sábado, setembro 04, 2010

Quem tem ônus da prova?


Este mês, vamos tratar de uma objeção importante que é muitas vezes dirigidas a teístas em geral (e a cristãos em particular). Os ateus afirmam que muitas vezes os crentes são os únicos que têm o encargo de fornecer algum tipo de prova para aquilo que eles acreditam. Alguma vez você já ouviu este desafio em um debate ou uma conversa?

OPOSIÇÃO: Os cristãos alegam que um ser invisível (Deus) realmente existe. O ônus da prova para essa forma de vida misteriosa está com os cristãos. Aqueles que não acreditam em tal ser invisível estão simplesmente expressando a postura “padrão”. Os ateus não precisam provar a sua postura (a falta de crença em um ser invisível); essa crença é a mais razoável, dada a ausência de provas em contrário.

RESPOSTA: Como cristão, eu reconheço que a vida é cheia de questões importantes, e todos nós (quer percebamos isso ou não) queremos respostas. Nós todos temos de pensar cuidadosamente sobre o que acreditamos (e arcar com o ônus da prova) porque, apesar de existirem muitas questões, há apenas dois tipos de respostas:

Existem muitas perguntas:
Ateus e teístas ambos concordam que as grandes questões da vida são inúmeras. Como o universo veio à existência? Por que o universo exibe a aparência de ter sido tão bem “afinado”? Como se originou a vida? Por que a biologia exibe uma aparência de “design”? Como a consciência humana veio à existência? De onde vem o “livre arbítrio”? Por que os humanos são tão contraditórios em sua natureza? Por que existe uma verdade moral transcendente? Por que acreditamos que a vida humana é preciosa? Por que a dor, o mal e a injustiça existem em nosso mundo? Enquanto cada um de nós pode ter a nossa própria lista de perguntas sem respostas, podemos pelo menos concordar que há muitas questões importantes que precisam ser examinadas.

Existem dois tipos de respostas:
No final, as respostas a estas perguntas podem ser divididas em duas categorias: respostas a partir da perspectiva do naturalismo filosófico (a visão defendida pelos ateus), ou respostas que aceitam a existência de forças sobrenaturais (a tese defendida pelos teístas). Os ateus afirmam que as questões mais importantes da vida podem ser respondidas a partir de uma perspectiva puramente naturalista (sem a intervenção de Deus), enquanto que os teístas reconhecem que há momentos em que as evidências deixam o naturalismo "esperando" por uma resposta. Em momentos como estes, o teísta acha evidencialmente razoável se voltar para o sobrenatural (o reino de Deus) para uma resposta.

Há uma Responsabilidade Compartilhada:
Ambos os grupos partilham um mesmo ônus da prova. Se os teístas estão afirmando que Deus é a resposta para algumas (ou todas) as perguntas, eles vão ter que defender sua existência e atuação. Se os ateus vão argumentar que existem respostas adequadas, sem a necessidade de Deus, eles precisam, pelo menos, de apresentar explicações naturalistas suficiente para as grandes questões da vida. Em ambos os casos, ambos os grupos (se forem honestos consigo mesmos) terão de arcar com o ônus de provar para o seu próprio caso. O ônus da prova não se limita ao teísta, todos nós precisamos ser capazes de apresentar uma defesa para as nossas escolhas de respostas. Um lado defende o sobrenatural, o outro defende o naturalismo filosófico.

A natureza das questões (e as limitadas categorias de respostas possíveis) deve fazer com que todos nós avaliemos qual das duas possibilidades é a mais razoável. Enquanto os ateus às vezes não são convencidos pelos argumentos para a existência de Deus, lamentavelmente eles ainda são incapaz de dar respostas coerentes e adequadas para as questões mais importantes da vida. Se o naturalismo é verdadeiro, o ateu também irá dividir o ônus de provar que pode fornecer todas as respostas.

Espero que essa breve defesa o ajude a responder a quem o desafiar! No final das contas, o naturalismo filosófico é lamentavelmente deficiente nas resposta às perguntas mais intrigantes e importantes da vida.

Jim Wallace

Tradução do email de treinamento recebido em 02 de Setembro de 2010.
Para mais informações (em inglês) acesse www.pleaseconvinceme.com

Nenhum comentário:

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...