A questão
(do casamento gay) não é sobre controlar “o que as pessoas fazem em seus
quartos”, ou “quem eles podem amar”. A questão é sobre que tipo de união o
Estado irá reconhecer como “casamento” e lhe dar todos os benefícios adjacentes.
O Estado não nos diz com quem podemos ser amigos ou com quem podemos viver. Você
pode ter um amigo, três amigos ou uma centena de amigos. Você pode morar com
sua irmã, com sua mãe, seu cachorro ou seu colega do trabalho. Você pode
celebrar seu relacionamento com a sua avó ou o seu colega de quarto o quanto
quiser. Mas nenhum desses relacionamentos – não importa o quão especial sejam –
são casamentos. A recusa do estado em reconhecer esses relacionamentos como
“casamento” não nos impede de persegui-los, aproveitá-los ou considerá-los
significantes.
O debate é
muitas vezes caracterizado como liberdade (aqueles que apoiam qualquer um casar
com qualquer um) contra opressão (aqueles que querem lhe dizer com quem você
deve se casar). Os conversadores estão perdendo o debate porque essa é a
história contada em milhares de episódios de televisão, em milhares de músicas
e por um número crescente de políticos e educadores. Mas no longo prazo, o
triunfo do casamento gay (caso triunfe como uma realidade cultural e legal) irá
significar a restrição da liberdade de milhões de americanos.
Isso vai
acontecer primeiro de uma forma bem óbvia – por condenar ao ostracismo aqueles
que discordam, pelo bullying através do politicamente correto e pisando na
liberdade religiosa. É claro que os cristãos precisam entender que não importa
quantas ressalvas emitimos, não importa quantas nuances tenhamos em nossas
posições, não importa o quanto alentamos ou mostremos compaixão para com os
homossexuais, nada disso será suficiente para repelir as acusações de ódio e
homofobia. Nós teremos muitas oportunidades para andar como Jesus que, quando
injuriado, não cometeu injuria como resposta e quando ele sofreu, não lançou
ameaças, mas continuou confiando naquele que pode julgar de forma justa (1 Pedro
2:23).
Mas o
casamento gay irá desafiar nossa liberdade de outras maneiras também. Não
apenas evangélicos, assim como católicos tradicionais e mórmons serão
ameaçados. Assim que o governo ganha novos poderes, ele raramente abre mão
deles. Haverá uma leve tirania que irá crescer enquanto o poder do Estado
aumentar, um crescimento que é intrínseco à própria noção de casamento gay
Kevin DeYoung; "A Few Things to Consider BeforeSupporting Gay Marriage"; DeYoung, Restless, and Reformed
Nenhum comentário:
Postar um comentário