 2:5), expressa sua adoração, coletiva e publicamente, por meio de oração, salmos, hinos, cânticos espirituais, leitura e exposição das Escrituras, observância dos sacramentos e uma vida santa e de serviço, individual e coletivo.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

O Cristianismo é verdadeiro!


Já está disponível em nosso blog toda a série de ensaios que buscam mostrar como o cristianismo é verdadeiro. Hoje publicamos o últimos texto. São 23 textos que analisam a fé cristã e apresentam uma defesa racional e biblica para nossa fé.
Acesse no linke "O Cristianismo é Verdadeiro?" e lá você verá o índice com os ensaios e links.
E em dezembro, vamos publicar os ensaios em formato de e-book.

O Cristianismo é Verdadeiro? - O homem sábio busca a Deus


O homem sábio busca a Deus por Brian Auten

(Áudio em MP3 aqui em breve)

Vamos imaginar que Deus não existe. Talvez tudo o que existe veio a existir a partir do nada e sem razão nenhuma. Os processos da matéria fundiram-se para formar padrões em uma colisão infinita de átomos e partículas. Após um determinado período de tempo, matéria e energia formaram moléculas auto-replicantes. Por algo que não podemos nem mesmo chamar de sorte, o que chamamos de vida veio a existir no final de um processo puramente materialista. Seres pensantes, conscientes, auto-reflexivos surgiram para contemplar, comunicar, e popular. A chamada moralidade, a sociedade e a humanidade veio a existir.

Este é um universo ateu. Nenhuma intenção. Nenhum propósito. Sem direção. Nenhum projeto. Ele veio a existir em um rápido momento do espaço-tempo e tudo irá eventualmente queimar em um frio nada – sem ninguém olhando, sem ninguém se importando e sem ninguém a par disso. Tudo o que foi, é e será – é apenas uma construção sem sentido. Sem Deus, a morte é apenas uma remodelação de átomos, a perda de um certo tipo de organização molecular. O que quer que estava acontecendo nos neurônios de uma pessoa simplesmente cessou. Não haverá lembranças. Sem conseqüências, não há recompensas, sem arrependimentos. Aquele que está vivo, neste momento, pode fazer uma pausa para refletir: Por que estou vivo agora? Por que não estou morto ainda?

No entanto, o homem sábio busca a Deus.

Mas por quê?

O objetivo deste ensaio é mostrar que, pelos dados que estão diante de nós, na ausência da certeza de que Deus não existe, é o homem sábio que busca a Deus. Além disso, este artigo vai argumentar que se deve procurar o Deus cristão, pois, se o Deus cristão verdadeiramente existe, Ele pode ser encontrado por aqueles que o buscam em Seus termos.

Antes de prosseguir, vamos definir os termos dentro do assunto. Por sábio, queremos dizer agir com bom senso. Sabedoria é intrinsecamente ligada à implicação das escolhas e ações para a vida. Sabedoria inclui julgamento coerente, bom senso,1 ou fazer o melhor uso do conhecimento disponível.2 Se alguém vai ser sábio com o dinheiro, por exemplo, deve-se pensar não só nas necessidades do momento, mas olhar para a aposentadoria. Ou considere o agricultor sábio; toma ações no início do ano, com vista à colheita. O homem sábio usa o conhecimento disponível atualmente (na maioria das vezes sem certeza) e faz escolhas de longo alcance para o futuro. Assim, no contexto deste ensaio, pode-se enfatizar que a sabedoria significa escolher um curso de ação prudente com um horizonte de tempo mais longo possível em vista.

Podemos definir o que entendemos por Deus? Aqui estamos falando sobre o Deus cristão revelado na Bíblia. No entanto, deve-se notar que para os fins deste ensaio não estamos propondo a "construção de um Deus" por uma acumulação de partes apenas ou atributos obtidos através de argumentação lógica. Os meios pelos quais estamos abordando a questão de Deus aqui não são "de baixo para cima" – em vez disso estamos abordando o cristianismo como uma hipótese auto-contida, com alegações de uma verdade própria verificável. Com esta abordagem é totalmente aceitável usar a definição de Deus como o Deus cristão da Bíblia sem a necessidade de prová-Lo antes.

Dito isto, podemos ver como a Bíblia descreve Deus e ver certos atributos claros e básicos a serem considerados. Por exemplo, o Deus cristão é o criador e doador da vida. Ele é justo e correto. Ele é amoroso e misericordioso. Ele se revelou, contudo Ele está escondido (Isaías 45:15). Ele promete justiça e oferece a salvação. Ele é perfeito e digno de adoração. Naturalmente, estes são apenas alguns elementos da imagem de Deus que vemos na Bíblia. No entanto, para os fins deste ensaio, é suficiente mencionar apenas alguns. Novamente, esses atributos não precisam ser provado para serem usados como parte de nossa definição de Deus.

Vamos também definir a palavra buscar. A palavra buscar pode ser definida como "ir em busca de, procurar, para tentar descobrir, para pedir, pedir, para tentar adquirir ou obter; desejar algo"3 Procurar implica em ação e intenção. Implica também a possibilidade de que o objeto de procura pode ser encontrado, que ele realmente possa existir para ser encontrado. Se um pai perde uma criança na floresta, ele começa a procurar. Todas as suas energias se concentram em encontrar essa criança preciosa. Talvez o pai chame por um grupo de busca com centenas de pessoas todas procurando ativamente para encontrar a filha perdida. Enquanto há mesmo que uma possibilidade de encontrar a criança, o pai continua as buscas.4 Neste ensaio, vamos utilizar a palavra buscar com significado de "uma busca intencional ativa para encontrar."

Com estas condições básicas definidas, como podemos dizer que o homem sábio é aquele que busca Deus? Existem alguns passos nessa linha de raciocínio.

Em primeiro lugar, não é certo que Deus não existe. Para alguns, este ponto pode ser reconhecido como óbvio e, portanto, descartado como irrelevante. Mas, independentemente de quão óbvio a questão possa ser, é muito relevante. Pois na falta da segurança no ateísmo, a busca de visões alternativas do mundo é uma opção válida. Com efeito, se a visão ateísta do futuro é "fim do jogo", enquanto uma visão teísta do futuro é "continua", a sabedoria nos obriga a investigar a opção teísta seriamente e com cuidado.

Em segundo lugar, a evidência prima facie que encontramos no mundo é contra o naturalismo (a visão que o mundo natural, físico da matéria e energia é tudo o que existe). Apesar de não ser capaz de provar que a matéria é tudo que existe, o naturalista também tem o peso de inúmeras experiências espirituais pessoais contra ele.5 Considere a experiência espiritual de milhões de pessoas que afirmam ter encontrado algo transcendente. Independentemente de qual religião uma pessoa participe, essas inúmeras experiências de hoje e por toda a história de "eu encontrei algo" vai conta a afirmação "não há nada a ser encontrado." Mesmo que apenas uma das milhares de experiências seja verdade e o resto sejam ilusões, isso mostra que o naturalismo é falso. Assim, parece que a prova prima facie para o naturalismo é fraca, enquanto que a evidência de algum tipo de sobrenaturalismo é forte.

Como Geisler e Corduan destacam:
... A negação da realidade do Transcendente implica a afirmação de que não só algumas pessoas tenham sido enganadas sobre a existência de Deus, mas que na verdade todos os religiosos que já existiram foram completamente enganados em acreditar que existe um Deus, quando realmente não há. Pois, se mesmo que uma pessoa religiosa estiver certa sobre a realidade do transcendente, então o transcendente realmente existe.6

Em terceiro lugar, existem boas razões e argumentos em favor do teísmo em geral e especificamente o Cristianismo. Estas não são provas incontestáveis que comprovam que o teísmo ou o cristianismo estejam certos, é claro. Em vez disso, o peso total da prova em favor do teísmo cristão, em termos de argumentos filosóficos, históricos, científicos e vivenciais e racionais é substancial. Todas estas flechas evidenciais cumulativas contam para a verdade da visão cristã de mundo e contra uma visão ateísta. A pergunta no final deste ensaio não é "podemos provar que Deus existe?" Mas a questão é, "temos razão suficiente para buscar esse Deus?"

Claro que existem muitas outras visões de mundo lá fora. Mas a sabedoria sugere que comecemos com o melhor "opção viável." O que se qualifica como uma opção viável? Embora muitos critérios poderiam ser oferecidos, parece razoável começar com pelo menos dois: 1) aqueles que afirmam ter o maior impacto final sobre a sua existência, agora e na eternidade, e 2) aqueles que têm o maior suporte evidencial com o mínimo de contra-afirmação evidencial. O cristianismo se encaixa nesses critérios. Como John Bloom sugere:

Dado que temos uma quantidade limitada de tempo nesta vida ao estudo das religiões, podemos dispensar aquelas que nos oferecem uma segunda chance na vida após a morte, ou que venhamos a reencarnar se cometermos um erro nesta vida, ou que prometem que tudo ficará bem, eventualmente, não importa o modo como vivemos agora. A prudência recomenda que primeiro devemos considerar as reivindicações daquelas religiões que dizem que tudo depende das decisões tomadas e vividas nesta vida.7

Portanto, dada a incerteza do ateísmo e da evidência prima facie que o naturalismo é provavelmente falso, se alguém tem razões justas que apóiam a possibilidade da hipótese teísta, então as opções teístas devem ser exploradas a fim de descobrir se elas podem ser verificados como verdade. Os argumentos teístas, então, embora não provem que Deus existe, provam que existem boas razões para buscar a Deus, como iremos explorar agora.

