domingo, setembro 23, 2007

Economize dor! 10 princípios para o crescimento cristão.

Tornar-se cristão é o evento mais incrível que acontecerá em sua vida. Você encontrou paz com o seu Criador. Você encontrou vida eterna! Tenha certeza que Deus nunca te deixará, jamais te abandonará. Ele te trouxe até aqui e Ele completará a boa obra que iniciou em você. Deus sabe de cada um dos seus pensamentos, suas necessidades e maiores preocupações.
Vamos agora dar uma olhada em algumas dessas possíveis preocupações. Primeiro, e a maior preocupação: você tem “certeza” da sua salvação? A Bíblia diz que devemos “assegurar nosso chamado e nossa eleição” (2 Pe 1.10), então vamos passar por uma pequena checagem para termos certeza que você é verdadeiramente salvo.

  1. Você sabe que Deus se tornou carne na pessoa de Jesus Cristo (João 1.14), e que ele morreu pelos pecados do mundo?
  2. Você veio ao Salvador porque você pecou?
  3. Você se arrependeu e colocou sua fé em Jesus Cristo?
  4. Você está convencido que ele sofreu e morreu na cruz e que ressuscitou ao terceiro dia?

Deus nos livrou do Tribunal da Justiça Eterna porque Jesus pagou nossa fiança. Somos “justificados”(certos com Deus) através de sua morte sofrida. A ressurreição de Jesus Cristo é o selo da aprovação de Deus do fato que Seu precioso sangue foi suficiente para pagar a fiança.
Pense dessa forma... Você violou a lei e e tem de encarar uma fiança de $50.000. Você diz para o juiz que sente muito por seu crime, mas ele responde: “Você deve sentir muito mesmo, você violou a lei. E agora, você pode pagar essa fiança? Ele só pode te liberar se você pagar a fiança. Se alguma outra pessoa pagar sua fiança, então ele pode te deixar ir embora, mas ele precisa ter bases para te liberar.

A razão pela qual precisamos de um substituto (salvador) para pagar nossa “fiança” moral, é porque violamos as Leis de Deus. Para ver o quanto transgredimos essas Leis (os Dez Mandamentos), vamos dar uma olhada em alguns deles: você já mentiu alguma vez? Você já roubou alguma coisa? Já teve desejos sexuais por alguém? Se você respondeu “sim”para qualquer uma dessas perguntas, você acabou de admitir que é um mentiroso, ladrão e adultero no coração, e você vai ter de enfrentar Deus no dia do Julgamento! Se você usou Seu nome em vão, então você é culpado de blasfêmia – você substituiu um palavrão pelo Santo Nome de Deus. Talvez você tenha sentido ódio de alguém, aí a Bíblia diz que você é um assassino. Você violou a Santa Lei de Deus e está com um ENORME problema. No Dia do Julgamento, você será considerado culpado e vai acabar no inferno. É por isso que você precisa de um Salvador. Apensa sentir muito ou confessar seus pecados para Deus não vai te ajudar. Você deve se afastar do pecado (arrepender-se), e sua fé deve estar em Jesus Cristo somente. Ele é a única “base” para que Deus estenda Sua misericórdia para você. Se você não tem certeza da sua salvação, faça do Salmo 51 sua própria oração.
Agora, vamos dar uma olhada em alguns princípios importantes que vão te economizar muita dor.

1 – Alimentando-se da Palavra – O pão de cada dia.
Um bebê saudável tem um apetite saudável. Se você verdadeiramente “renasceu” do Espírito de Deus, necessariamente terá um apetite saudável. A Bíblia nos diz: “Como as crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação” (1 Pe 2.2). Alimente-se diariamente sem falhar. Jó disse: “... dei mais valor às palavras de sua boca do que ao meu pão de cada dia” (Jó 23.12). Quanto mais você comer, tanto mais crescerá e menos traumas sofrerá. Acelere o processo e evite sofrimentos desnecessários em sua vida – faça o voto de ler a Palavra de Deus todos os dias, sem falhar. Diga a si mesmo: “Sem Bíblia não tem café da manhã. Se não leio, não como”. Siga o exemplo de Jó e faça com que a Bíblia venha antes do que o estômago. Se fizer isso, Deus promete que você será como uma árvore viçosa, forte e frutífera (Sl 1). Diariamente, ache um local quieto e calmo e mergulhe toda a sua alma na Palavra de Deus.
Provavelmente haverá épocas de sua vida nas quais você devorará as páginas da Bíblia com grande entusiasmo, enquanto noutras a leitura lhe parecerá árida, seca e até chata. Mas lembre-se de que a Palavra o alimenta, gostando ou não gostando dela. Quando criança, certamente você comia as sobremesas com grande entusiasmo. Talvez as saladas não fossem tão apreciadas. Se você foi uma criança comum, é provável que precisasse ser incentivada a comer verduras nas primeiras vezes. Depois, quando você cresceu um pouco mais, ensinaram-lhe a se disciplinar e a comer verduras e legumes, pois eles fazem bem ao corpo, mesmo que não sejam muito saborosos.


2 – Fé – Elevadores podem despencar.
Tenho ouvido muitas pessoas dizer: “Eu acho difícil ter fé em Deus”, e elas dizem isso sem perceber as implicações de suas palavras. Em geral, trata-se das mesmas pessoas que diariamente acreditam na previsão do tempo e nos jornais e confiam sua vida a um piloto que nunca viram ao entrar num avião. Todos os dias nós exercitamos fé. Confiamos nos freios de nossos carros. Confiamos nos livros de história, nas revistas científicas e de medicina, nos elevadores, etc. Mas os elevadores podem despencar e os livros de história podem estar errados. Aviões podem cair. Muito mais do que nessas coisas corriqueiras, nas quais depositamos nossa fé, deveríamos confiar nas promessas firmes e verdadeiras do Deus todo-poderoso. Ele jamais nos decepcionará... se nele confiarmos.
Os cínicos normalmente questionam: “Não se pode confiar na Bíblia, pois ela está cheia de erros”. É verdade. O primeiro erro ocorreu quando o homem rejeitou Deus, e as Sagradas Escrituras nos mostram homens e mulheres que cometeram esse erro repetidamente. A Bíblia também está repleta do que aparentemente seriam contradições. Por exemplo, ela nos diz: “Pois nada é impossível para Deus” (Lc 1.37); não há nada que o Todo poderoso não seja capaz de fazer. Só que também sabemos que a Bíblia diz claramente que “é impossível que Deus minta” (Hb 6.18). Então existe uma coisa que Deus não é capaz de fazer! Não fica claro que existe um “erro” óbvio na Bíblia? Não, não fica.
Mentir, enganar, levantar falso testemunho etc. são coisas tão abomináveis para Deus, tão horríveis e tão diametralmente contra seu caráter santo, que as Sagradas Escrituras se apóiam na força da palavra “impossível” para reforçar a alegação de que ele não pode, não poderia nem vai mentir.
Isso significa que, em um mundo no qual sempre nos decepcionamos, poderemos confiar totalmente nas promessas de Deus. Elas são firmes, certas, indispensáveis, verdadeiras, confiáveis, fiéis, infalíveis, estáveis e uma âncora para nossa alma. Em outras palavras, você poderá confiar nelas de verdade e, por isso, poderá atirar-se de olhos vendados, sem qualquer reserva, nos braços fortes de Deus. O Senhor jamais o decepcionará. Você crê nisso?


3 - Evangelismo: compartilhe a sua fé.
No final de Dezembro de 1996, uma grande família se reuniu em Los Angeles para uma alegre ocasião em que abriam presentes de Natal. Era uma família grande pois era o produto de dois casamentos. Tinha tanta gente junta naquela noite, que cinco das crianças dormiram na garagem. Era uma estrutura adaptada que durante a noite fria era esquentada por um aquecedor elétrico colocado perto da porta.
Durante as primeiras horas da manhã, o aparelho pegou fogo repentinamente, fechando a passagem da porta. Em segundos o local ficou parecendo o inferno. A desesperada ligação para 911 revelou o terror daquele momento. Uma das crianças pôde ser ouvida gritando, “Eu estou em chamas” o pai desesperado em vão correu para dentro das chamas para tentar salvar seus queridos filhos. Ele teve queimaduras de 50% no corpo. Tragicamente, todas as cinco crianças morreram queimadas. Elas morreram porque as barras de ferro nas janelas da garagem impediram que escapassem. Havia somente uma porta que foi bloqueada pelas chamas.
Volte no tempo, até alguns minutos antes do aparelho ficar em chamas. Você consegue com dificuldade enxergar na escuridão o semblante tranqüilo de cinco crianças dormindo. Sabendo que a qualquer momento o lugar vai explodir e se transformar em um inferno, queimando a carne das crianças aterrorizadas, você conseguiria em sã consciência virar-lhes as costas e ir embora? Não! Você precisa acordá-los e avisá-los para correr da morte!
O mundo dorme tranqüilamente na escuridão da ignorância. Existe somente uma porta pela qual eles possam escapar da morte. As barras de ferro do pecado estão impedindo a sua salvação, e ao mesmo tempo, chamas de fogo clamam a Justiça Eterna. Que dia terrível! O Dia do Julgamento! O fogo da ira do Deus todo-poderoso queimará pela eternidade. Tem sido confiado à igreja o trabalho de acordá-los antes que seja tarde demais. Não podemos virar as costas e ir embora sem tentar. Veja como o pai corre dentro das chamas. O amor dele não conheceu limites. Da mesma forma, a nossa devoção para o importante serviço que Deus nos tem dado será na exata proporção com que amamos os perdidos. Existem somente alguns de nós que correm para dentro das chamas para avisar a eles para que corram (Lucas 10:12). Por favor, seja um deles. Realmente não temos escolha. O Apóstolo Paulo disse, “Ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16).
Foi o “Príncipe dos pregadores”, Charles Spurgeon, quem disse estas palavras: “ Você não tem o desejo de ver outros serem salvos? Então, você mesmo não é salvo. Esteja certo disso.” O Cristão não pode ser apático no que diz respeito à salvação dos perdidos, pois o amor de Deus dentro dele irá impulsioná-lo a buscar e salvar aqueles que estão perdidos.
Provavelmente, você tem um tempo limitado após a sua conversão para impactar seus amigos e a família com o Evangelho. Depois do choque inicial da sua conversão, eles o colocarão em uma caixinha amarrada com fitas e o manterão (com sua fé) a uma certa distância. Assim, é muito importante que tire vantagem do pouco tempo que tem enquanto eles ainda o ouvem.
Eis alguns conselhos que evitarão grandes sofrimentos: Logo após sua conversão, um amigo meu, agindo como um touro selvagem em uma loja de artigos de cristal quase faz um dano irreparável. Ele peitou sua mãe, seu pai e muitos de seus amigos para tomarem a “decisão por Jesus.” Ele foi sincero, zeloso, amoroso, bondoso e... estúpido. Não entendeu que a salvação não vem através de uma “decisão,” mas de arrependimento. e arrependimento é Deus quem dá(veja 2 Timóteo 2:25). A Bíblia ensina que ninguém pode vir a Jesus a não ser que Deus o “traga.” Se você for capaz de conseguir uma decisão mas sem convicção do pecado, quase certamente terminará com um falso convertido em mãos.
Em seu “zelo sem conhecimento”, ele na verdade inoculou as pessoas que tentava desesperadamente alcançar. Não há nada mais importante para você que a salvação daqueles que ama, e não pode estragar isso. Se o fizer, pode descobrir que não terá uma segunda chance. Ore por eles fervorosamente. Agradeça a Deus pela salvação deles. Deixe que vejam a sua fé. Deixe que sintam a sua bondade, seu amor genuíno e sua gentileza. Compre-lhes presentes sem nenhuma razão. Faça alguma tarefa, quando ninguém pedir. Faça o melhor que puder. Coloque-se na posição deles. Você sabe que encontrou a vida eterna. A morte perdeu o ferrão! Sua alegria é sem palavras – mas, o que eles vêem é que você passou por uma lavagem cerebral e se tornou parte de um grupo estranho. Então, seus atos amorosos falarão mais alto que dez mil persuasivos sermões.
Com estes pensamentos, evite um confronto verbal até ter o conhecimento que guiará o seu zelo. Ore por sabedoria e por sensibilidade para saber o tempo de Deus. Como você tem somente uma chance, então não perca a oportunidade. Relaxe e fique calmo. Caso contrário, poderá passar a vida inteira em arrependimento. Acredite. É melhor ouvir uma pessoa amada ou um amigo dizer: “Fale-me de sua fé em Jesus cristo”, do que você dizer: “Senta aí! Eu quero falar com você.”
É importante entender que devemos repartir nossa fé com os outros sempre que possível. E a Bíblia diz que existem somente dois momentos em que devemos fazer isso: a tempo e fora de tempo (II Timóteo 4:2). O Apóstolo Paulo suplicou por oração por seu próprio testemunho pessoal. Ele disse: “Para que me seja dada,confiança, para fazer notório o ministério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que possa falar dela livremente, como me convém falar” (Efésios 6:19-20).
Lembre-se que você tem a séria responsabilidade de falar com os amados de outras pessoas. Muitas vezes, quando abre a boca para falar do evangelho, pode ser que você esteja sendo a resposta à sincera oração de outro Cristão. Talvez ele tenha pedido para Deus usar uma fiel testemunha para falar com seu amado pai ou amada mãe – e você pode ser a resposta à oração dele. Você é esta verdadeira e fiel testemunha que Deus quer usar.
Nunca perca de vista o mundo e todo o seu sofrimento. Mantenha o destino das pessoas que não tem Deus diante de seus olhos. Muitos de nós nos sentamos nos bancos estofados da igreja e nos tornamos introvertidos. Nosso mundo se torna um mosteiro sem paredes. Nossos amigos são confinados apenas àqueles dentro da igreja, enquanto Jesus, era “amigo dos pecadores.” Então, reserve um tempo para deliberadamente ser amigo dessas pessoas pelo amor de sua salvação. Lembre-se que cada uma das pessoas que morre em pecado, tem hora marcada com o Juiz do universo. O Inferno abre grandemente sua terrível bocarra. Não há um chamado mais que exija mais responsabilidade do que ser confiado com o evangelho da salvação – trabalhando com Deus pela o eterno bem-estar de uma humanidade moribunda.

4 - Oração.
Já foi dito que Deus sempre responde nossas orações. Às vezes Ele diz sim, às vezes diz não, às vezes Ele diz: “Espere um minuto” – e um dia para o Senhor é como mil anos para nós (II Pedro 3:8). Isso significa que dez anos de espera para nós são iguais a 14 minutos e 24 segundos para Deus. Então, peça com fé e descanse cheio de paz e paciência.
Pesquisas mostram que mais de 90% da América ora diariamente. Sem dúvida oram por saúde, riqueza, felicidade, etc. Também oram quando a vovó fica doente. E quando a vovó não melhora (ou morre) muitos terminam desiludidos – e alguns acabam se tornando amargos. Isso é porque não entendem o que a Bíblia diz sobre oração. Ela ensina que o pecado impede que Deus de ouça as nossas orações (Salmo 66:18). Ensina, acima de tudo, que se orarmos com dúvidas, não obteremos resposta (Tiago 1:6-7).
Eis como ser ouvido....
1) Ore com fé (Hebreus 11:6).
2) Ore com mãos limpas e coração puro (Salmo 24:3-4).
3) Ore com um genuíno coração, ao invés de vãs repetições (Mateus 6:7).
4) Tenha certeza que você está orando para o Deus revelado nas Santas Escrituras (Êxodo 20:3-6).
Como se ora com fé? Se alguém lhe diz: “Você é um homem de grande fé em Deus.” Eles podem pensar que estão lhe fazendo um elogio. Mas não estão – o elogio é para Deus. Por exemplo, se disser para você: “Sou um homem com grande fé no meu médico,” na verdade estou elogiando o médico. Se tenho grande fé nele, isso significa que eu o vejo como um homem íntegro, um homem com grande habilidade – que ele é de confiança. Dou “glória” ao homem através de minha fé nele. A Bíblia diz que Abraão “não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Ele tinha prometido também era poderoso para o cumprir” (Romanos 4:20-21). Abraão foi um homem de grande fé em Deus. Lembre-se de que não é um elogio para Abraão. Ele somente vislumbrou a incrível habilidade de Deus, Sua integridade impecável, e Sua maravilhosa fidelidade para cumprir toda promessa que fez. A fé de Abraão deu glória a um Deus fiel.
O que Deus vê é que se você pertence a Jesus, você é especial. Você pode chegar com segurança diante do trono da Graça (Hebreus 4:16). Você tem acesso ao rei, porque é filho do rei. Quando era criança, você teve que adular seus pais para que as suas necessidades fossem atendidas? Espero que não.
Então, quando orar, não diga: “Ó Deus, espero que o Senhor supra as minhas necessidades.” Ao invés disso, diga algo como: “Pai, obrigado por honrar cada promessa que o Senhor fez. A sua Palavra diz que o Senhor suprirá todas as minhas necessidades de acordo com suas riquezas na glória, por Jesus Cristo (Filipenses 4:19). Assim sendo, agradeço que o Senhor fará aquilo pela minha família. Peço isso no maravilhoso nome de Jesus. Amém”
Foi o grande missionário Hudson Taylor quem disse: “O poder da oração nunca foi experimentado em sua total capacidade. Se quisermos ver o poder divino cumprir-se no lugar da fraqueza, fracasso e frustração, devemos responder ao chamado desafiador de Deus que diz: “Clama à mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.”
Como podemos ter “mãos limpas e coração puro”? Simplesmente confessando nossos pecados a Deus através de Jesus. O sangue Dele limpará todos os nossos pecados (I João 1:7-9). Quando confessamos nossos pecados a Deus através de Jesus, Deus não somente perdoará todos os nossos pecados, Ele promete esquecê-los (Hebreus 8:12). Ele até mesmo nos justificará, baseado no sacrifício do Salvador. Isso significa que Ele o terá como alguém que nunca pecou. Ele o tornará puro à Sua vista – sem pecado. Ele até “purificará” a sua consciência, de maneira que não carregará mais um sentimento de culpa pelo pecado. É isso o que significa “ser justificado pela fé.” È por isso que você precisa mergulhar-se nas Escrituras – Ler as cartas às igrejas e ver as coisas maravilhosas que Deus fez por nós através da Cruz do Calvário. Se não ligar de ler o testamento, você não terá idéia do que foi deixado para você.
Como podemos orar “A genuína oração que vem do coração”? Simplesmente permanecendo no amor de Deus. Se o amor de Deus está em nós, jamais oraremos de maneira hipócrita, nem faremos orações egoístas. O fato é que não faremos orações egoístas se tivermos amor no coração. Quando nossa oração agrada a Deus, a Bíblia diz que Ele nos recompensará abertamente (Mateus 6:6).
Como sabemos se estamos orando para O Deus revelado na “Santa Escritura”? Estudando a Palavra. Não aceite a imagem de Deus retratada pelo mundo, embora isso atraía a mente natural. A figura de um pai bondoso e amoroso, sem senso de justiça ou verdade é atraente a pecadores culpados. Na verdade, precisamos enxergar os trovões e relâmpagos do Monte Sinai. Olhe para Jesus na Cruz do Calvário – pendurado e em uma agonia inenarrável por causa da justiça de um santo Deus. Pensamentos como este tem a tendência de expulsar a idolatria.


