Eu ia postar um outro texto sobre os cananeus hoje, que já está quase todo traduzido, mas uma postagem do Facebook de um amigo me chamou a atenção e a minha resposta a essa postagem me levou em um leve debate pelo Facebook sobre o projeto de lei 7672/2010, a famosa lei anti-palmada. Na verdade, o assunto foi bem mais amplo e a postagem inicial em si não se referia ao projeto diretamente, mas acredito que a motivação da postagem foi, pelo menos indiretamente, da primeira aprovação do projeto de lei. Achei a discussão interessante e resolvi postar aqui.
Como esse meu amigo é uma figura pública, resolvi preservar o seu nome e também de outros postaram. Mantive apenas o meu nome e também não fiz nenhuma correção na ortografia do texto, já que eu mesmo respondi parte dele do meu celular e não quero mexer no que outros escreveram para ser justo com todos.
Amigo do Facebook Todos nós
sabemos que a criança precisa de limites. Isso exige de nós
paciência, tolerância e firmeza sempre, e em doses
incertas.
Relações
de amor exigem de nós paciência, tolerância e
firmeza sempre, e em doses incertas. Amar é impor e aceitar
limites todos os dias.
A ideia não é
remover os limites e a disciplina da educação e da
criação dos filhos. Mas utilizar formas de disciplina
sem o uso da violência. #NãoBataEduque
Curtir · há 3 horas · 8 pessoas curtiram isto.
Fulano 1 Oi, Xx.
Existem evidêncas de que a lei é boa:
http://blogs.estadao.com.br/daniel-martins-de-barros/so-umas-palmadinhas-evidencias-contra-castigos-fisicos/
há 3 horas · Curtir
Fulano 2 precisamos
refletir sobre como educar os filhos, rever conceitos e
interpretações de textos...de fato," atenção,
presença, afetividade, estabelecer limites" e acrescento
Muita paciência é o que as crianças
precisam...mas para isso, precisamos rever a forma como estamos
vivendo em sociedade....sem tempo, ausentes, sem paciência, sem
limites....em fção do trabalho que pai e mãe
precisam ter para sustentar os filhos, etc, etc...é uma
discussão ampla, e tudo precisa ser revisto!! Penso ser
importante dizer também que fere muito mais que a palmada e o
puxão de orelha, as palavras afiadas ditas pelos pais...essas
sim, nós que somos adultos, se puxarmos pela memória
ainda podem doer bastante, e os petelecos conseguimos dar risadas!!
Disse petelecos, e não pancadaria! * Não sou a favor do
tapa *, sou a favor da reflexão que ajude a dar um norte aos
pais que precisam de tanta de ajuda nessa caminhada! (resposta idem
ao comentário sobre o que alguns irmãos evangélicos
pensam sobre...)
há 2 horas · Curtir
Maurilo Borges Junior
Nem todo tipo de punição física é
agressão. Agressão, violência contra crianças,
acredito que tais coisas já são cobertas pela
legislação vigente. A punição física,
quando feita de forma carinhosa e com o objetivo de mostrar que a
criança precisa ser disciplinada, quando usado com bom senso e
não como resposta ao ódio, é uma forma válida
e parte importantíssima na educação dos filhos,
especialmente para o cristão, inclusive com suporte das
Escrituras para isso (Provérbios 13:24). Na verdade, quando o
Estado começa a interferir no nosso ambiente familiar, dentro
de nossa casa, ele está não somente ditando como
devemos agir em nossos lares, mas também ditando e alterando a
nossa teologia. É o Estado ditando para o cristão
aquilo que ele deve ou não seguir das Escrituras. Isso não
está certo. Ao invés de impedirmos os pais de usarem
todas as ferramentas disponíveis para a educação
de seu filho, inclusive com a punição física,
deveríamos ensinar os pais, especialmente os cristão,
como usar essa ferramentas. Esse é um papel da igreja, não
do Estado. Oro para que tal lei não seja implantada em nosso
país.
há 2 horas · Curtir · 2
Amigo do Facebook Mas
pq vc está falando do Estado nesse post?! Eu não falei
nada sobre Estado.....não entendi?!
há 2 horas ·
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Maurilo Borges Junior
Eu trouxe o Estado por causa da primeira aprovacao da lei anti
palmada hoje. Mas mesmo sem Estado envolvido, nao devemos abrir mao
de um modelo biblico de disciplina. Soh aproveitei o assunto.
há
2 horas · Curtir · 1
Amigo do Facebook Mas o
post faz uma reflexão séria sobre educação
de filhos...#pensanisso
há ± 1
hora · Curtir
Maurilo Borges Junior
Mas eu nao estou questionando a seriedade da reflexao. Estou na
verdade, contribuindo com ela. Primeiro, desassociando a conexao
perigosa entre punicao fisica e agressao, que me pareceu ter sido
igualada no post. E segundo, trazendo a tona a questao da teologia da
educacao, q eh esquecida muitas vezes pelos cristaos. Ideias
divergentes contribuem para o reflexao.
há ± 1 hora ·
Curtir · 1
Amigo do Facebook
Entendo...Vc leu o projeto de lei? Sabe do que ele trata?
há
50 minutos · Curtir
Maurilo Borges Junior
Não, não li ainda. Uma boa dica. Mas ainda assim o meu
argumento se mantêm. Punição fisíca não
é a mesma coisa que agressão e a punição
física como disciplina é uma ferramente importante na
educação dos filhos, além de ser bíblica.
