Ontem apresentamos
a primeira parte desse texto, quando analisamos os aspectos da argumentação dos
novos ateus e como isso pode ser visto na imagem acima. Leia a primeira parte,
pois esse texto aqui fará muito mais sentido com a introdução do primeiro.
Pronto?
Com tudo
isso em mente, vamos analisar os oito tipos de casamentos que vemos na figura.
1 – Homem +
mulher
Nada de
errado aqui. Realmente a esposa é submissa ao marido, assim como a igreja é
submissa à Cristo e este submisso a Deus. É uma questão do papel de cada um. E
como pode ser visto no texto de Efésio 5 apresentado acima, essa submissão é
baseada em amor, especialmente da parte do marido.
O único
comentário adicional é que eles afirmam que todos os casamentos da Bíblia eram
arranjados, como se isso fosse uma grande atrocidade. Na verdade, esse era o
padrão de casamento da nossa sociedade até pouco tempo atrás e apenas
recentemente isso mudou. Além disso, vários casamentos bíblicos foram baseados
no amor, mesmo os arranjados. Um exemplo? Jacó e Raquel (Genesis 29:18).
2 – Homem +
esposas + concubinas
Isso nunca
foi um mandamento bíblico, nem foi definido como casamento pelas Escrituras. A Bíblia
apenas relata os atos pecaminosos desses homens. Mesmo homens como Abraão, que
para nós é um dos pais da fé, pecaram e não apenas uma vez. E muitas vezes viram
o resultado de seus pecados.
3 – Homem +
mulheres + mulheres
A Atea cita
Gênesis 16 talvez na esperança que as pessoas não venham a ler o texto, já que
aqui temos a história de como Sarai entregou sua serva para que Abrão dormisse
com ela. Por tudo o que já lemos até aqui, vemos que não existe um mandamento
de Deus para essa atitude. Na verdade, tudo isso é considerado como pecado e trouxe
graves consequências para todos (leia o capítulo 21 de Gênesis). De qualquer
forma, isso não é conceito de casamento, mas sim a descrição de um ato
pecaminoso.
4 – Homem +
mulher + mulher... (poligamia)
Já falamos
sobre poligamia e como Deus deixou bem claro nas Escrituras que o casamento
deveria ser entre um homem e uma mulher. Qualquer coisa que fosse além disso,
seria considerado como fruto do coração pecaminoso do homem.
5 – Homem +
viúva de seu irmão (casamento levirado)
Talvez por
desconhecer em sua profundidade o texto bíblico (o que fica claro pela
hermenêutica ruim da Atea), eles citaram Gênesis 38:6-10 para o casamento
levirato (o correto é levirato), mas o melhor texto é Deuteronômio 25:5. Esse
texto é um mandamento para uma situação específica: a viúva sem filhos. Se o
marido morto possuía um irmão, então, ela deveria se casar com ele e não com
alguém de fora. O objetivo dessa lei para Israel era proteger as viúvas, já que
não existia uma seguridade social na época e uma mulher sem filhos poderia
facilmente cair na prostituição para se sustentar. Era isso que a lei planejava:
trazer proteção para a mulher. Lembre-se, aquela era outra sociedade, uma época
muito mais dura e difícil.
6 –
Estuprador + vítima
Se um homem
se encontrar com uma moça sem compromisso de casamento e a violentar, e eles
forem descobertos, ele pagará ao pai da moça cinqüenta peças de prata. Terá que
casar-se com a moça, pois a violentou. Jamais poderá divorciar-se dela.
Deuteronômio
22:28-29 (NVI)
Veja esse
mesmo texto na versão Almeida Corrigida Revisada e Fiel.
Quando um
homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar
com ela, e forem apanhados, então o homem que se deitou com ela dará ao pai da
moça cinqüenta siclos de prata; e porquanto a humilhou, lhe será por mulher;
não a poderá despedir em todos os seus dias.