5 - Guerreie. Agora voce tem alguns inimigos.
Quando se tornou Cristão, você entrou em uma velha batalha. Você tem três inimigos – o mundo, a carne, e o diabo. Antes de tornar-se um Cristão, você boiava na correnteza com os peixes mortos. Mas, agora, Deus tem colocado a Sua vida dentro de você, de maneira que se encontrará nadando contra três correntezas. Vamos analisar esses três inimigos.
Primeiro, o mundo. Quando a Bíblia fala do “mundo” nesse contexto, está referindo-se ao pecaminoso e rebelde sistema mundial. Esse é o mundo que ama a escuridão e odeia a luz (João 3:20), governado pelo deus desse mundo (II Coríntios 4:4), “o príncipe das potestades do ar” (Efésios 2:2). A Bíblia diz que o Cristão tem escapado da corrupção da luxúria que está no mundo. A concupiscência é um desejo ilegítimo, é a veia que da vida ao mundo, seja ao pecado do desejo sexual, de poder, de dinheiro e de coisas materiais. A concupiscência é um monstro que nunca ficará satisfeito. Então, não o alimente. Senão, ele crescerá cada vez mais, até se tornar um peso nas suas costas – e será a sua morte. Veja Tiago 1:15.
Nada há de errado com sexo, poder, dinheiro ou coisas materiais. Mas, quando tais coisas começam a tornar-se mais importantes que Deus, a Bíblia as chama de “apetite desordenado” (Colossenses 3:5). Foi nos dito “Não ameis o mundo e nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” “Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” ( I João 2:15, Tiago 4:4).
O segundo inimigo é o Diabo. Como temos visto, ele é conhecido como o “deus deste mundo.” Ele era o seu pai espiritual antes de você fazer parte da família de Deus (João 8:44, Efésios 2:2). Jesus chamou o diabo de ladrão, que veio para matar, roubar e destruir (João 10:10).
A maneira de vencê-lo e a seus demônios é ter certeza que está vestido com a armadura espiritual de Deus mencionada em Efésios 6:10-20. Torne-se familiarizado com ela intimamente. Durma com ela. Nunca a tire. Empunhe a espada de dois gumes firmemente para que você nunca a perca. Isso nos leva ao terceiro inimigo.
O terceiro inimigo é o que a Bíblia chama a “carne” que é a sua natureza pecaminosa. O campo de batalha com esse inimigo é a sua mente.
Se tiver uma mente, você será atraído ao mundo e todos os pecados que nele há. A mente é o painel de controle e processamento de dados dos olhos e os ouvidos. É o centro de seus apetites. Todo pecado começa no “coração” (Provérbios 4:23, Mateus 15:19). Pensamos antes de pecar. Isso acontece, na verdade, por não pensarmos antes de pecar. A Bíblia avisa que a concupiscência traz o pecado, e o pecado quando é concebido traz morte. Todos os dias de nossa vida temos uma escolha a fazer: pecar ou não pecar – eis a questão. A resposta à questão do pecado é o temor de Deus. Se não teme Deus, você pecará para o deleite do seu coração pecaminoso.
Você sabia que Deus mata pessoas? Ele matou um homem por não gostar do que ele fez sexualmente (Gênesis 38:10). Ele matou um marido e sua esposa por falarem uma mentira (Atos 5:11). O conhecimento da bondade de Deus e de Seu correto julgamento contra o mal, deve colocar o temor de Deus em nós, ajudando-nos a não nos entregar ao pecado.
Sabendo que os olhos do Senhor está em todos os lugares vendo o bem e o mal, e que Ele trará cada obra a julgamento, viveremos em obediência. Pensamentos como este são valiosos, porque pelo temor do Senhor nos apartamos do mal (Provérbios 16:16). Jesus disse:
“E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não tem mais o que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer, temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno, sim, vos digo, a esse temei” ( Lucas 12:4-5).


6 – Comunhão – o cristão Beija-flor
Ore tendo em mente o local onde você deve se reunir. Certifique-se de que a igreja à qual você vai aderir chame de pecado o que é pecado. Eles crêem nas promessas de Deus? São amáveis? O pastor trata sua esposa com respeito? Ele é um homem dedicado à Palavra de Deus? Ele tem um coração humilde e um comportamento gentil? Ouça atentamente ao ensino dele, pois este deve glorificar a Deus, exaltar a Jesus e edificar o cristão.
Uma prova de que você verdadeiramente foi salvo está no fato de que você passa a ter amor por outros cristãos (1 Jo 3.14). Assim, vai desejar reunir-se com eles. Os cristãos se reúnem para o partir do pão (ação de graças), para o ensino da Palavra e para a comunhão. Eles compartilham as mesmas inspirações, idéias, inclinações, tentações, aspirações, motivações e transpirações – e todos trabalham unidos pela mesma causa: a propagação do Reino de Deus na terra. É por isso que você freqüenta uma igreja – não porque é forçado a ir, mas porque deseja estar lá.
Não se transforme em um “Beija-flor espiritual”. Se você estiver voando de igreja em igreja, como seu pastor saberá que tipo de néctar você está sorvendo? A Bíblia nos diz que seu pastor prestará contas a Deus em relação à vida que você leva (Hb 13.17), portanto abra-se com ele. Procure sempre orar por ele. Ore também pela esposa e pela família dele, bem como pelos presbíteros da igreja. Ser pastor não é tarefa fácil. A maioria das pessoas não se dá conta do tempo que é necessário para preparar um sermão inédito a cada semana. Elas não valorizam o tempo que se passa em oração e no estudo da Palavra. Se o pastor for repetitivo em alguma piada ou história, lembre-se sempre disto: ele é humano. Conceda-lhe uma grande porção de graça e dupla honra. Jamais reclame dele. Se não gostar de algo que tenha dito, ore com fé, depois deixe a questão para Deus. Se isso não o satisfazer, mude de igreja, em vez de causar divisão por murmuração e reclamação. Deus odeia as pessoas que provocam discórdia entre os irmãos (Pv 6.16-19).

7 - Seja grato à Deus.
Para o Cristão, todos os dias deveria ser dia de ação de graças. Deveríamos ser ainda mais agradecidos no meio de problemas. O Apóstolo Paulo disse: “Superabundo de gozo em todas nossas tribulações” (II Coríntios 7:4). Ele sabia que Deus estava trabalhando para que todas as coisas contribuíssem para o seu bem, embora estivesse passando por tribulações (Romanos 8:28).
Você terá problemas no caminho. Deus os verá como uma ferramenta para o seu crescimento pessoal como Cristão. Ele permitirá as tempestades, para que suas raízes aprofundem-se solo da Palavra Dele. Oramos mais no meio dos problemas, mas já foi dito que vemos melhor de joelhos do que em pé.
Um homem olhava uma borboleta debatendo-se para sair do casulo. Num esforço para ajudar, pegou uma tesoura e, cuidadosamente, cortou a borda do casulo. A borboleta escapou sem problemas e imediatamente morreu.
É da vontade do Deus que a borboleta venha a debater-se. Debater-se é o que causa seu pequeno coração bater rápido levando sangue para as asas.
Aflições têm seu propósito: fazem com que nos debatamos, pondo-nos de joelhos. Elas são nosso casulo em que, freqüentemente, nos encontramos. É lá que a veia da fé em Deus nos ajuda a abrir nossas asas.
A fé e a ação de graças são amigos. Se você tem fé em Deus, será agradecido porque sabe que as amorosas mãos do Senhor estão sobre você, até quando está cova dos leões. Isso trará um profundo sentimento de alegria – e alegria é o barômetro da profundidade da fé que você tem em Deus. Veja este exemplo. Imagine se eu dissesse a você que lhe daria um milhão de reais se você me mandasse um e-mail. Claro que não acredita que eu faria isso. Mas, imagine se eu fizesse isso de verdade. Imagine se tivesse conhecimento de mais de um milhão de pessoas que já haviam me enviado um e-mail, e cada uma havia recebido seu milhão de reais – sem nenhuma condição. Mais do que isso. Você, na verdade, teria ligado para mim e eu teria lhe assegurado pessoalmente que manteria a minha palavra. Se acreditasse em mim, não se alegraria? Se não acreditasse, não teria alegria. A sua alegria poderia ser um barômetro para saber o quanto acreditou na minha promessa.
Temos tanto para agradecer! Deus tem nos dado: “Grandíssimas e preciosas promessas” “que são mais desejáveis que ouro.” Faça um grande favor a si mesmo – acredite nestas promessas. Agradeça a Deus continuamente por elas e “que a sua alegria seja completa.”
Certa vez, um velho fazendeiro recebeu um familiar descrente para uma visita. Depois de o fazendeiro ter curvado a cabeça e agradecido a Deus pela refeição que estavam prestes a fazer, o familiar disse rudemente: “Para que você fez isso? Deus não existe. Vivemos em uma era de iluminação.” O velho fazendeiro disse: “ Só um indivíduo nesta fazenda não agradece a Deus antes de comer.” O familiar sentou e disse: “Quem é esse iluminado?” O fazendeiro calmamente respondeu-lhe: “Meu porco.”

8 - Batismo. Mergulhe na nova vida.
A Bíblia diz: “Arrependa-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados...”. Não há dúvida sobre se devemos ou não ser batizados. Outras questões, no entanto, geram controvérsias. Por exemplo, como e quando deve se dar o batismo?
Parece claro que na Bíblia as pessoas batizadas foram inteiramente imersas na água. Eis uma razão para esse ponto de vista: “João também estava batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas” (Jo 3.23). Se João Batista estivesse simplesmente aspergindo as pessoas com água, ele não precisaria ter procurado um lugar com “muitas águas”, tudo o que ele necessitaria era de uma caneca de água. O batismo por imersão também simboliza nossa morte para o pecado, nosso sepultamento e a ressurreição para nova vida em Cristo (v. Rm 6.4; Cl 2.12).
O carcereiro de Filipos e sua família foram batizados à meia-noite, na mesma hora em que creram (At 16.30-33). O eunuco etíope foi batizado assim que creu (At 8.35-37), tal qual Paulo (At 9.17,18). O batismo é um ato de obediência, e Deus abençoa nossa obediência. Portanto, o que você está esperando?

9 - Dê à Deus. A ultima parte de um homem que se converte é sua carteira.
Muitos dizem que a carteira é a “última fronteira”. É o último território a ser conquistado – a última coisa que precisa se render a Deus. Jesus falou muito sobre o dinheiro. Ele disse que não podemos servir a Deus e ao dinheiro (ou Mamom, Mt 6.24). “Mamom” era a palavra comum em aramaico para designar riquezas, a qual tem relação com uma palavra hebraica que significa “aquele em quem depositamos nossa confiança”. Em outras palavras, não podemos colocar nossa confiança em Deus e no dinheiro. Ou o dinheiro é nossa fonte de alegria, nosso grande amor, nossa fonte de segurança, supridor de nossas necessidades, ou Deus é.
Quando você abrir sua bolsa ou carteira, doe seu dinheiro com generosidade e regularidade à sua igreja local. Um indicativo de quanto você deveria doar pode ser encontrado no dízimo do Antigo Testamento: 10% de sua renda. Seja qual for o valor, certifique-se que está doando alguma quantia para a obra de Deus (v. Ml 3.8-11). Ao doar, faça-o por sua vontade, e não porque se sente obrigado a fazê-lo. Deus ama quem dá com alegria (2Co 9.6,7), portanto aprenda também a se desapegar de seu dinheiro.

10 - Enfrentando seitas e heresias. Se voce está firme no Senhor, nada vai te abalar de onde voce está.
Se você conhece o Senhor, nada estremecerá a sua fé. Alguém com experiência não ficará à mercê de alguém com argumentos. Peque como exemplo um garotinho que está olhando para um ferro de passar ligado à tomada. Sua mãe o avisa que o ferro está muito quente. A criança diz: “tá certo, acredito que está quente.” Até aí, ele acredita de maneira intelectual que o aparelho está quente. Quando a mãe sai da sala, ele pensa: “Será que está realmente quente?” Então, estende as mãozinhas e toca a parte metálica do aparelho com os dedos. No momento em que os dedos queimam, ele pára de acreditar que o aparelho está quente. Agora, ele sabe que está quente! Ele saiu da esfera da fé para a esfera da experiência.
Um especialista neste tipo de aparelho chega e diz ao menino: “Filho, sou P.H.D no estudo desse aparelho. Esse aparelho definitivamente não está quente. Posso provar se quiser.” O garoto provavelmente diria: “Senhor especialista, não interessa quantos PHDs o senhor tenha. Sei que o ferro está quente – eu o toquei! E não estou falando por fé, mais por experiência. Tchau.”
Se tocou na parte metálica do amor e do perdão de Deus, se o Espírito Santo testemunhou seu nascimento, de que você é um filho de Deus (Romanos 8:16), se você recebeu o evangelho com “poder no Espírito Santo com muita certeza” (I Tessalonicenses 1:5), você nunca será abalado.
Quando as seitas disserem que você precisa ter conhecimento do nome de Deus para ser salvo, que deve prestar culto em um certo dia, que precisa ser batizado por um sacerdote de tal igreja, não entre em pânico. Simplesmente, volte ao manual de instrução. A Bíblia tem todas as respostas e, ao buscá-las, você crescerá.

sábado, agosto 11, 2007

A favor do preconceito seletivo: Quando as leis anti-discriminação tornam alguns mais sagrados do que Deus

