quarta-feira, outubro 06, 2010

A tática do Papa-léguas


Às vezes citamos aqui no blog uma tática chamada de Papa-léguas. Ela é muito útil, especialmente quando usada em conversas sobre questões morais.
Já demos uma breve definição do que é essa tática, mas gostaria de cita a fonte onde aprendemos a usá-la.
O texto abaixo é retirado do livro Não tenho fé suficiente para ser ateu, de Norman Geisler e Frank Turek.
Aprenda e coloque essa tática em prática.

A tática do Papa-léguas
Se alguém lhe dissesse: "Tenho uma idéia que vai simplesmente revolucionar a sua capacidade de identificar de maneira rápida e segura as afirmações e filosofias falsas que permeiam a nossa cultura', você ficaria interessado? É isso o que estamos prestes a fazer aqui. De fato, se tivéssemos de eleger uma habilidade mental como a mais valiosa que tivéssemos aprendido em nossos muitos anos de comparecimento a seminários e cursos de pós-graduação, seria esta: como identificar e refutar afirmações que são falsas em si mesmas. Um incidente ocorrido recentemente num programa de entrevistas de rádio vai demonstrar o que queremos dizer com afirmações falsas em si mesmas.
Jerry, o liberal apresentador daquele programa, estava recebendo chamadas telefônicas sobre o assunto da moralidade. Depois de ouvir vários participantes pelo telefone afirmarem ousadamente que determinada posição moral era correta, um dos participantes interrompeu: "Jerry! Jerry! Não existe esse negócio de verdade!".
Eu [Frank] corri para o telefone e comecei a discar freneticamente. Ocupado.
Ocupado. Ocupado. Queria entrar e dizer: "Jerry! E quanto àquele cara que disse 'Não existe esse negócio de verdade' — isso é verdade?".
Não consegui completar a ligação. É claro que Jerry concordou com o ouvinte, sem jamais perceber que sua afirmação não poderia ser verdadeira — porque era uma afirmação falsa em si mesma.
Uma afirmação falsa em si mesma é aquela que não satisfaz o seu próprio padrão. Como temos certeza que você sabe, a afirmação do ouvinte — "Não existe verdade" — pretende ser verdadeira e, portanto, derrota a si mesma. É como se um estrangeiro dissesse: "Eu não consigo falar uma palavra sequer em português". Se alguém dissesse isso, você obviamente responderia: "Espere um minuto! Sua afirmação é falsa porque você acabou de falar em português!".
Afirmações falsas em si mesmas são feitas rotineiramente em nossa cultura pós-moderna, e, uma vez que você tenha uma capacidade aguçada de detectá-las, se tornará um defensor absolutamente intrépido da verdade. Sem dúvida, você já ouviu pessoas dizerem coisas como "Toda verdade é relativa!" e "Não existem absolutos!". Agora você estará armado para refutar tais afirmações tolas simplesmente revelando que elas não satisfazem os seus próprios critérios. Em Outras palavras, ao lançar uma afirmação falsa em si mesma contra ela própria, você pode expô-la pela falta de sentido que demonstra.
Ao processo de confrontar uma afirmação falsa em si mesma com ela própria, damos o nome de "tática do Papa-léguas", porque ela nos lembra as personagens de desenho animado Papa-léguas e Coiote. Com, você deve se lembrar das sessões de desenhos animados da TV; o único objetivo do Coiote é caçar o veloz Papa-léguas para transformá-lo em sua refeição. Mas o Papa-léguas é simplesmente rápido e esperto demais. Quando o Coiote está prestes a agarrá-lo, o Papa-léguas simplesmente pára instantaneamente na beira do abismo, deixando que o Coiote passe de lado e fique temporariamente suspenso no ar, apoiado em nada. Tão logo o Coiote percebe que não tem um chão no qual se firmar, cai verticalmente rumo ao fundo do vale e arrebenta-se todo.
Bem, é exatamente isso o que a tática do Papa-léguas pode fazer com os relativistas e os pós-modernistas de nossos dias. Ela nos ajuda a perceber que seus argumentos não podem sustentar seu próprio peso. Conseqüentemente, eles se estatelam no chão. Isso faz você parecer um supergênio!

7 comentários:

Darius disse...

