segunda-feira, abril 18, 2011

Ateísmo: Fuga da realidade?


Calvin, o muito esperto e articulado garotinho dos quadrinhos de Bill Watterson, consegue, junto ao seu sempre fiel tigre de pelúcia Haroldo, uma maneira de fugir de suas obrigações de estudar matemática. Ele declara que o seu livro texto de matemática é um livro religioso, que suas declarações só podem ser aceitas pela fé, pois elas não fazem sentido. E ele, como ateu da matemática, exigia o direito de ser poupado disso tudo. Muito engraçado. Mas não é tão engraçado quando vemos isso acontecendo na vida real.
Deus existe. Ponto final. As obras de suas mãos estão claras no universo. Constantes físicas, tão bem afinadas que a menor alteração em qualquer uma delas tornaria a vida impossível. Códigos digitais dentro de células, informações que poderiam preencher milhares de volumes de uma enciclopédia. A existência da lógica, matemática, padrões morais objetivos. Todas essas coisas e muitas outras apontam para a existência de uma divindade. Para alguem escapar de tamanha evidência em favor da existência de Deus, tal pessoa terá que fazer um malabarismo tamanho que no final das contas, só lhe resta afirmações irracionais como as de Calvin. Ou então partir para o ataque mostrando que a religião é ruim. Como se isso fosse prova da não existência de Deus.
Por que alguém agiria assim? Por que alguém se daria a tal trabalho infrutífero na tentativa de negar o que é óbvio? Pelos mesmos motivos que Calvin nega suas crenças na matemática: para fugir de suas obrigações. Calvin quer fugir de fazer sua lição de casa. O ateu quer fugir daquilo que um outro Calvin (João Calvino, que foi a inspiração para o Calvin dos quadrinhos) chamava de sensus divinitatis, ou uma consciência sobre Deus, uma sensação que Deus existe. Quando o ateu se nega a pesar as evidências ele está suprimindo essa sensação até o ponto que ela praticamente não é mais percebido. Aí, não é mais necessário fazer a lição de casa. Ou reconhecer a existência de Deus.
De Calvin a Calvin, o ateísmo é na verdade uma fuga da realidade. Não deve ter dado muito certo para Calvin e sua lição de matemática. Tampouco dará certo para o ateu.

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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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