Eu acho que li em outro post que você disse que a vara citada
em Provérbios fazia sentido no contexto rural, não hoje
em dia. Mas se isso for verdade, todos os que vivem no meio rural
poderiam usar vara de forma literal. Eu acho que é um
entendimento ruim do texto bíblico. A questão não
é o uso da vara em si, mas da disciplina física como
forma de educar. O texto usa linguagem forte. Quem esconde a vara
odeia o filho. Assim como nós somos muitas vezes disciplinados
por Deus em seu amor, através da dor (o grande C. S Lewis, que
tanto voce quanto eu somos fãs já professava isso), nós
também aplicamos essa punição em nossos filhos
de forma amorosa.
Vamos deixar a parte da
lei um pouco de lado, já que foi precipitada da minha parte
trazer o assunto sem voce ter tocado nele (eu acho que outra pessoa
comentou sobre a lei e eu já estava sugestionado por ter
ouvido sobre a aprovação), podemos focar unica e
exclusivamente na questão teológica como um todo, que
para mim é mais interessante.
há 43 minutos ·
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Amigo do Facebook Pelo
que percebi a maioria absoluta dos que são contra o projeto
sequer o conhecem ou tiveram a curiosidade de dar uma lida no texto
para refutá-lo ou opinar...#mancada
há 40 minutos ·
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Maurilo Borges Junior
Se voce tiver o texto do projeto em si para me enviar, fico grato, já
que no Google ainda não encontrei o texto em si. Eu não
sei se você conversou com a maioria esmagadora dos que são
contra para chegar a essa conclusão, eu particularmente não
conversei com ninguém que seja contra ainda. Mas eu acho que a
coisa funciona das duas formas. Pelo o que percebi a maioria absoluta
dos que são a favor do projeto sequer conhecem ou tiveram a
curiosidade de dar uma lida no texto para defende-lo... #mancada. Mas
para meus argumentos o texto em si é um detalhe. Já
existe lei contra agressão física de crianças. A
punição física como disciplina não é
agressão e é válida e recomendada pelas
Escrituras. Vou ler o texto sem dúvida. Mas essas quatro
premissas se sustentam independente do texto. Para o texto mudar meus
argumentos ele precisaria a) mostrar que não existe lei contra
agressão de crianças; b) provar que punição
como disciplina é o mesmo em todos os casos que agressão
física (que já estaria coberto por "a"); c) a
disciplina física não é válida como forma
de educar os filhos; d) as Escrituras ou não ensinam que a
disciplina física deve fazer parte da educação
ou que o texto da Bíblia deve ser ignorado. Você que leu
o projeto poderia me ajudar com essa informações. Ou me
mandar o link para o texto. Só acho notícias sobre isso
no Google.
há 32 minutos · Curtir
Maurilo Borges Junior
Achei! Vou ler.
há 31 minutos · Curtir
Amigo do Facebook
Ninguém durante todo o dia de hoje me respondeu ter lido o
texto, sequer por curiosidade... Boa leitura!!
há 25 minutos ·
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Amigo do Facebook Game
over pessoal!!! Por hoje chega!! Fui....
há 25 minutos ·
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Maurilo Borges Junior
Obrigado. Estou lendo e ao terminar eu posto minhas impressões.
Assim meus argumentos não poderão mais ser ignorados
simplesmente porque eu não li o texto, mesmo que os argumentos
em si não estejam relacionados ao texto. Citar a lei foi um
movimento tático errado da minha parte, apesar de ter sido
bastante esclarecedor sobre as opiniões das pessoas e as
formas como defendem ou não essa opiniões. A noite
ainda é uma criança pra mim, então, volto daqui
a pouco (depois de ajudar minha mulher com a louça).
há
24 minutos · Curtir
Amigo do Facebook
Maurilo Borges Junior Querido, jamais desqualificaria seus
argumentos, que aliás são bons. Poupe o seu
trabalho...Esse é um espaço de posts e livres
pensamentos, não tenho a menor intenção de
transformá-lo num espaço de debate teológico
profundo. É só uma despretensiosa página no
Facebook.
Sequer teria tempo de
responder cada uma das opiniões...Seria insano da minha
parte...
Sua contribuição
hj já valeu! Jamais imaginei que teria tamanha repercussão.
