terça-feira, agosto 28, 2012

Como a igreja reconheceu a canonicidade dos livros da Bíblia?





Existe um entendimento errado, popularizado por livros como O Código Da Vinci, que a forma como os livros da Bíblia foram escolhidos era através de concílios da igreja infundidos em política e votando contra os livros que eles não gostavam. No entanto, uma cuidadosa leitura da história da igreja desaprova esse entendimento.
Como visto no posto anterior, a igreja entendeu o seu papel em reconhecer os livros que Deus, ele mesmo, havia inspirado. Esse trabalho de reconhecimento era algo que a igreja primitiva realmente levou a sério, mas como eles fizeram isso? Quais critérios eles usaram?
Sabemos que a profeticidade era uma condição necessária para a canonicidade, mas algumas vezes os pais da Igreja que estavam tentando verificar a profeticidade de um livro estavam longe por décadas, ou mesmo séculos, da composição original do livro. Então, o que eles fizeram?
Norman Geisler e William Nix, em seu livro Um Introdução Geral à Bíblia, descreve o critério que foi na verdade utilizado pela igreja primitiva no processo.
O livro foi escrito por um profeta de Deus? Esse era o critério mais fundamental. Uma vez que isso havia sido estabelecido, a inspiração do livro era reconhecida.
O autor havia sido confirmado por atos de Deus? Se havia alguma dúvida sobre o autor ser um verdadeiro profeta de Deus, milagres serviam como confirmação divina.
A mensagem transmitia uma verdade sobre Deus? De acordo com Geisler e Nix, “qualquer ensino sobre Deus contrário aquilo que seu povo já sabia ser verdade deveria ser rejeitada. Mais ainda, qualquer predição feita sobre o mundo que falhassem em se tornar verdade deveria ser rejeitada”.
Ele vem com o pode de Deus?  Geisler e Nix explicam, “outro teste de canonicidade era o efeito edificador do livro. Ele possuía o poder de Deus? Os Pais acreditavam que a Palavra de Deus é “viva e ativa” (Hb. 4:12), e consequentemente deve ter uma força transformadora para edificação (2 Tm. 3:17) e evangelização (1 Pedro 1:23).”
O que é aceitável para o povo de Deus? Geisler e Nix afirmam que “a aceitação inicial de um livro pelo o povo a quem havia sido endereçado era crucial. Paulo disse sobre os tessalonicenses, ‘Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus’ (1 Ts 2:13). Qualquer debate subsequente que possa ter existido sobre o lugar de um livro no cânon, as pessoas na melhor posição para saber a sua credencial profética eram aqueles que conheciam o profeta que o havia escrito. Assim, apesar dos debates posteriores sobre a canonicidade de alguns livros, a evidência definitivo é aquela que atesta para a sua aceitação original pelos crentes contemporâneos ao livro”.
Geisler e Nix resumem:
A mais importante distinção a ser feita nesse ponto é entre a determinação e a descoberta da canonicidade. Deus é unicamente responsável pela primeira, e o homem é meramente responsável pela segunda. Que um livro é canônico é devido à inspiração divina. Como isso é conhecido como verdade é um processo de reconhecimento humano. O homem descobriu aquilo que Deus havia determinado olhando para as “marcas de inspiração”.
Perguntava-se se o livro (1) havia sido escrito por um homem de Deus, (2) havia sido confirmado por um ato de Deus, (3) falava a verdade sobre Deus, o homem e assim por diante, (4) vinha com o poder de Deus e (5) era aceito pelo povo de Deus. Se um livro tivesse a primeira marca, as outras eram normalmente pressupostas. É claro que os contemporâneos do profeta (apóstolo) conheciam as suas credenciais e aceitavam os seus livros imediatamente. Mas mais tarde os Pais da Igreja separaram a profusão de literatura religiosa, descobriram e deram um reconhecimento oficial para os livros que, pela virtude da inspiração divina, haviam sido determinados por Deus como canônicos e originalmente reconhecidos pela comunidade contemporânea ao qual ele primeiramente havia sido apresentado.

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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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