Julio Severo

Quando se pode xingar, desprezar e ofender o nome ou a reputação de uma pessoa impunemente, mas não se pode por lei aplicar o mesmo desprezo para outra pessoa, não existe igualdade, mas diferença. Alguém está, evidentemente, sendo tratado com honra, enquanto o outro recebe desonra. Um é protegido, e o outro fica vulnerável.
Essa diferença se tornou bizarra em nossos dias. É comum hoje se deparar com palavras ou palavrões contra Deus. Indivíduos do mundo artístico são especialistas na arte de praticar “irreverências” contra Deus e afrontar os Dez Mandamentos. Eles até são mais prestigiados e requisitados quando insultam o nome e a pessoa de Jesus Cristo. No mundo artístico, não é errado, nem pecado, atribuir a Deus nomes pesados e desrespeitosos. Nas modernas obras de arte, nos meios de comunicação e no teatro, Jesus Cristo e Deus são alvos livres e preferenciais de comentários e encenações, desde pornográficas até profanas. O nome de Deus não é poupado de nenhum sacrilégio.
Entretanto, os mesmos artistas também sabem mostrar reverência a tudo o que os mandamentos politicamente corretos impõem. A sacralidade, que envolve respeito e reverência, foi transferida de Deus para a categoria das minorias, e suas conseqüências poderão ainda beneficiar até mesmo comportamentos moralmente anormais.
O altar do respeito, de onde Deus e Jesus Cristo foram destronados, foi entregue a “divindades” humanas, que são tratadas com muito mais reverência. Não se pode, sob hipótese alguma, atribuir nomes desonrosos a essas divindades favorecidas. Pelas modernas leis de direitos civis, uma ofensa a alguém de determinada raça pode, como conseqüência, trazer punição pesada, com multas e estadias em prisão quase equivalentes a um estupro ou assassinato.
Punição para os que ofendem a Deus? Para que? Se quiser ser protegido de ofensas, Deus terá de preencher um formulário estatal e se classificar como membro de um dessas classes favorecidas pelas leis anti-discriminação.
Os privilégios são tão sedutores que até os ativistas homossexuais, cobiçando os mimos estatais concedidos às minorias, reivindicam ser oficialmente classificados como minoria em necessidade de proteção. O homossexualismo, que sempre foi uma anormalidade e aberração, será assim mais sagrado do que o nome de Deus, e enquanto ninguém vai para a cadeia por xingar a Deus, todos temerão fazer uma menção negativa ao comportamento dos homossexuais.
Estranho esse novo papel castigador do Estado, não? O Estado, que não consegue cumprir sua função legítima de proteger os cidadãos de criminosos reais e castigar na devida proporção os crimes reais, agora se julga árbitro e discriminador seletivo, decidindo quem pode e quem não pode ser discriminado. Deus e seus valores estão fora da preferência estatal, podendo ser criticados, insultados, desprezados, etc. Os afro-descendentes e os valores do candomblé — e logo os homossexuais e suas aberrações sexuais, que já estão na fila — não podem, sob hipótese alguma, receber o mesmo tratamento que Deus recebe da classe artística e outros profanadores.
Engana-se quem acha que as leis antipreconceito apenas garantem a igualdade de todas as raças. É exatamente o contrário. De acordo com uma ministra do governo Lula, os negros podem lançar ofensas raciais contra os brancos, impunemente, mas o branco que ousar perder a cabeça e cometer a asneira de lançar uma única ofensa racial contra um negro pode levar quase tanta cadeia quanto um homem que estuprou uma criança. Assim, a ministra do governo Lula definiu como funcionam as leis antipreconceito.
Por pura coincidência, não se vê negros sendo castigados por ofensas a um branco, mas se vê brancos sendo castigados por perderem a cabeça diante de um negro. Faça a experiência de colocar um negro na frente de uma delegacia para gritar: “Branco não presta!” Contudo, se fizer a mesma experiência com um branco gritando em público na presença de um negro “Negro não presta!”, a tropa de choque antidiscriminação chega em poucos segundos.
O chamado crime de preconceito ou discriminação, envolvendo casos em que um indivíduo apenas ofende um indivíduo de outra raça, resulta em castigos pesados, enquanto o indivíduo que lança ofensas pesadas contra Deus nada recebe. De acordo com as políticas e leis contra o preconceito, quem tem mais honra? Deus ou as minorias?
Embora a honra de Deus pudesse ser protegida de deboches pela lei de ultraje ao culto, na prática nada ou muito pouco acontece aos profanadores. Mas do ponto de vista legal é cada vez mais perigoso debochar de certas classes raciais.
É certo um chinês xingar um índio? É certo um branco xingar um chinês? É certo um negro xingar um índio? Quem segue os ensinamentos de Jesus Cristo não xinga outras pessoas, nem é mal educado, pois a Palavra de Deus é clara:
“Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês. Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. Pelo contrário, digam palavras de gratidão a Deus.” (Efésios 5:3-4 NTLH)
“Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem.” (Efésios 4:29 NTLH)
Numa sociedade onde se cultiva a educação moral — e a Bíblia é repleta de recursos de valores morais — é errado xingar, mesmo quando se está com raiva. É errado também contar piadas obscenas ou fazer comentário indecentes.
Os evangélicos, como eu mesmo já experimentei muitas vezes, sempre sofreram preconceitos e menosprezo social por causa de religião — até mesmo em nossos dias. Basta ver que a parada gay recebe muito mais cobertura da imprensa do que a Marcha para Jesus.
A questão do preconceito no uso de palavras tem a ver com educação. Educação é uma área tratada nos lares e nas igrejas, não nos tribunais. O papel do Estado é apenas punir crimes reais, como estupros, assassinatos, latrocínio, etc. Para que pudesse ajudar os lares e as igrejas na educação moral da população, o governo teria no mínimo de ser exemplo moral. Mas a verdade é que o exemplo estatal mais prejudica do que ajuda.
As loucuras das leis antipreconceito são tão óbvias que até o Apóstolo Paulo, se estivesse vivo, sem dúvida estaria sob risco sério de cair na malha dessas leis, pois a Bíblia traz o registro público de suas opiniões. Ele disse:
“Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé”. (Tito 1:12-13 ACF)
“Foi justamente um deles, um profeta da ilha de Creta, quem disse: ‘Os cretenses só dizem mentiras. São como animais selvagens, são uns preguiçosos que só pensam em comida’. E ele tinha razão quando disse isso. Portanto, você tem de repreender duramente esses falsos mestres para que sejam sadios na fé”. (Tito 1:12-13 NTLH)
Paulo concordou com a caracterização negativa que um poeta secular havia atribuído aos cretenses. Ele também merece prisão?
As ofensas, raciais ou não, devem ser tratadas sob o ponto de vista da educação, não de crimes sob a jurisdição estatal. E mesmo assim, nem toda caracterização é errada, como mostrou Paulo.
Entretanto, agora o Estado se levanta como árbitro supremo dos indivíduos, julgando criminal e seletivamente suas expressões verbais de descontrole e, se esse pesadelo orwelliano continuar, o juízo estatal se estenderá também às expressões faciais e corporais das pessoas, punindo o que os julgadores estatais interpretam como as intenções apenas imaginadas.
O mesmo Estado incompetente para resolver crimes sérios quer agora transformar em crime questões que devem ser resolvidas em outro nível. Se o Estado tolera xingamentos e desrespeitos contra Deus, e até xingamentos, desprezos, deboches e desrespeitos semelhantes contra os cristãos e seus valores, por que minorias deveriam gozar mais privilégios?
Pode-se gritar diante de mil delegacias de polícia que Deus não presta. Se substituir a palavra Deus pela palavra branco, nada acontece a nível legal. Nenhum policial irá até o sujeito irreverente para lhe dar voz de prisão. Mas experimente substituir a palavra Deus pela palavra mágica negro. Será um milagre se nada ocorrer a nível legal. Esse preconceito seletivo que privilegia uns e exclui outros é um privilégio tão grande que até os ativistas homossexuais não querem ficar de fora. Aliás, eles defendem com unhas e dentes a “sacralidade” das cotas raciais e todas as outras leis que favorecem as minorias raciais. O maior líder homossexual do Brasil, Luiz Mott, é especialista em assuntos negros — por motivos óbvios. Um privilégio leva a outro ou, como diz a Bíblia, um abismo leva a outro.
O papel do Estado é punir crimes reais, não virtuais. Um ser humano assassinou outro? O dever do Estado é punir o assassino na devida proporção do seu crime. Um ser humano agrediu ou violentou outro? O dever do Estado é punir o agressor ou estuprador. Um ser humano roubou outro? É dever do Estado forçar o ladrão a devolver tudo, com multa. Um ser humano ofendeu (sem agredir) outro? Não é papel do Estado tratar o ofensor como se fosse agressor, ladrão ou assassino. Situações desse tipo estão fora da competência do Estado, ainda mais numa era de tolerância onde Deus é tratado com total irreverência sob os olhares da lei.
Somente uma educação moral, baseada em valores morais e bíblicos, pode ajudar os cidadãos a evitar ofensas contra os outros. Os valores morais da Bíblia podem, muito mais do que todas as leis estatais juntas, reduzir os palavrões, ofensas, obscenidades e desrespeitos dos lábios e atitudes da população. Um cristão — pardo, branco, negro, índio ou chinês — evita ofensas e palavrões. Um chinês, branco, pardo ou negro sem os valores cristãos não tem motivação alguma para não ofender a Deus e ao próximo.
Leis anti-preconceito, que transformam em crime grave ofensas somente contra determinadas raças em prejuízo da igualdade entre todos, não atendem aos interesses e o bem-estar da população, mas apenas aos objetivos estatais de maior controle e repressão da maioria mediante a utilização de supostas defesas de direitos das minorias.
As leis anti-discriminação custam caro para o povo, pois tratam como criminoso quem ofendeu sem agredir nem matar. Por causa dessas leis, o Estado emprega, com o dinheiro de nossos impostos, uma multidão de indivíduos assalariados que incham o aparelho estatal que não tem utilidade social alguma, a não ser fiscalizar e punir tudo o que o Estado discriminador define como crime. Nem mesmo os nazistas e comunistas mais radicais tiveram a criatividade de implantar um sistema de repressão social tão “perfeito”.
O único que sai verdadeiramente fortalecido com esses tipos de leis é o Estado, que cria confusão e caos nas relações individuais e entre os diversos grupos sociais, a fim de garantir controle absoluto sobre todos.
E caos é exatamente o que está ocorrendo no Brasil. O professor Paulo Roberto da Costa Kramer, da Universidade de Brasília, usou o termo “crioulada” numa de suas aulas. Foi suspenso e condenado a pagar uma multa bem pesada depois que o denunciaram. Ele negou ser racista, porém a lei louca é mais forte do que as mentes sãs, e só Deus sabe os sacrifícios que ele e sua família terão de fazer para pagar a injusta multa. Já o homossexual Denílson Lopes, professor da mesma Universidade de Brasília e autor do artigo “Amando Garotos: Pedofilia e a Intolerância Contemporânea” e do livro “O Homem que Amava Rapazes e Outros Ensaios”, nunca precisou se preocupar com multas ou denúncias. Denílson declarou: “Hoje em dia, outra prática sexual parece ocupar o lugar da homossexualidade como tabu, estamos falando da pedofilia, verdadeira paranóia globalizada… quando gostar passou a ser considerado como violentar?… Talvez num futuro, que espero próximo, haja um tempo em que falar de pedofilia seja apenas falar de uma expressão afetiva”. Até agora, nenhum aluno ou professor da Universidade de Brasília (UnB) o denunciou. Por muito menos, o professor Kramer está pagando muito mais caro.
O bom senso está sendo sacrificado e massacrado diante da insanidade de leis que nunca deveriam existir. O cidadão comum é punido por coisas estupidamente desnecessárias, e um membro de minoria nada sofre em seus gravíssimos crimes flagrantes. Crimes reais e sérios passam “despercebidos” e impunes, enquanto “crimes” inventados pelo Estado louco ganham toda a atenção e peso das leis. O aborto, por exemplo, é um crime muito mais grave do que uma simples ofensa. Será que algum professor da UnB já foi denunciado, suspenso e multado por defender o aborto? Na UnB e no Brasil desgovernado e enlouquecido pelo radicalismo politicamente correto do governo Lula, as patrulhas movidas por ideologia coam, conforme diria Jesus, um mosquito e engolem camelos inteiros!
Enquanto cientistas se perguntam há anos se há vida inteligente em outros planetas, nós precisamos fazer uma pergunta muito mais terrena: Existe vida inteligente na UnB e no governo Lula?
Em comparação com a pedofilia ou o assassinato de bebês inocentes, ofensas pessoais nada representam. Não é paranóia completa então que o mesmo Estado que quer ampliar as leis que permitem o assassinato de bebês na barriga de suas mães por meio do aborto queira agora tratar como criminosas as pessoas que apenas disseram ofensas pessoais? Um criminoso, que mata crianças inocentes, querendo tratar como criminosas as pessoas que não mataram nem agrediram. Sim, nesse caso o Estado é um criminoso muito, muito pior do que todas as definições estatais de crimes de preconceito racial. O Estado laico se tornou o Estado louco. A democracia virou demoniocracia.
Quando o Estado discriminador permite ou até mesmo incentiva que Deus e seus valores sejam livremente insultados, o aumento do desrespeito social é inevitável. A solução estatal para resolver os próprios preconceitos que suas leis criam é tratar a todos os cidadãos como potenciais criminosos. Esse é o preço que pagamos por atender à ordem estatal de ver e tratar certas “divindades” humanas como mais sagradas do que Deus.
Quando Deus e seus valores são alvos da hostilidade e desprezo estatal por meio de políticas e leis absurdas que valorizam mais a criatura e suas “culturas” e paixões infames do que o Criador e sua vontade — leis que impõem o preconceito seletivo que favorece uns e humilha outros —, não há a menor dúvida de que o próprio Estado passou para a categoria de maior preconceituoso e criminoso.

Fonte: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero.com

sábado, julho 21, 2007

Divórcio e Novo casamento

Deus odeia o divórcio. Ele odeia porque sempre envolve infidelidade à aliança solene do casamento que duas partes entraram na Sua presença e porque isso causa conseqüências danosas para essas partes e seus filhos (Mal 2:14-16). O divórcio nas Escrituras é permitido somente por causa do pecado do homem. Sendo então o divórcio apenas uma concessão ao pecado do homem e não é parte do plano original de Deus para o casamento, todos os que crêem devem odiar o divórcio como Deus odeia e buscá-lo somente quando não há outro recurso. Com a ajuda de Deus um casamento pode sobreviver o pior dos pecados.
Em Mateus 19:3-9, Cristo ensina claramente que o divórcio é uma acomodação para o pecado do homem que viola o plano original de Deus para a unidade íntima e permanente do laço do casamento (Gen 2:24). Ele ensinou que a lei de Deus permitia o divórcio somente por causa da “dureza de coração” (Mat 19:8). Divórcio legal foi uma concessão para o parceiro fiel por causa do pecado sexual ou abandono do parceiro em pecado, para que o parceiro fiel não fosse mais preso ao matrimonio (Mat 5:32; 19:9; 1 Cor 7:12-15).
Apesar de Jesus ter dito que o divorcio era permitido em algumas situações, devemos nos lembrar que seu ponto primário nesse discurso era corrigir a idéia dos judeus que eles poderiam se divorciar-se “por qualquer razão” (Mat 19:3), e para mostrar-lhes a gravidade em buscar um divorcio pecaminoso. Portanto, aquele que crê jamais deveria considerar o divorcio exceto em circunstancias específicas (veja a próxima seção) e mesmo nestas circunstâncias devesse buscá-lo de forma relutante quando não há outro recurso.

As bases para o divorcio
As únicas bases neo-testamentárias para o divórcio são pecados sexuais ou abandono por um não crente. A primeira é encontrada no uso que Jesus fez da palavra grega porneia (Mat 5:32; 19:9). Esse é um termo geral que compreende pecados sexuais como adultério, homossexualidade, bestialidade e incesto. Quando um parceiro viola a unidade e intimidade do casamento por pecado sexual – e abandona sua obrigação com a aliança – o parceiro fiel é colocado em uma situação extremamente difícil. Depois que todos os meios para trazer o parceiro pecador para o arrependimento se exauriram, a Bíblia permite que se liberte o parceiro fiel pelo divórcio (Mat 5:32; 1 Cor 7:15).
A segunda razão para se permitir o divórcio é quando um parceiro não crente não deseja mais viver com seu parceiro crente (1 Cor 7:12-15). Porque “Deus tem nos chamado para a paz” (v.15), o divórcio é permitido e até preferido em uma situação assim. Quando um não crente deseja ir embora, tentar mantê-lo no casamento vai criar somente uma tensão maior e mais conflito. Também, se o não crente deixa o relacionamento marital permanentemente, mas não está desejoso de cumprir com o divórcio, talvez por causa do estilo de vida, irresponsabilidade, ou para evitar obrigações monetárias, então o crente esta em na impossível situação de ter obrigações legais e morais que não pode cumprir. Pelo fato que “o irmão ou irmã não está em preso em tal situação” (1 Cor 7:15) e portanto não esta mais obrigado a continuar casado, o crente pode buscar o divórcio sem temer o aborrecimento de Deus.

A possibilidade do novo casamento
O novo casamento é permitido ao parceiro fiel somente quando o divórcio foi em bases bíblicas. De fato, o objetivo para um divórcio bíblico é tornar claro que o parceiro fiel está livre para casar, mas somente no Senhor (Rom 7:1-3; 1 Cor 7:39).
Aqueles que se divorciaram em qualquer outra base, pecaram contra Deus e seus parceiros e para eles casar-se com outro é um de “adultério” (Marcos 10:11-12). É por isso que Paulo diz que uma mulher cristã que pecaminosamente se divorcia deveria “permanecer sem se casar, ou então se reconciliar com seu marido” (1 Cor 7:10-11). Se ela se arrepender de seu pecado de divórcio não bíblico, os verdadeiros frutos desse arrependimento seriam buscar a reconciliação com seu antigo marido (Mat 5:23-24). O mesmo é verdade para um homem que se divorcia de forma não bíblica (1 Cor 7:11). O único momento que tal pessoa pode se casar novamente com outra pessoa é quando o antigo companheiro se casou com outra pessoa, prova-se ser um não cristão, ou morre, casos nos quais a reconciliação não é mais possível.
A Bíblia também dá uma palavra de cautela a todos que estão considerando casar-se com um divorciado. Se o divórcio não foi de forma bíblica e ainda existe uma responsabilidade para a reconciliação, a pessoa que esta casando com o divorciado é considerada adúltera (Marcos 10:12).

O papel da Igreja
Crentes que buscam o divórcio sem bases bíblicas estão sujeitos à disciplina da igreja porque eles abertamente rejeitaram a Palavra de Deus. Aquele que um divórcio anti-bíblico e se casa novamente é culpado de adultério, pois Deus não permitiu originalmente o divórcio (Mat 5:32); Marcos 10:11-12). Essa pessoa esta sujeita aos passos da disciplina da igreja como delineado em Mateus 18:15-17. Se um cristão professo viola a aliança do casamento e se nega a arrepender-se durante o processo de disciplina da igreja, as Escrituras instruem que ele ou ela devem ser colocados para fora da igreja e tratados como não crentes (v. 17). Quando a disciplina resulta em tal reclassificação do parceiro desobediente como expulso ou não crente, o parceiro fiel estará livre para o divórcio de acordo com o provisão do divórcio como no caso de abandono de um não crente, como afirmado em 1 Coríntios 7:15. Antes desse divórcio, no entanto, deve-se permitir um tempo razoável para a possibilidade do parceiro infiel retorne por causa da disciplina.
A liderança na igreja local deve também ajudar crentes solteiros que se divorciaram a entender sua situação biblicamente, especialmente em casos nos quais a aplicação apropriada do ensino bíblica não está clara. Por exemplo, a liderança da igreja talvez precise algumas vezes decidir se um ou ambos os parceiros poderiam ser legitimamente considerados “crentes” no momento de seu divórcio passado, porque isso vai afetar a aplicação de princípios bíblicos a sua situação atual (1 Cor 7:17-24). Também, porque muitos se transferem para ou de uma igreja e muitas desses igrejas não praticam disciplina bíblica, pode ser necessário para a liderança decidir quando o membro abandonado ou o antigo parceiro devem ser considerados atualmente cristãos ou tratados como não crentes por causa da desobediência contínua. Novamente, em alguns casos isso pode afetar a aplicação do princípio bíblico (1 Cor 7:15; 2 Cor 6:14).

Divórcio pré-conversão
De acordo com 1 Coríntios 7:20-27, não existe nada na salvação que exige um status social ou marital em particular. O apóstolo Paulo, no entanto, instruí os crentes a reconhecer que Deus providencialmente permite a circunstancia que eles se encontram quando vêem a Cristo. Se eles foram chamados casados, então não se exige que busquem divórcio (mesmo que o divórcio possa ser permitido em bases bíblicas). Se eles foram chamados enquanto divorciados e não podem se reconciliar com o antigo parceiro porque tal parceiro é um não crente ou se casou, então eles estão livres para ou permanecer solteiros ou se casar com outro crente (1 Cor 7:39; 2 Cor 6:14).

Arrependimento e perdão
Em casos que o divórcio não foi baseado em princípios bíblicos e o parceiro culpado mais tarde vem a se arrepender, a graça de Deus se opera no ponto do arrependimento. Um sinal de verdadeiro arrependimento é um desejo de implementar Coríntios 7:10-11, que envolve um desejo por buscar reconciliação com seu antigo parceiro, se isso for possível. Se a reconciliação não for possível, no entanto, pelo antigo parceiro não ser crente ou ter se casado, então o parceiro perdoado pode buscar um novo relacionamento sob a cuidadosa direção e conselho da liderança da igreja.
Em casos que um crente obtém um divórcio sem princípios bíblicos e se casa novamente, ele ou ela é culpado de adultério até que esse pecado seja confessado (Marcos 10:11-12). Deus perdoa esse pecado imediatamente quando arrependimento acontece e não existe nada nas escrituras que indique algo diferente. Desse ponto em diante o cristão deve continuar em seu casamento atual.
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terça-feira, julho 17, 2007

O quanto a Bíblia é importante pra você?



