terça-feira, dezembro 13, 2011

Sete Coisas que Você Não Pode Fazer se for um Relativista Moral




Então você decidiu se tornar um relativista moral. Bom pra você! O que poderia ser melhor do que fazer aquilo que acharmos melhor? O que seria pior do que deixar alguém nos dizer o que e o que não devemos fazer? Mais ainda, é uma das visões de mundo mais fáceis de se adotar: deixe todo mundo em paz e exija que outros façam o mesmo com você e você jamais terá que se preocupar novamente se os seus atos são corretos ou errados. Na verdade, só existem sete coisas que você não pode fazer como um relativista moral. Simplesmente siga as regras abaixo e você estará livre dos absolutos para sempre!

Regra #1: Relativistas Não Podem Acusar os Outros por Ações Erradas
O relativismo torna impossível criticar o comportamento de outros, porque o relativismo no final das contas nega que exista algo como uma infração, uma ação errada. Em outras palavras, se você acredita que a moralidade é uma questão de definição pessoal, então você jamais poderá julgar as ações de outras pessoas. Relativistas não podem nem se opor moralmente ao racismo. Não obstante, que sentido podemos dar para o julgamento “apartheid é errado” quando dito por alguém que não acredita em certo ou errado? Qual justifica existe ali para a se intrometer? Certamente não os direitos humanos, porque não existe tal coisa como o direito. Relativismo é a definitiva posição pró-escolha porque ela aceita toda escolha pessoal – mesmo que a escolha seja ser racista.

Regra #2: Relativistas Não Podem Reclamar do Problema do Mal
A realidade do problema do mal no mundo é um dos primeiros levantados contra a existência de Deus. O argumento diz que se Deus fosse absolutamente poderoso e bom, então ele iria acabar com o mal. Mas já que o mal existe, um dos três argumentos seguintes deve ser verdade: Deus é muito fraco para se opor ao mal, Deus é muito sinistro para lidar de vez com o mal ou Deus simplesmente não existe. É claro que, ao adotar qualquer um desses argumentos, você está afirmando que acredita no mal, coisa que os relativistas não podem fazer. Na verdade, nada pode ser chamado de mal – nem mesmo o holocausto – porque fazer isso seria afirmar alguem tipo de padrão moral.

Regra #3: Relativistas Não Podem Culpar ou Receber Elogios
O conceito de elogio e culpa é completamente sem sentido dentro do relativismo porque não existe nenhum padrão moral pelo qual julgar se algo deve ser aplaudido ou condenado. Sem absolutos, nada é realmente mal, deplorável, trágico, ou digno de culpa. Nem é também realmente bom, honrável, nobre ou digno de elogios. Fica tudo perdido em uma zona penumbra do nada moral. Aqueles que se dizem relativistas são praticamente sempre inconsistentes aqui (eles tentam evitar a culpa mas estão sempre prontos para aceitar elogios), então seja cuidadoso!

Regra #4: Relativistas Não Podem Dizer que Alguma Coisa é Desonesta ou Injusta
Sob o relativismo, justiça e eqüidade são dois conceitos que não fazem absolutamente nenhum sentido. Primeiro, as palavras em si não possuem sentido; ambas sugerem que as pessoas merecem igual tratamento baseado em um padrão externo daquilo que é certo e, como já disse várias vezes, relativistas não podem acreditar em certo ou errado. Segundo, não existe tal coisa como culpa. Justiça implica punir aqueles que são culpados e culpa depende de responsabilidade, que, como eu já mostrei, não existe.

Regra #5: Relativistas Não Podem Melhorar sua Moralidade
Com o relativismo, a melhora moral é impossível. Claro, relativistas podem mudar sua ética pessoal, mas eles nunca podem se tornar pessoas morais. A reforma moral implica algum tipo de regra objetiva de conduta como um padrão de partida. Mas essa regra é exatamente o que os relativistas negam. Se não existe caminho melhor, não pode haver melhora. Não só isso, mas não existe motivação para a melhora. O relativismo destrói o impulso moral que faz as pessoas se erguerem porque não existe essa medida pela qual se levantar. Por que mudar seu ponto de vista se o atual serve os seus próprios interesses e te parece bom no momento?

Regra #6: Relativistas Não Podem Sustentar uma Discussão Moral Significativa
O relativismo torna impossível discutir moralidade. Do que vão falar? Uma discussão ética envolve comparar os méritos de uma visão com outra para se encontrar qual é a melhor. Mas se a moral é inteiramente relativa e todas as visões são igualmente válidas, então nenhuma forma de pensar é melhor que a outra. Nenhuma posição moral pode ser julgada como adequada ou deficiente, irracional, inaceitável, ou mesmo selvagem. De fato, se as disputas éticas só fazem sentido quando a moral é objetiva, então o relativismo só pode ser vivido consistentemente no silêncio. Você não pode nem dizer: “é errado você impor sua moralidade sobre outros”.

Regra #7: Relativistas Não Podem Promover a Obrigação da Tolerância
Finalmente, não existe tolerância no relativismo, porque a obrigação moral de ser tolerante viola as suas próprias regras. O princípio da tolerância é muitas vezes considerado uma das virtudes chaves do relativismo. A moral é individual, portanto devemos tolerar o ponto de vista de outros não julgando suas atitudes e comportamentos. Mas é óbvio que esse princípio falha pela contradição. Se não existem regras morais, não pode existir uma regra que requer tolerância como um princípio moral. De fato, se não existem absolutos morais, por que ser tolerante no final das contas? Por que não forçar a sua moralidade sobre outras pessoas se isso for para seu próprio interesse e a sua ética pessoal permitir tal coisa? Só tenha certeza que não esteja alardeando isso enquanto o estiver fazendo.

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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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