E se o ateísmo for verdade? Quais são as implicações para a vida? Para o sábio, talvez algo como esta linha de pensamento seja adequado: "Viva a sua vida ao máximo que vale a pena, porque em breve terá acabado". Na visão ateísta do mundo, isso é sabedoria, para o maior tempo possível do horizonte da vida - talvez 70 anos, talvez 17 anos. No entanto, não há vida depois desta vida. Todas as ilusões sobre sentido são apenas momentâneas. Não há prestação de contas no final. No ateísmo, pode-se supor que a morte implica o nada. Uma experiência pessoal de morte não significa percepção consciente da vida que foi vivida. Para o homem morto, será como se sua existência nunca tivesse acontecido.

E se o teísmo for verdade? Quais são as implicações para a vida? Para o sábio, talvez algo como esta linha de pensamento seja adequado: "Viva a sua vida ao máximo que vale a pena, pois logo terá fim. E as ações e escolhas nessa vida importam (e têm conseqüências) para a eternidade" Na concepção teísta do mundo, isso é a sabedoria, pois o horizonte de tempo mais longo possível é o tempo da eternidade. As ações e escolhas na vida são cruciais pois elas tem relação com a eternidade. Não há prestação de contas no final. Significado não é ilusão. Significado é objetivamente real. No teísmo, pode-se supor que a morte é um encontro com seu Criador e justo Juiz. Uma experiência pessoal de morte leva a um melhor conhecimento da realidade vivida na recompensa adequada ou no castigo devido. Para o morto, é como se a vida fosse apenas um momento breve, porém crucial do começo de uma vida que não cessa.

Mas, alguém pode argumentar que o teísmo não é garantido também, nem o é o cristianismo nesse caso. Do ponto de vista probatório isso pode ser verdade. A certeza é uma raridade; apreciada pelo matemático, não pelo metafísico. Para exigir uma prova indubitável (certeza) antes de acreditar em algo significa rejeitar a maioria das crenças – incluindo o ateísmo. Em vez disso, só se pode estar satisfeito com um certo grau de certeza ou um alto grau de confiança (do ponto de vista probatório). Mas a diferença crucial aqui é a da verificação. Ateísmo carece de meios de verificação, enquanto que o teísmo cristão oferece verificação pessoal, existencial, além de seu forte apoio probatório. Simplificando, se o Cristianismo é verdadeiro, não apenas a evidência externa o apoia, mas também se pode encontrar Deus pessoalmente.

O que mais essa falta de certeza probatória implica para ambas visões de mundo?8 Isto implica que a "sabedoria" do ateu (que vive só para esta vida) não é realmente sabedoria, pois, em certo sentido, ele está sendo sábio nas coisas pequenas mas tolo nas importantes. Sem certezas da visão ateísta, viver sem perspectiva eterna é um jogo eterno. Note-se que este não é um apelo às conseqüências sugerindo que se deve de alguma forma falsificar uma crença em algo apenas para estar seguro. O ponto aqui é que quando falta a certeza da prova para duas visões concorrentes, deve-se favorecer a visão que fornece uma verificação sobre aquela que não pode ser provada.

Na cosmovisão cristã, a falta de segurança da prova não é uma dificuldade, pois implica também que se pode encontrar verificação existencial e pessoal suficientes. Então, o cristianismo tem tanto apoio substancial da prova e promete verificação pessoal, existencial. (João 8:31-32, 2 Coríntios. 1:22, Gal. 4:6, 1 João 3:24, 1 João 4:13, Rom. 8:14-16) Note-se que esta verificação existencial é chamada de pessoal porque ele não pode ser oferecida como prova para outros. No entanto, ela pode fornecer provas suficientes para o indivíduo, mesmo quando a pessoa ainda não encontrou suporte probatório substancial para a verdade do cristianismo. Pois, se Deus existe, Ele é capaz de se fazer conhecido sem importar se chegou-se a Ele através dos processos da razão e dos cinco sentidos.9 E se a prova é tão difícil de se conseguir, por que deveríamos nos surpreender que só Deus pode fornece-la?

Imagine que você é avisado que tem um irmão a muito perdido. Pesquisa e investigação fornecem uma série de provas – mas são inconclusivas. Sua única irmã está convencido de que você não tem boas razões para acreditar que você tem um irmão. No entanto, sua mãe insiste que você realmente tem um irmão perdido. Claro, se você tivesse um irmão, ela estaria em uma boa posição para saber se era verdade. Você a pede uma prova, mas tudo que ela pode fornecer são mais indícios inconclusivos. No entanto, sua mãe tem um endereço que, segundo ela, pertence ao seu irmão. Neste caso, você pode decidir "somente crer" uma forma ou de outra, com base em interesses pessoais que você pode ter no assunto. Ou, se você quiser descobrir se você realmente tem um irmão, você pode começar a procurá-lo. Claro, se seu irmão souber que ele está sendo procurado, ele poderia simplesmente se revelar a você na hora em que bem entendesse. O que importa é: você vai tomar as medidas necessárias para procurá-lo?

O ponto da ilustração é que, mesmo quando a evidência é inconclusiva, ela ainda pode ser suficiente para justificar uma pesquisa. Além disso, pode-se ir além de uma avaliação nua das evidências disponíveis a fim de descobrir se o Cristianismo é verdadeiro. E tem mais: há algo para ser encontrado no cristianismo além simplesmente da verdade ou falsidade de uma proposição metafísica. No cristianismo existe uma pessoa a ser encontrada.

Isso pode levar à pergunta: Se Deus existe, por que Ele simplesmente não se faz conhecido? Mas esta pode ser uma pergunta errada para se perguntar agora. Em vez disso, talvez devêssemos perguntar: Se Deus pode existir, por que você não O procura? A razão que esta é a pergunta certa a se perguntar agora se tornará evidente quando voltamos nossa atenção para as afirmações da Bíblia – pois, se o Cristianismo é verdadeiro, então os meios pelos quais pode-se buscar e encontrar Deus são verdadeiros. Pode ser que o incrédulo simplesmente não buscou a Deus nos próprios termos de Deus.

A partir da Bíblia, podemos ver que Deus deseja que O procuremos. No livro de Atos, Paulo declarou que Deus criou todas as pessoas "determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem a Deus, se porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada um de nós;" (Atos 17:26-27) O próprio Jesus disse que aqueles que desejam encontra-lo devem primeiro procurar: "Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á." (Mateus 7:7-8) Se o que Jesus disse é verdade, então, uma postura de busca intencional faz sentido, porque as Escrituras também declaram que "ele recompensa aqueles que o buscam." (Hebreus 11:6)

Além disso, Jesus indicou que a atitude da vontade desempenha um papel na sua busca por Deus: "Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo." (João 7:17) E a Bíblia registra atitude de Deus para seu povo, a quem Ele implorou para buscá-lo: "Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração" (Jeremias 29:13)

Estas escrituras sugerem que há mais em relação a grande pergunta do que simplesmente a afirmação ou negação da proposição metafísica de que Deus existe. Em vez disso, se a visão cristã é verdadeira, o conhecimento do homem sobre esta questão é inseparável da questão da sua vontade de se colocar sob a autoridade suprema do Criador. Pois, se o Deus cristão existe, encontra-lo exige que você se humilhe. Podemos perguntar: Se existe um Deus amoroso, você se submeteria a Ele? Se o Cristianismo fosse verdade, você iria adotá-lo?

Imagine que você tenha despertado em uma grande floresta. Tudo ao seu redor é uma vastidão de árvores florestais. Você não sabe onde está, como chegou lá, ou o que você deve fazer. Você consegue caminhar uma longa distância através da floresta, apenas para perceber que, sem alimentos e água não vai durar muito tempo. Você deve encontrar o caminho para a civilização. Mesmo sem nenhuma evidência de pessoas em qualquer lugar perto de você, você decide chamar por socorro. Felizmente, é este apelo por ajuda que te salva. Sem que você soubesse, uma equipe de resgate estava perto o suficiente para ouvir o seu chamado.

Talvez você não tenha certeza da existência de Deus. Como o homem perdido, mesmo na incerteza, chamar por socorro é sábio se for possível que alguém possa ouvi-lo. Segundo a Bíblia, se Deus é real, Ele pode ser encontrado, por aqueles que O buscam. Portanto, se o Deus cristão existir realmente, você estaria disposto a entregar-se a Ele? A questão aqui não é que se deve forçar a si mesmo a acreditar em algo que não se acredita atualmente. Em vez disso, a questão é reconhecer que ,se é possível que o Deus cristão exista, então por que não pedir a Deus (que pode existir) para se revelar? Por que não orar, "Deus, eu não sei se você existe, mas se você existir, eu estou disposto a ser convencido." Orar orações "hipotéticas" parece completamente legítimo quando não se tem certeza, pois só podem ajudar na descoberta.

