Atendendo a muitos pedidos (na verdade dois) estou postando o link para o arquivo de Michael Youssef sobre “A Cabana”, lembrando que está em inglês com o número das páginas da edição americana. Quando tiver algum tempo ocioso vou traduzir-lo com o número das páginas da edição brasileira. Caso queira ler o texto em inglês clique aqui.
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Nas escrituras, tirar os sapatos tem um significado muito especial. Quando Moisés teve seu primeiro confronto com Deus, Ele disse para que ele tirasse seus sapatos porque ele estava em terra santa. Jesus caminhou descalço para o Calvário. Na cultura daquele tempo, estar descalço era o sinal que você era um escravo. Um escravo não tinha direitos. Jesus nos deu o exemplo supremo de renunciar tudo por um grande objetivo.
Loren Cunningham Making Jesus Lord / Marc 8:34,35
8 comentários:
Porque razão, um romance não pode ser considerado “apenas” isso e nada mais do que isso mesmo, um romance?
Na maior parte das vezes a tentativa de nos distrairmos do conteúdo rigoroso de cada "peça" é bem mais forte e ideológica do que racional.
Um romance é apenas um conjunto de ideias – construídas ou aleatórias –, que germinaram na mente de alguém e se quando o lemos, os nossos preconceitos nos levarem a ver demónios onde estes não existem e sombras onde só existe luz, estamos a promover a construção de uma sociedade baseada na mentira, porque impor mordaças impedindo as pessoas de dizerem o que realmente pensam, é policiar o pensamento dos outros.
Liberdade de expressão é a liberdade para os outros dizerem não apenas o que consideramos gravemente falso, mas também o que consideramos inadmissível, ofensivo e indesejável.
Se começarmos a policiar o pensamento alheio, mostrando-nos muito ofendidos e dizendo que certas afirmações são “intoleráveis”, não estamos a explicar por que razão tais afirmações são falsas; estamos apenas a fugir do assunto, dizendo que é inadmissível promover a independência da mente.
Apesar de defender a liberdade do Guarany pensar e dizer o que lhe apetecer, discordo dos seus argumentos por serem alicerçados no preconceito que continua teimosamente a querer que seja o sol a girar á volta da “Terra”. Os protestos do Guarany são indefensáveis porque pretendem policiar o pensamento dos outros ignorando que existe uma grande diferença entre refutar o que foi escrito e adoptar a atitude ofendida de quem quer fazer os outros pararem de pensar e assumirem o que pensam.
Devemos procurar orientação moral no nosso pensamento articulado, pesando cuidadosamente os prós e os contras do que fazemos, evitando aquele método que envolve martelar os dados até coincidirem mais ou menos com o que diz um livro medieval escrito na Palestina.
Saudações
Caro Guarany
Depois que o indivíduo cria um deus à sua imagem, ele fica "livre" para executar toda sorte de imundície.
É exactamente assim, leia o que escreveu e faça introspecção.
Promover a regressão a uma nova época de obscurantismo é assumir o reconhecimento do ridículo. Promover concepções erradas sobre a influência dos outros na deterioração da “fé” é favorecer a desinformação, é garantir que a “fé” interdita o diálogo fazendo com que a crença se torne impermeável a novos argumentos, a novas evidências.
Saudações
Olá Asmodeu.
Meu amigo, eu reli várias vezes o comentário do Guarany e em nenhum momento eu li qualquer afirmação de que esse livro não deveria ser escrito, ou que obras de ficção são inaceitáveis ou mesmo que o Sol gire em torno da Terra (mesmo sendo isso um eufemismo, o cristianismo nunca defendeu isso). Ele apenas observou algo que para nós cristãos é o cumprimento de uma promessa; muitos vão abandonar a sã doutrina e buscar para si mestres conforme seus desejos.
Todo mundo tem o direito de escrever o que quiser. Nosso problema com esse livro não é por ser uma ficção, mas sim porque o objetivo do autor foi tratar a questão do sofrimento, declarando que essa é a resposta do cristianismo ao sofrimento. Então, nós como cristão temos todo o direito se verificar se aquilo que ele escreveu está de acordo ou não com nossas crenças. E se chegarmos à conclusão que não está, temos também todo o direito de tornar isso público.
Você por acaso não estaria dizendo que ele não o direito de postar suas opiniões em um fórum público está? Isso seria muito estranho da sua parte, já que do pouco que conheço você, não é do seu feitio evitar diálogos.
De qualquer forma, não acho que faria muito sentido da parte do Guarany expor o porquê ele discorda do livro, já que pelo jeito ele concorda com o post, onde razões são apresentadas para rejeitar o livro como cristão. Mais uma vez, como cristãos temos o direito de definir aquilo que é cristão ou não.
Caro Maurilo
Você por acaso não estaria dizendo que ele não o direito de postar suas opiniões em um fórum público está?
Uma leitura mais atenta ao que escrevi permitirá perceber que defendo a liberdade dos outros dizerem o que considero ser falso, inadmissível, ofensivo e indesejável. Defender a liberdade de expressão não é afirmar a nossa concordância com o teor do que se diz, mas sim, permitir aos outros manifestar as suas ideias apesar de não concordarmos com o que todos eles dizem.
