Por Greg Koukl
Então você
decidiu se tornar um relativista moral. Bom pra você! O que
poderia ser melhor do que fazer aquilo que acharmos melhor? O que
seria pior do que deixar alguém nos dizer o que e o que não
devemos fazer? Mais ainda, é uma das visões de mundo
mais fáceis de se adotar: deixe todo mundo em paz e exija que
outros façam o mesmo com você e você jamais terá
que se preocupar novamente se os seus atos são corretos ou
errados. Na verdade, só existem sete coisas que você não
pode fazer como um relativista moral. Simplesmente siga as regras
abaixo e você estará livre dos absolutos para sempre!
Regra #1: Relativistas
Não Podem Acusar os Outros por Ações Erradas
O relativismo torna
impossível criticar o comportamento de outros, porque o
relativismo no final das contas nega que exista algo como uma
infração, uma ação errada. Em outras
palavras, se você acredita que a moralidade é uma
questão de definição pessoal, então você
jamais poderá julgar as ações de outras pessoas.
Relativistas não podem nem se opor moralmente ao racismo. Não
obstante, que sentido podemos dar para o julgamento “apartheid é
errado” quando dito por alguém que não acredita em
certo ou errado? Qual justifica existe ali para a se intrometer?
Certamente não os direitos humanos, porque não existe
tal coisa como o direito. Relativismo é a definitiva posição
pró-escolha porque ela aceita toda escolha pessoal – mesmo
que a escolha seja ser racista.
Regra #2: Relativistas
Não Podem Reclamar do Problema do Mal
A realidade do problema
do mal no mundo é um dos primeiros levantados contra a
existência de Deus. O argumento diz que se Deus fosse
absolutamente poderoso e bom, então ele iria acabar com o mal.
Mas já que o mal existe, um dos três argumentos
seguintes deve ser verdade: Deus é muito fraco para se opor ao
mal, Deus é muito sinistro para lidar de vez com o mal ou Deus
simplesmente não existe. É claro que, ao adotar
qualquer um desses argumentos, você está afirmando que
acredita no mal, coisa que os relativistas não podem fazer. Na
verdade, nada pode ser chamado de mal – nem mesmo o holocausto –
porque fazer isso seria afirmar alguem tipo de padrão moral.
Regra #3: Relativistas
Não Podem Culpar ou Receber Elogios
O conceito de elogio e
culpa é completamente sem sentido dentro do relativismo porque
não existe nenhum padrão moral pelo qual julgar se algo
deve ser aplaudido ou condenado. Sem absolutos, nada é
realmente mal, deplorável, trágico, ou digno de culpa.
Nem é também realmente bom, honrável, nobre ou
digno de elogios. Fica tudo perdido em uma zona penumbra do nada
moral. Aqueles que se dizem relativistas são praticamente
sempre inconsistentes aqui (eles tentam evitar a culpa mas estão
sempre prontos para aceitar elogios), então seja cuidadoso!
Regra #4: Relativistas
Não Podem Dizer que Alguma Coisa é Desonesta ou Injusta
Sob o relativismo,
justiça e eqüidade são dois conceitos que não
fazem absolutamente nenhum sentido. Primeiro, as palavras em si não
possuem sentido; ambas sugerem que as pessoas merecem igual
tratamento baseado em um padrão externo daquilo que é
certo e, como já disse várias vezes, relativistas não
podem acreditar em certo ou errado. Segundo, não existe tal
coisa como culpa. Justiça implica punir aqueles que são
culpados e culpa depende de responsabilidade, que, como eu já
mostrei, não existe.
Regra #5: Relativistas
Não Podem Melhorar sua Moralidade
Com o relativismo, a
melhora moral é impossível. Claro, relativistas podem
mudar sua ética pessoal, mas eles nunca podem se tornar
pessoas morais. A reforma moral implica algum tipo de regra objetiva
de conduta como um padrão de partida. Mas essa regra é
exatamente o que os relativistas negam. Se não existe caminho
melhor, não pode haver melhora. Não só isso, mas
não existe motivação para a melhora. O
relativismo destrói o impulso moral que faz as pessoas se
erguerem porque não existe essa medida pela qual se levantar.
Por que mudar seu ponto de vista se o atual serve os seus próprios
interesses e te parece bom no momento?
Regra #6: Relativistas
Não Podem Sustentar uma Discussão Moral Significativa
O relativismo torna
impossível discutir moralidade. Do que vão falar? Uma
discussão ética envolve comparar os méritos de
uma visão com outra para se encontrar qual é a melhor.
Mas se a moral é inteiramente relativa e todas as visões
são igualmente válidas, então nenhuma forma de
pensar é melhor que a outra. Nenhuma posição
moral pode ser julgada como adequada ou deficiente, irracional,
inaceitável, ou mesmo selvagem. De fato, se as disputas éticas
só fazem sentido quando a moral é objetiva, então
o relativismo só pode ser vivido consistentemente no silêncio.
Você não pode nem dizer: “é errado você
impor sua moralidade sobre outros”.
Regra #7: Relativistas
Não Podem Promover a Obrigação da Tolerância
Finalmente, não
existe tolerância no relativismo, porque a obrigação
moral de ser tolerante viola as suas próprias regras. O
princípio da tolerância é muitas vezes
considerado uma das virtudes chaves do relativismo. A moral é
individual, portanto devemos tolerar o ponto de vista de outros não
julgando suas atitudes e comportamentos. Mas é óbvio
que esse princípio falha pela contradição. Se
não existem regras morais, não pode existir uma regra
que requer tolerância como um princípio moral. De fato,
se não existem absolutos morais, por que ser tolerante no
final das contas? Por que não forçar a sua moralidade
sobre outras pessoas se isso for para seu próprio interesse e
a sua ética pessoal permitir tal coisa? Só tenha
certeza que não esteja alardeando isso enquanto o estiver
fazendo.
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