Dois pontos
a se observar: o primeiro, o texto não aprova o estupro. Em momento nenhum o
estupro é incentivado ou é dito que o estuprador fez algo correto. O texto, se
realmente estiver lidando com estupro, apenas faz uma provisão para uma
situação ruim. Mas a bem da verdade, eu acho pouco provável que o texto se
refira a estupro. Veja que na versão Almeida o texto fala de um homem que se
deita com uma virgem. Não diz que foi a força. Na verdade, o original em
hebraico usa as palavras taphas para pegar e shakab para deitar-se. Taphas pode
ter o sentido de violência ou não, mas como o texto fala apenas de uma virgem
(excluindo assim mulheres que já tiveram relação sexual), acho pouco provável que
o foco seja o estupro, mas sim a perda a virgindade, que era algo muito
valorizado em sociedades antigas. Como julgamos as sociedades do passado pelos
nossos valores, achamos hoje em dia absurda a valorização da virgindade. Mas
isso fala muito mais sobre a pecaminosidade dos nossos tempos do que de
qualquer outra sociedade.
7 – Soldado
masculino + prisioneiras de guerra
Mais uma
vez, a Atea torce para que aqueles que se encontrem com a figura, não venham a
ler os dois textos apresentados: Número 31:1-18 e Deuteronômio 21:11-14. Ambos
os textos mostram situações em uma sociedade que estava em guerra, mas de forma
diferente. O primeiro é um ajuste pela desobediência dos soldados israelitas.
Eles deveriam matar todos os midianitas, mas deixaram algumas mulheres vivas. Muito
do pecado desses povos era sexual e envolvia mulheres, homens, animais e
crianças. Já que os soldados desobedeceram ao comando de Moisés, foi feito um
acerto para que pelo menos as virgens fosse poupadas, já que pelo menos elas
dificilmente haviam se contaminado com os pecados sexuais de seu próprio povo. Tudo
isso parece muito severo nos dias de hoje, mas lembre-se que Deus ordenava a
morte desses povos como condenação de atrocidades que eles já faziam há muito
tempo (veja o caso dos amoreus em Gênesis 15:16 e que somente foram punidos em
Números 21). O segundo texto apresenta uma regulação para o caso de um soldado
desejar tomar uma mulher de um campo inimigo como esposa. Ele deve trazê-la
para Israel, deixá-la passar pelo luto da família por um mês e depois poderá
tomá-la como esposa. Não como escrava sexual: como uma esposa digna. Em um período
que mulheres eram propriedades e as mulheres de um campo inimigo deveriam se
estupradas, a regulamentação bíblica sobre o assunto foi um enorme avanço.
8 – Homem escravo
+ mulher escravo
Leia Êxodo 21:1-4
e vejo os senhores eram horríveis com os servos, arrumando esposas para eles...
Ufa, que
texto longo. Por isso dividi-lo em duas partes. Tentei cobrir o assunto de
forma mais abrangente, mas muito mais ainda podia ser dito. Após analisar todos
os argumentos da Atea para dizer que a Bíblia nunca possuiu uma única definição
sobre casamento, podemos facilmente concluir que na verdade a Atea simplesmente
desconhece o texto bíblico, ou desconhece os princípios mais básico da lógica,
ou simplesmente possui um grande ódio por Deus e tudo o que se refere a Ele. Claro
que nenhuma dessas opções é autoexcludente e possivelmente a melhor resposta
seja uma combinação das três.
O mais
importante é perceber que mesmo nos casos apresentados pela Atea o casamento
sempre se caracterizou pela união entre homem e mulher. Mas quando o ódio é a
força motriz por trás de sua argumentação, mesmo a coisa mais óbvia fica difícil
de ser vista.
É por isso
que eu sempre digo: LEIA A SUA BÍBLIA! Se você tiver um mínimo de conhecimento
geral das Escrituras, irá tirar de letra esse tipo de argumentação falaciosa.
2 comentários:
Texo mt edificante Maurilo e Vivian. Que Deus continue os abençoando. O que vou pedir agora não tem mt a ver com o tema do texto, ma será que dá para enviar para meu e-mail (correio.danielfreitas@gmail.com) o manual de evangelismo do Tood. Graça e paz do Senhor vos sejam multiplicadas.
Texo mt edificante Maurilo e Vivian. Que Deus continue os abençoando. O que vou pedir agora não tem mt a ver com o tema do texto, ma será que dá para enviar para meu e-mail (correio.danielfreitas@gmail.com) o manual de evangelismo do Tood. Graça e paz do Senhor vos sejam multiplicadas.
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