"Deus, se você for real, eu quero saber. Eu não me sinto pronto, mas eu quero estar num relacionamento correto com você, se você é real. Revele-se para mim, se você está lá, e me faça desejoso. Mude o meu coração e abra meus olhos."

Então, o que pode fazer o homem sábio? Na ausência de certeza, o sábio olha para o resultado final de sua vida e deve escolher seu caminho. Ele não sabe no que acreditar ainda sobre Deus, já que as evidências parecem inconclusivas. No entanto, há evidências suficientes para justificar uma pesquisa. Ele se humilha, grita por Deus, e está disposto a se render - pois se Deus existe, Ele é tanto capaz de ouvir e pronto para fazer-se conhecido por aqueles que estão dispostos. O homem sábio busca a Deus.

"Existem apenas três tipos de pessoas: aqueles que encontraram Deus e O servem, aquelas que estão ocupadas procurando por Ele e não O encontraram, aquelas que vivem sem procurá-Lo ou encontrá-Lo. Os primeiros são racionais e felizes, os últimos são tolos e infelizes, os do meio são infelizes e racionais."
- Blaise Pascal, Pensées (160/52)

1 http://www.merriam-webster.com/dictionary/wisdom
2 http://en.wikipedia.org/wiki/Wisdom
3 http://www.merriam-webster.com/dictionary/seek
4 This story is adapted from illustrations used by Dr. Phil Fernandes.
5 As C. Stephen Evans explains , “experience provides prima-facie evidence which should normally be accepted unless we have stronger evidence that leads us to doubt or discount the experience.” – Philosophy of Religion: Thinking About Faith (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1982), p. 90.
6 Norman Geisler and Winfried Corduan, Philosophy of Religion (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1988), p. 76.
7 John A. Bloom, “Truth Via Prophecy,” in Evidence for Faith: Deciding the God Question, ed. John Warwick Montgomery; Cornell Symposium on Evidential Apologetics, 1986 (Dallas, TX: Probe Books, 1991), p. 175.
8 When using the term evidential certainty in this context, this includes physical and empirical evidences as well as philosophical arguments, reason, etc.
9 For more on the subject of Christian epistemology, see the essay Can the Christian Know?

O Cristianismo é Verdadeiro? - Mostrando que o Cristianismo é verdadeiro


Mostrando que o Cristianismo é verdadeiro por Matthew Flannagan

(Áudio em MP3 aqui em breve)

"Você pode mostrar que o cristianismo é verdadeiro?" Para nos ajudar a concentrar o nosso pensamento quanto à forma como se deve responder a essa pergunta, vou colocar algumas outras questões a seguir. Você pode mostrar que existem outras pessoas ou que existe um mundo que permanece independente de nossos sentidos, que continua a existir quando nós já não mais o percebemos? Pode a minha crença de que é errado infligir dor em outra pessoa por razão nenhuma ser mostrado como verdadeiro? E a minha crença na hipótese cética de Russell de que todo o universo veio à existência seis segundo atrás, incluindo todas as aparentes memórias e sinais da idade - isso é falso ou verdadeiro?

Espero que o ponto destes exemplos esteja claro. Se não queremos cair em um ceticismo global que desafia o bom senso, temos de reconhecer que existem algumas crenças que mantemos de forma racional e sabemos que são verdade e que, no entanto, não podem ser mostradas ou provadas como verdadeiras a partir de premissas que todas as pessoas inteligentes são obrigadas a aceitar. Na verdade, ironicamente, a alegação de que alguém só é racional quando acredita em algo a menos que isso possa ser demonstrado a partir de premissas verdadeiras, as quais todas as pessoas sãs são obrigados a aceitar, é auto-refutante, afinal, muitas pessoas sãs rejeitam essa hipótese e ela ainda tem de ser demonstrada como verdade a partir de premissas que todas as pessoas sãs devem aceitar.

No entanto, uma pessoal é racional em aceitar algumas crenças independente de qualquer argumento que mostre a verdade dessas crenças; os filósofos chamam essas crenças de crenças propriamente básicas. Essas crenças funcionam normalmente como crenças fundamentais, uma pessoa raciocina a partir delas como premissas para a verdade de outras proposições que a pessoa tem. Da mesma forma, elas funcionam como os dados básicos contra os quais se avalia hipóteses propostas para aceitação. Elas surgem porque os apelos contínuos de premissas para provar premissas para provar premissas têm que terminar em algum lugar. Crenças fundamentais corretas constituem as crenças nas quais se é racional que os apelos por provas cessem.

É preciso observar que crenças fundamentais básicas não são infundadas. Enquanto não acreditamos em uma crença básica baseada em uma inferência, as crenças básicas são muitas vezes baseadas em alguma forma de experiência. Alvin Plantinga compreende dois tipos de experiências, a "evidência dos sentidos", coisas que podemos ver, ouvir ou sentir em um determinado objeto e "evidência doxástica", que ele se refere como "a crença que parece correta, aceitável e natural."1 Crenças doxásticas parecem ser auto-evidentes. Um exemplo de tal crença é a condição correspondente do modus ponens. Quando uma pessoa cumpre as condições do modus ponens, isso simplesmente parece ser correto. Modus ponens parece auto-evidente de uma forma que uma inferência abertamente falaciosa não. É esse tipo de experiência que dá base às crenças básicas.

Muitos filósofos e teólogos como Calvino, Pascal, Alston e Plantinga sustentam que certas crenças teológicas são por si mesmas básicas. A crença na existência de Deus é, do ponto de vista do crente, apropriadamente básica e fundamentada diretamente em alguma forma de experiência religiosa, pelo que é justificado e racional acreditar nessas doutrinas, independentemente de qualquer argumento em favor delas. Embora eu não possa elaborá-lo em um pequeno artigo, estou fundamentalmente de acordo com essa posição. A requisição, então, que os cristãos mostrem ou demonstrem que o cristianismo é verdadeiro, muitas vezes se baseia em uma premissa que eu acho que está enganada, este pressuposto é que a crença racional cristã requer que os argumentos ou provas sejam fornecidas para o Cristianismo e não fornecê-las faz do crente um ser irracional.

Há uma outra questão mais moderada que se esconde em volta. Se alguém aceitar que o crente é racional em aceitar a fé cristã de uma maneira propriamente básica, então que motivos o crente pode dar para aqueles que não possuem as mesmas crenças básicas para aceitar a fé cristã? Talvez algumas pessoas, com base em algum tipo de experiência religiosa, tenham de imediato crenças propriamente básicas, mas muitas pessoas não venham a ter esse tipo de experiência - que motivo pode ser dado a elas para a aceitação da fé cristã? Este problema exasperasse pelo fato de que é extremamente difícil demonstrar a verdade das crenças fundamentais, precisamente porque são crenças fundamentais. Para provar alguma coisa é preciso apelar para premissas e toda a questão neste caso é sobre quais premissas básicas aceitar. Como, então, mostrar para essas pessoas que o cristianismo é verdadeiro?

Eu acho que várias estratégias estão disponíveis, mas por falta de espaço vou apenas esboça-las brevemente aqui.

Primeiro, em muitos casos, pode-se mostrar que o cristianismo é verdade refutando-se objeções à fé cristã. Crenças propriamente básicas são crenças que se é racional acreditar independentemente de qualquer argumento para elas na ausência de boas razões que as afirmem. Isso não significa, porém, que essas crenças não podem ser derrotadas por razões oferecidas contra elas. Se eu vejo o João cerrando o rosto e agarrando sua perna, eu poderia formar a convicção de que João está com dor. No entanto, se depois ele me diz que não estava com dor, mas ensaiando sua cena de morte em uma peça que ele está atuando, eu poderia mudar a minha crença para acreditar que ele não estava com dor. A crença inicial de que ele estava com dor era propriamente básica, no entanto, por causa do que eu descobri mais tarde, sua posição racional foi derrotada.

Acredito que muitas pessoas estão em uma posição análoga à várias crenças cristãs, eles as rejeitam não porque não achem que elas sejam verdadeiras, mas porque aceitam várias objeções a essas crenças. Considere a seguinte frase de Richard Dawkins “apesar das aparências em contrário, o único relojoeiro na natureza são as forças cegas da física, ainda que organizadas de uma forma muito especial... é um relojoeiro cego." O que é interessante aqui é a frase "apesar das aparências em contrário", Dawkins admite que, prima facie, o mundo aparece e parece que foi projetado e na ausência de qualquer razão para negar tal coisa, então a observação natural é dizer que ele o é. Dawkins sugere, no entanto, que as aparências enganam porque a ciência tem alegadamente fornecido refutações para essa crença. Mostrar em tal contexto que os argumentos de Dawkins são errados permite que as pessoas aceitem essas aparências.