Esse vídeo está em inglês, mas dá pra se ter uma boa idéia do que se trata.
Um grupo de cristãos estão em uma reunião secreta de leitura da Bíblia. Soldados comunistas invadem o local, ameaçando a todos. Um dos soldados diz que eles podem ir embora, mas antes, devem cuspir nesse livro "cheio de mentiras". Quem se negar será morto. Um rapaz relutantemente faz isso, pedindo para que Deus o perdoe. Uma outra jovem também o faz. De repente, uma garota recolhe a Bíblia do chão e com seu vestido limpa a capa toda suja de saliva. O soldado aponta a arma para a cabeça da garota e puxa o gatilho.
Quantos de nós estaríamos dispostos a morrer pelas nossas bíblias?
John Macarthur estava comentando sobre um amigo que coleciona Bíblias e uma delas é do século 16 e é toda coberta de sangue, pois seu dono lutava constatemente para não perder seu bem mais precioso. Isso é cristianismo.
Quantos de nós temos várias Bíblias em casa, mas nunca tivemos coragem ou amor de verdade para lê-las.
E ainda queremos ser considerados cristãos...

sexta-feira, junho 29, 2007

Dicas para pregar para os que não são da igreja

Sempre recebemos uma newsletter de um famoso pastor americano, acredito que o mais famoso no momento. São dicas sobre o ministério pastoral. Tanto que o newsletter é nomeado “Ministry Toolbox” (caixa de ferramentas do ministério).
Mas o último deles me chamou a atenção. Havia um artigo intitulado Tips on preaching to the unchurched (dicas de pregação para os que não são da igreja).
A primeira coisa que me chamou a atenção foi o uso da palavra unchurched. Não temos, até onde eu saiba uma palavra que tenha o mesmo significado, ou seja, aqueles que não são da igreja. Não podemos traduzir por não salvos, porque não é essa a idéia da palavra e também porque em inglês já existe essa expressão (unsaved). Nem mesmo podemos chamá-los de não cristãos, já que essa expressão também já existe em inglês (non-christians). O uso dessa palavra especificamente traz uma conotação que o mundo é dividido entre os “da igreja” e os “não da igreja”, talvez paroquianos, ou não-paroquianos. Nada sobre salvação. Nada sobre o reino de Deus. Mas somente sobre trazer as pessoas para a igreja. E pelo texto, eles usam a palavra igreja como templo, não como o corpo místico de Cristo. Só pelo começo, um alarme disparou dentro de mim “danger Will Rosbson, danger”.
A primeira dica é fazer um folheto com os versículos bíblicos que serão usados na mensagem. Assim, os não-paroquianos não se sentirão embaraçados por não possuírem uma bíblia e também não haverá perda de tempo procurando-se um texto nas escrituras. Esse pastor comenta que perde-se um tempo valioso durante a mensagem procurando versículos na bíblia.
Eu até vejo um lado pragmático nessa dica, mas sinceramente, não posso concordar. Os cristãos devem levar suas bíblias para a igreja e devem verificar cada versículo bíblico pregado, devem confirmar se é isso mesmo o que diz a Palavra e verificar o contexto. Se o rebanho acha que não precisa mais levar a bíblia para a igreja porque o pastor já providencia os textos que serão lidos, o rebanho jamais poderá conferir quando o pastor fala algo que não esta de acordo com o texto ou com o contexto. E eu posso garantir que já vi muito isso na minha vida.
A segunda dica “você deve planejar o título da sua mensagem de uma forma que seja atraente para os não-paroquianos”. Ele usa como exemplo alguns anúncios de sermões feitos por igrejas em jornais, como “A estrada para Jericó”, “Pedro vai pescar”, “Rio de sangue” e coisas da tipo. Para ele, esses títulos em nada criam interesse nos não-paroquianos em vir à igreja. Ele diz que tem sido criticado porque os títulos de seus sermões parecem mais títulos de artigos da revista Seleções. Mas é intencional, declara nosso famoso pastor.
Algo que ele esquece é que é óbvio que os não-cristãos (que aparentemente ele chama de não-paroquianos) não vão querer ouvir a Palavra de Deus. Somente os cristãos têm sede e desejo pela palavra. E a grande chave esquecida durante todo o texto é que o culto de adoração é para os cristãos! Ninguém pode adorar a Deus sem ter nascido de novo. E ninguém pode ter apreço pela palavra de Deus sem ter nascido de novo. O que esse pastor esta tentando fazer é confiar no poder do marketing e da persuasão ao invés de confiar no poder do Espírito Santo e no poder da Palavra, que é poder de Deus para salvação.
Uma outra dica é que “você deve pregar sistematicamente em séries”. Ele acredita que pular de uma série como “o que Deus pensa sobre sexo” para “desmascarando a besta do Apocalipse” pode criar membros esquizofrênicos.
Eu tenho uma ótima solução para isso. Pregação expositória. Você começa a pregar em Gênesis 1:1 e vai até Apocalipse 22:21. Problema resolvido. Mas por que ninguém quer fazer isso hoje em dia? Porque não é legal! Não é apelativo aos não-paroquianos.
É muito engraçado. Pegue um assaltante e coloque-o sentado em uma cadeia e comece a ler para ele o código penal, o mesmo código que traz condenação sobre ele. Ele vai gostar? Ele vai querer? Isso é algo atraente para um assaltante? Claro que não. Pois é exatamente isso o que acontece com os não-cristãos. Eles não têm prazer na Palavra de Deus exatamente pelo seu conteúdo.
Eu me lembro de ouvir um sermão do John Macarthur sobre o texto de 1 Timóteo 5:3. Ele prega de forma expositória. Quando ele chegou nesse texto, ele comentou o título da mensagem “As viúvas na igreja”. Ele mesmo comentou que não é um título muito apelativo, mas, como a igreja conheceria a vontade de Deus sem passar por toda a sua palavra? Eu ouvi esse sermão, e foi um dos mais fantásticos que eu já ouvi. Bom, eu sempre falo isso quando ouço ou leio algo do John Macarthur. Os grande reformadores (Calvino, Lutero e muitos outros) restabeleceram a idéia de Sola Scriptura (somente as escrituras) e isso é algo tão forte entre eles que eles pregavam de forma expositória para não deixar de pregar nada que esta na palavra e principalmente, para não ficar pregando suas próprias idéias. Seria muito sábio que todos os pastores que servem à igreja de Cristo retomassem essa prática.
E a ultima dica que vou comentar (ainda tem mais uma, mas essa é irrelevante) “você deve escolher seus pregadores convidados de forma muito cuidadosa”. E por que nosso famoso pastor diz isso? Preocupação com a possibilidade de uma heresia ser ensinada ao rebanho? Não, nada disso. O real motivo é que um pregador pode estragar um trabalho de meses feito com um não-paroquiano (meses? A pessoas esta indo aos cultos há meses e ainda não se converteu? Opa, não tem nada a ver com conversão, mas sim se tornar membro da congregação. Eu me esqueci, desculpe), quando essa pessoa esta baixando a guarda e esse novo pregador confirma os piores medos da pessoa sobre a igreja e vai embora. Esqueçam o Espírito Santo. Esqueçam os motivos para a verdadeira conversão. O importante é que a pessoa se sinta confortável durante o culto e veja o quanto nós somos legais! Se a pessoa vai para o inferno? Desculpe, não lidamos com esse assunto nessa denominação. Isso afasta os não-paroquianos. E pelo jeito até os paroquianos.
O grande problema dessa abordagem do cristianismo é que tira o foco sobre Jesus e o coloca sobre as pessoas. O próprio texto fala em se pregar focado nas necessidades das pessoas. E isso é errado. Devemos pregar as Escrituras, porque a grande necessidade das pessoas é salvação! Pouco importa além disso.
E a mais triste constatação que vemos no texto é que esse pastor, que tem sido um guia para a grande maioria das denominações nos Estados Unidos e no mundo, tem como objetivo converter as pessoas à igreja, à denominação, não à Cristo. Esse é resultado da igreja evangélica moderna, que quer ver resultados. Eu abro mão da obra do Espírito Santo, me agarro a técnicas de marketing e encho os bancos da minha congregação. Isso dá resultados. Não ser fiel. Não deixar os resultados para Deus. Não pregar os mandamentos de Deus, sejam eles agradáveis ou não. Eu faço, eu comando, eu dirijo.
Esse acaba sendo o propósito dessas igrejas.
Essas igrejas têm um propósito, pena que ele não seja bíblico.

sábado, maio 26, 2007

Os 10 maiores sinais que você é um cristão fundamentalista

Existe um site em inglês que listou os 10 maiores sinais que você é um cristão fundamentalista.

Observando essa lista, que eu traduzi e postei abaixo, realmente concordo que sou um cristão fundamentalista. Não tenho problema nenhum com isso. Jesus também era, Paulo também era, Pedro também era, Lutero também era, Wesley também era, Spurgeon também era, Livingstone também era...

Segue a lista abaixo, com meus comentários.


10 – Você vigorosamente nega a existência de milhares de deuses declarados por outras religiões, mas se sente ultrajado quando alguém nega a existência do seu.
Sim, é verdade, por um simples motivo: Deus se revelou à humanidade! Existem evidências muito claras da existência de Deus.

9 – Você se sente insultado e “desumanizado” quando cientistas dizem que as pessoas evoluíram de outras formas vivas, mas não tem problema nenhum com a afirmação bíblica que nós fomos criados do pó.
Sim, porque fomos feitos a imagem e semelhança de Deus. O importante não é somente o material do qual fomos feitos, mas principalmente o design adotado pelo criado.

8 – Você ri dos politeístas, mas não tem problemas em acreditar em um Deus triúno.
Rir do politeísta é forçar a realidade, mas de qualquer forma, nosso Deus é um único Deus, composto por 3 pessoas. Não três deuses, não um Deus que cada hora é um. Mas um único Deus composto por 3 pessoas. Antes de se fazer uma afirmação, é bom entender o conceito. E esse sinal demonstra total falta da doutrina da trindade.

7 – Seu rosto fica vermelho quando ouve das “atrocidades” atribuídas a Allah, mas você nem se mexe quando ouve como Deus/Jeová massacrou todos os bebês do Egito no “Êxodos” e ordenou a eliminação de grupos étnicos inteiros em “Josué”, incluindo mulheres, crianças e árvores”
Deus não ordenou a eliminação de grupos étnicos, no máximo ele ordenou a eliminação de cidades. Além do mais, essas pessoas já estavam condenadas pelo pecado. Deus não mudou a situação desses povos, só executou juízo sobre eles, para cumprir suas promessas a Abraão.

6 – Você ri da crença hindu que deifica homens, e a afirmação grega sobre deuses dormindo com mulheres, mas você não tem problemas em acreditar que o Espírito Santo engravidou Maria, que então deu a luz a um homem-deus que foi morto, voltou à vida e então subiu aos céus.
Como já disse, rir dessa crença é um pouco forçado, mas é isso ai. Maria engravidou pelo poder do Espírito Santo, Jesus (totalmente home e totalmente Deus) nasceu, foi crucificado e ressuscitou ao terceiro dia. Lindo não?

5 – Você esta desejosos em gastar a sua vida procurando por pequenos erros na idade da Terra estabelecida cientificamente (alguns bilhões de anos), mas você não vê nada de errado em acreditar nas datas gravadas por homens tribais na Idade do Bronze sentados em suas tendas e adivinhando que a Terra só tem algumas gerações.
Idade da Terra estabelecida cientificamente? No máximo podemos dizer que existem teorias que dizem que a Terra tem alguns bilhões de anos. Mas não são fatos científicos, são teorias e na maioria das vezes baseadas na busca excessiva em provar que Deus não criou o universo. Homens tribais tentando adivinhar a idade da Terra? Bom, os homens não tribais de hoje não estão fazendo um trabalho melhor do que eles...

4 – Voce acredita que toda a população desse planeta com a exceção daqueles que compartilham suas crenças – excluindo aqueles das seitas rivais – vai passar a Eternidade em um Inferno de Sofrimento infinito. E ainda assim considera que a sua religião é a mais “tolerante” e “amável”.
Não, eu acredito que TODOS já nascemos destinados ao inferno. A parte amável e tolerante é que Deus já providenciou uma forma que não precisamos pagar nossos crimes. Qual amor maior do que dar o seu Filho para morrer por aqueles que são seus inimigos? Não conheço prova maior de amor.

3 – Enquanto a ciência moderna, história, geologia, biologia e física falhara em lhe convencer do contrário, algum idiota rolando no chão falando em “línguas” pode ser toda a evidencia que você precisa para provar o cristianismo.
Não, as provas para mim do cristianismo vem da ciência moderna, história, geologia, biologia e física que têm comprovado a veracidade e inerrância da Bíblia. Idiota rolando no chão? Nossa, isso é que é ser preconceituoso. Chamam isso de racionalismo? E nós é que somos perigosos?

2 –Você define 0,01% como uma “alta taxa de sucesso”, quando se refere a orações respondidas. Você considera isso como evidencia que a oração funciona. E você acha que os restantes 99,9% de FALHA foi simplesmente a vontade de Deus.
De onde tiraram essa taxa? Todas as minhas orações foram respondidas. E todo mundo que eu conheço teve suas orações respondidas. Sim, não ou espere são respostas. Além de tudo, oramos porque DEVEMOS!

1 – Você na verdade sabe muito menos que muitos ateus e agnósticos sobre a Bíblia, Cristianismo e história da igreja; mas ainda assim você se considera Cristão.
Mesmo que isso fosse verdade, o que não é no meu caso e no de muita gente, o que nos torna cristãos não é nosso conhecimento, mas nossa fé, quando gerada pelo arrependimento. O conhecimento só serve para fortalecer e aumentar nossa fé.

Isso é o melhor que eles têm?
Ainda bem que eu sou um cristão fundamentalista.

sexta-feira, abril 13, 2007

Guerra Espitirual: como vencê-la?

