quinta-feira, julho 02, 2009

Evangelismo: só 2% o fazem


Existe uma triste estatística no que se refere à porcentagem de evangélicos/protestantes que compartilham sua fé de forma regular. Somente 2% fazem o evangelismo parte constante de sua vida. É uma triste estatística, mas ainda assim uma estatística.
Por que isso acontece? Por que muitos são tão negligentes em compartilhar aquilo que deveria ser o assunto central de suas vida? Por que tantos se abstêm dessa atividade que nos é totalmente ordenada nas escrituras? E mais estranho ainda, por que tantos vivem aparentemente tão bem com isso, sem terem (aparentemente) suas consciências perturbadas? Talvez a observação de alguns pontos interessantes possa nos ajudar a entender melhor essa situação.
A primeira e mais importante das observações é bastante óbvia. Ele fica clara para qualquer um que tem freqüentado o meio evangélico a bastante tempo e tem um conhecimento mínimo das Escrituras e o que ela requer dos que se chamam cristãos. Uma grande maioria dos que freqüentam os templos evangélicos não são cristãos. Além disso ser uma promessa bíblica (Mateus 13:30), os números apresentados pelas igrejas mostram que muitos desses nunca realmente se converteram. Por exemplo, de cada dez novas conversões conseguidas em cada igreja, 8 se desviam em até um ano. Menos de 11% dos evangélicos lêem a Bíblia diariamente (a princípio seu livro base). A taxa de divórcio é o mesmo da taxa dos não cristãos. Esse é um resultado comum da mensagem evangélica moderna. Para entender melhor essa questão e porque a conclusão mais óbvia é que muitas dessas pessoas nunca foram cristãs, leia o texto de Ray Comfort O Maior Segredo do Diabo. Você pode lê-lo aqui.
Um outro ponto importante é que, mesmo para aqueles que ficam na igreja, sejam eles realmente convertidos ou não, as expectativas que essas pessoas possuem do cristianismo e aquilo que lhes é cobrado, em sua grande maioria não refletem o cristianismo bíblico. É observável para qualquer um que aquilo que a grande maioria das pessoas buscam é auto-satisfação, bens, prosperidade, cura, milagres. Resumindo, o bem delas próprias. Deus é um agente para isso, mas poderia ser qualquer outro. Só que de todos os outros, ele é o que faz mais sentido, o mais poderoso (ele criou tudo mesmo, pode me criar uma casa nova). Deus não é mais o objeto de sua adoração, mas sim um agente para alcançar uma vida boa. Nesse sentido, os decretos de Deus perdem o sentido de ser e escolhemos seguir somente aqueles textos das Escrituras que falem de princípios de semeadura. O evangelismo nessa realidade é obra pura e simples do mega pastor, mega missionário ou mega apóstolo. Afinal, essas pessoas pagam um alto valor para subornar a Deus e ter outras pessoas fazendo o ritual cristão por elas. Tudo o que quero é o retorno de meus investimentos espirituais. Nada mais. Para eles a alma dos perdidos é algo irrelevante. Acham que a Grande Comissão é a sua parte dos lucros, que lhe são comissionados por direito. E se o objetivo é uma vida boa, nada mais desagradável do que falar sobre religião. Afinal, importante é esse mundo, não o vindouro. Spurgeon uma vez disse “você não tem preocupação com a alma dos outros? É porque você também não é salvo, tenha certeza disso”.
Chegamos agora naqueles que são salvos, sabem da importância do evangelismo e salvação de almas, mas ainda assim não fazem evangelismo. Uma razão é que muitas igrejas não focam essa atividade. Falam sobre evangelismo mas não o levam a sério. Muitos pastores simplesmente não sabem como fazer. E não ensinam seu rebanho (como poderiam?).
Conversando com pessoas que não fazem evangelismo de forma regular, uma frase recorrente é “eu não sei como fazer”. “Eu não sei como abordar pessoas”. “Eu não sei”. Não estou falando de cristãos novos, estou falando de gente com tempo de cristianismo. Poucos são treinados na arte de compartilhar o evangelho. O oficio de evangelista, aquele que treina a igreja no evangelismo, sumiu das igrejas.
Imagine a seguinte situação: você precisa enviar um soldado para uma zona de batalha. Ele nunca teve um treinamento decente e quando vai receber suas armas para o combate, lhe é dado um espanador de pó! Essa situação é absurda, mas infelizmente é exatamente o que fazemos com nossos irmãos. Nunca recebem treinamento, nunca recebem as armas para o combate, mas cedo ou tarde vão se ver em alguma situação de “combate” e não vão se sentir seguros para compartilhar sua fé. Soldados com um espanador.
Mas de todos os motivos para a falência do evangelismo no movimento evangélico, o maior é subtração de duas palavrinhas poderosas do vocabulário dos pregadores; pecado, em menor grau e inferno, em maior grau. Ambas palavras se tornaram proibidas nos últimos 50 anos. Pecado foi substituído por erro ou engano e inferno, que praticamente sumiu, virou “passar a eternidade longe de Deus”. Apesar de ser um eufemismo, algo que muitos ignoram é que aqueles que tiverem recebendo sua justa punição no inferno não estarão longe de Deus, pois a ira de Deus estará no inferno.
E esse pensamento, que os pecadores que morrem sem Cristo como seu Salvador vão enfrentar tormento eterno por parte de Deus, foi extirpado do meio evangélico, tirando assim um dos grandes motivadores para o evangelismo: a paixão pelas almas. É fácil esquecermos que nosso colega ao lado pode morrer a qualquer momento, que será julgado por Deus e se for encontrado em falta (sem a obra redentora de Cristo colocado em sua conta) passará a eternidade no inferno. É fácil nos esquecermos disso e mais fácil ainda quando essa mensagem não nos é entregue do púlpito, de onde deveria vir.
Infelizmente, nenhum desse motivos servirão de maneira alguma como desculpa quando nos apresentarmos perante Deus no julgamento do Trono Branco e ele perguntar sobre o sangue daqueles que não evangelizamos. Ezequiel 33 deveria ecoar diariamente em nossas mentes e deveria ser gravado em nossos corações.
Se você gostaria de aprender como fazer evangelismo bíblico e eficaz, de uma olhada em nossa página de recursos para evangelismo. Temos um manual de evangelismo, um míni guia de evangelismo e também informações sobre nosso curso de evangelismo. As ferramentas existem e devem ser usadas.

Nenhum comentário:

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...