A segunda linha de argumento é mostrar que várias alternativas ao cristianismo são falsas. Muitas vezes as pessoas não conseguem ver a verdade do cristianismo porque aceitam as visões equivocadas do mundo e equivocadas normas epistêmicas tais como aquelas associadas com o naturalismo. Eles podem experimentar a presença de Deus na natureza, mas acreditam que isso é uma ilusão, porque eles estão convencidos de que nada existe além da natureza. Eles podem pensar que somente as coisas que podem ser demonstradas empiricamente podem ser racionalmente cridas e essas experiências são uma ilusão fomentadas pela evolução para assegurar a cooperação social. Mostrar que essas imagens da realidade são falsas os ajuda a reexaminar a natureza dessas experiências verídicas. Refutar alternativas ao cristianismo oferece uma outra dinâmica para ver a verdade do cristianismo.

As pessoas têm que viver de acordo com alguma visão de mundo. Por questões práticas, não se pode permanecer agnóstico em relação a muitas questões existenciais. Se todas as alternativas viáveis para o cristianismo podem ser mostradas como implausíveis, então, o cristianismo tem de ser levado a sério por pessoas que não podem, na prática, viver uma vida de suspensão de julgamento sobre questões importantes.

Terceiro, mesmo que uma pessoa não aceite uma dada proposição ela ainda pode raciocinar sobre tais crenças. Alguém pode raciocinar "condicionalmente",2 se tal pessoa aceite certas premissas ou proposições como as crenças propriamente básicas. Então outras posições, hipóteses e teorias são igualadas e as pessoas de todos os lados da disputa podem avaliar e debater se o raciocínio é consistente. Plantinga afirma:

As conclusões da ciência teísta podem não ser aceitas pelos não-teístas, mas o método - tentar ver a melhor forma de explicar os fenômenos relevantes do ponto de vista teísta - é realmente aberto para todos.3

Pode-se mostrar que quando se raciocina pelo ponto de vista teísta algumas questões existenciais e teóricas podem receber respostas coerentes. Alguém pode explicar coisas como a origem do universo, a existência de entidades contingentes, a existência e a natureza da obrigação moral, a existência de leis da natureza, questões existenciais sobre culpa, perdão e assim por diante. Plantinga observa que a existência de Deus importa “uma grande unidade para o empreendimento filosófico e a idéia de Deus ajuda com uma variedade surpreendentemente larga de casos: epistemológicos, ontológicos, éticos, que têm a ver com significado, e coisas do tipo".4 Mostrar que se alguem aceita o teísmo, então respostas plausíveis, fundamentadas, abrangentes e unificadas estão disponíveis para o que seriam perguntas intratáveis, fornece uma maneira de mostrar aos outros por que eles deveriam aceitar a crença em Deus como uma crença propriamente básica.

A quarta e última maneira é colocar a pessoa em uma posição em que ela provavelmente terá uma experiência necessária que fundamenta crenças teológicas propriamente básicas. Suponha que eu veja uma árvore no parque e minha esposa me pede para mostrar-lhe que esta árvore existe. A maneira mais óbvia de fazer isso não é construir uma prova para a existência de uma árvore, mas levá-la ao parque e mostrar-lhe a árvore. Da mesma forma, muitas pessoas não conseguem absorver os axiomas auto-evidentes da lógica porque elas não conseguem entendê-los, mas quando estes são explicados, se tornam auto-evidente. O mesmo acontece com a crença cristã. Uma forma de mostrar para os agnósticos a verdade do cristianismo é colocá-los em circunstâncias nas quais, se estivermos atentos, é provável que eles comecem a ver a verdade.

Pode-se explicar as Escrituras para eles, incentivá-los a buscar Deus em oração - isso é semelhante à forma como uma pessoa perdida no mato pode chamar por salvamento, mesmo se ele ou ela não tem certeza se alguém o estava procurando. Pode-se incentivá-los a participar no estudo das Escrituras enquanto levem a sério a possibilidade de que elas são a palavra de Deus. A pessoa poderia se envolver em uma comunidade de crentes onde Deus habita e trabalha, onde a pessoa pode ser encorajada a viver de acordo com a lei moral e honestamente confessar suas falhas e buscar o perdão por seus erros morais. Pascal apresentou este ponto em sua famosa aposta, enquanto um agnóstico não pode simplesmente optar por acreditar em algo que ele não acredita, ele pode optar por olhar, por procurar e por entender. Quando o agnóstico sinceramente faz isso, é provável que ele virá a experimentar Deus. Assim como uma pessoa que tenta entender a lógica vai ver porque seus axiomas são auto-evidentes ou uma pessoa que realmente procura pelo parque verá que há uma árvore ali.

Concluindo, as doutrinas básicas do cristianismo, se forem verdade, constituem crenças fundamentais básicas corretas. Não se acredita nelas com base em argumentos ou provas já que elas se baseiam diretamente na experiência. Normalmente é muito difícil provar, com argumentos, que uma crença fundamental é verdade, mas sua verdade pode ser mostrada de outras formas indiretas. Pode-se argumentar que os argumentos contra tais crenças são falsos, pode-se argumentar que as alternativas para aceitá-las são falsas ou problemáticas, e pode-se mostrar que se alguém aceita o Cristianismo, então essas crenças fazem sentido de forma coerente com o mundo, elas fornecem respostas abrangentes a muitas questões teóricas e existenciais. Finalmente, no contexto de tudo que foi colocado acima, pode-se ajudar o cético a adotar a postura de um buscador sincero, para levá-lo a um tipo de posicionamento em que ele pode vir a ter o requisitado encontro com Deus, a fim de ver que o cristianismo é verdade. Esta é, no final das contas, como alguém pode mostrar que o cristianismo é verdade.

1 Alvin Plantinga Warranted Christian Belief (New York: Oxford University Press, 2000) 110-111.
2 See Alvin Plantinga “Creation and Evolution: A Modest Proposal” in Darwinism Design and Public Education ed John Angus Campbell & Stephen C Meyer (East Lansing: Michigan State University Press, 2004) 521-232; “Reason and Scripture Scholarship” in Behind the Text: History and Biblical Interpretation ed C Bartholomew, C Stephen. Evans, Mary Healy & Murray Rae (Grand Rapids, MI: Zondervan, 2003) 98-100.
3 Alvin Plantinga “On Rejecting The Theory of Common Ancestry: A Reply to Hasker” Perspectives on Science and Christian Faith 44 (December 1992): 258-263.
4 Alvin Plantinga “Two Dozen or so Theistic Arguments” accessed 7 March 2010.

domingo, novembro 14, 2010

O ateu que passou a acreditar em Deus. Veja o porque.



Agora acredito que o universo foi criado por uma Inteligência infinita. Acredito que as intrincadas leis deste universo manifes­tam o que os cientistas têm chamado de a Mente de Deus. Acredito que a vida e a reprodução têm sua origem em uma Fonte divina.
Por que acredito nisso, se ensinei e defendi o ateísmo por mais de meio século? A resposta é curta: esse é o retra­to do mundo, como eu o vejo, e que emergiu da ciência moderna. A ciência mostra três dimensões da natureza que apontam para Deus. A primeira é o fato de que a natureza obedece a leis. A segunda é a dimensão da vida, de seres movidos por propósitos e inteligentemente organizados que surgiram da matéria. A terceira é a própria existên­cia da natureza. Mas não é apenas a ciência que tem me guiado. O fato de eu ter retomado o estudo dos argu­mentos filosóficos clássicos também tem me ajudado.
Não foi nenhum novo fenômeno ou argumento que me motivou a abandonar o ateísmo. Nessas últimas duas décadas, toda minha estrutura de pensamento tem per­manecido em estado de migração, e isso foi conseqüên­cia de uma contínua avaliação das manifestações da na­tureza. Quando finalmente cheguei a reconhecer a existência de um Deus, isso não foi uma mudança de pa­radigma, porque meu paradigma permanece aquele que Platão escreveu em A República, atribuindo-o a Sócrates: "Devemos seguir o argumento até onde ele nos levar".

Antony Flew, Deus Existe.

sábado, novembro 13, 2010

William Lane Craig contra Richard Dawkins


Um outro título para esse post poderia ser “A Razão contra a Fé”, tendo claro, William Lane Craig do lado da razão e Richard Dawkins pelo lado da fé naturalista. Mas pelo comentário abaixo, você verá que um terceiro título seria “Um homem educado contra um outro mal-educado”.
Hoje está acontecendo um painel no México intitulado “Does the Universe have a purpose?” (O universo tem um propósito?) e os participantes são o teólogo e filósofo William Lane Craig, junto de outros apologistas e do outro lado o biólogo evolucionista Richard Dawkins e outros neo-ateus famosos.
O mais legal desse evento é que Richard Dawkins sempre se esquivou de debater William Lane Craig. Ele sabe que vai levar uma surra maior ainda do que a que Christopher Hitchens levou. Portanto, é essencial que ele fique o mais longe possível de Craig para tentar manter a sua aura de intelectual. Quando suas idéias são analisadas à luz da boa filosofia, ela simplesmente não se sustenta.
Não sei porque dessa vez Dawkins aceitou o desafio. Mas seja qual motivo for, leia abaixo a rapida conversa que ambos tiveram no saguão do hotel, conforme informação do site Quebrando o Encanto do Neo-Ateísmo:

“A grande notícia é que Richard Dawkins é um dos meus adversários no painel de discussões! Eu fiquei absolutamente chocado! Eu me encontrei com ele ontem à noite na recepção.
Eu disse: “Eu fiquei surpreso em ver que você estará no painel”
“Por que?”, ele perguntou.
“Bem, você sempre disse que não aceitaria debater comigo”
Ele de repente ficou muito frio: “Eu não considero este painel um debate com você. Os mexicanos me convidaram para participar e eu aceitei.”
Ele então virou as costas para ir embora.
Eu disse: “Bem. Espero que tenhamos uma boa discussão então.”
Ele disse, “Duvido muito disto.” e saiu andando,
Whoa! Então este painel será interessante…”

Ou seja, Dawkins continua usando arrogância como argumento contra a existência de Deus. No final das contas, como ficou bem claro em seu livro “Deus, um delírio”, esse é o único argumento que ele tem. Além de reclamar pra caramba. Mas isso já foi discutido em outro post.
Tem um link para a transmissão on line da conferência, que já começou. Mas espero que depois disponibilizem o vídeo para melhor apreciação. A transmissão on line não está boa.

quarta-feira, novembro 10, 2010

Verdade para você, mas não para mim


Todo mês recebemos um email de Jim Wallace, do ministério Please Convince Me, com alguma informação interessante sobre a fé cristã. Esse mês, o email é sobre verdades objetivas, a nossa capacidade de reconhecê-las e a influência que isso tem sobre a existência de Deus.
Como é sempre um assunto interessante, traduzimos o email para vocês.