Aprendi muito com os debates de hoje. Valeu!! Abraço
forte.
há 23 minutos · Curtir
Maurilo Borges Junior
Fico feliz em ler isso meu amigo. Mas você não
desqualificou meus argumentos. Você os ignorou. E tive a
impressão que o fez por eu não ter lido a lei, apesar
de a priori não estarem diretamente relacionados. Realmente, o
espaço para um debate tão profundo deveria ser outro e
eu gostaria de ver você lidando com esse assunto diretamente,
inclusive com os meus argumentos. Mas fica em mim um ponto de
tristeza quando uma bola é levantada e quando o jogo está
ficando bom o juiz interrompe no meio. O que estamos fazendo aqui é
um momento de livre pensamentos. Acho que podemos discordar um do
outro, mesmo em publico e continuarmos irmãos em Cristo que se
amam e amam as Escrituras.
há 10 minutos · Curtir
Maurilo Borges Junior
Quando você abordar esse assunto de forma mais ampla que um
único post, por favor me avise para que eu possa participar.
há 9 minutos · Curtir
Amigo do Facebook
Maurilo Borges Junior Acho que vc não entendeu o que
escrevi...Não ignorei sua opinião, apenas disse pra que
vc não perca sua noite, nem eu a minha (já era pra ter
saído daqui há 1h atrás...kkk) pois este não
é um espaço para discussões profundas como vc
propõe. Primeiro por ser só um perfil de rede social e
não um blog especializado em debates e segundo pq eu não
consigo ter tempo livre para dar conta de uma tarefa dessa
complexidade. Teria que abandonar meu trabalho!!kkk Gosto demais do
bom debate, e vc como dezenas de outros irmãos contribuíram
muito no debate de hoje. Abração
há 9 minutos ·
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Amigo do Facebook Boa
noite a todos!! Abs
há 8 minutos · Curtir
Maurilo Borges Junior
Desculpe meu amigo se estamos perdendo a sua noite aqui. Não
era minha intenção segurá-lo por tanto tempo. Vá
dormir. Hoje já foi instrutivo para todos nós. Se achar
importante, por favor, um dia aborde meus argumentos em algum lugar
mais apropriado.
Abraços e boa
noite.
há 3 minutos · Curtir
Para finalizar, eu li o texto do projeto de lei e continuo discordando dele. Eu acho uma intromissão exagerada no Estado nas famílias e mais ainda, uma intromissão do Estado na teologia cristã. Agressões às crianças já estão cobertas pela lei 8069. O que o projeto de lei quer fazer é tornar aquele pai que usa a disciplina física como forma de educar o seu filho um criminoso. Existem abusos nessa área, eu sei disso porque meu pai batia em mim de forma abusiva e excessiva. Mas o erro não estava na disciplina e sim na forma como ele a usava. Detalhe que o meu pai nunca apanhou na vida, até onde eu sei.
Enfim, essa postagem me pareceu interessante e também importante para refletirmos como muitas vezes estamos prontos a alterar nossa teologia de acordo com as tendencias da sociedade. Isso é perigoso. Nossa teologia deve ser ditada pela Bíblia, não pelos apelos da sociedade.
Como afirma uma das frases do textos sobre os cananeus que deveria estar aqui: se a nação cananéia se levantasse hoje, poderia condenar essa geração pela sua insensibilidade ao pecado. Estamos piores que os cananeus...
2 comentários:
Complicado... daqui a pouco voltamos a Ditadura em mais um tópico da vida social. Proteger crianças e adolescentes de abusos e agressões físicas é bem diferente de ditar e controlar o tipo de educação que podemos dar aos nossos filhos. Sou Psicóloga e cristã, tudo que estudei, vi na prática e vejo até hoje, o caos de uma sociedade omissa expresso em jovens e adultos sem limites, confusos, perdidos, sem noção de sentido de vida, de limites, uma sociedade " patológicamente tolerante" com o errado e o imoral me leva a ser completamente a favor da velha e boa palmada na bunda que não traumatiza ninguém. Penso na minha vida, eu já levei muitas palmadas e o engraçado é que de toda minha história essa parte é uma das que não vem associada a nenhum sentimento de trauma ou revolta. Pelo contrário agradeço pelos limites que me foram colocados, isso me ajudou a desenvolver várias habilidades sociais como empatia, respeito e uma visão ética e moral verdadeiras. Crianças durante os primeiros anos de sua vida não têm capacidade de abstração o suficiente para entender seus erros e possíveis consequências deles com uma simples conversa "madura e adulta", é importante durante esse tempo de baixa capacidade abstrativa que essa conversa (necessária também) esteja associada a algo concreto como uma palmada na bunda, essa associação é uma poderosa ferramenta na construção do caráter de uma pessoa e isso é prova de amor e interesse pelo futuro adulto que está sendo construído. Não a violência? COM CERTEZA, SEMPRE! Mas SIM aos limites feitos com amor. Que Deus nos ajude!
Concordo plenamente. E você tem bagagem profissional para falar isso!
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