Você simplesmente passa direto sobre 1 Coríntios 15:3-7 quando você lê a Bíblia? Você sabia que esta passagem é a melhor passagem em toda a Bíblia quando se trata de defender a ressurreição? Vamos dar uma olhada em uma palestra onde o historiador Gary Habermas explica a importância de 1 Coríntios 15:3-7 para defender a ressurreição corporal de Jesus como um evento histórico.
Lembre-se que existem alguns critérios para decidir quais as passagens dos escritos do Novo Testamento são historicamente confiáveis. Aqui (em inglês) está um ótimo artigo de Gary Habermas, que explica todos os critérios. Abaixo, vou listar alguns dos critérios do referido artigo.
Comprovação antiga
Fontes antigas incluem: 1) 7 dos 13 livros paulinos são unanimemente aceitos como sendo de autoria de Paulo, 2) as passagens "Q" que são partilhados por Mateus e Lucas, mas que não estão em Marcos, e 3) certos credos curtos em passagens do livro de Atos. As 7 Epístolas paulinas que são confiáveis Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Filipenses, 1 Tessalonicenses, Gálatas e Filêmon.
Habermas escreve:
“No que se refere ao Jesus histórico, qualquer material entre 30 e 50 d.C. seria exemplar, um período altamente preferido pelos eruditos como os do Jesus Seminar.
Relatos de uma data tão antiga realmente antecedem os Evangelhos escritos. Um exemplo famoso é a lista das aparições de Jesus ressurreto fornecidos por Paulo em 1 Coríntios 15:3-8. A maioria dos críticos eruditos pensam que a recepção de Paulo de pelo menos o material sobre o qual esta declaração antiga no qual o credo se baseia é datada da década de 30 d.C. Outros exemplos são fornecidos pelas breves declarações de credo que muitos eruditos encontram incorporado no livro de Atos, que Gerald O'Collins data para os anos 30 d.C. A partir do chamado material "Q" no primeiro e terceiro evangelho, outro exemplo é a declaração de alta cristologia encontrada em Mateus 11:27 / Lucas 10:22. Além disso, as primeiras epístolas de Paulo datam a partir da década de 50 d.C.”
Depoimento de testemunha ocular
Habermas escreve:
“Sempre que estas fontes precoces também são derivadas de testemunhas oculares que realmente participaram de alguns dos eventos, isso proporciona uma das evidências mais fortes possíveis. O historiador David Hackett Fischer chamo isso de 'regra do imediatismo' e define isso como 'a melhor evidência relevante'. Quando os eruditos possuem fontes antigas que são ambas muito antigas e com base em depoimentos de testemunhas oculares, eles têm uma combinação que é muito difícil de dispensar.
Em nosso exemplo anterior, uma razão pela qual os eruditos críticos levam o depoimento de Paulo tão a sério é que seus escritos fornecem uma data muito precoce, bem como testemunhas oculares do que Paulo acreditava ser uma aparição do Jesus ressurreto. Isto é ainda aceito pelo estudioso ateu Michael Martin. Outros momentos cruciais que dizem respeito a qualquer outra testemunha ocular podem ser localizados nos textos do Evangelho.”
Múltiplas comprovações
Habermas escreve:
“Comprovações independentes de um relato por mais de uma fonte é outra grande indicação que uma afirmação em particular pode ser fatual. O historiador da antiguidade Paul Maier afirma que: 'Muitos fatos da antiguidade se baseiam em apenas uma fonte antiga, enquanto que duas ou três fontes que estejam de acordo geralmente tornam o fato incontestável.' O Jesus Seminar enfatiza itens atestados em duas ou mais fontes independentes.'
Vários exemplos importantes podem ser fornecidos. Das cinco fontes muitas vezes reconhecidas nos relatos dos Evangelhos, os milagres de Jesus são relatados em todos os cinco, com algumas ocorrências específicas relatadas em mais de um. As declarações cruciais de Jesus 'Filho do Homem' também são atestados em todas as cinco fontes dos Evangelhos. E o túmulo vazio é relatado em pelo menos três, se não quatro, destas fontes dos Evangelhos. Isso ajuda a entender por que esses itens são levadas tão a sério por eruditos críticos contemporâneos.”