Olá

Uau, já é novembro. Sou só eu, ou os anos voam mais rápido do que nunca? Em Outubro tive o prazer de treinar alguns homens do Retiro de Homens Hume Lake e nós conversamos sobre dois pré-requisitos para o cristianismo (a existência da verdade objetiva e a existência da alma). Alguma vez você já se deparou com frases como "Isso pode ser verdade para você, mas isso não é verdade para mim"? Bem, este mês, gostaria de oferecer uma breve resposta a dois erros que as pessoas frequentemente fazem relacionados com a natureza da verdade:

OPOSIÇÃO: A verdade está nos olhos de quem vê. Toda a verdade depende da sua perspectiva. O que pode ser verdade para você não é necessariamente verdadeiro para mim. Além disso, a verdade é ilusória. Ninguém pode realmente ter certeza de que sabe a verdade, porque ninguém sabe tudo o que pode ser conhecido sobre um determinado assunto. É arrogante a alegação de que você sabe que algo é objetivamente verdade!

RESPOSTA: Algumas verdades são claramente pessoais e pertencem aos sujeitos que as detêm. Se você e eu estivéssemos em um museu olhando para uma escultura, cada um de nós poderia reagir de forma diferente. Você pode dizer que a escultura faz você se sentir ansioso, eu poderia dizer que me faz sentir calmo. Mas a verdade sobre a existência ou não da escultura em primeiro lugar, não reside em qualquer um de nós como indivíduos. A verdade sobre a existência da escultura está no objeto em si (a escultura). Nossa negação subjetiva da escultura não mudaria o fato de que a escultura existe. Não é uma questão de opinião subjetiva ou perspectiva, é uma questão de verdade objetiva. A cultura que nos rodeia, no entanto, muitas vezes, faz duas afirmações ilógicas sobre a verdade:

"A verdade objetiva não existe"
Quando as pessoas fazem uma afirmação como esta, basta fazer a pergunta: "Será isso verdade? Você está me dizendo que é objetivamente verdade que não há tal coisa como verdade objetiva?" O cético que faz esta afirmação sobre a verdade espera que aceitemos a sua afirmação como se fosse objetivamente verdadeira para todos e não simplesmente como uma questão de opinião subjetiva. Em essência, eles estão afirmando (como fundamento) a mesma coisa que eles estão negando. Eles estão fazendo uma afirmação "auto-refutante" que falha em seus próprios critérios

"A verdade objetiva não pode ser conhecida"
Quando as pessoas fazem uma afirmação como esta, basta fazer a pergunta, "Você tem certeza? Você está me dizendo que você sabe com certeza que nada pode ser conhecido com certeza?" O cético que faz esta afirmação sustenta que ele está em uma posição para saber definitivamente que nada pode ser conhecido em definitivo. Eles estão novamente fazendo uma declaração "auto-refutável" que tropeça em si mesma antes mesmo de poder sair da linha de partida.

Enquanto você e eu podemos ter opiniões subjetivas sobre a forma como a existência de Deus nos faz sentir, a verdade sobre a existência de Deus em primeiro lugar (como a verdade sobre a existência da escultura) não está na nossa perspectiva subjetiva, mas no próprio objeto. Deus existe ou não existe. Deus também tem uma natureza específica ou Ele não tem. Nossas opiniões e as perspectivas não criam a verdade sobre Deus. Ou nós temos opiniões que são objetivamente verdadeiras (elas reconhecem as verdades objetivas pré-existentes sobre Deus) ou não. E sim, isso significa que alguns de nós temos convicções precisas e alguns de nós não. A realidade da verdade objetiva exige que levemos a questão da existência de Deus a sério. Não é uma questão de perspectiva pessoal. A verdade sobre Deus é objetiva e está para ser descoberta por aqueles de nós que vão reconhecer a natureza da verdade em primeiro lugar.

João 8:31-32
"Então Jesus disse aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."

Muito mais poderia ser dito sobre a questão da verdade objetiva, mas esperamos que essa resposta curta ajude você a fazer sua defesa!

Jim Wallace

segunda-feira, novembro 08, 2010

Policarpo e a doutrina do inferno: um texto que toda Testemunha de Jeová deveria conhecer


Nós gostamos muito de ler textos dos e sobre os Pais da Igreja, grande homens de Deus que vieram após os apóstolos e participaram ativamente no desenvolvimento da igreja nos primeiros séculos. Uma das coisas legais sobre os Pais da Igreja é que podemos encontrar todos os versículos do Novo Testamento por citações em suas obras, com exceção de 11 versículos. Isso atesta que o Novo Testamento foi escrito bem cedo na história cristã e podemos comparar os textos que temos hoje com as citações dos Pais da Igreja, permitindo perceber como temos um texto confiável em sua transmissão (contrário aos ataques que se tem feito ao Cânon).
Essa semana estava lendo “O Martírio de Policarpo”, uma carta escrita pela igreja de Esmirna para a igreja de Filomélio, um ano após a sua morte, que ocorreu em 155 d.C.
Policarpo foi descrito por Irineu como “também não somente instruído pelos apóstolos e conversou com muitos que tinha visto Cristo, mas também pelos apóstolo na Ásia, foi apontado bispo da igreja de Esmirna, que eu vi na minha juventude, pois ele ficou na terra por muito tempo e, quando estava velho, gloriosamente e muito nobremente sofreu martírio, partindo dessa vida, sempre ensinando as coisas que ele aprendeu dos apóstolos e que a Igreja transmitiu e que são verdades” Adv. Haer., III.3.4.
Policarpo foi discípulo direto do Apóstolo João e segundo alguns, nomeado bispo em Esmirna por esse.
E lendo o Martírio de Policarpo, quando lemos sobre o julgamento de Policarpo, onde ele está sendo pressionado a abandonar sua fé em Cristo, vemos o seguinte parágrafo no texto:
“Retomou o procônsul: "Tenho feras. Entregar-te-ei a elas, se não mudares de idéia". Respondeu Policarpo: "Chama-as. Não mudaremos de opinião para ir do melhor para o pior, enquanto é belo passar do mal para a justiça". E o outro: "Eu te farei domar pela fogueira, se não te importam as feras, a menos que tu mudes de idéias". E Policarpo: "Tu ameaças um fogo que queima um momento e pouco depois se apaga, porque não conheces o fogo do juízo que virá e da punição eterna reservada aos ímpios. Mas por que demoras? Faz vir o que quiseres".
Quero chamar a atenção para a parte final do parágrafo, quando Policarpo, em resposta a ameaça de ser lançado na fogueira, já que não se importa com as feras (cabra macho), diz “Tu ameaças um fogo que queima um momento e pouco depois se apaga, porque não conheces o fogo do juízo que virá e da punição eterna reservada aos ímpios”.
Ao contrário do que dizem as Testemunhas de Jeová, é possível ver nesse relato que o conceito de inferno já estava presente na igreja desde o seu princípio. Policarpo diz que não se importa com o fogo que vai matá-lo, porque vai queimar um pouco e depois para. Mas esse fogo não é nada comparado ao do juízo e da punição eterna.
Existe um contraste entre o fogo que dura um pouco e o fogo do juízo que virá, que é muito pior. Mas, se a morte é o final de tudo para o ímpio, segundo a Torre de Vigia, porque alguém deveria temer o fogo do juízo? E que punição eterna é essa para o ímpio, se a morte é a única punição recebida pelo pecado, como dizem as Testemunhas de Jeová? Para eles, o salário do pecado é a morte e por isso, pagamos pelos nossos pecados quando morremos e deixamos de existir. Mas se a morte é a única punição recebida, não vai existir um fogo do juízo e nem punição eterna. E é isso que alegam.
Tenho certeza que alguém deve estar pensando “peraí, por mais que Policarpo tenha sido um dos Pais da Igreja, suas palavras não são Escrituras e não estão na Bíblia”. É verdade. Mas veja como Irineu diz que Policarpo estava “sempre ensinando as coisas que ele aprendeu dos apóstolos e que a Igreja transmitiu e que são verdades”. Policarpo era discípulo de João e ensinou o que aprendeu do apóstolo e entre aquilo que Policarpo ensinou e pregou, mesmo enfrentando a morte, é que existe um fogo do juízo e uma punição eterna para o ímpio.
Se as Testemunhas de Jeová lessem os Pais da Igreja (e as Escrituras) sem as lentes distorcidas da Torre de Vigia, que são colocadas sobre elas pela leitura repetitiva das literaturas da Torre, elas rapidamente perceberiam que estão sob o perigo da punição eterna, pois acreditam em um outro Jesus que não pôde salvá-las.
Em meu próximos post sobre o inferno vou fazer uma defesa bíblica da mesma. Minha intenção com esse post é mostrar que essa doutrina sempre foi ensinada, desde o início do cristianismo.

