A Primeira Missa no Brasil, quadro de Victor Meireles, 1860. |
Hoje, dia 7 de Janeiro,
comemora-se o Dia da Liberdade de Culto (eu sei disso porque comprei
uma agenda nova para 2012 que vem com todas as datas comemorativas).
Esse não é um dia muito lembrado, não temos também como lembrar
de todas as datas, já que temos comemoração praticamente todos os
dias do ano. Alguns dias temos mais de uma. Mas eu quero chamar a
nossa atenção nessa data para dois ponto esquecidos mas
importantes. Pelo menos, gostaria que fizéssemos uma reflexão sobre
eles.
O primeiro ponto é que
nós não valorizamos a liberdade de culto. Já temos isso como algo
garantido, como algo que não pode ser abalado e que, como tudo
aquilo que vem fácil (para nossa geração, já que gerações
anteriores sofreram mais ou menos por causa disso) não damos o
devido valor a essa conquista. Muitos dos nossos irmãos são
perseguidos ao redor do mundo, especialmente em países islâmicos e
nos poucos de governos ateus, como a Coreia do Norte. Para
informações mais detalhadas sobre a perseguição que a igreja
sofre ao redor do mundo, veja o site do Portas Abertas.
Valorize a sua
liberdade de culto, se você a tiver. Pense em quantas Bíblias
talvez você tenha em casa, mas nunca leu nenhuma delas? Quantos de
nossos irmãos não dariam tudo o que tem para ter uma Bíblia
inteira em suas mãos e nós temos várias? Posso ver cinco na
estante em minha frente, fora as outras que estão nos outros
cômodos.
Podemos nos reunir em
cultos de adoração a Deus de forma pública e aberta, sem nos
preocuparmos com uma invasão por parte da polícia prendendo todo
mundo por uma reunião ilegal. Essa não é a realidade para muita
gente.
Deus presenteou o nosso
país com essa liberdade de culto. Não devemos desperdiçá-lo.
O segundo ponto, tão
importante quanto o primeiro, é que nossa liberdade de culto
encontra-se sim ameaçada, mas de uma forma muito sutil.
Indiretamente, temos um movimento trabalhando pelos cantos para impor
seu estilo de vida, com aprovação do governo e para alterar nossas
crenças, com aprovação do governo, em relação à questões
morais. Estou falando sobre as novas leis ditas “homofóbicas”.
Uma regulação do
governo sobre até onde pode ir nossa liberdade de culto é normal.
Por exemplo, se uma religião diz que adora Baal e quer sacrificar
crianças de colo em adoração ao seu deus (como faziam os
cananeus), o governo irá intervir e não permitirá tal coisa. Isso
não é limitar a liberdade de culto, mas sim proteger a vida. Mas
esse caso não pode ser análogo com a crença cristã em relação à
homossexualidade. De acordo com as Escrituras, tanto no Velho quanto
no Novo Testamento, o homossexualismo é pecado (Levítico 18:22,
20:13; Romanos 1:25-27; 1 Coríntios 6:9-10), um grande desvio do
padrão natural estabelecido por Deus para o relacionamento sexual do
ser humano, uma ofensa direta contra a criação. Assim como outros
comportamentos humanos (mentir, roubar, matar, adulterar, desonrar os
pais), o homossexualismo é pecado, uma comportamento pecaminoso, que
deve ser abandonado por todos aqueles que se tornarem salvos em Jesus
Cristo (assim como os outros comportamentos pecaminosos). Estamos
falando sobre comportamentos. A igreja, como qualquer outro grupo,
tem o direito de estabelecer quais comportamentos são ou não
aceitáveis entre os seus seguidores. Um grupo de vegetarianos pode
estabelecer que só aceitará em seu grupo aqueles que não comem
carne. Isso não é descriminação. Assim como a igreja declarar que
o homossexualismo é pecado e um comportamento desviante, também não
é descriminação. Não estamos limitando ninguém baseado em suas
origens (judeus, gentios), nacionalidade (você pode ser de qualquer
país), cor da pele (todas as tonalidades são bem vindas) ou sexo
(homens e mulheres). Estamos falando sobre comportamentos.
Mas alguns grupos de
defesa da causa homossexual não enxergam a coisa assim. Eles estão
em uma cruzada para impor seu estilo de vida como aceitável para a
sociedade, toda a sociedade e estão dispostos a criminalizar aqueles
que não concordarem com eles. Um novo tipo de ditadura se aproxima
no horizonte, uma ditadura das ideias. E um dos principais alvos
dessa ditadura é a igreja de Cristo.
Enfim, vamos valorizar
a nossa liberdade de culto e lutar por ela. Eu sei que muitos de nós
achamos que uma boa perseguição faz bem para a igreja, já que sob
perseguição severa a igreja costuma prosperar e crescer. Se a
perseguição vier, que venha, mas que não seja por nossas mãos ou
por nossas falhas. E enquanto tivermos a liberdade de culto, devemos
usá-la, assim como a perseguição, para a glória de Deus.
Feliz Dia da Liberdade
de Culto!
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