Caro Maurílo

Fico surpreendido, pela negativa, mas surpreendido na mesma com sua táctica do "papa-léguas".

Essa "esperteza" só funciona para o seu lado porque aquilo que você diz são, por conveniência, verdades absolutas, que carecem de validação empírica mas, mesmo assim verdades absolutas.

Maurílo, isso não é táctica, é "chico-espertismo".
Explique porque razão você é dono da verdade absoluta e os que o refutam ou contradizem são ignorantes?

Foi brindado por algum dom da infalibilidade? (julguei que isso só acontecia com Bento XVI).

Saudações
Darius

Darius disse...

Maurílo

Esta é “off topic” mas poderá explicar a posição de Hawking

Saudações
Darius

Anônimo disse...

Boa Maurílo. Vale lembrar, nâo só os relativistas são contraditórios, mas também os próprios empiristas.

Abraços.

Matheus Mendes.

Maurilo e Vivian disse...

Ola Darius.
Sim, eu fui empossado com os direitos da infalibilidade papal e eu decido as verdades absolutas. Sua Santidade Paulus Maurilus III. Hahaha. Desculpe-me, não resisti. Você é engraçado.
Eu acho que você não entendeu absolutamente nada do post. Recomendo que o leia novamente e dessa vez com um pouco menos de preconceito. Acho que seu ódio contra a religião tem atrapalhado seu entendimento dos posts aqui. Seu que existe uma necessidade de se refutar tudo o que eu posto, mas você consegue fazer melhor do que isso.
A tática não nos faz definir o que e verdade ou não. Longe disso. Ela nos faz perceber quando encontramos uma afirmação falsa em si mesma. Algo do tipo “ não existe verdade absoluta”. Se essa frase for verdadeira, ela é falsa porque prova que existem verdades absolutas, já que ela seria uma afirmação de uma verdade absoluta. Se ela for falsa, a verdadeira afirmação dessa é que existem verdades absolutas. De um jeito ou de outro, essa frase se contradiz.
Leia novamente e veja a real intenção do post.
Abraços.

Maurilo e Vivian disse...

Sobre o tópico, off topic, talvez explique a posição de Hawkings. Ou talvez demonstre que buracos negros emitem radiação. Como isso poderia explicar que a gravidade criou a si mesma e também ao universo, como Hawking parece afirmar.
Tirando o fato que a pesquisa foi feita em um tubo de vidro, sem ter as condições gravitacionais do buraco negro (um pequeno detalhe), gostei muito da frase de umas das pessoas entrevistadas ""The line of reasoning is more generic than it might at first seem, giving more faith that it may also be right for black holes,". É, fé é um componente importante do cientismo.
Como já disse, continue tentando.

Darius disse...

Caro Maurílo

”… leia novamente e dessa vez com um pouco menos de preconceito. Acho que seu ódio contra a religião tem atrapalhado seu entendimento dos posts aqui.

Você está enganado, as crenças dos outros não me incomodam, muito menos quando estão alicerçadas na fé. O que me incomoda é a pretensão de fazer passar por conhecimento aquilo que é apenas crença sem justificação.

Sei que existe uma necessidade de se refutar tudo o que eu posto, mas você consegue fazer melhor do que isso.

Eu apenas aponto falhas e inconsistências nos alicerces das suas divagações.

A táctica não nos faz definir o que e verdade ou não. Longe disso. Ela nos faz perceber quando encontramos uma afirmação falsa em si mesma.

A verdade só existe quando os factos, depois de submetidos á experiência e á razão, provarem que são verdades. De outra forma, qualquer afirmação será sempre uma incógnita e a sua interpretação depende do conhecimento e das crenças de quem as descodifica.

“ não existe verdade absoluta”

Maurílo, essa sua filosofia está baralhada. (verdades absolutas só em religião)
Ao afirmar que não existem verdades absolutas pretendo dizer que só existem certezas relativas – ou seja, certezas que, admito, possam ser reduzidas ou refutadas por informação nova de que ainda não disponha. [este é o método cientifico]

Saudações
Darius

Maurilo e Vivian disse...

Darius, você não entendeu absolutamente nada.
Ou pior, entendeu, mas não quer perder a oportunidade de discordar.
Mas você não faria isso.
Abraços e bom final de semana.

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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