quarta-feira, setembro 15, 2010

O Cristianismo é Verdadeiro? Coerente, Consistente e Viável


Coerente, consistente e viável por Wes Widner

(Áudio em MP3 aqui em breve)

O cristianismo é uma cosmovisão, uma maneira de ver o mundo em que vivemos, por isso abrange crenças metafísicas, como a origem do universo, o significado e propósito da vida e o que acontece conosco depois que morremos. Também engloba coisas do tipo como vemos a família, casamento e carreira. Ele ainda engloba as decisões corriqueiras como o que nós escolhemos para vestir, que tipo de entretenimento preferimos e como nós gastamos o nosso tempo de lazer.

A maioria das pessoas realmente não pensam sobre suas visões de mundo e, como conseqüência, sua visão de mundo acaba sendo uma coleção confusa de crenças. Poucas pessoas gastam tempo para pensar criticamente sobre as crenças que possuem e examinam se a sua visão de mundo passa por três testes básicos:

É coerente?
A primeira pergunta de qualquer visão de mundo é se ela oferece uma explicação do mundo que nos rodeia e quão precisa é essa descrição. Nem todas as visões de mundo estão preocupados em descrever com precisão o mundo que nos rodeia. No budismo e no hinduísmo, por exemplo, a realidade é vista como um mito, de modo que, naturalmente, as descrições que estas visões de mundo oferecem não são destinadas a fornecer uma descrição exata do mundo. Naturalismo/materialismo (crença de muitos ateus) contém descrições do mundo que param no ponto da origem e não conseguem explicar como o todo veio do nada.

O cristianismo é o único que não só oferece explicações razoáveis sobre a origem do universo, mas também oferece uma explicação razoável de eventos históricos bem-estabelecidos como a ressurreição de Jesus Cristo.

É compatível?
A próxima questão que devemos perguntar sobre uma visão de mundo é se ela contém declarações contraditórias. Tais declarações seriam um problema lógico para nós, pois violaria uma das leis fundamentais da lógica, ou seja, a lei da não-contradição.

Algumas visões de mundo como o budismo, o hinduísmo, Nova Era, Wicca, o Islã e o mormonismo abraçam paradoxos como parte de sua doutrina padrão e, portanto, não possuem uma pretensão de serem coerentes em relação aos seus ensinamentos. Pelo contrário, o foco de visões de mundo como estas é mais experimental do que é informativo. O cristianismo, no entanto, está preocupado com os dois.

Religiões orientais dependem fortemente de contradições, a fim de chamar adeptos para meditação profunda. O Zen Budismo, por exemplo, tem uma categoria inteira de ensinamentos conhecida como Koan, que são projetados especificamente para combater o pensamento e o discurso racional que muitas vezes é visto pelos místicos orientais como uma invenção ocidental.

O Islã abraça tanto as contradições nos ensinamentos dos seus escritos sagrados, a Bíblia, Alcorão e Hadith, e em suas práticas rituais. Os adeptos são convidados a acreditar que tanto a Bíblia e o Alcorão foram dados por Deus mesmo que ambos contenha reivindicações mutuamente excludentes. Em tempos mais recentes, seus adeptos também estão sendo informados de que o Islã é uma religião de paz e é tolerante com visões de mundo opostas que contradizem a história e as palavras de seu fundador (Maomé).

O naturalismo/materialismo abraça a contradição inerente da regressão infinita, quando se trata da origem do universo, já que explicações sobrenaturais são categoricamente rejeitadas logo de cara. Isso também cria o problema de como a moral, sentido e finalidade estão fundamentados em uma visão de mundo puramente naturalista.

O Cristianismo é único nesta área, uma vez que não apresenta qualquer contradição inerente, quer dentro do texto acreditado por conter a revelação inspirada de Deus ou nas práticas nele fixadas. Há certamente dificuldades que exigem algum esforço e estudo, e certamente muitos professores cristãos conseguiram introduzir filosofias estranhas no Cristianismo fazendo com que pareça ser logicamente inconsistente ou contraditório. Embora muitos seguidores de Jesus Cristo não consigam viver de modo coerente, não obstante os ensinamentos de Cristo encontrados no Novo Testamento estão em perfeito acordo com o que encontramos no Antigo Testamento.

O cristão, ao contrário dos adeptos da visões de mundo concorrentes, não precisa aceitar um paradoxo lógico, a fim de harmonizar qualquer ensinamento encontrado dentro do cristianismo com outros ensinamentos ou com resultados históricos ou científicos.

É viável?
A cosmovisão pode ser internamente coerente e oferecer uma explicação abrangente do mundo e ainda assim, não ser viável. O ateísmo, por exemplo, oferece uma sucinta visão de mundo no qual somos apenas acidentes cósmicos: vermes da natureza, cuja existência não tem propósito ou significado. Alguns, como Friedrich Nietzsche, aceitou o niilismo que, logicamente, acompanha uma visão naturalista do universo. Infelizmente, Nietzsche acabou ficando louco ao tentar manter uma coerência com suas convicções.

No entanto, muitos escolhem continuar acreditando que vale a pena viver. Que a vida tem sentido e que o que fazemos aqui na terra importa e ecoa de alguma forma para a eternidade. Essas crenças teimosas não são viáveis dentro de uma visão de mundo naturalista e devem ser emprestadas, portanto, de algum outro lugar.

Coerente, consistente e viável
O cristianismo é a única cosmovisão que passa em cada um destes testes com louvor e eu realmente encorajo qualquer um que leva a sério sua busca pela verdade a considerar o cristianismo. Você pode acabar descobrindo que a verdade que você procura está à sua espera com os braços abertos.

Um comentário:

João Marcos disse...

O cristianismo não considerada a soberania de Deus e a nossa responsabilidade um paradoxo, Maurilo?

Abraços!

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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