sábado, maio 16, 2009

Moscas mais inteligente que evolucionistas

Meu amigo e colaborador (às avessas) desse blog me mandou uma reportagem sobre a Mosca do Vinagre (Drosophila melanogaster) que segundo ele, comprova a evolução. Você pode ler esse artigo aqui.
Li o artigo várias vezes e percebi que a única forma de alguém achar que esse artigo é um forte argumento em prol da evolução é já acreditar de todo seu coração, de toda sua alma, de todo o seu entendimento (ou falta dele) que a evolução é um fato científico, antes de ler o artigo. Portanto, essa pessoa precisa ter fé nos ensinos de Darwin. Além disso, ela também precisa abrir mão do bom senso e do raciocínio lógico. Portanto, recomendo que você leia o artigo e veja com atenção a “mágica” e o “milagre” da evolução acontecendo bem diante dos seus olhos; mas só se você tiver muita, mas muita fé.
A reportagem descreve como cientistas portugueses observaram a ação da seleção natural em laboratório e a genética mostrou que a evolução funciona como o mundo; sempre pra frente.
Uma prévia, é que os pesquisadores nos anos 70 submeteram várias moscas a diferentes ambientes. Após muitas gerações, todas estavam adaptadas ao novo ambiente.
Segundo o próprio pesquisador: “O que eu fiz foi muito simples, foi pôr parte dessas populações diferenciadas (moscas diferenciadas) no ambiente ancestral”, e esperavam para ver se de volta ao ambiente original, elas voltariam “ao estado ancestral não só ao nível das características que permitem a sobrevivência e adaptação das populações, mas também ao nível genético”.
Após 50 gerações (dois anos), todas as populações estavam adaptadas ao ambiente. Mas ainda faltava verificar se no nível genético, elas também estavam adaptadas. E é aqui que tudo isso fica interessante.
Quando citava as moscas que haviam se adaptado a novos ambientes, a reportagem diz que “os indivíduos que tinham a variação dos genes mais apropriada a cada ambiente sobreviviam e impunham o seu genoma, aumentando a freqüência dessa variação”. Segundo o texto, as moscas que já tinham a variação de seus genes que lhe favoreciam a adaptação se adaptaram melhor que outras e geraram mais moscas. Interessante notar aqui que essas moscas já tinham esses genes. Não houve mutação, pelo menos segundo a reportagem. E mesmo depois de tantos anos (1975) e tantas gerações (15 dias cada uma na média) com o que eles terminaram? Com as mesmas moscas! Houve alguma nova espécie? Não. Mudaram levemente o nome científico para um tipo novo de moscas? Não. Continuam exatamente as mesmas moscas que Thomas Hunt Morgan usou quando do início de suas pesquisas a um século. Desde 1910 já foram reportadas mais de 3 mil mutação nessas moscas e até agora nenhum que lhe mostrou qualquer vantagem no que se refere a sobrevivência. Na verdade a grande maioria é bastante nociva, ainda mais que qualquer taxa de mutação maior que 0,0000001 torna o indivíduo inviável.
A reportagem conclui que a evolução “imitava ou não o que ocorreu no passado”. Bastante conclusivo. Em algumas regiões do cromossomo 3 da moscas, a convergência ao estado natural é de 50%. Ou seja, a mesma possibilidade de tirar cara ou coroa quando se lança uma moeda. E algo ainda mais interessante, que não estava nessa reportagem, mas uma outra em inglês na qual o pesquisador diz que “algumas moscas são fenótipamente iguais as ancestrais, mas geneticamente diferentes” e ele se lança a questionar nossa classificação de biodiversidade.
Infelizmente, não somos informados quais genes foram alterados exatamente. Mas duas coisas ficam bastante evidentes na reportagem: a primeira; nenhuma nova informação genética foi acrescentada. Os genes se mantiveram os mesmos. Houve uma diferenciação na seqüência que pode ou não ter contribuído para a adaptação, já que a alteração em relação ao grupo controle foi de 50%, ou seja, pode ser que sim, pode ser que não. E a segunda, em absolutamente nada o fenótipo da mosca se alterou. Ou seja, em 2 anos de pesquisa, com uma nova geração a cada 15 dias eles terminaram a pesquisa com o mesmo tipo de mosca que iniciaram, com pequenas alterações na seqüência dos genes. Se você acha que essas alterações são grandes, saiba que a diferença na seqüência de DNA entre seres humanos pode chegar a 10%. Mais uma informação, qualquer ser que possua DNA terá um DNA no mínimo 25% semelhante ao nosso, já que só possuímos quatro bases para o DNA.
A única coisa que essa pesquisa provou sem a menor sombra de dúvida é que se você criar moscas por dois, vinte ou cem anos você vai terminar sempre com a mesma coisa, moscas!
Por isso eu sou a favor da seleção natural. Ela só serve para uma coisa. Manter as coisas do jeitos que elas foram criadas, permitindo uma pequena adaptação, mas nunca a transação de uma espécia para outra.
Fé é o fundamento da evolução. Fé no que não se vê, não se experimenta, não se testa em laboratório.
Se você perguntar para a mosca qual o resultado da criação de várias gerações de moscas, ela vai responder: moscas!

2 comentários:

Darius disse...

Maurilo

A única coisa que essa pesquisa provou sem a menor sombra de dúvida é que se você criar moscas por dois, vinte ou cem anos você vai terminar sempre com a mesma coisa, moscas!
Mas evolução pela selecção natural é exactamente isso.
É a adaptação dos seres vivos ás condições naturais sendo que, os mais capazes permitirão a sobrevivência dos seus genes.

Dizer que as moscas evoluem para crocodilos ou que os lobos evoluem para lagartos é a conversa usada pelos criacionistas para, promovendo a arbitrariedade de se pensar o que se quiser, desacreditarem a evolução.

Por isso eu sou a favor da selecção natural.
Já é um princípio que o coloca no bom caminho.

Fé é o fundamento da evolução.
ERRADO!
Fé é acreditar sem comprovação empírica. É acreditar na autoridade do testemunho alheio, ou seja, é acreditar no que outros dizem sem termos a certeza (por falta de comprovação) se é verdade ou não.
Fé é acreditar naquilo que achamos conveniente. Ou por conveniência.

Fé no que não se vê, não se experimenta, não se testa em laboratório.
E eu acrescento: não se confirma!Fé é isso mesmo… é acreditar que eu posso roer as minhas orelhas todas as noites porque elas estarão normalizadas todas as manhãs.
E se você achar isso ridículo cria-se um dogma e, faz-se “lei”. E você passa a acreditar.

Saudações

Maurilo e Vivian disse...

Olhá só que interessante. Finalmente concordamos!
Eu só não sabia que você não acreditava em evolução darwiniana, aquela que diz que a seleção natural levou a geração de novas espécies... você está mais para criacionista então. Fico muito feliz com isso. Mesmo você tendo colocado que a fé não é o fundamento da evolução. Mas daí em diante, você faz uma perfeita descrição da fé evolucionista. Criasse até leis para manter a conveniência da crença, proibindo o ensino de qualquer coisa que viole o dogma da evolução, para assim finalmente se conseguir o que se quer. Negar a existência de Deus. Portanto, acre
Estou impressionado como nossas conversas estão surtindo efeitos em você. Continue assim.

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...