segunda-feira, janeiro 31, 2011

Como Jeffrey Dahmer definia moralidade?



Se a moralidade não está fundamentada em um padrão transcendente, um padrão que está acima de toda a humanidade, então ela colapsa para o relativismo. Esse conceito não é de forma alguma difícil de entender, mas relativismo mantém uma conotação tão negativa nos dias de hoje que os ateus, que negam um padrão objetivo transcendente para a moralidade, continuam melindrosos com essa palavra.
Jeffrey Dahmer, o assassino serial que ganhou notoriedade ao comer suas vítimas, entendia a conexão entre Deus e a moralidade muito bem. O pai de Dahmer reconta o raciocínio moral de seu filho em um documentário produzido em 1996: “Se tudo aconteceu naturalisticamente, qual a necessidade de Deus? Eu não posso criar minhas próprias regras? Quem é meu dono? Eu sou meu dono”.
Exatamente. Se Deus não existe, você não presta contas a ninguém . Você é o seu próprio dono e pode fazer consigo mesmo aquilo que o agradar.
Em uma entrevista em 1994, o próprio Dahmer explicou seu pensamento. Ele pensava que se não existe um Deus, e se todos viemos “da lama”, então “qual o propósito de tentarmos mudar nossas atitudes para que fiquem dentro de padrões aceitáveis?”
O fato que todos nós nos sentimos ultrajados com o comportamento de Dahmer em nada diminui o fato que o seu pensamento é certeiro. Ele encarnou a visão de mundo ateísta levada ao seu extremo. Você pode não gostar do que Dahmer fez, mas a não ser que você acredite em um padrão moral objetivo transcendente, ele não fez nada de errado a não ser agir de forma deselegante.

4 comentários:

Demo disse...

Maurílo

E depois você fica dizendo que eu
repetirei “ad eternum”
a palavra “demagogia”.

Mas afinal este post é o quê senão demagogia? Hipocrisia ou má fé?
Leia mais em Demagogia constante

Se Deus não existe, você não presta contas a ninguém. Você é o seu próprio dono e pode fazer consigo mesmo aquilo que o agradar.

Por este raciocínio, a tal divindade apenas criou seres acéfalos, monstros irracionais desprovidos de capacidades cognitivas, que só se comportam de forma aceitável por temerem a punição do seu “dono”. [Que desconsideração ás “ovelhas” do seu rebanho.]

Estas duas premissas são inválidas e servem apenas para confundir porque existe a ideia errada de que cumprimos a lei unicamente por temermos a punição divina.
Todos nós, dentro da liberdade em que vivemos, somos obrigados a cumprir regras estabelecidas pelo Estado que, (além de democrático), deve ser justo. A esse é que estamos obrigados a prestar contas e a respeitaras suas leis.
E não a uma preconceituosa ideia abstracta promovida a divindade.

Ele encarnou a visão de mundo ateísta levada ao seu extremo.

Este tipo de afirmação revela o desespero de alguns crentes que, incapazes de contrariarem a verdade e a razão pela fragilidade dos argumentos apresentados, se socorrem do terror para intimidar os incautos sobre aqueles que teimam em desmistificar tais embustes.
É assim que a religião sobrevive. Adjectivar aqueles que não acreditam (ateus) não é metodologia séria, é religião.

Deixe-me desmistificar essa ideia deturpada que você tem.
Não acredito em ideias abstractas alicerçadas num punhado de preconceitos mas não me incomoda que os outros acreditem em superstições, o que me incomoda é que pretendam fazer passar por verdade, histórias ilusórias e teorias de conveniência.

Ateu é aquele que não acredita, é aquele que questiona e apresenta argumentos contra histerias colectivas. Ser ateu é ser livre de preconceitos.

Maurilo e Vivian disse...

Demo, você não poderia estar mais errado. Não, na verdade, podia, via de regra você está, mas nesse caso mais do que o normal.
O simples fato de prestarmos contas a alguém não quer dizer que somos acéfalos. Se isso fosse verdade, nós seríamos acéfalos na sua visão de mundo porque prestamos contas ao Estado. O fato de prestarmos contas a Deus não inibe nossa cognição.
Aliás, quem te disse que o Estado tem que ser justo? De onde você tirou isso? Do próprio Estado? Você continua sem fundamentar suas convicções morais.
Aliás, por que devemos cumprir as regras estabelecidas pelo Estado? Teria algo a ver com a possiblidade de sermos punidos pelo Estado caso não seguissemos essa regra? Por que isso é ruim em relação à Deus mais aceitável em relação ao Estado?
E por último, não vejo por que você se irrita tanto com adjetivação. Você faz isso toda hora. Eu poderia usar a sua mesma frase com pequenas alterações: Adjectivar aqueles que acreditam (cristãos) não é metodologia séria, é ateísmo. Veja que é mais birra que argumento.
O ateu não pode ser livre. Ele está preso ao naturalismo. Ele está preso sempre a mesma resposta.
O cristão é livre, porque ele pode seguir as evidências.

Demo disse...

Maurílo

Por vezes tenho dificuldade em perceber se você não entende mesmo, aquilo que eu escrevi, por dificuldade de interpretação, se por limitação ideológica ou se devido a uma leitura transversal.