Criticar e acusar é, por vezes, uma estratégia para tornar a liberdade da discussão inócua porque na maior parte das vezes basta saber que aquela pessoa é ateia, religiosa ou seja o que for, para que tudo o que ela diz ser lido apenas superficialmente só para se manifestar a nossa indignação e para não deixar passar ideias divergentes.
Mais uma vez, como cristãos temos o direito de definir aquilo que é cristão ou não.
Eu que não sou crente e cujas opiniões desagradam àqueles que “acreditam” devo ser considerado herege, e os meus argumentos de heresias.
Segundo a tradição, “herege” é alguém que se desvia da verdadeira fé. Mas o que é que define essa verdadeira fé? Quem é que a classifica assim e porque razões?
Voltando agora á frase que escreveu no seu texto (em itálico) com que autoridade é que você se assume como “censor”? Que sabe você sobre “cristianismo” além de ter que confiar no testemunho alheio e muitas vezes distorcido? Ou acha que é detentor da verdade?
E a turba que grita “crime” conforta-se com meia dúzia de meias verdades, muitas falsidades e uma ignorância militante. Afinal parece-me que estamos perante uma clara manifestação do “dogma” perverso para o qual todas as religiões convergem e reclamam exclusivamente para si, o dom da infalibilidade?
Com todas as igrejas que existem no mundo e as suas múltiplas crenças, não será prepotência cada um pensar que detém a verdade absoluta e que tudo o resto seja considerado mero equívoco?
Então, nós como cristão temos todo o direito se verificar se aquilo que ele escreveu está de acordo ou não com nossas crenças.
Não é correcto atribuir-se a Jesus a intenção de "redimir os pecados da Humanidade com o seu sangue", essa é uma interpretação da igreja, a qual Jesus não fundou, e a quem não passou procuração alguma. Aliás, Jesus não fundou nenhuma religião, não ordenou sacerdotes, não prescreveu rituais nem organizou quaisquer hierarquias ou organizações.
E para terminar apenas um comentário: os homens têm transformado Jesus no mensageiro de um “deus” austero, irracional e vingativo, cuja “existência” está de tal maneira corrompida, adulterada e rodeada de suspeita pelas conveniências da religião organizada.
Saudações
Olá Maurilo e Vivian,
Tomo como minhas as suas palavras na resposta ao Asmodeu. Somente reitero que nenhum conjunto de idéias é neutro. Toda cosmovisão traz consigo conseqüências - para o bem ou para o mal - e cada indivíduo tem o direito à liberdade de expressão. Sinceramente, não vou me dar ao trabalho de refutar às acusações no texto de Asmodeu, quando nos chama de ignorantes, exclusivistas, preconceituosos, etc., texto que por sinal mais parece uma colcha de retalhos e ao fazê-lo incorre no mesmo erro pelo qual nos censura. Apenas UM comentário, Asmodeu: dizer que a Bíblia é "um livro MEDIEVAL (rsrsrs) escrito na PALESTINA (rsrsrs) demonstra claramente a superficialidade do seu pseudo-eruditismo luciferiano.
Guarany
Defender a liberdade de expressão não é afirmar a nossa concordância com o teor do que se diz, mas sim, permitir aos outros manifestar as suas ideias apesar de não concordarmos com o que todos eles dizem. O que não é correcto é censurar, ofender ou denegrir quem não veja as coisas como você vê, ou quem chegue a conclusões diferentes.
“… demonstra claramente a superficialidade do seu pseudo-eruditismo luciferiano.”
A responsabilidade da adjectivação é sua. E já agora, seria conveniente abandonar-se o preconceito aristocrático segundo o qual os pobres são geneticamente idiotas e por isso só podem interessar-se por rap e jogos de computador, mas não por ciência, letras ou artes.
“…dizer que a Bíblia é "um livro MEDIEVAL (rsrsrs) escrito na PALESTINA (rsrsrs) …”
Quando afirmo que “… a Bíblia é "um livro MEDIEVAL (rsrsrs) escrito na PALESTINA (rsrsrs) …” eu quero dizer isso mesmo, que é apenas um livro de “culto” que tem sido censurado, corrigido e emendado ao longo dos tempos e que tem obrigado “a igreja” a recorrer a “updates” constantes à sua doutrina na tentativa de justificar, reinterpretar e credibilizar as “comprometedoras” contradições e desactualizações.
Os “evangelhos” surgem com o objectivo de converter, pelo que retratam Jesus de formas diferentes. Mateus, dando grande atenção ás profecias messiânicas, terá sido escrito para os judeus. Lucas, que anuncia Jesus como o salvador da humanidade, fê-lo para os gentios. E João apresenta a personagem de Jesus como um deus.
Um ponto comum entre estes autores é que tudo o que sabem chega-lhes contado por outros.
É um erro acreditar em todas as histórias de um personagem só porque se baseia numa pessoa “real”. Especialmente quando nada sabemos acerca dessa pessoa além das histórias onde é personagem.
Saudações
Olá Luis.
Algo que pode responder a esse pergunta: você beberia dessa água?
Se está meio limpa ou meio suja é apenas uma questão de linguagem.
Beber dessa água, aí já é outra coisa...
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