A divindade do Espírito Santo


Tradução Pés Descalços

Eu normalmente sou questionado porque eu acredito na divindade de Jesus, mas é justo perguntar porque eu acredito na divindade do Espírito Santo. Não é possível que o Espírito seja apenas o poder não-pessoal de Deus? Bem, o Espírito é descrito de forma que você não esperaria de uma força: "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção." (Efésios 4:30 ESV)

A passagem clássica é: “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? e vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (Atos 5:3-4 ACF) Parece aqui que Deus e o Espírito são utilizados em paralelo. Ao mentir para o Espírito, ele estava mentindo a Deus ao mesmo tempo.

No entanto, essa não é a única passagem. Em inúmeras vezes todos os três membros da Trindade são usados juntos. "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo." (Mateus 28:19 ACF) "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós" (2 Coríntios 13:14 ACF) "Ora, há diversidade de dons, mas o mesmo Espírito; e há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo e há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos." (1 Coríntios 12:4-6 ACF) Todos os três são usados em paralelo. A questão é por quê? Se o Espírito é apenas o poder de Deus, por que não incluir um dos outros atributos de Deus também? E quanto ao amor, justiça ou misericórdia? Por alguma razão, é o Deus Pai, o Senhor Jesus e o Espírito Santo que sempre aparecem juntos. Aceito a explicação trinitária que todos os três são pessoas do Deus trino.

As 7 Leis da Apologética


Muita gente não sabe direito o que é apologética ou acha que isso é para poucos. 1 Pedro 3:15 derruba totalmente esse argumento. Apologética, a defesa da fé, feita com humildade e gentileza é para todos os cristãos.
Apologética tem um papel duplo. Ele nos ajuda a solidificar nossa fé, dando sustentação para a mesma e também ajuda muito a remover os obstáculos para a apresentação do evangelho. Mas existe algo que a apologética não faz. Ela não converte ninguém. Assim como nem você, nem eu. Esse é um papel do Espírito Santo.
Estávamos vendo um vídeo do Gary Demar Show, e em uma entrevista com Wes Moore, são apresentadas 7 Leis da Apologética. Fiz um resumo abaixo, pois cada uma dessas leis mereceria um post a parte.

1. A outra pessoa não sabe tanto quanto você acha que ela sabe.
A maioria das pessoas não é especialista em teologia ou filosofia. Não tenha medo de abordá-las. Se você se aprofundar em seus estudos, você estará pronto para para defender a fé contra praticamente todo tipo de pessoa.

2. Todo muito tem fé.
Ateus, cientistas, todos têm crenças. Muitas coisas são assumidas. É necessário crer que razão é razão. Não dá pra provar no laboratório. Não aceite a dicotomia “nós temos a ciência, vocês a religião”. É uma dicotomia falsa.

3. Uma contradição nunca pode ser verdade.
Muita gente diz que todas as religiões levam a Deus. Mas poucos pensam direito a respeito. Estão dizendo que posições contraditórias são verdadeiras. Os ensinos do cristianismo são contraditórios aos ensinos dos budismo. Ambos não podem estar certos.

4. Nunca diga “Eu não sei” duas vezes.
Quando não souber a resposta, você pode dizer: “Essa é uma boa pergunta. Tenho certeza que existe uma boa resposta. Eu vou pesquisar e depois te responde”. Pesquise e volte com a resposta para a pessoa. Isso te ajuda a montar um portefólio de respostas.

5. Verifique tudo!
Não simplesmente aceite as informações. Sejam vindas de cristãos, sejam de não-cristãos, pesquise sobre o assunto.

6. Pergunte para a outra pessoa sobre as razões de suas afirmações.
Pergunte para a pessoa quais razões para sua crença? Quais provas para isso? Quais provas para você pensar assim?

7. Nunca fique irritado.
Não se irrite. Não perca a cabeça. Mesmo que o outro fique bravo. Mantenha a calma.

Caro amigo pecador


(A seguinte carta foi escrita pela Pastor William Burns para a classe de jovens da Escola Bíblia Dominical de Edimburgo, em 10 de Março de 1840.)

Caro amigo pecador, se você procurou refúgio pela fé nesse sacrifício de Emanuel, você está salvo, e não cairá em condenação. Mas se você o desprezar e o rejeitar, então mais rápido céus e terra passarão, do que você conseguiria escapar do inferno por todo a eternidade pelos seus pecados!
Estou feliz em saber que alguns de vocês tiveram um vislumbre do amor de Jesus, e da preciosidade de seu sangue expiatório. Para esses eu digo: continuem no Calvário, estejam lá acordando ou dormindo, tralhando ou se divertindo, vivendo ou morrendo. Contemple essa grande visão, até que sua consciência desfrute de perfeita paz com Deus, até que seu coração esteja cheio com o amor de Emanuel, e toda a sua alma esteja transformada em Sua imagem, e seja como um espelho, finamente polido para refletir os raios de Sua graça e glória – por toda a eternidade.
“Olhe para Jesus”, é o todo do evangelho. Olhe e se maravilhe, olhe e viva, olhe e ame, olhe e adore, olhe e seja abençoado, olhe e seja glorificado, olhe eternamente – e seus corações estarão cheios de amor duradouro e sua boca com Aleluias sem fim.
Mas o que poderei dizer para aqueles entre vocês, que ouviram sobre Jesus, e cujos corações são entregues a outros – para o mundo, para eles mesmos, para a luxúria, para a paixão, para um ídolo, para o pecado, para Satanás! Ah, para o fogo do inferno vocês vão, se o Senhor, com misericórdia infinita, não intervir por você. Crianças, jovens, que ainda não vieram para Jesus, percebam que vocês estão debaixo da ira de Deus, e esse momento está chegando cada vez mais próximo e mais próximo de sua pobre alma. Desperte, levante-se, fuja sem demora para Jesus, e ache refúgio sob Sua cruz expiatória e desfrute agora e por toda a eternidade, Seu amor livre, infinito e imutável por pecadores que perecem.
Vou encontrá-los no céu, ou vê-los partir em sua impenitência e descrença para o inferno?

Segundas terminológicas: adocianismo


Adocianismo:
Teoria segundo a qual Deus adotou Jesus de Nazaré como Filho. Em outras palavras, Jesus nasceu humano, mas em determinado momento da vida se tornou Filho de Deus. Essa teoria é contrária a textos bíblicos que dão conta de um relacionamento eterno entre Jesus e o Pai (ex. João 17:5).

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

sábado, novembro 06, 2010

Ela faltou em alguma aula de hermenêutica...

Imagine um mundo sem religião. Não precisamos imaginar. Já vimos como é.


Uma das músicas mais conhecidas de John Lennon é Imagine. É uma de suas grandes marcas. No Strawberry Field, no Central Park em Nova Iorque tem um memorial em homenagem a Lennon com a palavra Imagine. Fica perto do apartamento que ele morava. Engraçado que quando estávamos lá, tiramos fotos de várias coisas no parque, mas não disso. Veja uma foto da que achamos na internet do memorial.