O simples fato de prestarmos contas a alguém não quer dizer que somos acéfalos.

O que eu pretendi dizer foi que, todo aquele que assume uma atitude aceitável apenas por medo de punição é alguém desprovido de princípios e valores. Aquele que não assume, por uma questão de formação, o respeito pelos outros é acéfalo, é mentecapto.

A formação do indivíduo deve estar alicerçada na educação, no civismo e no conhecimento.

Aliás, quem te disse que o Estado tem que ser justo?

Se prestar atenção ao que escrevi verá que eu disse: … (além de democrático), deve ser justo. Liberdade e justiça são (ou deveriam ser) os pilares da democracia.
Provavelmente você estará pensando em “estado social”, mas isso é outra coisa.

Por que isso é ruim em relação à Deus mais aceitável em relação ao Estado?

Porque o “Estado”, (supostamente) abrange todo o interesse de uma nação para a qual, em função dos seus recursos, deveria apostar no engrandecimento do mesmo e providenciar melhor qualidade de vida a seus cidadãos. Se não acontece os políticos eleitos não terão sido os mais capazes.

Quanto á “ideia abstracta” que germinou em algumas mentes, de que forma contribui para o bem-estar social? Rezar não cura nem trás saúde, trás apenas a recordação de “ajuste de contas”.

E por último, não vejo por que você se irrita tanto com adjectivação.

A adjectivação não me irrita porque, além de não ter o hábito de adjectivar – discordar e criticar não é adjectivar –, considero que a adjectivação só é sentida quando faz efeito.

O que eu pretendo dizer é que quando a fragilidade de seus argumentos é exposta, os crentes, arranjam logo uma história infeliz para imputar responsabilidades a quem não as tem. E fazem-no apenas com a intenção de “pintar” um quadro negro sobre o antagonista.

O ateu não pode ser livre. Ele está preso ao naturalismo. Ele está preso sempre a mesma resposta. O cristão é livre, porque ele pode seguir as evidências.

Maurílo, se não fosse oca de conteúdo, merecia uma gargalhada cósmica, seria a anedota do século, não do milénio. Esta é daquelas que nem fazem sentido, é uma falha tremenda. Uma falha sísmica.

Quem é que está preso ás regras impostas por um “compêndio de instruções”? Quem é que presta reverência, sem direito a questionar, a uma ideologia elaborada na antiguidade, nomeadamente através de “orações”? Quem é que se “dobra” numa atitude submissa em relação a uma ideia abstracta? Quem é que é escravo da superstição?

E ainda fala em liberdade? Com que evidências? As do manual de intenções?
Vá com calma meu amigo, não tema qualquer tipo de punição em outra vida porque quando o seu tempo terminar, e depois de metro e meio de terra encima, você será recordado como uma mera passagem.

Maurilo e Vivian disse...

Demo, eu concordo com você. Eu acho que nós devemos ser bons, independente de sermos punidos ou não. Eu acredito que existe uma obrigação moral da parte de todos nós em sermos bons. A questão é: por que? Por que precisamos ser bons? Eu posso muito bem fundamentar isso em um Deus que é Ele mesmo bom. Ele é o padrão de bondade e nós devemos ser bons, porque existe um padrão além todos nós e de nossas sociedades. Mas quem não consegue fundamentar esse padrão objetivo moral é você! Ele é incoerente com a sua visão naturalista de mundo. Se você acha que é a sociedade que determina o que é moral ou não, você não acredita que devemos ser bons simplesmente por sermos, mas sim porque a sociedade exige isso de nós. Mas isso pode mudar a qualquer momento, o que o impede de fazer julgamento sobre outras sociedade e também impede qualquer tipo de melhoria moral dentro de uma sociedade. Mas você é o primeiro a dizer que devemos ser bons porque devemos ser bons. Concordo plenamente. Falta você me dizer por que.
Você percebe que existem padrões morais objetivos. Mas é incapaz de raciocinar sobre suas próprias crenças. Não quer perceber a total incoerencia de sua postura.
Quando eu disse que você está preso ao naturalismo como filosofia e impedido de ter o total escopo de respostas você ridicularizou, fez uma homem de palha (totalmente necessário para sua retórica), quis dizer que quem está preso a compêndios sou eu, mas no final das contas, foi tudo uma estratégia para não responder ao que eu disse: você está preso ao naturalismo como filosofia e é escravo de sempre encontrar uma resposta naturalístíca. E nem você pode negar essa escravidão. Como você já determinou a prior no que vai acreditar ou não, antes de analisar as evidências, você sempre vai adequar toda situação que te apresentar para que ela se enquadre em sua filosofia naturalística. E quando isso não acontecer, você ridiculariza e chama de religião.
Ria o quanto quiser meu amigo. É o que te sobra. Tenho certeza que você prefere menosprezar isso do que analisar seriamente. É basicamente isso que você tem feito desde que começou a postar seus comentários aqui.
E quem te disse que eu tenho medo de ser punido na vida vindouro? O Darius vivia dizendo isso também. E eu já expliquei tanto pra voce quanto pra ele que eu não tenho esse medo. Vá estudar um pouco da doutrina da salvação no cristianismo. Assim quem sabe você para de repesentar nossas crenças de uma forma tão errada.
Será que eu conseguiria esse tipo de seriedade de você?

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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