Tradução Pés Descalços
Na primeira página do capítulo 1 do mais recente livro de Stephen Hawking e Leonard Mlodinow, The Grand Design, o seguinte é declarado para questões sobre a origem do universo:
"Tradicionalmente, essas são questões para a filosofia, mas a filosofia está morta. A filosofia não tem acompanhado a evolução da ciência moderna, particularmente a física. Cientistas tornaram-se os portadores da tocha da descoberta, em nossa busca pelo conhecimento."
Esta declaração reflete a atitude de muitos para com a filosofia. Eu, pessoalmente, tenho encontrado esse tipo de "soberba científica" em conversas e interações com os céticos.
Afirmações do tipo
"Prefiro perguntar para um físico do que um filósofo em qualquer situação.”
ou
"Os filósofos estão cheios de mentiras e só gostam ouvir a si mesmos falando, eu vou aceitar a palavra de um físico quântico ao invés da deles em qualquer situação."
não são totalmente incomuns na blogosfera ou no jornal local.
Dentro destas declarações, como a feita no novo livro de Hawking, existe um óbvio equívoco que precisa ser tratado. Simplificando, a ciência é construída sobre a filosofia. De fato, como os autores Dr. Norman Geisler e Dr. Frank Turek apontam, a ciência é escrava da filosofia. Por quê? Porque:
Não se pode fazer ciência sem filosofia. Pressupostos filosóficos são utilizados na busca pelas causas e, portanto, não podem ser o resultado delas. Por exemplo: os cientistas presumem "pela fé" que a razão e o método científico permitem que compreendamos com precisão o mundo ao nosso redor. Isso não pode ser provado pela própria ciência. Você não pode provar as ferramentas da ciência — a lei da lógica, a lei da causalidade, o princípio da uniformidade ou a confiabilidade da observação — executando algum tipo de experimento. Você precisa pressupor que aquelas coisas são verdadeiras para poder realizar o experimento! Desse modo, a ciência está construída em cima da filosofia. Infelizmente muitos assim chamados cientistas são na verdade filósofos muito ruins. [1]
De fato. Mesmo a declaração, "A ciência é a única fonte de verdade objetiva" não é em si uma verdade científica, mas ele afirma ser verdade! Portanto, a declaração se autodestrói.
A ciência é uma ferramenta extremamente valiosa e as contribuições para a humanidade têm sido grandes. Mas não nos deixemos enganar: a ciência deve a sua existência à filosofia.
Coragem e Boa sorte,
Chade
Recursos:
1. Dr. Norman Geisler e Turek Dr. Frank, Não tenho fé suficiente para ser ateu, p. 127-128 (em inglês). Nota: Geisler e Turek oferecem duas outras formas pelas quais a ciência é construída sobre a filosofia em seu livro.
2 comentários:
In "The Grand Design" Hawking says that we are somewhat like goldfish in a curved fishbowl. Our perceptions are limited and warped by the kind of lenses we see through, “the interpretive structure of our human brains.” Albert Einstein rejected this subjective approach, common to much of quantum mechanics, but did admit that our view of reality is distorted.
Einstein’s Special Theory of Relativity has the surprising consequences that “the same event, when viewed from inertial systems in motion with respect to each other, will seem to occur at different times, bodies will measure out at different lengths, and clocks will run at different speeds.” Light does travel in a curve, due to the gravity of matter, thereby distorting views from each perspective in this Universe. Similarly, mystics’ experience in divine oneness, which might be considered the same "eternal" event, viewed from various historical, cultural and personal perspectives, have occurred with different frequencies, degrees of realization and durations. This might help to explain the diversity in the expressions or reports of that spiritual awareness. What is seen is the same; it is the "seeing" which differs.
In some sciences, all existence is described as matter or energy. In some of mysticism, only consciousness exists. Dark matter is 25%, and dark energy about 70%, of the critical density of this Universe. Divine essence, also not visible, emanates and sustains universal matter (mass/energy: visible/dark) and cosmic consciousness (f(x) raised to its greatest power). During suprarational consciousness, and beyond, mystics share in that essence to varying extents. [quoted from my e-book on comparative mysticism]
Com certeza a Ciência está morta sem a (verdadeira) Filosofia.
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