Artigo da Revista Comunhão - Janeiro de 2003

Um dos maiores desafios do homem moderno tem sido caminhar em santidade. Nascemos pecadores e os meios que o mundo nos oferece para nos desviarmos da presença de Deus são incontáveis. Muitos Teólogos, pastores e fiéis atribuem a esses "desvios" ou "facilidades" do mundo, há uma guerra espiritual, travada entre anjos e demônios, a qual não podemos assistir, mas a que somos largamente influenciados. Dando prosseguimento à série FUNDAMENTOS CRISTÃOS, vista-se da Armadura de Deus enfrente o mal.
A iminência de guerras abalam países e sua concretização muda a vida de milhares de pessoas. Há países tão habituados a viver em pé de guerra que a vida parece não ter mais sentido quando há repentina paz. Mas a guerra que vamos tratar é contra um inimigo invisível para muitos: satanás.
A Palavra de Deus nos diz que "Ele nos tirou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor... Fomos arrancados das trevas para a Sua maravilhosa luz"(Col.1; 2Pe2). Mas isso não quer dizer que estamos livres dos ataques do inimigo, ele não sossegará enquanto não destruir o povo de Deus: essa é a batalha espiritual.
Segundo o Pr. Alcione Emerich, autor de dois livros, entre eles, "Saindo do Cativeiro", editora Danprewan, esta é a batalha na qual todo cristão acha-se envolvido, consciente ou não disto. Esta guerra entre a igreja e o inferno foi declarada em Gn.2:15, quando Deus disse: "Porei inimizade entre ti (serpente) e a mulher (igreja)".
"Desde o episódio da queda, o povo de Deus encontra-se numa batalha acirrada contra as forças do mal. Guerra espiritual é um a luta entre reinos: o de Deus e o do diabo. É por isso que Cristo anunciou: "É chegado sobre vós o reino de Deus. Interiormente, o reino satânico já estava em operação, pois este alcançou legalidade devido a queda adâmica. Agora, Cristo vem inaugurar um novo reino: o de Deus! Nos evangelhos vemos as constantes oposições entre Jesus e os demônios", falou.
Ainda segundo o pastor, que é um estudioso no tema, "A vitória de Cristo deu-se na cruz, onde” Os principados e potestades foram despojados e envergonhados" (Col.2:14,15). Embora já sentenciado, a execução do diabo (ou administração da pena) se dará no porvir, quando ele, a besta, o falso profeta e todos que não foram achados no livro da vida, serão lançados no lago que arde com fogo, o inferno". (Ap.20:10,15)
Estamos em guerra espiritual. Isto está declarado por Paulo em Ef.6:12:"Porque nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim contra os principados e potestades". Interessante que a palavra 'LUTA 'no grego é PALE, o que quer dizer: uma luta corpo a corpo. Não é uma luta a distância como querem muitos, mas face a face. Mas graças a Deus, a vitória já é nossa! Estamos com Cristo a direita do Pai, acima dos principados e potestades(EF.2:5,6)",falou Emerich.
Muitas pessoas, antes de fazerem um pacto com Jesus, já chegam alcançadas pelas trevas, trazendo consigo vários tipos de marcas herdadas dos seus antepassados; principalmente na cultura dos povos pagãos. Para essas pessoas saírem dessas amarras, teremos que entrar numa guerra sem proporções, dependendo do nível de comprometimento de cada indivíduo. Outras não banem o pecado de suas vidas e por isso o diabo sempre tem direito legal de atormentá-las.
O questionamento é: será que devemos atribuir tudo de mal que nos acontece à influência malignas do inimigo? Até que ponto estaremos sendo crentes ou supersticiosos? A Bíblia diz que temos livre-arbítrio, logo, podemos escolher nosso caminho, onde ir, se tomaremos tal atitude ou não. Será que em todo momento existe um demônio sussurrando em nossos ouvidos o que fazer?
O Pr. Alcione fala que o mal pode ser proveniente do diabo, pois ele veio para "matar,roubar e destruir" (Jo.10:10). Mas não só o diabo pode provocar o mal:o coração do homem pode estar cheio de malignidades. Jesus esclareceu que não é o entrar pela boca que contamina o homem, mais o que sai, "porque do coração procedem maus designos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias"(MT15:19).
"Deus também pode julgar o homem e os seus filhos. O apocalipse está repleto dos relatos das sentenças divinas sobre diversos povos. Lemos também em Apocalipse, e vemos onde Deus diz que se os cristão sem Éfeso não voltassem ao primeiro amor, ele mesmo, o Senhor, removeria o candeeiro (a luz) da igreja. Já pensou nisto? O problema desta igreja, a partir daí, não seria com o diabo, mas com o próprio Deus! Só o arrependimento solucionaria seu estado espiritual. Outro caso interessante é o de Jonas. Este profeta foi convocado por Deus para pregar em Nínive, no entanto tomou caminho oposto e para "fugir da presença do SENHOR"(1:3), partiu para Tarsis. Você deve se lembrar do que aconteceu naquele navio onde Jonas esteve. A embarcação quase veio a pique, por causa da tempestade. Quem estava resistindo aquele navio não era o diabo, mas Deus! O problema ali não seria solucionado "amarrando o demônio da tempestade", mas com o arrependimento genuíno por parte do profeta. Aliás, pior do que o diabo, é um profeta em desobediência! Se estivermos for a do lugar onde Deus quer, ao invés de bênção, seremos uma maldição!', revela.
Emerich deixa claro ainda que não é o envolvimento na batalha espiritual que trás retaliações, mas é quando estamos com brechas em nossas vidas.O Apóstolo nos alertou: "Não deis lugar ao diabo" (Ef.4:27). O pecado é a única coisa neste mundo que pode destruir o cristão e uma igreja.
"Nossa maior arma contra o mal é o nome de Jesus (Mc.16:16-18;Fl.2:9-1)",diz o pastor."Mas temos percebido que em algumas situações, Deus nos orientará a utilizarmos uma estratégia específica. Ted Haggard no seu livro,"Propósito principal", fala da guerra espiritual sendo vencida também com atitudes. As vezes um pedido de perdão pode colocar fim a um ataque do inimigo. Outras vezes, é a atitude de desligar a televisão em certos horários. Alimentar-se da Palavra, oração, jejum são também vitais para qualquer cristão vencedor.
A santidade é uma outra grande arma. Quando estamos bem com Deus, diante dele, esse elo é uma ameaça suficiente para que o inimigo não permaneça diante de nós e bata em retirada. Sem santidade ninguém verá a Deus, logo, com santidade todos verão a Deus. O que observamos é que algumas pessoas não têm velado por esta comunhão e facilmente "negociam com o inimigo". O preço da nossa santidade já foi pago na cruz. Agora, abdicar dos desejos da carne para vivermos na presença dele é uma guerra constante.
Existe uma promessa do pai que devemos nos apropriar dela: "Sedes santos assim como eu sou santo,diz o Senhor". Deus quer que sejamos segundo a imagem que ele nos criou. Essa imagem nos fala de uma restauração de princípios na nossa vida. Quando a pessoa vem para Jesus, vem com auto imagem dilacerada, com os conceitos éticos morais invertidos e vão precisar de uma vida nova, a qual a Bíblia chama "Novo Nascimento" ou "Novidade de vida".
Porém, se não entrarmos nessa guerra seremos apenas religiosos e não discípulos. Para arrancar as imagens distorcidas e plantar a santidade, temos que gastar tempo, aprender a ser discípulo. Para mantermos a nossa santidade, vamos estar em uma constante guerra. E nós, como filhos, para preservarmos isso não podemos deixar de lado o que o senhor tem nos entregado: a unção para vencermos demônios, principados, potestades e soltarmos as vidas que estão ainda nas mãos do inimigo(Mat.18:15-18).
Uma única vida tem um valor profundo para Deus.E deve ter para nós também. O relacionamento é uma dádiva dos céus e quando falamos em relacionamento e unidade, nenhuma vida ficará nas mãos do inimigo(Atos 4:32-36).
A humanidade permitiu a iniqüidade no seu coração (Ez.28). Este é um dos fatores porque o homem está precisando urgentemente de ajuda. O homem moderno tem absorvido conceitos profanos e heranças malignas por intermédio dos meios de comunicação mais diversos e devassos possíveis, e se aliou a um império de trevas.
O que nós podemos fazer nesse processo? Desatar as vidas que estão amarradas e perderam a mobilidade. O que notamos é que a Bíblia declara que essa geração seria cheia de conflitos e argumentos espirituais e que essa geração só seria conquistada por orações e jejuns. Até que o Messias Jesus volte, devemos nos empenhar nisso (Mat.9:15). Muitos pais preocupam-se com o "mundo" em que seus filhos viverão. Mas o que eles têm feito em prol desse mundo? O que você tem feito para que influências malignas entrem em sua casa por intermédio da televisão, por exemplo?
Essa geração perdeu toda a referência de relacionamento e entretenimento. Nós temos a alternativa para este mundo: Jesus é o amigo melhor: "Tenho-vos chamados amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer"(Jo.15:15).
A arma do diabo é o engano. O apóstolo Paulo nos diz: E não é de admirar: porque o próprio satanás se transforma em um anjo de luz" (IICor.11:14). Ele também foi chamado por Jesus de "o pai da mentira"(Jo.8:44). Foi com a mentira que ele enganou os nossos primeiros pais, fazendo-os cair do seu estado de perfeição (Gn.3:4,5). O diabo também enganou Davi, o homem segundo o coração de Deus, fazendo-o pensar que aquele minuto de prazer com BateSeba, poderia ser ocultado e que não lhe traria sérios danos à sua vida espiritual. Ele também é denominado no Apocalipse como o "sedutor das nações"(19:20;20:8)...

QUEBRANDO AS CADEIAS - Artigo da Revista Comunhão Junho de 2002
Ajudando as pessoas a quebrar cadeias e prisões espirituais há oito anos, esta tem sido a missão do Pastor Alcione Emerich ele não entra nas carceragens públicas para dar fuga a presos condenados pela justiça e nem ainda tem como meta trabalhar com pessoas fora dos arraiais evangélicos.
No seu ministério, dedica-se exclusivamente ao ministério de libertação voltado para igrejas e cristãos que podem ainda estar carregando pesos advindos do seu passado.
Presidente-fundador do Serviço Cristão de Aconselhamento Integral (SECRAI),o pastor tem atuado no treinamento de equipes e lideranças nas áreas de libertação e cura interior. Mas nada acontece como num passe de mágica. O trabalho é árduo, já que o ministro embora ainda jovem (ele tem 27 anos), se dedica integralmente a dar cursos, seminários e a escrever livros sobre o assunto.
Em sua obra mais recente,"Saindo do Cativeiro: Como Ajudar Pessoas a se Libertarem de Alianças do Passado", com Prefácio de Russel P.Shedd (Editora DANPREWAN), ele fala porque cristãos podem carregar cativeiros em suas vidas, mesmo que teoricamente tenham sido libertos do pecado na conversão."Trabalhei muito com o conceito de "aliança", como sendo uma prisão a coisas passadas que o cristão não consegue se desfazer. Estas alianças podem ter sido feitas no ocultismo ou através de um envolvimento sexual fora do casamento e ainda por meio de outros tipos de relacionamento. Mostro , no livro os detalhes de como ocorrem estes pactos e como podem ficar livre deles", detalha.
Falando ainda de sua obra, o autor acrescenta: "Uma notícia muito boa que tive, é que a Igreja Batista Da Lagoinha, está usando "Saindo do Cativeiro" como livro-texto na sua escola de obreiros".
O início do ministério, segundo o próprio aconteceu depois que muitos membros da Igreja a qual pertencia começaram a procurá-lo para serem auxiliadas espiritualmente. "Fui conduzido por Deus a este ministério. É algo maravilhoso conduzir pessoas e igrejas a um processo de libertação", salienta ele.
Por meio da ministração na área, Emerich tem levado a Palavra de conforto a centenas de pessoas. Somente no curso anual, já foram quase quinhentos alunos formados em libertação e cura interior, incluindo vários pastores e membros de diversos lugares do Estado e denominações. Juntamente com sua equipe, tem também ministrado a diversas igrejas em outros estados do Brasil.
Para avançar cada dia mais no ministério de ajuda ao povo de Deus, Alcione Emerich não dispensa atualização. Além de ser bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Evangélico Batista do Espírito Santo e formado em Psicoterapia pelo Instituto KOHLER PSICOLOGIA, ele atualmente estuda Filosofia na Universidade Federal do Espírito Santo.
Em seu currículo ainda consta o livro "Maldições: O que a Bíblia diz a Respeito" (publicado pela IFC-SP). Para o segundo semestre deste ano, a Editora DANPREWAN deve lançar "Físico Psicológico ou Espiritual? Discernindo os Limites de Cada Esfera", sua terceira obra.

terça-feira, abril 03, 2007

O maior segredo do Diabo - Ray Comfort

Tradução de Fernando Guarany Jr.