Linha de tempo das fontes do Novo Testamento
Você só pode usar os dados que passarem por estes parâmetros quando você está construindo hipóteses históricas em um ambiente de debate. Mas a passagem de 1 Coríntios 15:3-7 é especial, porque tem as marcações em um credo antigo. Como explica Habermas, Paulo recebeu esse credo no prazo de cinco anos após a crucificação. Paulo verificou este credo duas vezes com testemunhas oculares, Pedro, João e Tiago, em Gálatas 1:11-24 e Gálatas 2:1-10.
Então, vamos definir a data da morte de Jesus como sendo 30 AD. Então a pergunta: quais as fontes mais próximas ao evento? Nós precisamos ter várias fontes antigas a fim de sermos capazes de atestar fatos mínimos que podem ser usados quando se está debatendo céticos e ateus. Aqui está o cronograma, utilizando as mais recentes e absolutas datas possíveis para as fontes:
30 A.D.: Jesus é crucificado. (+0)
31 AD: O antigo credo se origina em torno deste tempo.
35 AD: Paul recebe o antigo credo de Pedro, João e Tiago em Jerusalém.
55 A.D.: 1 Coríntios (+25).
70 A. D. Marco (+40).
80 A. D. Mateus (+50).
85 A. D. Lucas (+55).
95 A. D. João (+65).
As minhas datas preferenciais para os evangelhos são pelo menos 5 anos anteriores do que as datas dos céticos. Assim, sua fonte mais antiga para os fatos mínimos sobre a ressurreição é 1 Coríntios 15:3-7. Eu expliquei anteriormente como alavancar os fatos em 1 Coríntios 15, e outros fatos mínimos, para apresentar um caso em defesa pela ressurreição.
Aplicação pessoal
Você realmente precisa ser capaz de falar com seus amigos e colegas de trabalho sobre a ressurreição. Essa é a nossa obrigação como cristãos. Quando você conversa com os não-cristãos, você não pode usar toda a Bíblia pela fé. Seu oponente não vai permitir que você use todo o texto como fonte porque não vai assumir que é infalível. Você precisa argumentar a partir de fatos mínimos que passam os critérios históricos padrões.
Então, você precisa aprender a explicar como os eruditos chegaram aos fatos mínimos a partir das fontes bíblicas. Você precisa de listas de critérios e explicar por que eles são geralmente aceitos, e depois aplicá-las. Você precisa saber as datas e os autores dos escritos do Novo Testamento. Você precisa saber que passagens são consideradas fatos mínimos. E então você pode apresentar a defesa sobre esses fatos.
Acho que a estratégia mais promissora é discutir a partir de um criador e designer sobrenatural utilizando-se de algumas descobertas científicas recentes, e siga a partir daí para preocupações históricas uma vez que a existência de um Deus deísta foi firmemente estabelecida.
Estudos adicionais
Em primeiro lugar, ouça os 30 minutos de palestra (em inglês) proferida na Universidade Estadual Politécnica da Califórnia em 2008 por Gary Habermas, sobre 1 Coríntios 15:3-7. Então, confira o caso pela ressurreição (em inglês) de N.T. Wright. Então ouça esta palestra (inglês) proferida na Universidade Estadual da Califórnia em 2005 por William Lane Craig, argumentando a partir dos fatos mínimos.
E, finalmente, você pode verificar alguns debates (em inglês) sobre a ressurreição. Eu recomendo o debate (em inglês) entre William Lane Craig e Hoover Roy. Mas é importante ler primeiro o caso de N.T. Wright pela ressurreição! Há uma seção de testes no debate, por isso, se você está tão interessado nisso quanto eu, vai poder fazer suas correções ali.
Por Wintery Knight.
Tradução Pés Descalços.
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