Enfim, essa música é um tipo de mantra anti-religião. Como diz o refrão:
“Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz”
Ao contrário do que muita gente pensa, é fácil saber como seria o mundo sem nenhuma religião. Mas esse mundo, que já existiu, foi bem diferente da utopia de Lennon, pois esse mundo sem religião teve muito “pelo que matar ou morrer”.
É muito comum estar envolvido em uma conversa sobre religião e seu interlocutor lançar, especialmente se ele for ateu, a acusação que a religião é a principal causa para mortes e guerras. Se você for cristão, eles vão rapidamente apontar as cruzadas e a inquisição como prova para os eventos históricos horríveis que a religião em geral (e o cristianismo em particular) trouxe para o mundo. “Estaríamos muito melhor sem religião”. Já ouvi isso algumas vezes. John Lennon ainda vive nos pensamentos de alguns (e para alguns ele vive de verdade, mas isso já é outra história).
Essa acusação é muito comum, mas quando eu pergunto: “Diga-me por favor, quantas pessoas morreram nas cruzadas? E durante a inquisição?” O que se segue invariavelmente é um profundo silêncio.
Pelos dados mais comumente aceitos, durantes as Cruzadas (clique no link sobre a palavra se você não souber o que foram as Cruzadas. Fizemos o mesmo com a Inquisição), que duraram cerca de 200 anos, morreram cerca de 9 milhões de pessoas1. Metade desses eram cristãos. É muita gente morta.
Durante a Inquisição, que durou cerca de 500 anos, 6 mil pessoas morreram2. Bem menos que nas Cruzadas, mas ainda assim, muita gente.
Todos esses atos são condenáveis. Não são passíveis de defesa. Mesmo levando-se em consideração que as Cruzadas tinham também um fator político muito forte, não podemos simplesmente dizer que eles tinham um motivo razoável. Mas devemos nos perguntar: esses terríveis eventos históricos são resultados diretos quando a pessoa segue os ensinamentos de Cristo, conforme registrado no Novo Testamento ou são contrários a esses ensinos? Podemos encontrar nas palavras de Jesus fundamentos para esse tipo de matança? Deixe que cada um responda isso após uma leitura honesta do Novo Testamento. Se você encontrar algum texto, fique a vontade para postar.
Isso escrito, quero voltar para a acusação principal “a religião é a maior causa de matanças na história”. Isso é verdade? Estaríamos melhor sem religião?
Já temos os dados de uma religião em particular, o cristianismo. Não tenho intenção nenhuma de tratar sobre os números de outras religiões, especialmente do islamismo, já que esse tipo de matança está sim fundamentada nos ensinos de seu fundador. Vamos tratar disso algum outro dia.
No século 20, tivemos alguns governos que se definiam como governos ateus. Entre eles, a China de Mao Tse-tung e a União Soviética de Josef Stalin. Ambos se definiam como ateus e viveram e governaram “sem religião”. Juntando a quantidade de mortos em ambos governos, em tempo de paz, temos 60 milhões3 de pessoas. Isso mesmo, 60 milhões! Se juntarmos as mortes causadas pelo governo Nazista, ignorando-se os mortos em guerra, somente o extermínio de pessoas, a conta aumenta para 71 milhões4 (na menor das estimativas. Algumas falam na casa de 25 milhões de civis). Adolf Hitler foi batizado como católico, mas, de acordo com o autor Konrad Heiden, Hitler afirmou “Não queremos nenhum outro deus que a própria Alemanha”5. Várias referências foram feitas ao desprezo de Hitler pelo cristianismo. Assim sendo, é justo colocá-lo nessa lista.
O século 20 foi o mais sangrento de todos. Muito mais gente morreu em tempo de paz no século 20 durantes os governos que se declararam “sem religião” do que em todas as guerras religiosas dos outros séculos somadas. Portanto, a afirmação que a religião é a maior causa de matanças na história está simplesmente errada.
Já sabemos o que seria um mundo sem religião. E o que vimos não foi nada bom.
Dá próxima vez que alguém fizer essa acusação falsa, lembre-se dos dados acima e mostre, gentilmente, que no final das contas a pessoa está fazendo uma afirmação que ouviu por ai, mas que não encontra fundamento na história.
A última estrofe de Imagine diz assim:
“Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo, então, será como um só”
Não John, não nos juntaremos. Não é esse mundo sem religião que o mundo já viu que esperamos para nós. E com um pouco mais de reflexão, nem você se juntaria a eles.

“Nosso programa inclui necessariamente a propaganda do ateísmo”

1 Robertson, John M., A Short History of Christianity (1902) p.278
2 http://www.davidmacd.com/catholic/inquisition.htm
3http://users.erols.com/mwhite28/warstat1.htm#Mao http://users.erols.com/mwhite28/warstat1.htm#Stalin
4 http://users.erols.com/mwhite28/warstat1.htm#Hitler
5 Heiden, Konrad A History of National Socialism, A.A. Knopf, 1935, p. 100.


Imagine
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace

You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world

You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one
Imagine
Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia
você se junte a nós
E o mundo, então, será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo, então, será como um só

quarta-feira, novembro 03, 2010

Rugby ainda vai ser grande no Brasil!!!!!

Alguns colegas do trabalho estavam falando sobre uns vídeos comerciais que viram na televisão aberta. Mas eu tinha mes esquecido totalmente.
Hoje, uma amiga nos ligou para informar sobre o vídeo. Sempre que ela vê algun dos comerciais, ela lembra da gente.
Como grande fã de rugby (e existe outro esporte?) fui correndo no YouTube ver os vídeos e amei! São muito engraçados. E eu concordo com o bordão: Rugby, um dia isso ainda vai ser grande no Brasil!






terça-feira, novembro 02, 2010

O Cristianismo é Verdadeiro? - Testando as Afirmações sobre Verdade Centrais do Cristianismo


Testando as Afirmações sobre Verdade Centrais do Cristianismo por Kyle Deming

(Áudio MP3 aqui em breve)

Jesus de Nazaré uma vez perguntou a seus discípulos uma pergunta simples, mas profunda: "Quem vocês dizem que eu sou?" Essa questão é tão relevante para nós hoje como era para os antigos. Se Cristo fosse um simples professor, então o cristianismo equivale a pouco mais do que um movimento social curioso e fascinante – algo para os historiadores e estudiosos ponderarem. Mas e se, como ensina a fé cristã, Jesus Cristo é o Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para a expiação dos nossos pecados? Então, nossa resposta à sua pergunta tem um significado importante, um significado com conseqüências tanto mundanas quanto eternas.

Mas como podemos saber quem é Jesus? Como podemos saber se a fé cristã é verdadeira? Com mais de 4.200 religiões no mundo de hoje, qualquer conclusão que chegamos pode parecer presunçosa, na melhor das hipóteses, e preconceituosa, na pior das hipóteses.

O cristianismo, no entanto, se destaca da maioria das religiões como uma visão de mundo eminentemente testável. A doutrina cristã faz várias alegações sobre a forma como o mundo realmente é – alegações que vão desde a metafísica à história. Se a razão e as evidências suportam essas distintas alegações sobre a verdade que estão no centro da fé cristã, então o cristianismo é uma cosmovisão racional.

O cristianismo abrange uma ampla faixa de doutrinas e práticas, e é muito fácil ser apanhado nas minúcias. Críticos e defensores do cristianismo, tanto podem ficar atolados nestas questões laterais, debatendo a inerrância da Bíblia, o nascimento virginal de Maria, bem como a natureza do inferno. Estas são certamente questões importantes, mas quando se trata de investigar a verdade da visão de mundo do cristianismo, devemos nos concentrar primeiro em questões fundamentais inegociáveis. Quais são, então, os essenciais do cristianismo? Eu defendo que duas proposições compõem o núcleo inerradicável:

1.) Deus existe.
2.) Jesus Cristo morreu e ressuscitou dentre os mortos.

Se estas duas propostas são aceitas, então negar a verdade do cristianismo seria irracional. Deixando teorias bobas como o "Jesus Alienígena" de lado, eu acho que qualquer não-cristão honesto adotaria de forma mais ampla uma cosmovisão cristã se aceitassem esses fatos.

Essas duas proposições fundamentais são pontos de contato com a realidade - a existência de Deus é uma questão metafísica, filosófica e a ressurreição de Cristo é uma questão histórica. Então, vamos dar uma olhada de perto nessas duas proposições em suas respectivas áreas de foco.

i) existência de Deus.

"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis". - Paulo (Romanos 1:20)

O apóstolo Paulo afirma que a existência de Deus é tão bem estabelecida através da razão que os não-cristãos estão literalmente sem desculpa. Se queremos estabelecer essa forte afirmação, argumentos tecnicamente sólidos mas muito complexo para a existência de Deus não vão servir. A maioria das pessoas ao longo da história não tiveram acesso ao conhecimento da filosofia obscura ou ciência avançada. Embora os argumentos inevitavelmente se tornam mais complexas a medida em que são criticados, defendidos e refinados - Acho que há uma simplicidade marcante central para o caso da existência de Deus. Os três elementos básicos que formam a base do caso são:
1.) Alguma coisa existe.
2.) A vida existe.
3.) Eu existo.

Todas as pessoas ao longo da história humana tiveram acesso a esses fatos - e sua relevância para o caso da existência de Deus tem sido reconhecido há muito tempo também. Vamos considerar, por sua vez como essas três verdades mundanas formam o alicerce de um caso forte, intuitivo da existência de Deus.

1.) Alguma coisa existe.

"... A primeira pergunta que temos o direito de pedir será, 'Porque é que há algo e não nada?"1 – Gottfried Wilhelm Leibniz, filósofo e matemático.

O simples fato da existência proporciona a base para uma série de argumentos cosmológicos. Deus, como um agente imaterial e de propósito eterno, parece muito mais plausível como "ponto de partida" que um universo inteiramente material, sem propósito. Essa intuição básica foi formalizada por Leibniz, que argumentou que um Deus eterno independente do universo deve ser invocado como uma explicação dos fatos contingentes do universo.2

Independentemente da força do argumento cosmológico de Leibniz, uma versão extremamente forte do argumento pode ser avançada com base no início do universo. Este argumento, conhecido como Argumento Cosmológico de Kalam, recentemente tem recebido muita atenção. As três premissas simples são:
1.) Tudo o que começa a existir tem uma causa. 
 2.) O universo começou a existir. 
 3.) Portanto, o universo tem uma causa.