No final dos anos 70, Deus muito graciosamente abriu-me um ministério itinerante. Conforme comecei a viajar, passei a ter acesso aos registros de crescimento das igrejas e fiquei horrorizado ao descobrir que algo perto de 80 a 90% das pessoas que tomavam uma decisão por Cristo estavam desviando-se da fé. Ou seja, o evangelismo moderno, com seus métodos estava criando entre 80 e 90 “desviados” para cada 100 pessoas que se decidiam por Jesus.
Deixem-me tentar tornar a questão mais real para vocês. Em 1991, no primeiro ano da década da colheita, uma grande denominação nos Estados Unidos foi capaz de obter 294.000 decisões por Cristo. Isto é, em um ano, esta grande denominação de 11.500 igrejas foi capaz de obter 294.000 decisões por Cristo. Infelizmente, passado algum tempo apenas contavam com 14.000 destes congregando, o que significa que eles já não podiam prestar contas por 280.000 das decisões alcançadas. E estes são resultados normais do evangelismo moderno e, algo que descobri no final dos anos 70; Algo que me preocupou muito. Comecei a estudar o Livro de Romanos diligentemente e, especificamente, a maneira de proclamação do Evangelho de homens como Spurgeon, Wesley, Moody, Finney, Whitefield, Lutero, entre outros, que Deus tem usado através dos tempos, e descobri que eles usavam um princípio que é quase totalmente negligenciado pelos métodos evangelísticos modernos. Comecei a ensinar este princípio; Providencialmente, fui convidado para instalar o nosso ministério na cidade de Bellflower no sul da Califórnia, especificamente para trazer este ensinamento para a igreja dos Estados Unidos. As coisas andaram devagar nos primeiros três anos, até que recebi uma ligação de Bill Gothard, que havia assistido a mensagem em vídeo. Ele pagou minha passagem de avião até San Jose no norte da Califórnia; Lá, compartilhei a mensagem com 1000 pastores. Então, em 1992, ele exibiu o vídeo daquela pregação para 30.000 pastores. No mesmo ano, David Wilkerson me telefonou de Nova Iorque. Ele ligou do seu carro. (estava ouvindo a mensagem em seu carro e me ligou do próprio telefone do seu carro!) Imediatamente, ele me colocou em um vôo de Los Angeles para Nova Iorque para compartilhar o mesmo ensinamento com a sua igreja – de tão importante que considerou a mensagem. Recentemente, ouvi falar de um pastor que escutou esta mensagem 250 vezes. Ficaria feliz se você ouvisse pelo menos uma vez este ensinamento que se chama: “O Maior Segredo do Diabo.”
A Bíblia diz no Salmo 19, versículo 7, “A Lei do Senhor é perfeita para converter a alma.” O que é mesmo que a Bíblia diz que é perfeita e, no final das contas, converte a alma? Ora, as Escrituras deixam bem claro: “A Lei do Senhor é perfeita para converter a alma.” Agora, para ilustrar a função da Lei de Deus, vamos observar por um instante a Lei Civil. Imagine se eu dissesse a você: “Tenho boas novas para você: alguém acabou de pagar uma multa de trânsito no valor de R$ 25.000,00 para você!” Provavelmente você reagiria dizendo: “O que você está dizendo? Essas não são boas novas! Isso [que você está dizendo] não faz o menor sentido. Não tenho uma multa de trânsito de R$ 25.000,00!” As minhas boas novas não seriam boas novas para você: pareceria tolice! Mas, além disso, seria uma ofensa, porque eu estaria insinuando que você havia cometido um crime (quebrado a lei) quando você pensa não ter feito tal coisa. Entretanto, se colocar a situação da seguinte maneira, ela fará mais sentido: “No caminho para cá, um radar da polícia (a lei) pegou você a 160 quilômetros por hora em uma área reservada para uma convenção de crianças deficientes visuais. Havia dez avisos claros que a velocidade máxima era de 60 quilômetros por hora, mas você passou por ali ”voando” a uma velocidade de 160 km/h. O que fez foi muito perigoso e, portanto, a multa de R$ 25.000,00 era justa. A lei estava por ser aplicada quando alguém que você nem mesmo conhece entrou em cena e pagou a sua multa. Você realmente é um felizardo!”
Vejam que ao explicarmos precisamente o que foi feito de errado primeiro, fazemos com que as boas novas verdadeiramente tenham sentido. Se eu não mostrar claramente que o indivíduo violou a lei, então as boas novas parecerão tolice e serão recebidas como uma ofensa. Mas, a partir do momento que entender que quebrou a lei, então as boas novas se tornarão boas novas de fato!
Assim, da mesma maneira, se eu abordar um pecador impenitente e disser: “Jesus Cristo morreu na cruz por seus pecados”, isso soará como tolice e o ofenderá. Tolice porque não fará sentido. A Bíblia diz que: “A pregação da cruz é tolice para aqueles que perecem.” (1 Cor 1:18). E também será ofensivo porque estaremos insinuando que o indivíduo é um pecador quando ele acha que não o é! Porque, até onde ele tem conhecimento, existem muitas pessoas piores do que ele. Contudo, se eu dedicar tempo para seguir os passos de Jesus, a mensagem fará mais sentido. Se eu dedicar tempo para abrir a Lei Divina, os Dez Mandamentos, e mostrar ao pecador precisamente o que ele fez de errado, como tem ofendido a Deus ao violar a Sua Lei, então, quando ele estiver, conforme diz Tiago, “convencido pela Lei como transgressor” (Tiago 2:9) as boas novas da multa sendo paga não parecerão tolice, mas serão “o poder de Deus para salvação” (Romanos 1:16).
Agora, tendo em mente estes pensamentos como introdução, vamos ver o que diz Romanos 3:19. Vamos analisar algumas das funções da Lei de Deus para a humanidade. Romanos 3:19 diz assim: “Agora, pois, sabemos que o que quer que a Lei diga, ela diz para aqueles que estão debaixo da lei, para que toda boca seja calada e todo o mundo torne-se culpado diante de Deus.” Então, uma função da lei de Deus é calar a boca. Fazer os pecadores pararem de se justificar e dizer: “Ah, tem muita gente pior do que eu. Eu não sou uma má pessoa, não!” Ou seja, a lei cala a boca da justificativa e deixa o mundo inteiro , e não apenas os Judeus, culpado diante de Deus.
Romanos 3:20 diz assim: “Portanto pelos feitos da Lei nenhuma carne será justificada à Sua vista: porque pela Lei vem o conhecimento do pecado.” Então, a Lei de Deus nos informa o que significa pecado. 1 João 3:4 diz: “Pecado é a transgressão da Lei.” Romanos 7.7 afirma: “O que diremos então?” diz Paulo, “É a lei pecado? De modo nenhum, eu não conheci o pecado senão pela Lei.” O que Paulo está dizendo aqui simplesmente é: “Eu não sabia o que era o pecado até a Lei me ensinar.” Gálatas 3.24 afirma: “De modo que a Lei se tornou nosso aio [professor], para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados.” A lei de Deus age como um professor para nos trazer a Cristo para que possamos ser justificados pela fé em Seu sangue. Assim, a Lei não nos ajuda, ela apenas nos mostra nossa impotência. Ela não nos justifica, ela apenas nos deixa culpados diante do julgamento de um Deus santo.
A tragédia do evangelismo moderno é que, na virada do século XX, quando a lei de Deus foi abandonada e desprezada em sua capacidade de converter a alma, de conduzir os pecadores a Cristo, os defensores do evangelismo moderno tiveram que encontrar outra razão para os pecadores responderem ao evangelho. A maneira que os evangelistas modernos encontraram para atrair tais pecadores foi a estratégia da “melhoria na qualidade de vida.” O Evangelho foi degenerado para algo como: “Jesus Cristo vai te dar paz, alegria, amor, realização pessoal e felicidade duradoura.” Agora, para ilustrar a natureza anti-bíblica deste ensinamento tão popular, gostaria que vocês escutassem com bastante atenção a seguinte anedota, pois a essência do que estou ensinando baseia-se nesta historinha que vou contar. Então, por favor, escutem atentamente:
Dois homens estão sentados em um avião. Ao primeiro é dado um pára-quedas e é orientado a colocá-lo, pois, o pára-quedas melhoraria a qualidade do seu vôo. Ele fica um tanto cético no início porque não consegue ver como o fato de usar um pára-quedas em um avião poderia melhorar a qualidade de seu vôo. Porém, depois de certo tempo, ele decide experimentar para ver se o que lhe havia sido dito era mesmo verdade. Então, quando ele coloca o pára-quedas, ele nota o peso sobre seus ombros e descobre que tem dificuldade para sentar-se direito. Mesmo assim, não tira o pára-quedas de imediato, pois se consola com o fato de que lhe foi dito que o pára-quedas melhoraria o seu vôo. Assim, ele decide dar um tempinho para ver se a tal coisa funciona mesmo. Enquanto espera, percebe que alguns dos outros passageiros estão rindo dele, pelo fato de ele estar usando um pára-quedas em pleno vôo. Ele começa a sentir-se um tanto humilhado. Quando os outros passageiros começam a apontar e rir dele, ele não agüenta mais! Então, encolhe-se em sua poltrona e arranca o pára-quedas, jogando-o ao chão. Desilusão e amargura preenchem o seu coração, pois, pelo que parece, contaram-lhe uma mentira absurda!
O segundo homem também recebe um pára-quedas, mas escutem só o que lhe é dito: “Coloque este pára-quedas, pois a qualquer momento você terá que saltar deste avião e nós estamos a 25.000 pés de altura.” Ele fica muito agradecido e coloca logo o pára-quedas; Nem percebe o peso do objeto sobre seus ombros, muito menos se incomoda com o fato de que não consegue sentar-se direito, pois sua mente está consumida pelo pensamento do que aconteceria se saltasse sem o pára-quedas.
Vamos analisar o motivo e o resultado da experiência de cada um dos passageiros. O motivo do primeiro homem para colocar o pára-quedas foi apenas para melhorar a qualidade de sua viagem. O resultado da experiência foi que ele se sentiu humilhado pelos passageiros, ficou desiludido e bastante amargurado em relação àqueles que lhe deram o pára-quedas. Ele precisará de um longo tempo para recuperar-se da experiência e, possivelmente, nunca mais vai aceitar uma coisa daquelas novamente. O segundo homem colocou o pára-quedas simplesmente para escapar do salto para morte e, devido ao conhecimento do que aconteceria se saltasse despreparado, ele tem uma profunda alegria e paz no coração, pois sabe que será salvo de uma morte certa e terrível. Tal conhecimento dá-lhe a habilidade de suportar o escárnio dos outros passageiros. Sua atitude em relação a quem lhe ofereceu o pára-quedas é de profunda gratidão.
Agora, escutem o que os métodos de evangelismo moderno dizem. Eles dizem assim: “Coloque o Senhor Jesus Cristo. Ele te dará amor, alegria, paz, realização pessoal e felicidade duradoura.” Em outras palavras, “Jesus melhorará a sua viagem.” Dessa maneira, o pecador responde ao apelo de um modo experimental e “coloca” o Senhor Jesus para ver se a “propaganda” é verdadeira. E o que vem sobre ele? Tentação, tribulação e perseguição. Os outros passageiros escarnecem dele. O que ele faz, então? Arranca o Senhor Jesus e joga ao chão, pois se sente ofendido por causa da Palavra (Marcos 4.17). Ficou desiludido e bastante amargurado, e com razão. Pois, prometeram-lhe paz, alegria, amor, realização e felicidade duradoura, e tudo o que conseguiu foram provações e humilhação. Então, ele passa a apontar sua amargura em direção àqueles que lhe deram as tão famosas “boas novas”. Seu último estado é pior do que o primeiro: outro desviado inoculado e amargurado.
Santos, ao invés de pregar que Jesus melhora a qualidade do vôo, nós deveríamos estar alertando os passageiros que eles terão que pular do avião. Ou seja, “que está determinado ao homem morrer uma só vez, e que depois disto virá o julgamento.” (Hebreus 9:27). E aí, quando o pecador entender as horríveis conseqüências por quebrar a Lei de Deus, ele correrá para os braços do Salvador para escapar da ira vindoura. E se formos testemunhas verdadeiras e fiéis, é isso que deveremos pregar: que existe uma ira vindoura; que Deus “ordena a todas as pessoas em todos os lugares que se arrependam” (Atos 17:30). Por que se arrepender? “Porque Ele estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça” (vs. 31). Entenda que não é uma questão de felicidade, mas sim de justiça. Não importa o quanto o pecador possa estar sendo feliz ou o quanto ele possa estar aproveitando “os prazeres passageiros do pecado” (Hebreus 11.25), sem a justiça de Cristo, ele perecerá no dia da ira. “De nada aproveitam as riquezas no dia da ira; porém a justiça livra da morte.” (Provérbios 11.4). Paz e alegria são frutos legítimos da salvação, mas não é legítimo usar tais frutos como propaganda para a salvação. Se persistirmos em fazer isso, os pecadores responderão à mensagem com um motivo impuro, desprovidos de arrependimento.
Agora, vocês conseguem lembrar porque o segundo passageiro tinha alegria e paz no coração? Era porque ele sabia que o pára-quedas ia salvá-lo da morte certa. E como crente, como Paulo diz, eu tenho “alegria e paz em crer” (Romanos 15:13), porque sei que a justiça de Cristo me livrará da ira vindoura.
Agora, com esses pensamentos em mente, vamos analisar com cuidado um incidente a bordo do avião. Aparece uma aeromoça novata. Ela carrega uma bandeja com café fervendo. É o seu primeiro dia de trabalho. Ela quer que este dia fique marcado na mente dos passageiros, e consegue seu intento, pois conforme está andando pelo corredor, tropeça e despeja café quente no colo do nosso segundo passageiro. Qual a reação dele ao sentir o líquido fervente queimar a sua pele? Será que ele grita: “Aaaaaii! Que dor!”? Sim, ele sente a dor. Mas será que arranca o pára-quedas e o joga ao chão? Será que ele esbraveja dizendo: “Droga de pára-quedas!”? Não. Por que ele faria isso? Ele não colocou o pára-quedas para melhorar a qualidade de seu vôo. Ele colocou para salvá-lo da morte certa. Por isso, o incidente faz com que se agarre ainda com mais força ao pára-quedas e mal consiga esperar a hora de saltar.
Então, se “colocarmos” o Senhor Jesus pelo motivo correto, isto é, para escapar da ira vindoura, quando vier a tribulação, quando o vôo ficar turbulento, nós não ficaremos com raiva de Deus e nem perderemos nossa paz e alegria. Por que faríamos isto? Não aceitamos Jesus para melhorar nosso estilo de vida: nós o aceitamos para fugir da ira vindoura. Portanto, ao invés de nos levar à ira, a tribulação conduz o verdadeiro crente para mais perto do Salvador. Infelizmente, temos literalmente multidões de pessoas que se professam Cristãos, mas que perdem sua alegria e paz quando o vôo fica turbulento. Por quê? Porque são produto de um evangelho humanista. Estes crentes vêm a Jesus sem arrependimento, sem o qual não há salvação.
Recentemente, estive na Austrália ministrando e... – a propósito a Austrália é um pequeno país na costa da Nova Zelândia – ...preguei sobre pecado, a Lei, justiça, santidade, julgamento, arrependimento e inferno, e não me surpreendi com a quantidade de pessoas que quiseram “entregar seus corações a Jesus”. Na verdade, o ambiente ficou muito tenso. Depois do evento, disseram-me: “Há um jovem rapaz lá atrás que quer entregar sua vida a Cristo.” Eu fui lá e encontrei um jovem que nem conseguia fazer a oração de entrega, de tão desesperadamente que chorava. Aquilo para mim foi muito encorajador, pois, por muitos anos, sofri de “frustração evangélica”. Eu queria tanto que os pecadores respondessem ao Evangelho egocêntrico que eu pregava. A essência do que pregava era mais ou menos o seguinte: “Você nunca encontrará a paz verdadeira sem Jesus Cristo; você tem um grande vazio em seu coração que só mesmo Deus pode preencher.” Eu pregava Cristo crucificado e, só no finalzinho, pregava arrependimento. Quando alguém respondia ao apelo, eu abria um dos meus olhos e pensava: “Ah, não! Esse cara quer dar o seu coração a Jesus, mas há uma probabilidade de 80% de ele vir a desviar-se. Estou cansado de criar desviados. Preciso ter certeza de que ele sabe mesmo o que está fazendo. É melhor que esteja sendo sincero!” Assim, me aproximaria do rapaz com um espírito da Gestapo Nazista. Chegaria bem pertinho dele e diria: “O que focê querr?” Ele diria: “Estou aqui para tornar-me um cristão.” Eu argumentaria: “Tem certeza?” Ele responderia: “É. Tenho.”, Eu tornaria a perguntar: “Você tem realmente certeza?”. Ele diria: “É. Podes crer.” “Tá certo, vou orar com você, mas é melhor que você ore com sinceridade, do fundo do seu coração. Agora repita esta oração comigo! ‘Ó, Deus, eu sou um pecador’” Ele dizia: “Ah, é... Deus, eu sou um pecador!” No que eu pensava: “Por que será que não há nenhum sinal claro de quebrantamento. Não há sinal visível de que este jovem possa estar no seu íntimo realmente arrependido de seus pecados” Foi então, que entendi qual era o motivo: ele estava sendo 100% sincero. Ele estava tomando sua decisão de todo o seu coração. Ele sinceramente queria dar uma experimentada neste Jesus para ver no que dava. Já tinha experimentado sexo, drogas, materialismo, álcool. Ele pensava assim: “Já experimentei uma porção de coisas na vida. Por que então não experimentar esse tal de Jesus para ver se Ele é tudo isso mesmo que esses crentes dizem que ele é: alegria, amor, realização, felicidade duradoura.” O jovem não estava ali para fugir da ira vindoura, pois eu não tinha pregado que havia ira alguma por vir! Isso estava fazendo uma falta terrível nas minhas mensagens. O jovem não estava quebrantado, pois ele nem mesmo sabia o que era o pecado. Lembram de Romanos 7:7? Paulo disse que não conheceu o pecado senão pela Lei. Como alguém pode a vir a searrepender se nem mesmo sabe o que é o pecado? Então, qualquer coisa que nós venhamos a chamar de arrependimento vem a ser algo que chamo de arrependimento horizontal. A pessoa sente remorso por ter mentido para as pessoas, roubado das pessoas, etc. Mas, quando David pecou com Bate-Seba e quebrou todos os Dez Mandamentos de uma só vez – quando cobiçou a mulher do próximo, viveu uma mentira, roubou a mulher do próximo, cometeu adultério, desonrou seus pais e, portanto, desonrou a Deus – ele não disse: “Eu pequei contra Urias” O que ele disse foi: “Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que era mal à Tua vista.” (Salmo 51:4). Quando José foi tentado sexualmente, ele disse: “Como poderia eu fazer tal coisa e pecar contra Deus?” (Gênesis 39:9). O filho pródigo disse: “Eu pequei contra o Céu” (Lucas 15:21). Paulo pregava “arrependimento para com Deus (Atos 20:21). E a Bíblia diz: “A tristeza segundo Deus produz arrependimento” (2 Coríntios 7:10). Então, quando a pessoa não entende que o pecado é primariamente vertical, ela simplesmente conseguirá exercitar arrependimento superficial, experimental e horizontal – e se desviará quando vierem a tribulação, a tentação e a perseguição.
A.B. Earl disse: “Descobri através de extensa experiência que as mais sérias ameaças da Lei de Deus têm um papel importantíssimo na condução das pessoas a Cristo. Elas precisam se ver perdidas antes de clamar por misericórdia; elas não fugirão do perigo até que o enxerguem.” Agora, gostaria que vocês fizessem algo incomum. Não vou fazê-los passar vergonha. Dou minha palavra. Mas, gostaria de perguntar-lhes quantos de vocês estavam pensando em outra coisa enquanto eu estava lendo a citação de A.B. Earl. Quero admitir algo para vocês. Eu mesmo estava pensando em outra coisa enquanto lia a citação! Sabem o que estava pensando? “Ninguém está me ouvindo. Eles estão pensando em outra coisa.” Então, para ressaltar um ponto importante, gostaria que vocês fossem realmente honestos comigo. Se você estava pensando em outra coisa e não faz a menor idéia do que A.B. Earl disse, levante sua mão bem alto, bem alto. Geralmente, uns 70% das pessoas levantam a mão. Vamos lá, estamos quase nos 70%. Muito bem, pastor, obrigado, por sua honestidade.
A.B. Earl foi um famoso evangelista do século XIX que teve mais de 150.000 convertidos para substanciar suas afirmações. Satanás não quer que vocês escutem o que eu estou dizendo, então, prestem bastante atenção.
A.B. Earl disse: “Descobri através de extensa experiência que as mais sérias ameaças da Lei de Deus têm um papel importantíssimo na condução das pessoas a Cristo. Elas precisam se ver perdidas antes de clamar por misericórdia; elas não fugirão do perigo até que o enxerguem.”
