quinta-feira, abril 07, 2011

Diário de um evangelista: eu, um universalista?


A saga Rob Bell continua a toda nos EUA e em breve deve chegar aqui. Na verdade, alguns já estão traduzindo um ou outro texto em resposta as doutrinas universalistas de Rob Bell. Eu acho que a coisa só não pegou pra valer aqui porque ele não é tao conhecido, gracas a Deus, mas seus vídeos do Nooma fizeram algum sucesso entre os evangélicos mais “ cults” e um pouco de estrago foi feito. Vamos orar para não passar muito disso.

Mas essa historia toda me deixou pensando. Rob Bell é um universalista. Ele acredita que todo mundo vai ter uma segunda chance depois da morte. Apesar do claro ensino de Hebreus 9:27 que depois da morte vem o julgamento, ele acredita que, já que Deus é um Deus de amor, não vai mandar ninguém para o inferno. Todo mundo vai ser salvo pelo sacrifício de Jesus na cruz. Não importa suas crenças. Claro, ele teve que ignorar João 3:18 para chegar a essa conclusão. Rob Bell é um herege clássico pregando uma antiga e já muito bem refutada heresia.

Mas o que me deixou pensando é quantas vezes nós, que entendemos que a Bíblia não ensina o universalismo e o consideramos como heresia, não agimos como universalistas na pratica? É possível sermos exclusivistas (Jesus é o único caminho e crença somente nele faz é necessário) em nossa ortodoxia mas universalistas em nossa ortopraxia? Bom, ai deixaria de ser ortopraxia, mas isso é outra coisa.

Podemos ser universalista na pratica quando agimos como se as pessoas fossem ter uma segunda chance em outra vida, ou quando agimos como se todas as pessoas fossem automaticamente salvas, mesmo quando na teoria declaramos não acreditar nisso. Um bom exemplo é no evangelismo. Quando nos negamos a evangelizar, a compartilhar nossa fé com as pessoas a nossa volta, estamos sendo universalistas. O universalista não precisa se preocupar em levar a mensagem de Cristo para o mundo, porque o mundo já esta salvo. Mas aqueles que acreditam no julgamento que esta por vir, na ira de Deus contra os pecadores, não podem se negar ao trabalho de proclamação das boas novas.

Imagine você observando do lado de fora a casa do seu vizinho com um principio de fogo no telhado. Você olha para dentro e vê que seu vizinho esta aproveitando de um belo jantar junto a sua família, sem perceber do perigo que esta próximo. O que você faz? Vira as costas e vai embora? Somente chama os bombeiros (os especialistas) e fica olhando de longe? Ou você vai ate a casa do seu vizinho, bate na porta com toda a forca e chama a atenção dele para o fogo que esta chegando? Pense e responda para si mesmo.

Nessa cenário, o mais obvio seria tocar a campainha, pois o fogo ainda não alcançou seus vizinhos e eles podem ser salvos facilmente. Mas quando pensamos em evangelismo, ao invés de agir da maneira mais obvia, agimos como o vizinho que vira as costas e vai embora ou o que deixa o trabalho para os especialistas (evangelistas). Muitas vezes, é tarde demais para se tomar alguma ação.

Essa é uma questão que todos devemos pensar a respeito. É uma chamada para mim também. Eu sou muito bom em desperdiçar oportunidades de evangelismo. Não podemos desassociar nossas crenças de nossas práticas. O destino eterno das pessoas está em jogo. Não haverá segunda chance.

Vamos abandonar nosso universalismo prático e abracar o evangelismo como a proclamação do amor de Deus pela humanidade. Isso sim é amor. Que sempre vence.

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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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