terça-feira, novembro 22, 2011

Porque exigir "evidências extraordinárias" faz pouco sentido

"Afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias."



Muitos céticos abordam “as evidências” para o cristianismo com a mente fechada. Entravado por um número de pressuposições, eles tipicamente terminam onde começam: convencidos que Deus simplesmente jamais faria a si mesmo tão difícil de ser detectado. Muitos irão fundamentar suas posições com um desafio – já que as afirmações do cristianismo são tão “extraordinárias”, dizem, somente “evidências extraordinárias” seriam suficientes para persuadi-los

Pensando melhor, no entanto, deve-se perceber rapidamente que isso é uma maneira estranha – e auto-refutável – de fazer a tarefa de adquirir conhecimento. Estranho porque demonstra um desconhecimento sobre como evidências funcionam. Auto-refutável porque rever as evidências supostamente deveria ser feito de um jeito que alguém possa chegar à “verdade” sobre o que aconteceu e quando uma opção – um Deus criador – já é definido como “fora dos limites aceitáveis” desde o princípio, só existe um resultado que pode ser obtido. Isso pode trazer algum conforto para o ateu – sua opinião continua sem ser desafiada – mas é difícil descrever isso como uma busca significativa pela verdade.

Considere: "evidência" pode significar uma variedade de coisas, mas no que se relaciona com eventos históricos – o que, no final das contas é a base da crença cristã – se refere à existência de certos fatos que diretamente ou indiretamente tendem a provar que o evento em questão aconteceu. Seja a vida de Cristo – era ele real ou uma ficção? – sua morte – ela ocorreu na cruz? – e, acima de tudo, sua ressurreição física dos mortos, o processo de discernimento requer uma consideração de todas as evidências para determinar se alguém pode concluir com confiança que o evento de fato aconteceu. Consequentemente, ao abordar o peso e a persuasão da evidência, pode parecer que certas partes da evidência se alinham como provativas ou não provativas, relevantes ou irrelevantes, fortes ou fracas. Mas recusar a considerar as evidências a não ser que ela primeiramente atenda aos padrões de “extraordinário” reflete um preconceito contra algum dia se chegar à conclusão. Longe de ser uma posição racional, é na verdade um abandono da razão, pois a razão não impõe sobre si mesmo tal restrição artificial.

Essa demanda por evidências “extraordinárias” é, quando refletimos bem, também bastante irônica. O cristianismo é de fato baseado em evidências “extraordinárias”. É fora do “ordinário” e “excepcional” e “fora do lugar comum” que:

  • 66 livros escritos em mais de uma dúzia de séculos por uma variedade de autores não relacionados pudessem ser juntados em um todo coerente, um todo que nos conta uma mensagem primordial do homem, seu problema e a solução que Deus colocou em ação. Os livros do Velho Testamento prenunciam e predizem Cristo e os livros do Novo Testamento demonstram o cumprimento das profecias do Velho Testamento;
  • as preocupações e crenças de uma cultura separada de nós por milhares de anos ainda ressoam como relevante hoje e unem, através de uma sistema comum de crenças culturais ao redor de todo o globo e tem alcançado cada era desde a caminhada de Cristo na terra;
  • os primeiros seguidores estariam tão convencidos da veracidade dos acontecimentos que eles estavam dispostos a encarar a morte ao invés de negar aquilo que eles saberiam ser falso, se tivessem criado a história toda;
  • uma variedade de predições – centenas por alguns cálculos – poderiam se cumprir em uma pessoa histórica;
  • a arqueologia moderna repetidamente confirma muito do que está escrito nos textos;
  • itens de interesse científico relacionados com astronomia e física (por exemplo, veja os trabalhos de pesquisadores no site www.reasons.org, em inglês) parecem estar embutidos em livros como Jó;
  • a afirmação de milagres que foram testemunhados por um grande número de pessoas;
  • e provavelmente mais significativo, um homem que pregou uma mensagem radical de irmandade universal para um povo subjugado que estavam esperando um rei conquistador, mudou o mundo e ainda é considerado e – abraçado – como relevante hoje em dia.

Essa é apenas uma lista parcial. Na verdade, livros e ministérios inteiros foram devotados para defender essa causa. Enquanto o cético pode desafiar várias evidências em separado, é difícil contradizer tanto a quantidade quanto a qualidade das evidências nas quais os cristãos baseiam a sua fé.

Isso não quer dizer que o cristianismo não tem nada a ver com fé – tem sim. Como está escrito em Hebreus, "a fé é a segurança das coisas que se espera, a convicção das coisas que não se vê" (Hebreus 11:1-2) Ninguém viu o céu ou previu como a eternidade com Deus seria. A fé provê a segurança que aquilo que Jesus prometeu é verdade; podemos descansar confiantemente no conhecimento que coisas que não são vistas serão como prometidas. Mas nós não temos “fé cega” que ele um dia viveu ou que ele tem autoridade para cumprir aquilo que ele prometeu. O conhecimento é baseado nas evidências providenciadas por aqueles que testemunharam os eventos.

Esses homens e mulheres viveram em épocas extraordinárias e testemunharam coisas extraordinárias; infelizmente, muitos sofreram extraordinariamente por suas convicções. Mas o que eles deixaram para a posteridade, as evidências do que viram e ouviram e experimentara – sejam elas ou não no nível de “extraordinário” – foi certamente suficiente. E se mantém assim até hoje.

Nenhum comentário:

Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...