terça-feira, fevereiro 08, 2011

O Furacão no Egito


Desde que as revoltas populares começaram no Egito eu tenho desejado escrever ou traduzir algum texto que tivesse uma boa análise da situação. Ai eu me lembrei de Michael Youssef, pastor da Igreja dos Apóstolos em Atlanta e um grande pregador do evangelho. Michael nasceu no Egito e tem um ministério com grande presença naquela região. Diferente dos especialistas que estão aparecendo na televisão mas todos com uma visão estrangeira e muitas vezes ingênua da situação, ele é egípcio e está próximo de seu país natal.
O texto é de seu blog, você pode também conhecer mais do ministério de Michale Youssef através de seu site Leading the Way.

Os ocidentais olham ao que está acontecendo nas ruas egípcias e ficam pensando se é bom para um povo oprimido protestar contra um regime semi-ditatorial. Muitos desses jovens protestantes não conseguem achar emprego, a inflação tem devastado a classe média, sem falar sobre a vale entre os muito ricos e os muito pobres.

Na superfície, essa é uma situação compreensível. Mas antes de julgar os motivos dos protestantes, você precisa saber quem realmente está por trás desses jovens nas ruas. A Irmandade Muçulmana tem tido sede de poder no Egito por muitos, muitos anos. Fundada em 1920, o objetivo da Irmandade Muçulmana era tombar o governo britânico e seu governo fantoche egípcio. O seu objetivo então era trazer o Egito de volta para sua vertente de militantes islâmicos, seguidores da Sharia, anti-ocidente e anti-cristãos.

No início dos anos 50, a Irmandade Muçulmana cooperou com o Coronel Gamal Abdul Nasser e seu primeiro oficial da revolução, achando que poderiam usá-lo para realizar suas ambições. Mas Nasser conseguir iludi-los e no final das contas os usou para realizar suas ambições pessoais. Uma vez que chegou ao poder, ele os jogou na prisão. E ficaram na prisão até 1971 quando Nasser morreu e seu sucessor Anwar Al Sadat, que era mais simpático com o pensamento islâmico do grupo, os libertou da prisão.

A ironia é que, em 1981 os militantes islâmicos que Sadat libertou foram as mesmas pessoas que crivaram seu corpo com balas naquele dia fatídico de 6 de Outubro. Seu substituto Hosni Mubarak imediatamente tomou as rédeas e, pelos últimos 30 anos, ele tem tentado aprender com os erros de ambos predecessores, Nasser e Sadat. Um emprisionou os militantes muçulmanos, o outro os libertou. Mubarak falhou em fazer tanto uma coisa quanto outra e caminhar nessa corda bamba trouxe pra ele tempo (30 anos). Mas, como já foi dito, quando você fica no meio da rodovia, você pode ser atingido pelos dois lados.

Islã e Democracia

Na América de hoje, os que estão à esquerda e alguns à direita que tem pouco conhecimento ou entendimento do islã e porque o islã e a democracia jamais poderiam coexistir, estão fazendo declaração bastante tolas e ingênuas. Enquanto nós no ocidente acreditamos que nós, o povo, empoderamos o governo para agir em nosso nome, o islã acredita que o poder vem de Alá diretamente para seu profeta e os para os sucessores desse profeta, os Califas, que então reforçam Sharia (lei) de Alá. Falar sobre democracia e eleição aos islamistas seria tão eficiente quanto cantar “ciranda, cirandinha” para eles.

No entanto, islamistas espertos usam essas palavras como democracia e eleição com o intuito de tombar regimes seculares. E quando eles tomam as rédeas do poder, a democracia passar a ter um outro significado, que é matar seus oponentes. Você não acredita em mim?

Em 1979 no Irã, quando os manifestantes (muitos dos quais não eram muçulmanos) derrubaram o governo e o Xá deixou o país, Khomeinei usou muçulmanos iraniano secularizados como Abulhassan Bani Sader e outros para seu benefício. Mas quando conseguiu se estabelecer, ele matou cada um desses muçulmanos intelectuais seculares amantes da liberdade, que buscavam democracia, apertando o laço do Islã ao redor do Irã, o qual continua por lá até hoje.

Em meados dos anos 2000, o presidente George W. Bush pressionou os palestinos para ter uma eleição livre e justa. Aconteceu. O Hamas ganhou as eleições e tomou o poder. E no momento que eles tomaram o poder, começaram a matar seus oponentes para que outra eleição nunca mais acontecesse até que foram finalmente expulsos da Cisjordânia para o território palestino de Gaza.

Veja o que está acontecendo em Gaza hoje e você vai ter uma boa idéia com o que poderia acontecer com o Egito se os amigos e aliados do Hamas, a Irmandade Muçulmana do Egito vier ao poder. Não vão somente clamar pelo fim do ocidente e de Israel, mas também dos cristãos e dos muçulmanos secularizados. Infelizmente, a ingenuidade do governo Obama pode ajudar a trazer esse desastre muito mais rápido do que qualquer um poderia imaginar.

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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

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