É mais ou menos assim: tente salvar alguém de se afogar quando a pessoa não acredita estar se afogando e veja se ela vai ficar muito contente com você. Você a vê no lago e pensa: “Acho que ela está se afogando. Sim, acho que está se afogando mesmo.” Aí, você pula na água e a arrasta até a areia sem dizer coisa alguma. Ela não ficará muito contente com você, pode ter certeza. Ela não vai querer ser salva até ver que está correndo perigo. Da mesma forma, os pecadores não fugirão da ira vindoura sem antes a enxergarem!
Veja bem: se você viesse a mim e dissesse: “Olha, Ray. Isso aqui é a cura para o Mal de Groaninzin. Vendi minha casa para levantar o dinheiro para comprar esse remédio. Tome. É um presente para você”. Provavelmente eu reagiria assim: “O que? Cura para o que? Mal de Groaninzin? Você vendeu sua casa para levantar o dinheiro para comprar esse remédio? E está me dando de presente? Ora, muito obrigado. Tchau... Esse cara é louco.” Sabe, essa seria provavelmente a maneira como eu reagiria se você vendesse sua casa para comprar o remédio para me curar de uma doença da qual jamais ouvi falar. Ainda mais se viesse oferecê-lo a mim gratuitamente – acharia você muito estranho.
Mas, se ao invés disso, você chegasse a mim e dissesse: “Ray, você está com o Mal de Groaninzin. Já consigo ver dez claros sintomas em sua pele. Você morrerá em duas semanas.”, eu me convenceria de que tinha a doença (já que os sintomas eram tão evidentes) e diria: “Oh! O que farei agora?” Nisso, você responderia: “Não se preocupe. Tenho aqui a cura para sua doença. Vendi minha casa para comprar este remédio. Tome. É um presente para você.” Nessa situação, eu não desprezaria seu sacrifício. Ao contrário, ficaria grato e tomaria posse dele. Por quê? Porque, ao enxergar a doença que me consumia, desejei a cura.
Lamentavelmente, o que tem acontecido nos Estados Unidos e no Mundo Ocidental é que temos pregado a cura sem primeiro convencermos da doença. Temos pregado o Evangelho da graça sem primeiro convencer os pecadores da Lei, ou seja, que são transgressores. Como conseqüência desta pregação, que oferece a graça primeiro, quase todas as pessoas que tento evangelizar no sul da Califórnia e no Cinturão Bíblico já “nasceram de novo” umas seis ou sete vezes. Quando digo: “Você precisa entregar sua vida a Jesus Cristo.” A resposta que sai quase que instantaneamente é: “Ah, já fiz isso quando tinha sete, onze, dezessete, vinte e três, vinte e oito, trinta e dois anos de idade...” Na hora, você sabe que o indivíduo não é Cristão. Ele é um fornicador. É um blasfemo, mas acha que é salvo porque “nasceu de novo”. O que está acontecendo? Ele está usando a graça de nosso Deus para dar ocasião à carne. Não reconhece nem estima o sacrifício de Jesus. Para ele, não há nada de mais em pisar o sangue de Cristo (Hebreus 10:29). Por quê? Por que jamais se convenceu de que tinha a doença e, portanto, não é grato pela cura.
O Evangelismo Bíblico é sempre, sem exceção, Lei para os soberbos e Graça aos humildes. Não existe uma passagem na Bíblia onde Jesus ofereça o Evangelho, as Boas Novas, a Cruz ou a Graça de Deus a uma pessoa soberba, arrogante e que se considera boa aos próprios olhos. Não mesmo. Com a Lei, Ele quebra o coração duro, e com o Evangelho, cura o coração quebrantado. Por quê? Porque Ele sempre fez aquilo que agrada ao Pai. Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes (Tiago 4:6; 1 Pedro 5:5). “Todos os soberbos de coração”, dizem as Escrituras, “são abominação ao Senhor” (Provérbios 16.5).
Jesus nos disse para quem é o Evangelho. Disse assim: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos.” (Lucas 4:18). Estas são declarações espirituais. Os pobres (humildes) em espírito. Os quebrantados de coração (Isaías 57:15), os cativos são aqueles que Satanás tem mantido presos à sua vontade (2 Timóteo 2:26) e os cegos são aqueles que o deus desse mundo tem cegado para que a luz do Evangelho não brilhe sobre eles (2 Coríntios 4:4). Somente os enfermos precisam de médico (Marcos 2:17) e somente aqueles que estão convictos de que têm a doença ficarão gratos e se apropriarão da cura.
Vejamos alguns exemplos do uso da Lei com os soberbos e graça com os humildes. Lucas 10:24. Ah! Quando eu citar uma referência aqui do púlpito, repetirei duas vezes, pois sei que há homens presentes – e os homens precisam escutar as coisas duas vezes para poderem entender... Os homens precisam escutar as coisas duas vezes. E isso é sustentado biblicamente. Quando Deus fala com homens na Bíblia, Ele usa seus nomes duas vezes: “Abraão, Abraão... Saul, Saul... Moisés, Moisés... Samuel, Samuel...” Porque os homens precisam escutar as coisas duas vezes. As mulheres apenas uma. Eu não sei quantas vezes nos cultos o pregador dizia “Lucas 10:25” e eu me virava para minha esposa e dizia: “O que foi que ele disse?”. Ela respondia: “Lucas 10:25”. Aí eu dizia: “Obrigado, querida!” AUXILIADORA IDÔNEA. Foi por isso que Deus criou as mulheres: porque os homens não conseguem se virar sozinhos. O negócio é assim: Os homens perdem as coisas. As mulheres as acham. “Onde estão as chaves, querida?” “Bem no seu nariz, querido.” Sabem, eu não sei quantas vezes já abri o armário e disse: “Não tem mais doce, meu docinho” e ela respondeu: “Está aqui, querido.” Onde os homens estariam sem as mulheres? Hein? Ainda estariam no Jardim do Éden! Foi Eva quem achou a árvore. Adão nem mesmo sabia o que estava se passando. Na verdade, se observarmos o processo de criação da mulher, a Bíblia diz que, para criar a mulher, Deus colocou o homem em um profundo sono. Mas, não diz se ele jamais conseguiu acordar desse sono!
Em Lucas 10:25, vemos um certo advogado se levantar e tentar Jesus. Este homem não é um advogado comum, mas um professo especialista na Lei de Deus. Ele levantou-se e disse a Jesus: “Como posso alcançar a vida eterna?” O que foi que Jesus fez? Deu-lhe a Lei. Por quê? Porque o homem era soberbo, arrogante e se considerava muito bom. Eis um professo especialista na Lei de Deus tentando o próprio Filho de Deus. Pois, na verdade, o espírito por trás de sua pergunta era: “E o que você acha que devemos fazer para alcançar a vida eterna?” Por isso, Jesus aplicou-lhe a Lei, dizendo: “O que está escrito na Lei?” Qual a sua leitura dela?” No que o advogado responde: “Ah, deves amar o Senhor teu Deus de todo o teu coração, entendimento, alma e força; ama o teu próximo como a ti mesmo.” Jesus afirmou-lhe: “Faça isso e viverás.” As Escrituras continuam dizendo: “Mas, ele, querendo justificar-se, disse a Jesus: ‘Quem é o meu próximo?” A Bíblia Viva mostra de maneira mais clara o efeito da Lei sobre o homem. Ela diz: “O homem quis justificar sua falta de amor por certos tipos de pessoas; então perguntou: “Quais próximos?” Vejam só, ele não tinha problemas com os Judeus, mais não gostava dos Samaritanos. Então, Jesus contou-lhe a história que chamamos de “O Bom Samaritano” que não era “bom” em absoluto. Amando o seu próximo tanto quanto amava a si mesmo, ele meramente obedeceu aos requerimentos básicos da Lei de Deus. E o efeito da essência da Lei, a espiritualidade da Lei (daquilo que a Lei exige em verdade), foi calar a boca do homem. Percebam, ele não amava seu próximo no nível exigido pela Lei. A Lei foi aplicada para calar todas as bocas e deixar o mundo inteiro culpado diante de Deus.
De maneira parecida, em Lucas 18:18, o jovem rico chegou a Jesus, dizendo: “Como alcançarei a vida eterna?” Eu fico me perguntando como a maioria de nós reagiria se alguém se aproximasse e dissesse: “Como posso alcançar a vida eterna?” Certamente diríamos: “Ó... rápido! Faça essa oração antes que você mude de idéia!” Mas, o que foi que Jesus fez com o Seu convertido em potencial? Ele aplicou-lhe a Lei. Deu-lhe cinco Mandamentos horizontais, mandamentos em relação ao seu próximo e, quando o homem afirmou: “Ah! Esses eu tenho guardado desde minha mais tenra idade.”, Jesus respondeu-lhe: “Uma coisa ainda vos falta” e usou a essência do primeiro dos Dez Mandamentos: “Eu sou o Senhor vosso Deus... Não tereis outros deuses além de mim” (Êxodo 20:2-3). Jesus mostrou ao jovem que o seu deus era o dinheiro, e que não se pode servir Deus e a Mamon. (Mateus 6:24). Lei para os soberbos!
Também vemos a graça sendo dada aos humildes, como no caso de Nicodemos (João 3). Nicodemos era um dos líderes dos Judeus. Era mestre em Israel. Portanto, era completamente versado na Lei de Deus. Era humilde de coração porque veio a Jesus e reconheceu a Deidade do Filho de Deus. Um líder em Israel? “Sabemos que vens de Deus, pois nenhum homem pode fazer tais milagres a não ser que Deus esteja com Ele.” Então, Jesus deu a ele – alguém que sinceramente buscava a verdade, alguém de coração humilde e possuidor do conhecimento do pecado através da Lei – as Boas Novas da multa tendo sido paga e “de Deus amando o mundo de tal maneira que sacrificou seu unigênito Filho”. Assim, a mensagem não pareceu loucura para Nicodemos, mas o “poder de Deus para salvação.”
Algo parecido ocorreu também no caso de Natanael (João 1:43-51). Natanael era um Israelita criado de fato debaixo da Lei, em quem não havia dolo nem engano. Obviamente, a Lei foi a professora (aIio) que conduziu esse judeu a Cristo.
Algo similar também ocorreu com os Judeus no dia de Pentecostes (Atos 2). Eles eram Judeus devotos que, portanto, comiam, bebiam e dormiam a Lei de Deus. Matthew Henry, o Comentarista da Bíblia, disse que a razão pela qual eles estavam reunidos no Dia de Pentecostes era para celebrar a entrega da Lei de Deus no Monte Sinai. Então, quando Pedro levantou-se para pregar para esses Judeus, ele não pregou sobre a ira vindoura. Não, a Lei aponta para a ira de Deus. Eles já sabiam disso. Não pregou sobre justiça ou julgamento. Nada disso. Apenas contou-lhes as Boas Novas da dívida sendo paga, o que os atingiu no coração e eles clamaram: “Irmãos, o que faremos?” (versículo 37). A Lei foi o aio para conduzir-lhes a Cristo para que pudessem ser justificados pela fé em Seu sangue. Como escreveu o compositor (William R. Newell) de um famoso hino: “Pela palavra de Deus, finalmente, meu pecado enxerguei; tremi, então, diante da Lei que rejeitara, até que, minha pecadora alma, implorando, virou-se em direção ao Calvário.”
Em 1 Timóteo 1:8 está escrito: “Sabemos, porém, que a lei é boa se alguém dela usar com o propósito para o qual foi criada” A Lei de Deus é boa se for usada legitimamente para o propósito para o qual foi criada. Bem, com que propósito a Lei foi criada? O versículo seguinte nos informa: “A Lei não foi feita para os justos, mas para os ímpios.” e nos dá uma lista de tipos de ímpios: homossexuais, fornicadores. Se você quiser conduzir um homossexual a Cristo, não discuta com ele sobre sua perversão, pois ele estará pronto para você com suas luvas de boxe. Não, não. Aplique-lhe os Dez Mandamentos. A Lei foi feita para os homossexuais. Mostre-lhe que ele está condenado apesar de sua perversão.
Se você quiser levar um Judeu para Cristo, solte o peso da Lei sobre ele. Deixe que ela prepare o seu coração para a graça como ocorreu no Dia de Pentecostes. Se você quiser conduzir um Mulçumano a Cristo, dê-lhe a Lei de Moisés – eles aceitam Moisés como profeta. Bem, dê-lhes a Lei de Moisés e livre-os de sua auto-justiça. Em seguida, leve-os ao ensangüentado pé da cruz. Ouvi falar de um Mulçumano que leu nosso livro O Maior Segredo do Diabo e Deus seguramente o salvou, puramente através da leitura do livro. Por quê? Porque a Lei de Deus é perfeita para converter a alma.
Pensem na mulher apanhada em ato de adultério (João 8:1-11) – violação do sétimo mandamento. A Lei exigia o seu sangue (Levítico 20:10) e ela se encontrava em uma situação muito difícil. Não tinha saída, a não ser lançar-se aos pés do Filho de Deus por misericórdia; e essa é a função da Lei de Deus.
Paulo falou de estar guardado debaixo da Lei (Gálatas 3:23) – a Lei condena. Diz-se por aí: “Você não pode sair por aí condenando os pecadores!” Santos, eles já estão condenados. João 3:18: “Aquele que não crê já está condenado.” Só o que a Lei faz é mostrar aos pecadores o seu verdadeiro estado.
Senhoras, vocês vão bem entender esta ilustração: A mesa de sua sala está precisando de limpeza. Então, você vai e limpa. A poeira some. Então, você abre as cortinas e deixa o sol da manhã entrar. O que vê sobre a mesa? Poeira! O que vê no ar? Poeira! Foi a luz que criou a poeira? Não, a luz meramente expôs a poeira. E quando você e eu decidimos abrir as cortinas (o véu) do Santos dos Santos e deixamos a luz da Lei de Deus brilhar sobre os corações dos pecadores, só o que ocorre é que eles passam a enxergar-se de maneira verdadeira. “Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução luz” (Provérbios 6:23). Foi por esta razão que Paulo disse: “Pela Lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Foi por isso que ele disse: “pelo mandamento o pecado se manifestou excessivamente maligno.” (Romanos 7:13). Em outras palavras, a Lei o mostrou o pecado em sua verdadeira luz.
Bom, geralmente a esta altura do ensinamento, eu cobriria os Dez Mandamentos um a um, mas, o que vou fazer é compartilhar como eu pessoalmente evangelizo, pois creio que isso será mais benéfico.
Vejam, eu creio firmemente em seguir os passos de Jesus. Jamais, jamais mesmo, eu abordaria alguém e diria: “Jesus te ama.” Totalmente anti-bíblico. Não há precedente para isso nas Escrituras. Também não chegaria a alguém e diria: “Gostaria de falar-lhe sobre Jesus Cristo.” Por quê? Porque se quisesse acordar alguém de um profundo sono, não usaria uma lanterna em seus olhos, pois isso o ofenderia. O que faria seria aumentar a luz bem gentilmente. Primeiro no nível natural e depois no espiritual. Por quê? Porque “homem natural não recebe as coisas do espírito de Deus; nem consegue discerni-las. São loucura para ele, pois são espiritualmente compreendidas” (1 Coríntios 2:14).
O precedente para Evangelismo pessoal é dado nas Escrituras em João 4. Lá, podemos ver o exemplo de Jesus com a mulher samaritana. Jesus começou no nível natural, mudou para o espiritual, trouxe a ‘convicção de pecado’ usando o Sétimo Mandamento, e então Se revelou como o Messias. Assim, quando encontro alguém, falo do clima, esportes, etc: deixo que a pessoa perceba um pouco de ‘juízo’ em mim. Conheço um pouco mais da pessoa. Conto uma piada aqui, outra ali, e em seguida, deliberadamente mudo do nível natural para o nível espiritual. Faço isso com panfletos evangelísticos. Temos em torno de 24 ou 25 “panfletos” (brindes) evangelísticos; somos um ministério ao corpo de Cristo. Já imprimimos milhões de “panfletos evangelísticos” e nossos “brindes” são realmente incomuns. Se você tiver acesso a eles, você vai precisar andar sempre com um montão deles, porque as pessoas vão persegui-lo pedindo mais. Deixe-me dar um exemplo. Este aqui é o nosso “panfleto” de ilusão de ótica. Qual dos dois é maior? Conseguem enxergar? O cor-de-rosa parece maior? Vêem isso? Para aqueles que estão ouvindo esta mensagem em um CD... Eles são do mesmo tamanho. É uma ilusão de ótica. Digo às pessoas: “Na verdade isso é um panfleto evangelístico; as instruções estão no verso... como ser salvo, de fato.” Aí, digo: “Pode ficar com ele” No que a pessoa responde: “Hei, obrigado! É ótimo... Puxa!”
Continuo dizendo: “Tenho outro presente para você” e do meu bolso eu tiro um “centavo com os Dez Mandamentos”. Temos uma máquina que faz isso. Compramos os centavos novinhos no banco; lindos centavos que colocamos em nossa máquina que os prensa (e também serve para amassar o seu dedão se você ficar parado). Bom, a máquina prensa os centavos. O que não é contra a lei, pois isto é considerado arte. Não se trata de deformar um centavo. Então, eu digo: “Olha um presente para você.”, no que a pessoa responde: “O que é isso?” Eu digo: “É um centavo com os Dez Mandamentos. Fiz com meus dentes... A letra ‘i’ é fácil, mas a letra ‘e’ dá bastante trabalho.”
Sabe, o que estou fazendo é lançar um teste para ver se ele está aberto às coisas espirituais. Se ele, de maneira negativa, disser: “Dez Mandamentos? Muito obrigado.”, ele não está aberto. Mas, a reação de costume é: “Dez Mandamentos... Puxa, obrigado! Valeu mesmo.” Então, eu digo: “Ah, você acha que tem guardado os Dez Mandamentos?” Ele responde: “Ah, sim... acho que sim.” Eu o convido: “Vamos dar uma olhadinha neles? Já contou alguma mentira em sua vida?” Ele diz: “Ah, sim... é... uma ou duas.” Eu pergunto: “O que isso faz de você?” Ele diz: “Um pecador.” Eu insisto: “Não, não. Especificamente, o que isso faz de você?” Ele responde: “Hei, cara, eu não sou mentiroso.” Eu pergunto: “Quantas mentiras você precisa contar para ser considerado mentiroso? Não é verdade que se você contar pelo menos uma mentira, isso já faz de você um mentiroso?” Ele diz: “É... acho que você está certo.” Eu pergunto: “Já roubou alguma coisa em sua vida? Mesmo algo de pouco valor?” e ele diz: “Não” Então, digo: “Espere aí, você acabou de admitir que é um mentiroso.” e pergunto: “O que isso faz de você?” Ele diz: “Um ladrão.” Continuo dizendo: “Jesus disse que se você olhar para uma mulher para cobiçá-la, você comete adultério com ela em seu coração.” (Mateus 5:28). Já fez isso? Ele responde: “Já. Uma porção de vezes.” Então, por sua própria admissão, você é um mentiroso, um ladrão e adúltero de coração, e terá que enfrentar a Deus no Dia do Julgamento; e olha que nós apenas usamos três dos Dez Mandamentos. Há mais outros sete com os seus canhões apontados para você. Você alguma vez já usou o nome de Deus em vão?” “É... tenho tentado parar.” Então o questiono: “Sabe o que você está fazendo? Ao invés de usar uma palavra nojenta de cinco letras que começa com ‘m’ para expressar sua raiva, você está usando o nome de Deus em seu lugar. Isso se chama blasfêmia; e a Bíblia diz: “De toda palavra frívola que alguém proferir, dela prestará contas no Dia do Julgamento’ (Mateus 12:36). “O Senhor não terá por inocente aquele que tomar Seu nome em vão.” (Êxodo 20:7) A Bíblia diz que se você odeia alguém, você é assassino (1 João 3:15).
Agora, o maravilhoso sobre a Lei de Deus é que Deus se ocupou de escrevê-la em nossos corações. Romanos 2:15: “pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente à sua consciência...” A palavra consciência significa “com conhecimento”. “Con” quer dizer “com” e “ciência” significa “conhecimento”. Consciência. Então, toda vez que ele mente, cobiça [sexualmente], fornica, blasfema, comete adultério, faz isso com conhecimento de que isso é errado. Deus deu luz a todas as pessoas. O Espírito Santo os convence do pecado, da justiça e do julgamento (João 16:8). O pecado que é transgressão da lei (1 João 3:4); a justiça que é da Lei (Romanos 10:5; Filipenses 3:9); julgamento que é pela Lei. Sua consciência o acusa – a obra da Lei escrita em seu coração (Romanos 2:15) – e a Lei o condena.
Então, digo “Se Deus o julgar por este padrão no Dia do Julgamento, você será inocente ou culpado?” Ele diz: “Culpado.” Então, digo assim: “E você acha que vai para o céu ou inferno?” e a resposta de costume é: “Para o céu.” – um produto do “evangelho” moderno. Eu pergunto: “Por que acha isso? Seria porque você acha que por Deus ser bom Ele vai relevar os seus pecados?” Ele responde: “É isso aí. Ele vai relevar os meus pecados.” “Bem, tente isso em um tribunal. Imagine que você cometeu estupro, assassinato, tráfico de drogas – vários graves crimes. O juiz diz: ‘Você é culpado. Todas as provas estão aqui. Tem alguma coisa a dizer antes de eu proferir sua sentença?” Você responde: “Sim, Senhor Juiz. Gostaria de dizer que acredito que o senhor é um bom homem e vai relevar meus crimes.” O juiz provavelmente diria: “Tem razão em relação a uma coisa: sou mesmo um bom homem e, por causa de minha bondade, me certificarei que a justiça seja feita. Por causa da minha bondade, vou me certificar de que você seja punido.” E a mesmíssima coisa que os pecadores acham que há de salvá-los no Dia do Julgamento – a bondade de Deus – será o que vai condená-los. Por Deus ser bom, Ele deve, por natureza, punir todos os assassinos, estupradores, ladrões, mentirosos, fornicadores e blasfemos. Deus vai punir o pecado onde quer que ele se encontre.
