sábado, março 22, 2014
Almoço evangelístico
O diálogo que vocês vão ler abaixo aconteceu comigo ontem no almoço. Resolvi relatar aqui porque além de ser um diálogo legal, também é um bom exemplo de que um evangelismo pode vir de qualquer situação.
Eu e mais dois colegas de trabalho, doravante chamados de Beto e Claudio, fomos fazer nosso horário de almoço. A cena abaixo se passa na praça de alimentação de um Shopping Center. Beto e eu já estávamos na metade de nossos pratos (viva o fast food) quando o Claudio chegou todo esbaforido com seu prato e sentou.
Claudio: Demorou pra caramba.
Beto: Mais um pouco e a gente ia embora.
Claudio: Tinha um senhor na fila que me perguntou se eu aceitava um papel que falava sobre Deus. Eu não peguei não. Ele nem ia comprar nada. Só estava lá entregando esse papel.
Eu: Você deveria ter falado que se ele pagasse a tua refeição você aceitava o papel.
Beto: Boa, na próxima você faz isso.
Claudio (rindo): Coitado do velho. Ele querendo falar de Deus comigo e eu nem aí pra ele.
Eu: É, você acha bonito rejeitar Deus? Está aumentando a sua condenação.
Beto: Que papo pesado, condenação... eu não me preocupo com essa coisas. E não acho que pensar sobre isso irá mudar qualquer coisa na minha vida.
Claudio: Eu também não.
Eu: Mas é claro que muda. Por exemplo, se eu acredito que vou me apresentar perante Deus para prestar contas de todos os meus atos aqui na terra, então eu vou pensar dez vezes antes de fazer qualquer coisa errada.
Beto: Verdade.
Claudio: Ah, eu estou tranquilo. Vou direto pro céu. Eu sou uma pessoa boa. Nunca matei ninguém, nunca roubei.
Eu: Você acha mesmo que é bom o bastante pra ir para o céu? Nunca fez nada de errado?
Claudio: Fiz, mas nada de importante. Deus vai deixar passar umas coisinhas.
Beto: Qual a nota de corte? Sete?
Claudio: Sete tá bom. Com um sete eu passo.
Eu: E se for 10? E se a nota de corta for perfeição?
Claudio: Não, não pode ser.
Eu: Um Deus perfeito não vai permitir imperfeição. Se você abre a porta para uma coisinha pequena, acaba deixando passar algo grande.
Claudio: Eu ainda acho que vou pro céu.
Eu: É? Quantas mentiras você já contou na sua vida.
Claudio: Mentira? Tem umas omissões, mas não é o mesmo que mentira.
Eu: Você nunca mentiu?
Beto: vai falar que nunca mentiu?
Claudio: Menti, claro.
Eu: Você já roubou alguma vez na sua vida?
Claudio: Não, nunca.
Eu: Mas você acabou de admitir que você mente. Como eu posso acreditar?
Beto (risos): Tá ficando feio pra você.
Eu: Você já desobedeceu a seus pais? (Claudio balança a cabeça afirmativamente enquanto dá mais uma garfada em sua salada) Já cobiçou uma mulher que não sua esposa?
Claudio (quase engasgando): Vixi, muitas vezes.
Eu: De quatro dos Dez Mandamentos você já violou quatro. A coisa não está boa pra você.
Beto: Mas se for assim, tá todo mundo ferrado.
Claudio: Aí nego faz o que? Pede perdão pra Deus de todo o coração?
Eu: Não. Não vai adiantar. Tenta isso no tribunal. Chega perante o juiz, que te acusa de ser um ladrão e estuprador. Ai fala pra ele “seu juiz, eu estou muito arrependido de verdade”. O juiz vai falar, “é claro que você tem que estar arrependido. O que você fez é horrível.” Mas isso não resolve o problema de justiça, já que o que você fez de errado tem que ser punido.
Beto: Então vai todo mundo para o inferno.
Eu: Deveria. Mas é ai que o cristianismo se destaca. Sabe como se resolve esse problema? Quem é a origem do cristianismo?
Claudio: Origem?
Beto: O judaísmo?
Eu: Nossa, vocês são ruins. Eu falei quem, não o que. (nos levantamos de volta para o escritório) Cristo. Jesus Cristo. Deus mandou Jesus Cristo a terra. Ele viveu uma vida perfeita, sem pecado.
Beto: Tem uma galera por aí que diz que ele dava uns pegas na Maria Madalena.
Eu: A galera fala muitas coisas.
Claudio: É, e tem essa história dele ser loiro de olho azul. O cara não era do Oriente Médio? Como ele podia ser loiro?
Eu: O que isso tem a ver com o que a gente está falando?
Claudio: É, nada.
Eu: Enfim, Jesus veio, viveu uma vida perfeita e fui crucificado. Na cruz, ele não apenas recebeu a punição romana, mas a ira de Deus, que estava destinada a nós pecadores, foi colocada sobre Jesus Cristo. É por isso que ele pagou os nossos pecados. No terceiro dia ele ressuscitou, para provar que ele era quem dizia que era. Hoje, todas as pessoas que se arrependerem de seus pecados e confiarem em Jesus Cristo como seu salvador, confiarem que o sacrifício dele em seu lugar é verdadeiro, terão seus pecados perdoados porque eles foram pagos por Jesus Cristo.
Beto: isso é profundo.
Eu: É. Só que do momento que alguém faz algo assim por você, você não pode simplesmente agradecer, virar as costas e ir embora. Você se torna eternamente grato a essa pessoa. E quando falamos sobre algo com implicações tão profundas quanto o nosso destino eterno, você vai ser mais que grato.
Beto: você vai querer servir Jesus.
Claudio: é, muita coisa para se pensar.
Toca o nosso telefone. Um problema no escritório adianta nosso retorno e coloca fim nesta conversa.
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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35
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