Enquanto o primeiro princípio tem forte apoio intuitivo, o segundo princípio goza de um apoio extraordinário da ciência. O início do universo é fortemente confirmado pela evidência de um universo em expansão. Na verdade, a teoria do Big Bang, que implica um começo do universo, é agora a explicação mais aceita sobre a origem do universo, devido à esmagadora evidência para a expansão do universo. Além disso, segundo o que a Lei da Termodinâmica demonstra um universo eterno já estaria em estado de morte térmica, implicando assim um começo.3 Finalmente, Borde, Guth, e Vilenkin publicaram um teorema que demonstra que qualquer universo fisicamente plausível tem um começo.4

Em resumo, as descobertas científicas apóiam a intuição de longa data que a existência de um universo contingente é evidência de um agente eterno pessoal.

2.) A vida existe.
"Uma interpretação de senso comum dos fatos sugere que um super intelecto brincou com a física, assim como química e biologia, e que não existem forças cegas que valham a pena relacionar na natureza. Os números que se calculam a partir dos fatos parecem-me tão avassaladores a ponto de colocar esta conclusão quase fora de questão."5 - Fred Hoyle, astrônomo

A vida é um fenômeno extremamente complexo, e ao longo da história a maioria dos pensadores têm considerado como evidência prima facie de um criador. A teoria da evolução de Darwin é comumente referida por ter destruído esse argumento. Mas mesmo a ambiciosa teoria de Darwin não tenta explicar a adequação da vida ao universo, em primeiro lugar. As descobertas científicas continuam a revelar que o universo é incrivelmente afinado para a vida. Sem a intenção de um designer incrivelmente poderoso, é fantasticamente improvável que o universo seria capaz de suportar a vida como um tudo.

Tome gravidade, por exemplo – talvez a mais familiar e ainda assim mistificadora força no universo. A força da gravidade é extremamente fraca em comparação com outras forças fundamentais. A intensidade desta força é muito importante para manter unidos corpos como o nosso Sol e os planetas. Se a gravidade fosse muito forte, as estrelas teriam vida útil menores do que um bilhão de anos, e se fosse muito fraca (ou negativa), nenhum corpo sólido poderia existir no universo. Dado o leque de forças, a gravidade deve ser afinada para uma parte em 10^36 para que a vida complexa no universo exista.6

A ciência continua a revelar essas improbabilidades notáveis, dando forte apoio à suspeita de Hoyle do trabalho de um super intelecto.

3.) Eu existo.
"Cogito ergo sum" - penso, logo existo. - René Descartes, filósofo

A consciência é a faceta mais inegável da realidade. Mesmo se quiséssemos negar a existência do universo físico, não podemos negar a nossa própria vida consciente.

O pensamento consciente é inerentemente difícil para caber em um quadro materialista. É por isso que tantos filósofos, em uma tentativa de defender o naturalismo, tentaram explicar a mente consciente. Behaviorismo, funcionalismo, e um monte de outras explicações materialista da mente tem tido influência na comunidade científica.

No entanto, todas estas teorias materialistas não conseguem verdadeiramente explicar a experiência consciente. A consciência envolve estados de ser que são fundamentalmente diferentes dos objetos materiais que podem ser descritos pela química e física. Por exemplo, experiências conscientes têm qualia - "o que ela gostaria de ser" uma sensação que falta a propriedades materiais.7

A prevalência das explicações materialista da mente se baseiam na falsa crença de que os avanços da neurociência têm demonstrado a redutibilidade da mente para os processos físicos. Os cientistas estão cada vez mais hábeis em desvendar as ligações entre certos estados físicos do cérebro e os seus homólogos consciente. No entanto, isso só demonstra o seu relacionamento - não prova que eles são idênticos. Na verdade, mesmo os antigos sabiam que algo tão simples como beber algumas bebidas podem levar a drásticas mudanças na experiência consciente e no comportamento. A ciência tem-nos dado apenas uma compreensão maior de como esses estados físicos e mentais interagem.

A experiência consciente é totalmente misteriosa num quadro materialista. Mas no âmbito teísta, uma consciência de Deus é o componente mais fundamental da realidade, por isso a existência da mente é compreensível, e até mesmo de se esperar. A própria existência de nossa própria mente consciente, portanto, fornece uma forte razão para acreditar em um Deus pessoal.

Se estas três evidências provam a existência de Deus, então o caso pelo cristianismo foi reforçado significativamente. No entanto, o verdadeiro coração da fé cristã encontra-se na pessoa e na obra de Jesus Cristo, a quem nos voltamos a seguir.

ii). Jesus Cristo ressuscitou dos mortos

"E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé." - Paulo
(1 Cor.15: 14)

O cristianismo é uma religião verdadeiramente notável, apostando a sua credibilidade inteiramente em um evento histórico singular que parece, à primeira vista, risível. Na verdade, o próprio fato de que a mensagem cristã sobreviveu e prosperou, apesar de muitas desvantagens, é um forte testemunho da sua verdade. Se Cristo não ressuscitou e não providenciou um forte testemunho desse fato, ele teria morrido como uma nota de rodapé da história. Eu gostaria de considerar três fortes desvantagens que a mensagem cristã teve de superar para sobreviver no mundo antigo:

1.) Jesus foi um homem de pouca reputação.

Como um carpinteiro judeu da pequena cidade de Nazaré, Jesus tinha desvantagens na etnia, na ocupação e na localização que danificariam seriamente sua credibilidade.

2.) Jesus teve uma morte vergonhosa.

Crucificação, "a mais miserável das mortes",8 foi um método de execução elaborada pelos romanos intencionalmente para envergonhar a vítima. A encenação da flagelação, carregando a cruz, e pregado nu na cruz não eram simplesmente métodos para maximizar a dor, eles tinham a intenção de destruir a credibilidade da vítima. Críticos do cristianismo se aproveitaram deste fato, insultando os cristãos como adoradores do "deus que morreu em desilusões ... executado no verdor dos anos pela pior das mortes."9

3.) Jesus pregou uma mensagem impopular.

O conceito de uma ressurreição física era implausível para os judeus e repugnante para os romanos. Os judeus esperavam que a ressurreição ocorresse no fim do mundo para todas as pessoas.10 Os romanos, que tinham pouco respeito pelo corpo físico e prefeririam a alma etérea, acreditavam que a ressurreição física era uma vergonha - de acordo com Celso os corpos "deveriam ser jogados fora como pior do que esterco."11

Apesar das dificuldades, o centro da mensagem cristã abraçou desde o início este obscura Jesus de Nazaré, pregando a sua morte na cruz e sua ressurreição milagrosa. Como é que a mensagem cristã superou todos esses obstáculos e surgiu como a religião do mundo de maior sucesso de todos os tempos? Como o historiador de Cambridge C.F.D. Moule observou:

Se a vinda à existência dos nazarenos, um fenômeno inegavelmente atestado pelo Novo Testamento, rasga um grande buraco na história, um buraco do tamanho e da forma da ressurreição, com o que o historiador secular propõe para pará-lo? ... O nascimento e rápido crescimento da igreja cristã ... permanecem um enigma insolúvel para qualquer historiador que se recusa a levar a sério a única explicação oferecida pela própria Igreja.12

Conclusão
Vimos que as reivindicações centrais da fé cristã - a existência de Deus e a ressurreição de Cristo - gozam de apoio científico e histórico considerável. Embora essas evidências não entreguem 100% de certeza, elas fornecem uma força extra para a mais importante das questões, apresentadas por Jesus de Nazaré há 2.000 anos atrás: "Quem vocês dizem que eu sou"?


NOTAS:
1.) G.W. Leibniz, "The Principles of Nature and of Grace, Based on Reason," in Leibniz Selections, ed. Philip P. Wiener, The Modern Student's Library (New York: Charles Scribner's Sons, 1951), p. 527.

2.) This is based on Leibniz's Principle of Sufficient Reason (PSR), which basically states "for every entity x, if x exists, there is a sufficient explanation why x exists."

3.) See Craig, William Lane. The Kalam Cosmological Argument. Eugene: Wipf & Stock Publishers, 2000. Print. pp 130-140

4.) Vilenkin, A. (2007). Many Worlds in One: The Search for Other Universes. New York: Hill And Wang.

5.) Fred Hoyle, "The Universe: Past and Present Reflections." Engineering and Science, November, 1981. pp. 8–12
6.) Manson, N. (2007). God And Design: The Teleological Argument and Modern Science. Washington, DC: Taylor & Francis.

7.) For a great exposition of this concept, see Nagel, T. (1974). What Is It Like to Be a Bat? 'The Philosophical Review', Vol. 83, No. 4, pp. 435-450

8.) From Jewish historian Josephus, Jewish War 7. 203

9.) Oracle of Apollo preserved by St. Augustine; Civitas Dei 19.23; p. 690 CC

10.) Craig, William Lane, Contemporary Scholarship and the Historical Evidence for the Resurrection of Jesus Christ," Truth 1 (1985): 89-95

11.) Origen, Contra Celsus 5.14

12.) C.F.D. Moule, Phenomenon of the N.T. (1967) p. 3
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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