Existem
muitos que eu chamo de “quase cristãos”, porque eu não conheço nenhuma outra
expressão na Bíblia que descreva tão exatamente o estado deles. Existem muitas
coisas neles que são corretas, boas e louváveis aos olhos de Deus. Eles são
pessoas normais e morais. Eles estão livres de pecados exteriores evidentes. Eles mantêm muitos hábitos bons e decentes. Eles
parecem amar a pregação do evangelho. Eles não se ofendem com a verdade, como ela
se apresenta em Jesus, de fato, pode ser pregada livremente. Eles não possuem objeção à companhia
religiosa, aos livros religiosos e a conversas religiosas. Eles concordam com
tudo o que você diz a eles sobre suas almas. E tudo é bom.
Mas ainda
assim não existe um movimento, nem mesmo tão pequeno no coração dessas pessoas que nem um
microscópio poderia detectar. Eles são como aqueles que não se movem. Semana
após semana, ano após ano se passam sobre suas cabeças e eles estão exatamente
do mesmo jeito que estavam. Eles se sentam sob nossos púlpitos. Eles aprovam
nossos sermões. Mas ainda assim, como as vacas magras do faraó, eles não
melhoram, aparentemente, por mais que recebam. Existe sempre essa mesma
regularidade neles – a mesma frequência aos meios de graça – mas nada mais. Não
existe um avanço em seu cristianismo. Não existe vida e coração e realidade nisso.
Suas almas parecem estar em um impasse. E tudo isso é muito errado.
J.C. Ryle
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