Ora, com esse conhecimento, o pecador passa a ser capaz de compreender a mensagem. Ele, agora, tem a luz necessária para entender que seu pecado é primeiramente vertical: que “pecou contra o Céu” (Lucas 15:21). Que violou a Lei de Deus e irou a Deus e que sobre ele a ira de Deus permanece (João 3:36). Agora ele pode ver que foi “pesado na balança” da justiça eterna e “foi achado em falta” (Daniel 5:27). Agora entende a necessidade de um sacrifício. “Cristo nos redimiu da maldição da Lei fazendo-se maldição por nós.” (Gálatas 3:13). “Deus demonstrou Seu amor por nós, pois enquanto ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós” (Romanos 5:8). Nós quebramos a Lei. Cristo pagou a multa. É simples assim. E se as pessoas se arrependerem e colocarem sua fé em Jesus, Deus cancelará os seus pecados para que no Dia do Julgamento, quando o processo for reaberto, Deus possa dizer: “Seu processo foi encerrado por falta de provas.” “Cristo nos redimiu da maldição da Lei fazendo-se maldição por nós” e, portanto, o redimido passa a exercitar o arrependimento para com Deus, a fé em nosso Senhor Jesus Cristo (Atos 20:21), coloca sua mão ao arado e não olha para trás, pois agora está apto para o reino (Lucas 9:62). A palavra apto significa “pronto para o uso”. O solo de seu coração foi transformado para que pudesse receber as palavras gravadas que podem salvar sua alma (Tiago 1:21)
Bom, eu não tenho tempo para compartilhar muitas citações com vocês, mas elas estão no material impresso que vocês receberam. Estou certo que vocês reconhecerão estes nomes: John Wycliffe, o tradutor da Bíblia. Ele disse: “O maior serviço que alguém pode fazer na terra é pregar a Lei de Deus.” Por quê? Porque a Lei conduz os pecadores à fé no Salvador, à vida eterna.
Martinho Lutero disse: “O primeiro dever do pregador do Evangelho é declarar a Lei de Deus e expor a natureza do pecado.” De fato, conforme lemos estas citações, reconhecemos nestes homens uma convicção tão grande que podemos sentir seus dentes travados. Esses homens disseram coisas do tipo: “Se não usarmos a Lei na proclamação do Evangelho, encheremos nossas igrejas de falsos convertidos.” Pessoas com um coração cujo solo é pedregoso e que apenas inicialmente recebem a mensagem com alegria.
Escutem só o que Martinho Lutero disse também: “Satanás, o deus de toda dissensão levanta novas seitas diariamente. Uma de suas manobras mais recentes, que eu jamais suspeitaria poder vir a existir, foi de levantar uma seita na qual se prega que as pessoas não deveriam ter medo da Lei, e na qual as pessoas são gentilmente exortadas pela pregação da graça de Cristo”, o que resume perfeitamente uma grande parte do evangelismo moderno.
John Wesley disse a um jovem amigo evangelista: “Pregue 90% lei e 10% graça” Então, pode-se questionar: “90% Lei e 10% graça? Muito pesado. Será que não dava para ser 50% para cada uma?” Pense assim: Eu sou o médico, você o paciente. Você tem uma doença terminal. Eu tenho a cura, mas é absolutamente essencial que você esteja totalmente comprometido com a cura, pois, se não estiver 100% comprometido, não funcionará. Como devo lidar com essa situação? Provavelmente assim: “Venha cá. Sente-se. Tenho notícias muito sérias para dar-lhe: você tem uma doença terminal.” Você começa a tremer. Eu penso comigo mesmo: “Ótimo. Ele está começando a perceber a seriedade da situação.” Apresento gráficos, raios-X, mostro-lhe a doença consumindo seu organismo. Falo-lhe por Dez Minutos sobre esta terrível doença. Quanto tempo, então, você acha que eu terei que falar da cura? Não muito tempo. Então, quando você estiver tremendo depois dos dez minutos, eu digo: “A propósito, eis a cura.” Você agarra o medicamento e o engole com vontade. Seu conhecimento da doença e de sua horrível conseqüência fez com que desejasse a cura.
Sabem, antes de eu ser Cristão, eu tinha tanto desejo de justiça quanto um garoto de quatro anos tem pela palavra “banho”. Qual a questão? Jesus disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça.” Mas, quantos descrentes você conhece que tem fome e sede de justiça? A Bíblia diz: “Não há quem busque a Deus.” (Romanos 3:11). Ela diz que eles amam a escuridão e odeiam a luz; não virão à luz, a não ser que seus feitos sejam expostos (João 3:19-20). A única coisa que bebem como se fosse água é a iniqüidade (Jó 15:16). Contudo, na noite em que fui confrontado com a natureza espiritual da Lei de Deus e entendi que Deus exige a verdade no íntimo (Salmo 51:6), que Ele via meus pensamentos e considerava a lascívia como o mesmo que adultério, e ódio como homicídio, comecei a pensar: “Vejo que estou condenado. O que preciso fazer para me acertar?” Comecei a sentir sede de justiça. A Lei pôs sal em minha língua. Ela foi o aio para me levar a Cristo.
Charles Spurgeon disse: “Não aceitarão a graça até tremerem diante de uma Lei justa e santa.” D.L. Moody, John Bunyan, John Newton, que escreveu “Maravilhosa Graça” (e se alguém podia falar sobre graça com tanta propriedade esse era Newton). John Newton disse que “a correta compreensão da harmonia entre Lei e Graça nos preserva de ser enredados por erros tanto na mão direita quanto na esquerda.”
Charles Finney disse “Cada vez mais, a Lei deve preparar o caminho para o Evangelho.” Disse ainda: “Negligenciar isto na instrução das almas certamente resultará em falsa esperança, na introdução de um padrão falso da experiência Cristã, e encherá a igreja de falsos convertidos.”
Santos, esta foi a primeira frase que David Wilkerson disse a mim quando me ligou do telefone do seu carro: “Eu pensava que era o único que não acreditava em ‘acompanhamento.’” Vejam, eu acredito que devemos alimentar um novo convertido; Creio que devemos nutri-lo. Creio que devemos discipulá-lo – isto é bíblico e extremamente necessário. Mas, não acredito em fazer ‘acompanhamento’. Não consigo encontrar tal prática nas Escrituras. O Eunuco Etíope foi deixado sem ‘acompanhamento’ algum. Como ele conseguiu sobreviver? Tudo o que ele tinha era Deus e as Escrituras. ‘Acompanhamento’... Bem, deixem-me primeiro explicar o que é ‘acompanhamento’ para aqueles que não sabem o que é isso. ‘Acompanhamento’ é quando conseguimos decisões para Cristo, ou através de cruzadas ou na igreja local, e designamos obreiros para fazer a colheita, sendo tão poucos quanto os obreiros já são, diga-se de passagem, dando-lhes a desanimadora tarefa de correr atrás destas decisões para se certificar de que prosseguirão com Deus. Isso na verdade é uma triste admissão da quantidade de confiança que nós temos no poder de nossa mensagem e no poder sustentador de Deus. Se Deus os salvou, Deus os sustentará. Se forem nascidos de Deus, jamais morrerão. Se Ele começou uma boa obra neles, Ele a completará até aquele dia (Filipenses 1:6); Se Ele for o autor de sua fé, Ele será [também] o consumador de sua fé (Hebreus 12:2). Ele pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus (Hebreus 7:25). Ele é capaz de sustentá-los para que não caiam e apresentá-los imaculados e jubilosos diante de Sua presença e glória (Judas 24). Jesus disse: “Ninguém irá arrebatá-los da mão de meu Pai” (João 10:29).
Vejam, santos, o problema é que Lázaro já está com quatro dias de morto (João 11). Podemos entrar na tumba correndo, podemos puxá-lo para fora, podemos colocá-lo de pé, podemos abrir os seus olhos, mas ele “cheira mal” (versículo 39). Ele precisa ouvir a voz do Filho de Deus. Os pecadores estão mortos “há quatro dias” em seus pecados. Podemos correr a eles e dizer: “Façam esta oração.” Ainda assim, precisarão ouvir a voz do Filho de Deus, ou não haverá vida neles; e o que prepara o ouvido dos pecadores para ouvir a voz do Filho de Deus é a Lei. É o aio para levá-los a Cristo para que possam ser justificados pela fé (Gálatas 3:24). Santos, a Lei funciona; ela converte a alma (Salmo 19:7). Torna a pessoa uma nova criatura em Cristo: “As coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17). Então, quando encontrar um pecador, experimente a Lei nele. Mas, ao fazer isso, lembre-se desta anedota:
Você está viajando em um avião, saboreando seu café, beliscando um biscoitinho e assistindo um filme. O vôo está ótimo, muito agradável mesmo, quando, repentinamente, se ouve: “Aqui quem fala é o comandante. Tenho um comunicado a todos. Como a cauda desta aeronave acabou de partir-se, nós vamos cair. É uma queda de 25.000 pés. Há um pára-quedas sob sua poltrona. Por gentileza, coloque-o agora. Obrigado por sua atenção e preferência.” Você diz: “O que? 25.000 pés!? Caramba, que felicidade estar de pára-quedas!” Aí, você olha e vê o cara ao lado beliscando um biscoitinho, tomando um cafezinho e assistindo um filminho e diz: “Com licença, você não ouviu o comandante? Coloque o pára-quedas.” Ele vira para você e diz: “Ah, não acho que o comandante se expressou direito. Além do mais, estou muito feliz assim. Obrigado.” Agora, não vá se virar para ele de maneira sinceramente zelosa e dizer: “Oh, por favor, coloque o pára-quedas. Será melhor que o seu filme.” Isso não faz sentido! Se você lhe disser que o pára-quedas, de alguma forma, vai melhorar o seu vôo, ele vai colocá-lo pelo motivo errado. Se quiser que ele coloque o pára-quedas e continue com ele, avise-o sobre o salto. Vire-se para ele e diga: “Com licença. Ignore o comandante se quiser, salte sem o pára-quedas. Ploooooft no chão!” Ele diz: “Opa! Como é que você disse?” “Eu disse que se você pular sem um pára-quedas, ploft no chão. Lei da Gravidade, lembra!?” “Puxa vida! Agora entendi. Obrigado mesmo!” E enquanto este homem tiver o conhecimento de que terá que saltar pela porta e enfrentar as conseqüências da Lei da Gravidade, ninguém conseguirá arrancar-lhe o pára-quedas, pois sua vida depende disso.
Agora, se olharmos à nossa volta, veremos vários passageiros aproveitando o vôo. Eles estão desfrutando dos prazeres do pecado por algum tempo. Chegue a essas pessoas e diga: “Com licença. Você ouviu a ordem do comandante sobre a salvação? ‘Coloque o pára-quedas de Cristo.’” A pessoa se vira para você e diz: “Ah! Eu não acho que seja isso que Deus está querendo dizer. Deus é amor. Além do mais, eu estou bem feliz assim como estou. Obrigado.” Não vá se virar de maneira zelosa, mas sem conhecimento, e dizer-lhe: “Por favor, coloque o pára-quedas de Jesus Cristo. Ele te dará amor, alegria, paz, realização pessoal e felicidade sem fim. Você tem um vazio em seu coração que só Deus pode preencher. Se você tiver problemas no casamento, com drogas, álcool, só o que você precisa fazer é entregar o seu coração a Jesus.” Não. Se fizer isso, você estará dando a essa pessoa o motivo errado para o seu compromisso com Cristo. Ao invés disso, diga: “Deus, dê-me coragem!” e avise sobre o salto. Só é preciso dizer: “Hei, está determinado às pessoas morrer uma só vez. Se você morrer com seus pecados, Deus será forçado a fazer-lhe justiça – e o julgamento do Senhor será completo. Pois, de Toda palavra frívola que as pessoas proferirem, prestarão contas no Dia do Julgamento; Assim, se você alguma vez cobiçou alguém sexualmente, praticou adultério em seu coração. Se, alguma vez na vida, sentiu ódio por alguém, você matou a pessoa em seu coração. Jesus alertou que a justiça será completa – o punho cerrado da ira eterna virá sobre você (PLOFT!), transformando-o em pó! Deus abençoe.” Entendam, santos, que não estou falando em pregar o fogo do inferno. Tal pregação produz convertidos cheios de medo, o uso da Lei de Deu produz convertidos cheios de lágrimas. Os primeiros vêm a Cristo por que? Porque querem escapar do fogo do inferno, mas, em seus corações, acham que Deus é duro e injusto, pois a Lei de Deus não foi usada para mostrar-lhes quão mal é o pecado. Não conseguem ver que merecem o inferno e, portanto, não entendem misericórdia ou graça. Assim, falta-lhes gratidão a Deus por Sua misericórdia. E gratidão é a motivação básica do evangelismo. Não haverá zelo no coração de um falso convertido para evangelizar. No segundo caso, os pecadores vêm a Cristo sabendo que pecaram contra Deus, que os olhos de Deus estão em todo lugar observando o bem e o mal; que Deus vê a escuridão como se fosse pura luz; que Deus tem visto os seus pensamentos. Se Deus, em Sua santidade, no dia da ira fizesse manifestos todos os seus pecados escondidos de seu coração, todas as suas atitudes feitas às escondidas, se Ele fizesse manifesta toda a evidência de sua culpa, Deus os tomaria por algo impuro e os lançaria no inferno, aplicando-lhes a justiça. Mas, ao invés disso, Deus deu-lhes misericórdia, demonstrou-lhes o seu amor, pois enquanto ainda eram pecadores Cristo morreu por eles. Assim, caem de joelhos diante da cruz manchada de sangue e dizem: “Oh, Deus, se fizeres isto por mim, farei tudo por Ti. Me apraz fazer a tua vontade, oh, meu Deus. Tua Lei está escrita em meu coração.” E, da mesma maneira que o homem que sabia que teria que saltar pela porta do avião e enfrentar as conseqüências por quebrar a lei da gravidade e, por isso, jamais tiraria o pára-quedas pois sua própria vida dependia dele, assim também é todo aquele que chega ao Salvador sabendo que terá que deparar-se a Deus face a face no dia da ira: jamais desprezará a justiça de Deus em Cristo, pois sua própria vida depende disso.
Deixem-me ver se posso ilustrar bem a questão ao nos aproximarmos do término desta mensagem. Estava em uma loja algum tempo atrás e o proprietário estava a servir um cliente usando o nome de Deus de forma blasfema. Bem, se alguém usasse o nome de minha esposa de forma blasfema, isto é, em lugar de um palavrão, eu ficaria extremamente ofendido com isso. Mas, aquele cara estava usando o nome de Deus como um palavrão – o nome do Deus que lhe dera vida, seus olhos, habilidade de pensar, seus filhos, seu alimento; todo prazer que já tivera até aquele momento lhe tinha sido dado pela bondade de Deus – e ele estava usando o nome de Deus como um palavrão. De maneira indignada, curvei-me entre ele e o freguês e disse: “Com licença, isso aqui é uma reunião religiosa?” O cara se virou e disse: “Que diabos? Não!” “Ah, é sim! Pois agora você está falando do diabo. Deixe-me dar um de meus livros de presente para você.” Então, fui até o meu carro e peguei um livro que escrevi chamado Deus Não Acredita em Ateus: Evidência de que Ateus Não Existem. É um livro que usa lógica, humor, raciocínio e racionalismo para provar a existência de Deus – que é algo que se pode fazer em dois minutos sem usar fé. É algo muito simples para provar a existência de Deus de maneira absolutamente conclusiva. Além disso, se prova também que ateus não existem. Na verdade, deixem-me mostrar-lhes um de nossos adesivos para carro. “Dia Nacional do Ateu: 1º de Abril”. [Continuando a história,] dei o livro ao proprietário da loja e, dois meses depois, voltei lá para dar-lhe outro livro meu, Meu Amigos Estão Morrendo! Uma história verídica e pungente sobre a ministração do Evangelho na parte mais perigosa de Los Angeles; um livro que também usa humor em sua apresentação. Dei-lhe estes livros e, posteriormente, ele me ligou para contar-me o que tinha acontecido: sua esposa começou a olhar feio para ele por estar lendo um livro chamado Meus Amigos Estão Morrendo e dando risadas a cada dois minutos. Mas, acontece que ele estava fazendo faxina em seu quarto e pegou o outro livro Deus não acredita em Ateus. “Ah!” (de maneira desgostosa), disse ele, mas, ainda assim, leu a primeira página e, então, leu as outras 260 páginas do livro. Ele me disse: “Aquilo foi estranho, pois detesto a leitura.” Aí, ele leu Meus Amigos Estão morrendo!, entregou sua vida a Cristo, comprou uma Bíblia e, quando veio me fazer uma visita, contou-me que, apenas dois dias após tornar-se Cristão, ele já tinha lido até o livro chamado Levi-TÍ-co e, se eu me lembro bem, em seguida, ele iria ler o livro de Palmos e Jô. Seja como for, o fato é que, até o momento de sua conversão o homem era um bruxo praticante. “A Lei do Senhor é perfeita para converter a alma.”
É como se Deus estivesse olhando lá de cima para mim – durante todo o tempo em que, por muitos anos, eu pregava em praça pública, combatendo o inimigo com o espanador de penas do evangelismo moderno – e dizendo: “O que é que você está fazendo? As armas da minha milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas (2 Coríntios 10:4). Eis aqui dez grandes canhões.” E, quando eu comecei a alinhar e apontar os dez canhões da Lei de Deus, os pecadores pararam de caçoar e fazer pouco. Muito pelo contrário, seus rostos ficaram pálidos. Eles começaram a erguer as mãos e dizer: “Eu me rendo” Entrego tudo a Jesus.” Começaram a vir para o lado dos vencedores para nunca pensar em retroceder. Este tipo de convertidos se tornam ganhadores de almas, ao invés de aquecedores de banco de igreja, obreiros, ao invés de preguiçosos, bens ativos, ao invés de passivos para a igreja local.
E agora, santos, com suas cabeças erguidas e olhos abertos, e sem música alguma sendo tocada, deixem-me desafiá-los sobre a validade de sua salvação. O evangelismo moderno diz: “Jamais questione a sua salvação.” Porém, a Bíblia diz exatamente o contrário. Ela diz: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé” (2 Coríntios 13:5). É melhor que seja agora de que no Dia do Julgamento. A Bíblia diz ainda: “Procurai fazer firme a vossa vocação e eleição” (2 Pedro 1:10) e alguns de vocês sabem que há algo radicalmente errado com sua caminhada Cristã. Você perde sua paz e alegria quando o vôo fica turbulento. Falta-lhe zelo para evangelizar. Jamais você caiu com rosto em chão diante do Deus Todo-Poderoso e disse: “Pequei contra Ti, ó Deus! Tem misericórdia de mim!” Nunca você correu para os braços de Jesus Cristo para ser limpo pelo seu sangue, clamando desesperadamente: “Deus, tem misericórdia de mim, pois sou um pecador!” E tem mais: falta-lhe gratidão, falta-lhe um zelo ardente pelos perdidos. Você não pode nem dizer que o fogo de Deus queima em seu coração. Na verdade, há um grande perigo de estar entre aqueles chamados “mornos” que serão cuspidos da boca de Cristo no Dia do Julgamento (Apocalipse 3:16) quando as multidões clamarão a Jesus: “Senhor, Senhor” e Ele dirá: “Apartai-vos de mim todos vós [transgressores] que praticais a iniqüidade: nunca vos conheci.” (Mateus 7:22-23). Ignoraram a Lei Divina. A Bíblia diz mais: “Aparte-se da iniqüidade todo aquele que profere o nome do Senhor.” Então, hoje mesmo, você precisa reajustar o motivo de seu compromisso. Amigo, não deixe o seu orgulho impedi-lo. Gostaria de orar por você. Eu orarei daqui mesmo e você pode ficar aí onde está sentado. E se você quiser se incluir nesta oração, eu gostaria que levantasse a sua mão, mas lembrasse disso: se você pensar: “Bem, eu deveria levantar a minha mão, mas o que as pessoas vão pensar?” Isso é orgulho, pois prefere a aprovação dos homens do que a de Deus (João 12:43). Todo aquele que é orgulhoso de coração é abominação ao Senhor (Provérbios 16:5). Deus resiste aos orgulhosos, mas dá graça aos humildes. Então, humilhe-se diante da poderosa mão de Deus e Ele, no tempo certo, te exaltará (1 Pedro 5:5-6). Chame isso de renovação de compromisso. Chame de compromisso. [Chame do que quiser.] Mas, seja lá de que você o chamar, certifique-se de seu chamado e eleição (2 Pedro 1:10).

Esta mensagem foi pregada pela primeira vez em agosto de 1982. Reprodução permitida [e encorajada].Traduzida para o português do Brasil em setembro de 2005. Tradutor: fguarany@yahoo.com.br www.evangelismobiblico.com.br
Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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